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História Perfeição. - A bonança sempre vem.


Escrita por: Miss_Byun

Notas do Autor


Olá! Titia miss byun aparecendo aqui para deixar mais um capítulo de Perfeição para vocês!
Esse capítulo eu dedico para duas pessoas especiais: A Annyan/Anlyah que faz aniversário hoje e que mesmo que a gente não se fale muito, em todas as vezes que nos falamos sempre foi um amor comigo! Muito obrigada por esse carinho meu anjo, muito obrigada mesmo! Desejo tudo de bom na sua vida, muita saúde, felicidade, sucesso, amor, Hunhan (??? XD) em sua vida!

A outra pessoa fará aniversário dia 20/04! Alguém imagina? Isso mesmo, meu outro ultimate, o meu príncipe e anjo na minha vida mesmo sem saber da minha existência: Luhan. Acho que com o Luhan eu senti pela primeira vez uma preocupação e aflição por uma pessoa que eu sei que nunca vou ver na vida, que foi quando ele adoeceu ano passado. Fiquei tão tensa e preocupada que eu acordava durante a noite só para saber se tinha notícias dele... E quando ele saiu eu chorei tanto porque era a separação de dois "amores" meus EXO x Luhan *até hoje essa separação dói, mas ok a gente disfarça e aprende a lidar -q*
Choro toda vez que lembro que se minha chance de ver o exo é mínima, a de ver o Luhan foi zerada depois que ele saiu.... Porque sério, mesmo sabendo que as coisas são difíceis e que é um sonho idiota, eu tinha o sonho de poder vê-lo no palco junto com o exo em um futuro show deles aqui (sonhar ainda é 0800 né? -q). Sonhava em poder ouvir de perto essa voz tão doce e melodiosa do Luhan, a voz rouquinha do Sehun, ver meu OTP interagindo na minha frente...
Eu não queria amar tanto o EXO assim, ainda mais Hunhan que são meus anjinhos e realmente me fazem sentir coisas inexplicáveis, mas eu os amo. Amo demais meus ultimates e assim como desejei que Sehun fosse imensamente feliz, venho aqui desejar que Luhan seja imensamente feliz. Ele começou um novo caminho em sua vida e eu desejo que ele seja recheado de conquistas, como já vem sendo e que seja cada vez mais!

Bem, tirando a gayzice de biased de lado HASUJIDF Desejo que todos vocês se deliciem com a leitura e as surpresas desse capítulo! <3
Boa leitura.

Dhi, obrigada por betar meu anjo!

Capítulo 29 - A bonança sempre vem.


Fanfic / Fanfiction Perfeição. - A bonança sempre vem.

Junmyeon passou pela porta do apartamento de seu pai se sentindo estranho naquela casa, como se fizesse anos sem aparecer por lá. Andou alguns passos e ficou parado na frente do quadro que Sehun admirava no dia que eles se conheceram, sorrindo ao pensar na quantidade de experiências já havia vivido naquele lapso de tempo.

 

Foi nesse momento de recordações que Junmyeon ouviu a voz daquela que ele já não suportava mais, principalmente depois de tudo que ela faz aos seus amigos e ao seu pai.

 

“Thomas, já voltou?” – Perguntava ainda no corredor e quando viu que na sala quem estava parado era Junmyeon, não conseguiu esconder a expressão de surpresa em seu rosto. – “J-Jun....Junmyeon!” – Falou animada logo após se recuperar um pouco da surpresa. Caminhou a passos rápidos até o coreano e o abraçou, pendurando-se em seu pescoço. Porém o rapaz apenas levou suas mãos em cada braço da loira e a afastou. Rapidamente desceu seu olhar para a pequena protuberância que existia na região abdominal dela.

 

“Você...” – Não completou a frase devido a surpresa que havia o apanhado, pois em sua mente tudo não passava de uma mentira de Lindsay para estragar a vida de Sehun, inclusive a gravidez.

 

“Ah... Sim. Eu estou grávida!” – Junmyeon podia jurar que o tom na voz dela beirava à tristeza, mas rapidamente mudou para um timbre dissimulado. – “Nosso bebê!”

