História Perfect Two - But If I Cant Change It...

Dan acordou com o som de panelas caindo e logo depois escutou Phil gritando um palavrão

–Phil Lester xingando, quem diria...

–Como você é engraçadinho Howell. E pelo visto essa sua saída deu certo, nem vi quando você chegou em casa...

O moreno parecia um pouco magoado, provavelmente por Dan não ter avisado que ia demorar.

–Na verdade eu encontrei o Tyler lá, aí a gente ficou conversando e eu acabei perdendo a hora. - Claro que ele não diria o motivo da conversa.

–Obrigado por ter me chamado. Agora você e o Tyler estão tão amiguinhos que até se esqueceram de mim, vai morar com ele agora?

O mais novo tentou segurar mais acabou não conseguindo e começou a ter uma crise de riso no meio da cozinha.

–Você... Ai meu Deus, calma... Você tá com ciúmes do Tyler?

–Para. Isso não tem graça. Você devia ter me chamado, eu achava que EU era seu melhor amigo...

–É claro que você é meu melhor amigo, e você que falou que não queria sair.

–Mas... Tá, tanto faz, agora me ajuda a arrumar isso aqui.

–Mas agora me explica o motivo dessa bagunça.

–Eu to fazendo cupcake.

–E ai na receita tava dizendo para jogar todas as panelas no chão?

–É Daniel, na receita tava dizendo para jogar todas as panelas no chão. E sabe o que mais tava dizendo?

–Não Philip eu não faço ideia.

–Para jogar farinha no seu amigo.

Ele falou pegando um punhado de farinha do pacote que estava no balcão.

–Philip Michael Lester você vai se arrepender de ter feito isso.

O maior falou com os dentes cerrados passando glacê vermelho no rosto, como se estivesse indo para a guerra, logo jogando farinha no cabelo do outro.

–Ei! Você quer guerra então?

Phil passou glacê azul no rosto da mesma forma que o outro tinha feito. Ele pegou o pote com farinha que estava na bancada enquanto Dan recuava com o pacote.

–Ei! Eu gosto dessa blusa ok!

O garoto com os cabelos castanhos protestou quando um monte de farinha atingiu o seu peito.

O mais velho se contorcia de rir da cara do outro, e não viu quando recebeu um punhado de farinha no rosto.

Eles ficaram nisso até que a farinha já estivesse quase acabando e Phil ter escorregado no chão caindo por cima do outro.

Dan agradeceu por estar coberto de farinha porque com certeza ele tinha corado 10 tons diferentes de vermelho. Ele estava se esforçando para olhar para qualquer canto menos o rosto do amigo e só o fez quando sentiu ele passar glacê no seu nariz. O garoto de olhos azuis apenas ria em cima do outro.

–Sai de cima de mim, você é pesado sabia?

O moreno riu e se levantou ajudando o amigo a se levantar também.

–A gente definitivamente precisa de um banho.

–A gente e a cozinha - O mais novo completou - Vai tomar banho primeiro que eu arrumo isso aqui.

–Tá bom.

Dan já estava acabando de arrumar tudo quando escutou a voz do colega atrás dele.

–Já pode ir.

–Tá eu - Ele quase engasgou ao ver que o outro estava só de toalha, não era como se ele fosse mega musculoso nem nada, mas mesmo assim ele tinha o corpo um tanto definido - Eu já to indo. Termina aqui?

–Claro.

O garoto foi quase correndo pro banheiro, quando chegou lá trancou a porta rapidamente e ligou a água gelada.

Ele tirou a roupa vendo que tinha ficado um pouco excitado.

"Que porra é essa Dan Howell? Não é como você nunca tivesse visto ele assim, você não pode ficar duro porque viu seu melhor amigo de toalha."

Ele entrou de uma vez no chuveiro esperando que a água fria lhe acalmasse. Depois de ter voltado ao seu estado normal ele terminou o banho.

–A gente gastou toda a farinha então não vai rolar cupcake, quer sair pra comer alguma coisa?

O menor perguntou depois que o outro entrou na sala.

–Pode ser, vamos no Starbuck mesmo?

