Point Of View Lauren Michelle Jauregui Morgado
Ally, Troy, Normani, Dinah e Sofi já dormiram. Taytay, Austin, Camila e eu estamos na sala, mas acabo me lembrando de que tenho um encontro com minha latina.
—Vá se arrumar. – Sussurro no ouvido da morena praticamente deitada em cima de mim.
—Pra quê? – Ela me pergunta baixinho.
—Temos um encontro ou você esqueceu? – Camila me olha.
—Eu esqueci. – Sorri amarelo para mim e se levanta do sofá. – Não demoro.
—Coloca roupa de frio. – Falo para ela. – Taytay, vou usar seu quarto para me trocar. – Aviso minha irmã.
—Vai sair? – Levanto e ela faz o mesmo, me seguindo até seu quarto e entramos.
—Tenho um encontro com minha namorada. – Pego a roupa que havia separado mais cedo e guardado no armário.
—Podemos conversar? – Minha irmã pede apreensiva.
—Se você não se importar enquanto me troco. – Respondo.
—Como se nunca tivéssemos tomado banho juntas. – Rimos com isso, pois realmente fizemos muito isso. – Eu não te falei do meu primeiro beijo porque você estava ocupada com a Camila enquanto ela estava naqueles dias, então não quis arriscar muito. E eu sabia como seria sua reação.
—Taytay, você sabe que pode chegar em mim e falar. – Viro de frente para ela enquanto coloco minha calça jeans rasgada. – Foi bom? – Ela nega e rimos. – Eu te avisei. – Coloquei uma blusa fina de manga comprida azul. – Quem foi a pessoa?
—Ninguém demais. – Responde e lhe lanço um olhar sem entender. – Foi do colégio.
—E o Austin?
—É só um amigo. – Taylor fala, mas não consegue conter o sorriso.
—Se fosse só um amigo você não estaria sorrindo assim, toda boba. – Tiro sarro da cara dela.
—Ok, eu gosto dele. – Ela assume e fica corada.
—Está bom assim? – Levanto depois de calçar meus coturnos e dou uma voltinha. – Vou levar Camila para jantar naquele restaurante lindo.
—Você está linda. – Taylor me abraça. – Me desculpe por não ter te contado.
—Está tudo bem. – Beijo sua testa e saio do seu quarto.
Como sei que Camila ainda vai demorar, volto para a sala e fico mexendo em meu celular. Olho algumas fotos que tirei com Camila, na maioria ela está fazendo careta. Tem uma minha com Sofi que a latina tirou. Eu e minha cunhadinha estamos abraçadas e ela sorri abertamente para a câmera.
—Demorei muito? – Escuto a voz da latina e bloqueio meu celular para olhá-la.
—Você está maravilhosa. – Me levanto e olho para seu corpo.
Camila veste uma calça jeans justa, ou seja, sua bunda está ainda maior. Uma blusa de frio também azul, da mesma cor que a minha só que com duas listras brancas em de cada lado, tênis nos pés e um boné com a aba jogada para trás. Seu rosto parece estar livre de maquiagem, mas ela deve ter passado algo mais simples.
—Você está muito linda e essa cor realçou seus olhos. – Camila me elogia.
—Você está muito gostosa nessa calça. – Digo sem pensar e ela começa a ficar vermelha de vergonha.
Seguro em sua mão e a puxo para fora de casa, abrindo a porta do carro e fechando assim que ela entra. Dou a volta para ir ao banco do motorista, entrego meu celular para ela e ligo o carro, colocando o cinto de segurança antes de arrancar. Ligo o rádio para que não fique um silêncio desconfortável e começo a dirigir.
—Aonde vamos? – Camila pergunta.
—Vamos jantar, um encontro de namoradas. – Digo sorrindo.
—Se já somos namoradas, então não precisamos de encontro. – Olho para ela assim que o sinal fecha e tenho que parar.
—Nós não tivemos encontro, então esse vai ser nosso encontro. – Falo calmamente e a latina ao meu lado assente.
Volto minha atenção para o trânsito e só paro o carro quando estaciono na vaga do restaurante. Camila me olha sem entender quando desligo o carro e tiro meu cinto. Tiro a chave e abro a porta, saindo e dando a volta para abrir para ela. Fecho e aciono o alarme.
—Por que não me avisou que viríamos em um lugar chique? – Camila pergunta segurando minha mão enquanto caminhamos para a entrada no restaurante.
—Porque nós podemos vestir o que quisermos, pois vou pagar e se alguém achar ruim eu vou xingar. – Digo e ela nega com a cabeça.
—Boa noite, tem alguma reserva? – A recepcionista pergunta educada.
—Lauren Jauregui. – Digo meu nome e ela confere na listagem.
—Acompanhe-me, por favor, senhorita Jauregui. – Sorri para mim.
Sigo a recepcionista até uma mesa no centro do restaurante. Puxo a cadeira para Camila sentar e me sento na outra cadeira, ficando de frente para ela.
—O garçom logo virá atender as senhoritas. – A recepcionista se retira.
—O que achou do lugar? – Pergunto em expectativa para a latina, que me olha.