 

“O... Que?” – Falou em choque, olhando com uma mistura de raiva e surpresa. – “Enlouqueceu, Lindsay?! Não me deito com você tem um bom tempo!”

 

“Não disse que era seu, disse que é nosso bebê porque vamos criá-lo! Juntos, eu e você!”

 

“Você...” – Suspirou. – “É louca!” – Decidiu ignorar aquele absurdo e ir para a parte que mais importava. – “De quem é esse filho?”

 

“Por que quer saber disso?”

 

“Oras, Lindsay! Fale logo!”

 

“Está com ciúmes?” – Perguntou com deboche.

 

“Lindsay! De quem é esse filho?!” – Apertava os dedos no braço da loira, marcando a pele devido à força.

 

“Está me machucando, Junmyeon!”

 

“Minha paciência está se esgotando! De quem é essa criança?!”

 

“Não te interessa!” – Falou de modo mais arisco, irritando ainda mais Junmyeon que em um ato impensado e por impulso a acertou com a mão espalmada no rosto, desferindo-lhe um tapa. – “Mas... Você é louco?!?!”

 

“Você quem enlouqueceu! Inventou uma mentira infundada sobre essa criança ser do Sehun e meu pai caiu que nem um idiota! Você estragou a vida de uma pessoa que não tem nada com essa história!”

 

“Fiz isso somente para tentar te trazer de volta! Sei como você é, sei que se eu envolvesse o Sehun em um problema você voltaria, porque desde que eu o conheci você assumiu esse sentimento de proteção a ele, me perturbando diretamente para não fazer nada contra ele... Então quando vi que realmente ficaria dois meses sem você eu pensei que precisaria fazer algo... Logo depois descobri a gravidez e usei isso para executar meu plano, mas você simplesmente não voltou!”

 

“O... Que?” – Falou incrédulo, andando nervosamente em círculos pela sala. – “Você estragou a vida do meu amigo só para que eu voltasse da viagem de dois meses?! Até que ponto você consegue ser tão monstruosamente egoísta, Lindsay?!”

 

“Eu só queria você de volta pra mim!”

 

“Eu nunca vou voltar para você, Lindsay! Quando você vai entender?!” – Cuspiu as palavras com certa ira. – “Meu Deus, qual o pecado que eu cometi para você não me deixar ser feliz em paz?! Eu te dei meu coração, Lindsay, eu fazia tudo por você... Era completamente apaixonado por você, mas pra você isso nunca significou algo!”

 

“Mentira!”

 

“É a verdade!”

 

“Não é! Eu amo você, Junmyeon, sempre amei!”

 

“Você tem um jeito de estranho de amar...” – Ironizou.

 

“Eu não sei amar, mas não significa que não ame.” – Falou com um tom mais baixo, denotando tristeza.

 

“Realmente não deve saber... Porque até onde eu sei de sentimentos, se você me amasse não se deitaria com vários homens quando nos conhecemos, não se casaria com meu pai e ainda fazendo a proposta de que eu fosse seu amante, não perturbaria a minha vida como você fez esses anos todos!”

 

“Você não entende. Eu sou assim... Sim, eu sempre fui assim. Sempre pensei no prazer antes de qualquer coisa. Sempre quis o luxo e o prazer, apenas isso. Então nunca me importei em me deitar com homens ricos, nunca me importei se me fizessem de uma prostituta pessoal de luxo... Até te conhecer. Você realmente me fez sentir algo que eu nunca imaginei sentir um dia... Mas eu simplesmente não sabia como viver isso... Eu simplesmente não conseguia abandonar tudo que fui e sou por causa de um sentimento... Até agora.”

 

“Agora?”

 

“Te ver com aquele...” – Interrompeu-se buscando coragem para terminar a frase. – “Aquele chinês...”

 

“Yifan, meu namorado.” – Completou e viu Lindsay crispar os lábios.

