História Perfect two (A.B.O) - 91

P.O.V. Wu Yifan

-Finalmente ele dormiu. – Tao disse tirando o pequeno do meu colo. – Vou colocá-lo no berço. – Ele disse e saiu em direção ao quarto.

Tao se tornou um ótimo pai, e como sempre um ótimo companheiro, eu cresci com o alfa na China, nossos pais eram amigos, e como consequência, nos tornamos amigos também, meu appa é um dos maiores empresários de Guangzhou ou Cantão como é mais conhecida, rico poderoso, me prometeu a um omega, o único problema era que eu estava apaixonado, e percebi isso no dia que o tal omega foi até minha casa, e eu não conseguia pensar em outra coisa a não ser estar com o meu melhor amigo, em como eu queria abraça-lo e protegê-lo do mundo, mesmo ele sendo um alfa, e é aqui que mora o nosso problema, eu como alfa e primogênito do maior CEO de uma das maiores cidades da China, deveria me casar com um omega de classe alta, tomar o poder, me reproduzir e fazer isso com meu primogênito e ele fazer isso com os filhos dele e assim por diante.

Uma vida inteira, perfeita, detalhada e escrita, mas eu joguei tudo para cima no dia em que disse ao meu pai, que se eu fosse me casar, eu me casaria com o Tao, mesmo que na época ele não tenha se declarado a mim, assim como eu fiz, ele tinha aceito meu pedido de casamento e os meus sentimentos, mas nunca disse eu gosto de você, não na época, ele sempre esteve com medo de falar algo assim e ser descoberto pelos nossos pais, e eu entendi o porque quando fui espancado, e expulso de casa.

O que não aconteceu com o Tao, ele não foi aceito na família, por estar comigo, e tinha sido deserdado, mas não tinha sido expulso, ou até mesmo espancado como foi comigo, e no dia que ele soube, o que tinha me acontecido, a fuga foi nossa primeira opção.

Como o moreno tinha uma conta bancaria gorda escondida dos pais, foi fácil, arrumar um lugar para ficarmos, eu mal tinha saído do ensino médio, e Tao ainda estava no inicio, arrumei um emprego, em um lugar onde não me conheciam, e vivíamos assim por um ano, até que eu vi um dos capangas do alfa que se dizia ser meu pai, eles tentaram me matar e tentaram fazer o mesmo com o Tao, e uma alternativa obvia, foi fugir novamente, e a Coreia nunca tinha me parecido tão tentadoramente bonita, graças ao preço baixo da passagem.

Como o dinheiro todo era do Tao, ele alugou uma casa, e nós mobiliamos, aprendi a falar coreano primeiro que ele, que ainda se embola todo para falar, por isso, eu trabalho em parte com a comunicação, e ele mais na parte da organização, bem, trabalhava, até que ficou grávido.

Ah, essa é a parte que eu mais gosto, o dia que o Tao me contou que estava grávido, ele já estava com quase dois meses completos, o que me deixou muito feliz claro, mas o moreno nenhum pouco, como vivíamos “escondido”, todos achavam que éramos colegas de casa, e o Tao apoiava isso, ele não queria sofrer mais preconceito,

Porém eu o convenci a fazer uma festa para comemorar o fim do semestre e com isso conheceríamos outras opiniões, e quem sabe fazer amigos, e também comemoraríamos o inicio da nossa vida como pais, e bem, não foi muito prazeroso assim, não conhecemos ninguém por mais que eu tenha agido de forma amigável com todo mundo, o que me rendeu foi, sangue no meu banheiro, gozo na cama de visita, e um alfa ciumento me encarando torto, sem contar, que teve briga, gente bêbada, e vômito para mim limpar, então resolvemos que não contaríamos para ninguém, nunca mais daríamos uma festa que for, e que nos mudaríamos para um apartamento.

E aqui estamos nós com a vida mais uma vez não deixando nossas decisões dar certo, moramos em um apartamento confortável, temos 10 novos amigos, e estamos nos assumindo aos poucos para o restante da sociedade, é claro que o porteiro ainda nos olha torto e sempre que saímos as pessoas nos olham com nojo, mas com nossos amigos nada disso acontece,

-Sem o Xiumin hyung é muito mais difícil fazer ele dormir! –Tao disse voltando para a sala e se deitando sobre meu peito.

-Não esperava que fôssemos precisar de um omega.- Disse e dei um beijinho na ponta do seu nariz. – O que achou dessa loucura toda do Kyung? –Perguntei me lembrando da conversa que tivemos mais cedo com o omega.

-A resposta ta na própria pergunta: uma loucura. – Ele sorriu e saiu de cima de mim. – Eu não acredito que ele ta jogando tanta responsabilidade assim, em pessoas que ele nem conhece direito, um exemplo somos nós, olha em quem confiamos e nos demos mal!

-Você tem que parar um pouco com essa insegurança toda, eles já se mostraram bem diferentes de todos os outros que nós conhecíamos. – Disse o puxando para o meu colo novamente, se tem uma coisa entre relacionamentos alfa com alfa, é que um tem que ceder quando, ver que o outro não vai ceder e carinho sempre ajuda a acalmar os nervos.

-Você tem razão, mas eu ainda tenho medo, vamos topar isso, e se não der certo nós começamos do zero de novo! – ele disse e me deu um beijo antes de se levantar. – Estou indo dormir, seu filho dá muito trabalho!

-Hey, o filho também é seu! –Disse bufando e levantando num pulo, indo atrás do meu alfinha.