–Vamos, ou então a gente pode ir tomar bubble tea.

–Bubble tea!!!

Dan respondeu pulando que nem uma criancinha fazendo o amigo rir.

Quando eles chegaram na lanchonete só tinha mais algumas pessoas, o que era um alivio para os dois já que nenhum deles gostavam muito de interagir com estranhos.

–Phil não pode ter sido tão difícil assim.

Eles estavam discutindo sobre o vídeo que eles tinham feito de Portal no qual o moreno estava vendado.

–Foi sim, você só acha que não porque não era você que não enxergava nada.

–Phil definitivamente não pode ter sido tão difícil.

–Então quando a gente chegar em casa você que vai ficar vendado.

–Tudo bem.

Eles foram até o caixa e fizeram os pedidos, enquanto eles esperavam no balcão uma garçonete encarava o mais novo enrolando uma mecha do cabelo, enquanto o mesmo dava um sorriso torto pra ela.

–Aqui os seus pedidos. Me liga.

Ela sussurrou a ultima parte entregando um guardanapo com um numero de telefone e uma marca de batom para o garoto, que deu uma risada constrangida.

–Você vai ligar?

"Ele tá com ciúmes? Claro que não, ele só deve ter ficado com inveja"

–Não sei...

O maior falou numa tentativa de provocar o outro para ver qual seria a reação dele.

–Hum...

–Até que ela é bonita, talvez eu ligue mesmo.

–Você que sabe... Eu não achei ela tão bonita assim.

"Não isso não pode ser ciúmes"

–Hum...

Depois de saírem da lanchonete eles passaram o resto do dia passeando por Londres.

Quando eles voltaram para casa Phil foi pegar a mascara enquanto Dan ligava o videogame.

–Coloca a mascara.

O mais novo obedeceu e sentiu o vento se mexendo perto do seu rosto quando o amigo balançou a mão na frente do rosto dele.

–Eu não to vendo, eu juro.

–Tá bom.

O garoto sentiu o amigo sentando do seu lado no sofá.

–Então vai pra frente, para! Calma vai um pouco pra esquerda... Isso! Para! Vai pra frente devagar. Eu falei devagar!

–Eu to indo devagar.

O menor ficou em silêncio.

–Phil? O que eu faço agora? - mais silêncio - Phil você tá ai?

Ele sentiu o sofá se mexendo quando o outro se levantou.

–Phil o que...

Ele se calou ao sentir os lábios do outro serem pressionados gentilmente contra os seus. O mais velho tirou a mascara do outro garoto, que correspondia de bom grado ao beijo. Dan podia jurar que seu coração ia explodir de tanta felicidade, ele levou uma das mãos ao cabelos do moreno ao mesmo tempo dando passagem para que a língua dele passasse.

Os dois várias vezes já tinham imaginado esse momento, e em nenhuma das vezes tinha sido tão bom, o maior sentiu o outro sorrindo e tinha certeza que também devia estar.

Quando eles se separaram o menor sentou do lado do amigo o abraçando de forma protetora.

–Por que você não fez isso antes?

Dan perguntou encarando os olhos azuis do outro.

–Pelo mesmo motivo que você, eu estava com medo, eu não sei o que eu faria se você deixasse de ser meu amigo. Só o pensamento de te perder parte o meu coração Dan. Você é o meu melhor amigo, eu tinha medo que isso mudasse.

–Isso nunca vai acontecer tá certo?

–Tomara.

–Mas agora me diz, você só criou coragem por causa daquela garçonete?

O mais velho abaixou a cabeça envergonhado.

–Meu Deus Phil, eu só falei aquilo pra te provocar - O garoto falou rindo.

–Funcionou...

Eles ficaram mais algumas horas jogando e conversando, até que decidiram dormir.

–Boa noite Phil.

–Boa noite.

O mais alto respondeu dando um rápido beijo na boca do amigo antes de fechar a porta do próprio quarto.

Dan fechou a porta atrás de si se jogando na cama com um sorriso bobo no rosto, até que acabou pegando no sono com roupa e tudo.