 

“Ele... Te vir com ele me mostrou pela primeira vez como é ter medo de perder alguém... E eu quis fazer você voltar pra mim... Por isso queria que voltasse dos Estados Unidos... Queria que voltasse para que eu pudesse fazer você se apaixonar novamente por mim!”

 

“Isso é impossível Lindsay...”

 

“Não, não... Junmyeon...”

 

“Lindsay, você fez a sua escolha anos atrás... Escolheu se casar com meu pai.”

 

“Esse casamento é apenas um negócio!” – Esbravejou desesperada.

 

“Um... Negócio?” – Olhou confuso para a mulher. – “Claro que é um negócio, você se casou com ele somente por dinheiro!”

 

“Sim... Mas ele sempre soube disso. Ele ofereceu isso...”

 

“Do que você está falando, Lindsay?!”

 

“Você... Nunca viu fotos da Natalie, não é?”

 

“Não... Meu pai não deixa fotos da falecida esposa. Por mais que ele fale que eu o ajudei a superar a perda, sei que ele não superou por completo a morte da esposa e da filha, tanto que não... Tem fotos delas por aí.”

 

“Exatamente. Mas se você quiser saber como era a Natalie, é só olhar para mim. Terá alguma noção de como ela era...”

 

“O... Que?”

 

“Thomas era para ser um caso como qualquer outro homem que eu havia me deitado. Nunca durava tanto... Por acaso nunca se perguntou sobre isso? Você sabia que eu não era pessoa de relacionamento duradouro e sério.”

 

“Pensei ter sido... Pela conta bancária... Era uma estabilidade financeira.” – Deu de ombros.

 

“Nunca precisei casar para ter isso...” – Revirou os olhos. – “Mas de certa maneira você tem razão. Foi pelo dinheiro, mas pelo dinheiro que seu pai me ofereceu para que eu me casasse com ele...”

 

“Como... É?”

 

“Ele me conheceu e se apaixonou por mim porque sou parecida com Natalie... Ele simplesmente não me deixava em paz e depois dos primeiros encontros eu já queria acabar com o que tínhamos, porque...”

 

“Por que...?”

 

“Primeiro porque eu realmente pensei várias vezes em largar o que eu fazia para ficar com você, Junmyeon. Segundo porque eu percebi o quanto ele estava... Fascinado por mim.” – Se afastou um pouco, encarando o quadro que Junmyeon fitava anteriormente. – “Quando ele fez a oferta eu achei loucura, mesmo que isso me beneficiasse... Sabe, receber um valor mensal alto para ser a esposa dele, apenas isso, era realmente tentador...”

 

“Claro que sim. Você é esse tipo de pessoa.” – Falou com frieza na voz.

 

“Mas depois achei isso loucura e recusei...” – Respondeu com dureza, olhando com mágoa para o coreano. – “Porém, ele ficou insistindo... Ele suplicava para isso... Dizendo que não queria perdê-la de novo...” – Sentou-se na poltrona que tinha perto de si e olhou o chão. – “Então eu perguntei para o amigo que me apresentou a ele sobre a vida amorosa e essa pessoa me disse que já sabia que Thomas se encantaria comigo...”

 

“Porque você lembrava a mulher dele...”

 

“Sim. Esse amigo me contou a história e eu... Confesso que me compadeci. Não foi somente por dinheiro...”

 

“Não foi somente, mas ele falou mais alto que eu sei.” – Sorriu em deboche.

 

“Eu realmente não sei amar, Junmyeon. Sempre que pude escolher entre você e o prazer, fosse carnal ou financeiro, eu escolhi o prazer... Até agora...”

 

“Agora?”

 

“Eu sei que estou te perdendo para aquele... Homem. Eu nunca prestei e disso eu sei, eu trai você, e até mesmo o Thomas, com muitos homens... Eu dei em cima do Sehun, e realmente quis destruir o casamento dele primeiro por interesse e depois por vingança, porque ele era seu amigo, porque eles te apresentaram o Yifan... Eu tenho... Isso em mim... Mas quando percebi que estava te perdendo... Fiquei desesperada. Queria que você voltasse, então o que antes eu ia fazer apenas para implicar, fiz como meio de desespero para você voltar. Eu sabia que se eu perturbasse o Sehun do jeito que perturbei você voltaria, até mesmo liguei para vários amigos do Thomas e que eram clientes dele e os fiz ficar contra Sehun para que eles cancelassem os serviços com ele... Fiz tudo que pensei ser possível para que você voltasse, mas você simplesmente não voltou!”