—Aqui deve ser caro demais, não deveria gastar tanto.
—Não me importa se é caro ou não, eu pago o que for para ficar com você. – Entrelaço nossos dedos por cima da mesa.
—Boa noite senhoritas. – Um garçom bem jovem aparece. – Aqui está o cardápio. – Entrega um para mim e outro para a Camila.
—Tem alguma sugestão? – Pergunto para ele.
—Hoje o prato do chefe é macarrão com mexilhões acompanhados com camarões fritos. – Ele responde.
—Mila, o que acha?
—Me parece delicioso. – Diz docemente e sorri para mim.
—Vamos querer o prato do chefe e um vinho suave para acompanhar. – Entrego os cardápios para ele, que se retira logo em seguida.
—Não deveria beber, está dirigindo. – Camila me repreende.
—Estamos comemorando nosso namoro, merecemos pelo menos uma taça de vinho. – A convenço. – Não vou exagerar, não quero ter ressaca e sou fraca para vinhos.
—Uma taça para cada, nada além disso. – Sua voz sai em um tom mandão e assinto.
—Taytay conversou comigo enquanto me arrumava no quarto dela. – Falo e Camila parece se interessar no assunto.
—O que vocês conversaram? – Pergunta curiosa.
—Ela me pediu desculpa por não ter falado sobre o primeiro beijo e explicou que não contou porque eu estava ocupada com você por estar naqueles dias. – A latina fica envergonhada, o que eu acho fofo é essa vergonha. – Ela não quis me contar com quem foi, então perguntei sobre o Austin e ela disse que eles são amigos, mas que gosta dele.
—Sua irmã sabe se cuidar e você não vai se meter nas escolhas dela.
—Eu não quero que ela quebre a cara ou faça algo que irá se arrepender, ainda mais com ele.
—Laur, uma hora ela vai ter que se decepcionar para aprender como é a vida e se você tentar evitar isso, ela vai sempre fazer escondido e tudo vai piorar. – Camila segura minha mão. – Tenho certeza que ela sabe que você estará com ela sempre e irá te chamar quando precisar, mas enquanto isso, deixa ela viver, descobrir as coisas que ainda precisa.
—Você tem razão. – Puxo sua mão e dou um beijo.
—Com licença. – O garçom volta com nossos pedidos e coloca na mesa, serve o vinho e sorrio agradecendo. – Bom apetite. – Deseja antes de sair.
—Parece estar delicioso. – Camila fala e concordo.
—É o melhor restaurante com comida de frutos do mar que eu já comi. – Bebo um gole do vinho.
Começamos a comer e percebo que a latina adorou a comida. Comemos em silêncio, aproveitando a companhia uma da outra com alguns sorrisos e olhares. Dispensamos a sobremesa, já que estava um pouco tarde e paguei a conta.
—Cansada? – Pergunto assim que saímos do restaurante e entrelaço minha mão na de Camila.
—Um pouco. – Responde sincera.
Abro a porta do carro para ela, fecho assim que ela entra e vou para meu lugar. Dirijo rapidamente de volta para a casa, parando em frente à porta de entrada. Saio do carro e Camila fez o mesmo. Adentramos a casa e seguimos para meu quarto, pois todos já dormiam e sorri satisfeita ao ver que Austin estava no sofá.
—Sofi está dormindo profundamente. – Camila fala quando entramos no quarto.
—Ela adorou a praia. Todos nós aproveitamos.
—Dá vontade de ficar aqui e não sair. – Camila fala.
—Se quiser podemos voltar, minha mãe não é muito de vir para cá. – Sugiro.
—Não precisa, ela já nos emprestou.
Pego uma camisa grande da Lana e um short, vou para o banheiro me trocar e logo saio. Camila também já trocou de roupa e vestiu seu pijama, deixando-a fofa. Deito na cama e espero por ela, que demora um tempinho, mas logo se ajeita.
—Laur. – Camila me chama. – Obrigada por ser perfeita.
—Eu não sou perfeita baby, só quero te ver feliz do mesmo jeito que você me faz. – Acaricio seu cabelo.
—Tem um assunto que precisamos conversar, pois quero que sejamos totalmente sinceras uma com a outra. – Camila vira de frente para mim. – Seu pai.
—Não vamos falar dele. – Digo um pouco rude.
—Eu quero conhecer ele, por favor. – Pede.
—Baby, você não vai querer isso, te garanto. – Tento fazê-la mudar de ideia. – Ele vai te fazer ficar pra baixo.
—Ele é seu pai, meu sogro. E eu quero. – Camila vai insistir até conseguir.
—Tudo bem, posso marcar um almoço em um restaurante, mas não vamos a casa dele. – Explico.
—Como você quiser. – Boceja e faço o mesmo.
—Boa noite pequena. – Beijo sua testa.
—Boa noite. – Camila beija meu pescoço e vira de costas para mim, encaixando nossos corpos.
Fecho meus olhos lembrando de tudo o que aconteceu hoje e acabo sorrindo. Sou a pessoa mais feliz e isso está tão nítido, pois não consigo parar de sorrir com qualquer coisinha boba.
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