 

“Você é doente...”

 

“Não! Eu me desesperei por ver que estava te perdendo... Ainda mais quando descobri que eu... Estava grávida... Dele...”

 

“Dele...?” – Falou confuso. Confusão que durou apenas alguns segundos, pois logo depois ele abriu os olhos em espanto e caminhou até Lindsay. – “Essa criança é do Thomas?!”

 

Lindsay apenas se levantou da poltrona e caminhou pela sala, ficando em silêncio. Um silêncio tão longo que começava a irritar Junmyeon, por isso ele caminhou até a loira e novamente a puxou pelo braço, fazendo-a encarar.

 

“É do Thomas, não é?! Por isso você surtou! Você sabe que ficar grávida dele acabaria com as suas chances de terminar o casamento! Thomas ama ser pai e jamais te deixaria se separar, ele aumentaria quanto fosse o valor e você aceitaria, porque no final é somente isso que te importa!”

 

“Cala a boca, Junmyeon!”

 

“Você não me ama e não ama a ninguém além de você mesma! Você não presta, Lindsay!”

 

“CALA BOCA! Eu amo você, eu queria poder voltar atrás e nunca ter aceitado a proposta do Thomas! Não queria estar nesse momento da minha vida... GRÁVIDA DE ALGUÉM QUE EU NÃO AMO E QUE SE CASOU COMIGO SOMENTE PORQUE SOU PARECIDA COM UM FANTASMA!”

 

“O que você disse?” – A voz de Thomas se fez presente na sala, assustando tanto Lindsay quanto Junmyeon. Caminhou até eles, que continuavam em silêncio, e segurou com força o braço da loira, a puxando para perto de si. – “Esse filho... É meu?!”

 

“Thomas...”

 

“O filho que você disse que era do Sehun... É meu?”

 

“Você realmente acreditou que era do Sehun?” - Perguntou com certo deboche. – “Você sabe que ele não tocou em um fio de cabelo meu com alguma segunda intenção... Mas você se deixou levar mesmo assim, e sabe o porquê, Thomas? Porque você tem medo de me perder... Sempre foi assim! Sempre acreditou em tudo que eu disse e sempre teve medo que eu fosse embora, então ficava do meu lado e me apoiava. Fazia tudo por mim, tudo para que eu não fosse embora, para que não me perdesse... Mas não é exatamente a mim que você teme perder... Mas sim a sua querida defunta!” – Falou com escárnio e como resposta recebeu um tapa em seu rosto por parte de Thomas.

 

“Cala a sua maldita boca! Não ouse falar nesse tom da minha mulher!”

 

“EU SOU SUA MULHER! EU! Desde aquele maldito dia que aceitei o pedido que você me fez... Aquele dia que aceitei a sua proposta de me pagar para que eu aceitasse ser sua esposa... Porque simplesmente não conseguiu aceitar que a sua Natalie morreu!”

 

“Vai me culpar agora?! Eu realmente ofereci dinheiro, mas não se esqueça que você aceitou! E se aceitou, tem que continuar sendo a minha esposa! A minha... Natalie...” – Falou com a voz alta e em desespero, só percebendo sua frase quando viu Lindsay o olhar com mais raiva.

 

“EU NÃO SOU A SUA NATALIE!” – Gritou e se afastou de Thomas, olhando dele para Junmyeon incontáveis vezes. – “Sim, eu tenho a maior culpa de tudo... Mas quando decidi correr atrás daquilo que eu amo... Isso me aconteceu!” – Dizia apontando para a pequena barriga. – “Um filho seu, Thomas! Seu!”

 

“E está me culpando por isso?!”

 

“Estou culpando tudo! A mim, a você, essa criança, aquele maldito chinês por ter aparecido... Tudo!” – Seu olhar pela primeira vez não era de deboche ou sarcasmo, mas sim de desespero e tristeza e ao perceber isso Thomas se afastou alguns passos, sentando-se no sofá e encarando os dois.

 

Junmyeon estava calado desde o momento da chegada de seu pai, olhando dele a Lindsay de um jeito meio confuso; enquanto que a loira estava de olhos fechados, tentando se acalmar e controlar as lágrimas que teimosamente saíam de seus olhos.

 

“Eu sempre suspeitei... Depois de um tempo, eu sempre suspeitei de vocês dois. A forma que Junmyeon agiu depois que descobriu que Lindsay era minha noiva; os olhares tristes que ele lançava para nós dois... As suas provocações para ele e até mesmo a sua tristeza que tentava cobrir com as peças que pregava, com as traições, com as provocações, com tudo.” – Pausou, mas nem Lindsay e nem Junmyeon continuaram a conversa. – “Até que veio a primeira noite que você chamou o nome dele, durante o sono. Eu ignorei, porém vieram mais noites e depois até mesmo... Algumas vezes durante... O sexo...”

 

“O... Que?” – A voz surpresa e desesperada de Junmyeon cortou o momento, fazendo Thomas o encarar.

 

“Ela sempre te chamava...” – O mais velho disse de maneira fria, descendo o olhar para suas mãos cruzadas no colo.

 

“Assim como você sempre chamava a Natalie... Inclusive, na nossa primeira transa depois de casados. Eu nunca disse nada, porque eu sempre soube que era exatamente por isso que eu carregava isso no dedo.” – Mostrava a aliança dourada no dedo anelar. – “Desde o começo eu soube e aceitei, então não tinha o direito de reclamar. De certa forma eu me enganava que eu tinha tudo o que sempre quis, luxo, conforto, prazer, dinheiro... Mas...” – Deixou a frase morrer ao olhar para Junmyeon.

 

Depois de incontáveis minutos que pareceram horas, Junmyeon pigarreou nervoso; guardou as mãos no bolso da calça e olhou decidido para seu pai. – “Não estou aqui para saber de discussão de relacionamento entre vocês dois... Eu só vim para resolver o problema que causaram para os meus amigos.” – Falou sério e ao citar os amigos viu Thomas pigarrear nervoso e abaixar a cabeça envergonhado. – “Eu sei que você tem noção do quão grave foi sua atitude, pai. Você chegou no auge, no limite da ignorância por causa dessa sua fascinação pela sua falecida esposa...” – Caminhou até o pai, sentando-se no braço da poltrona. – “Você viu o quanto sua obsessão causou males?”

 

“Você não entende...”

 

“Eu entendo, pelo menos um pouco... Pai, eu fui abandonado, esqueceu? Acha que não quis repor a falta de pais na minha vida quando criança? Acha que não tive medo da solidão? Acha que enquanto crescia minha personalidade não mudava pelo fato de ser renegado pela minha própria família? Claro que eu entendo... Meus pais não morreram de fato, como a Natalie e a sua filha, mas teoricamente morreram. Durante toda a minha infância era como se eles estivessem mortos... E pior do que você, eu não sabia o que era ter um pai e uma mãe enquanto você ao menos teve momentos bons com a Natalie e poderia carregá-los em sua memória para sempre.”

 

“Como carregar e relembrar os momentos bons se até eles doíam? Se após relembrá-los eu percebia que nunca mais passavam disso, de lembranças. Porque nunca mais os teria de novo.” – A voz do homem se tornava embargada e olhava para Junmyeon com os olhos cintilando de lágrimas. – “Conheci Natalie quando era garoto. Um pobre garoto que era julgado por amar a arte e ninguém nunca entender. Para meus pais eu precisava de algo mais concreto. Amar desenhos estranhos, era como eles chamavam os quadros, nunca colocaria pão na minha mesa; ouvi isso tantas vezes que quase desisti de trabalhar com a arte. Mas não conseguia abandonar meu sonho... Não conseguia. Sabia que eu levei uma surra do meu pai porque juntei meu dinheiro do meu primeiro emprego para comprar um livro sobre arte renascentista?”

 

“P-Por quê?”

 

“Porque eu não devia gastar dinheiro com essas coisas idiotas.” – Riu amargurado. – “Nesse dia eu cheguei na escola com o rosto inchado de tanto chorar e Natalie, como sempre fazia, veio até mim me dar colo. Naquela época a família dela tinha uma situação melhor que a minha, então ela...” – Prendeu a respiração na tentativa de controlar as lágrimas, porque se as soltasse ia chorar de soluçar como uma criancinha com medo. – “Então ela me prometeu que se eu precisasse de livros, ela compraria para mim. Eu fiquei completamente envergonhado, e claro que não pedi nada. Mas um dia ela chegou e simplesmente me deu um... Ela sempre me apoiou, e quando descobri que ela gostava de pintar, eu a apoiava. E com o passar dos anos fomos nos aproximando mais e mais, mas eu tinha medo de assumir que estava apaixonado pela minha melhor amiga, então não nos envolvemos amorosamente... Quando algo amoroso aconteceu comigo e Natalie, eu já tinha uma vida considerada boa e uma carreira promissora. Lembro que eu estava enfurecido com uma mulher que havia se envolvido comigo pelo dinheiro, e ela me dava uma bronca falando que sempre havia me avisado das intenções, a gente discutiu naquele dia e eu falei algo como ‘Se você é tão sabichona assim para opinar em uma mulher pra mim, então me diga qual é a melhor mulher pra ficar comigo?’ e então...”

 

“Então?”

 

“Então ela me gritou em alto bom som ‘Eu, Thomas Lerdo Idiota Swan!’ e eu fiquei alguns segundos olhando para ela com cara de idiota...” – Riu se lembrando. – “E a partir daquele dia... Ela sempre foi a mulher certa para mim... Até...”

 

“A morte dela.” – Falou baixo e viu o pai fechar os olhos com força, tentando evitar as lágrimas, mas não conseguiu por completo e algumas fujonas correram pelo rosto de Thomas.

 

“Quando te conheci, eu fiquei muito melhor do luto. Mesmo com suas fases rebeldes, você sempre foi a minha alegria e eu realmente pensei que somente você ia me fazer superar aquele vazio. Mas quando conheci a Lindsay, eu estava velho, com aquela crise da idade... Eu nunca havia encontrado alguém que me fizesse sentir aquele sentimento de novo e todas as mulheres que eu me envolvia... Era por causa do dinheiro. Ao bater o olho em Lindsay eu percebi que ela era mais uma mulher interessada na fortuna do Sr. Swan, eu sabia que por dentro, no jeito, ela não ia ser como a minha... Natalie, mas...”

 

“Você estava em uma fase crítica ao envelhecer sozinho, sentiu falta de ter a Natalie ao seu lado, teve sua recaída e ao ver alguém parecido com ela... Se deixou levar.”

 

“Sim... Eu pensei que mesmo se no jeito não lembrasse a Natalie, e mesmo que ela não fosse idêntica à minha falecida esposa, eu poderia sanar um pouco dessa saudade ao olhá-la...”

 

“Mas nada disso aconteceu, não foi? Você se frustrou ao perceber que não havia dado certo e que na verdade saiu pior do que esperava... Diferentemente da Natalie, Lindsay não estava ao seu lado e isso te fez perceber a loucura cometida ao fazê-la se casar com você.”

 

“Eu ainda estou aqui, sabia?” – Lindsay falou com ironia.

 

“Cala boca, Lindsay.” – Junmyeon falou baixo, porém autoritário.

 

“Eu percebi que havia sido um erro em todos os sentidos, percebi que isso o magoava, mas meu medo de ficar sozinho de novo não me deixava fazer o certo. Além disso, sempre que eu a olhava eu me lembrava da Natalie e, por mais que as lembranças fossem dolorosas, eu gostava de olhar para Lindsay e lembrar de Natalie e me iludir que... Era ela ali. Mesmo que quando Lindsay fosse agir... Acabasse com minha ilusão...”

 

“Pai...”

 

“Mas já tem um tempo que eu percebo tudo isso indo à ruína e percebo que tenho que agir... Depois do que fiz com Sehun, por causa do medo de perder minha ilusão e meu ponto de conforto entre meu passado, eu percebi o quão doente fiquei... Eu sempre tive um carinho grande por Sehun e Lu Han, sempre... Mas Lindsay usou o meu calcanhar de Aquiles contra mim, que era esse medo de perdê-la e perder de quebra o que me fazia sentir que ainda tinha Natalie comigo...” – Suspirou. – “Me sinto tão insano ao me ouvir...” – Soltou um riso torto desanimado.

 

“Pai, você percebeu as coisas... Está percebendo que tentar fazer a Natalie ficar viva não dá certo. Ela morreu pai. Assim como meus pais me abandonaram. Mas sabe, se pra mim apareceu alguém, do outro lado do mundo, que quis me adotar e me amar como um pai de verdade, por que para você não pode aparecer essa pessoa?”

 

“Porque o tempo passou e eu fiquei velho...” – Sorriu triste. – “Agora com essa idade, só vou conseguir mulher interessada no meu dinheiro...”

 

“Talvez não.” – Para espanto de Thomas, não foi Junmyeon (aliás esse ficou espantando também) quem respondeu e sim Lindsay. – “Sei que não sou a melhor pessoa para dizer isso, sei que não presto e não entendo muito sobre amar. A única pessoa que realmente amei parece me odiar agora.” – Olhou com tristeza para Junmyeon e esse desviou o olhar. – “Mas você, Thomas, você é incrível. É fácil alguém de bom coração se apaixonar por você, acredite. E você vai saber reconhecer uma mulher de bom coração, uma mulher que não é interessada em dinheiro e apenas isso... Você só... Não pode se deixar levar pela solidão.”

 

“Sabe que está praticamente falando para o meu pai se separar de você, não sabe?”

 

“Eu não tenho expectativa desse casamento continuar, Junmyeon. Nem mesmo vontade de continuar sendo a Sra. Swan.” – Suspirou.

 

“Sabe que... Mesmo fazendo isso tudo... Não terá uma segunda chance comigo, não é?” – Olhou-a sério e a viu abrir a boca algumas, mas nada dizer. Lindsay apenas abaixou a cabeça um pouco desanimada e respirou fundo, continuando em silêncio. – “Lindsay, eu amo o Yifan...”

 

“Você me amou também.”

 

“Amei, no passado. Esse amor... Não existe mais.”

 

“Nada...? Você ao menos tem algum sentimento bom para comigo?” – Sua fala e seu olhar refletiam desespero e tristeza, principalmente depois de minutos intermináveis de silêncio de Junmyeon. – “O que eu... Posso fazer para você...”

 

“Não voltarei a ser apaixonado por você, Lindsay.”

 

“Não isso... Mas... Pelo menos sentir... Algo bom por mim?”

 

“Hm... Mudar?” – Olhou-a confuso. – “Se você pegasse o telefone e ligasse para cada amigo do meu pai que é cliente de Sehun e desfizesse a burrada que fez, já seria um grande passo para eu começar a pensar em sentir algo bom por você de novo...”

 

“O... Que?”

 

“Bem, se você quiser que eu sinta algo bom por você de novo...”

 

“Quero!” – Molhou os lábios. – “Mas o que vou falar para eles?”

 

“Você vai pensar nisso, foi boa para inventar na primeira vez... Invente agora também.” – Sorriu e se levantou indo até o telefone sem fio e o passando para a loira. – “Vamos lá, se é importante para você que eu sinta pelo menos um respeito e uma amizade calorosa, comece a fazer o certo dessa vez.” – A loira apenas bufou e pegou o celular da mão de Junmyeon.

 

× × × ×

 

Sehun estava com a filha no colo, enchendo o rostinho dela de beijinhos para que a mesma desse um sorriso. Mei estava tristinha por só ter visto o irmão por pouco tempo e queria entrar de novo no quarto onde ele estava.

 

“Yong, papai... Quando Yong ir pa casa?” – Falou com um biquinho que logo foi apertado de leve pelos dedos longos de Sehun.

 

“Logo ele vai para casa, ok? E vocês brincarão muito!” – Falou esperançoso e deitou a filha no colo, fazendo cosquinhas na barriguinha enquanto distribuía mais selares no rosto da menina que finalmente soltava suas risadas gostosas que enchia o coração de Sehun de alegria.

“Eita que farra gostosa, uh?” – Lu Han falava rindo ao aparecer perto deles. Havia saído na companhia de Yifan para comprar café e algum lanche para comerem.

 

“Venti também papai!” – Mei dizia abrindo e fechando a mãozinha ao chamar Lu Han, que sorriu e se sentou ao lado deles.

 

“Seu café está com o Yifan.” – Dizia ao olhar o amigo que vinha logo atrás carregando a bandeja de copos. – “E para essa pequenina aqui, o que será que o papai Han trouxe?”

 

“O que, o que?”

 

“Tcharan!”

 

“Oba!” – Exclamou ao mesmo tempo que sentou no colo de Sehun e levou as mãozinhas pequeninas até o muffin de baunilha com gotas de chocolate que Lu Han retirava de um embrulho.

 

“Ei, ei...” – Sehun chamou a atenção da filha, segurando o muffin e impedindo que ela mordesse. – “Obrigado Yifan.” – Agradeceu ao café que o amigo entregava pegando-o com a outra mão enquanto continuava segurando a mão da filha com o muffin. – “O que os papais te ensinaram?”

 

“Ahn...” – Olhava de Sehun ao muffin e do muffin a Lu Han. – “Qué papai, Han?” – Ofereceu. Lu Han apenas riu e pegou um pedacinho. – “Qué papai, Hun?” – Assim como Lu Han, Sehun riu e morde um pedaço pequeno. – “Qué titio Fan?” – Esticou os bracinhos para o chinês que sorriu pegou um pedaço.

 

“Hmmm, gostoso! Dá mais?!” – Yifan brincou.

 

“Não, já tá bom já...” – A menina respondeu recolhendo o bracinho e mordendo o muffin.

 

“Mei!” – Sehun falou mais sério e olhando um pouquinho bravo para a menina que fez um biquinho.

 

“Tá bom...” – Esticou o bracinho, oferecendo novamente o muffin a Yifan.

 

“E não recuse, Yifan, para ela aprender. ” – Lu Han falou sério, porém com um sorriso torto no rosto. O chinês mais alto apenas riu sem graça e pegou um pedacinho da comida, agradecendo logo em seguida.

 

Ficaram naquele clima tranquilo até que Sehun se virou para o lado e avistou a figura de Junmyeon acompanhada de Lindsay e Thomas.

 

“O que eles estão fazendo aqui?” – Lu Han falou com o timbre um pouco incomodado e rapidamente sentiu a mão de Yifan em seu ombro.

 

“Junmyeon disse que ia tentar resolver os problemas, não disse? ”

 

“Mas trazendo ela? Ela é o problema!”

 

“Tente ficar calmo, Lu Han...” – Yifan pediu baixo e o outro chinês apenas suspirou contrariado, porém concordou.

 

Assim que Junmyeon parou a uma certa distância de onde estavam, Sehun entendeu o recado e se levantou, segurando Mei em seu colo e vendo Lu Han se levantar também. Os dois caminharam até Junmyeon em quase que silêncio total. Quase porque Mei cortou o silêncio ao começar a choramingar assim que percebeu a presença de Thomas Swan.

 

“Não, papai, não... Ele bate papai!” – Falou enquanto segurava com força o pescoço de Sehun.

 

“Eu...” – Thomas começou, já demonstrando toda a vergonha que sentia.

 

“Sehun, Lu Han... Eles vieram se desculpar por tudo de fizeram... Não é?” – Olhou inquisitorialmente para Lindsay, que com cara de poucos amigos acenou positivamente. – “Então, o que tem para dizer para eles, Lindsay?”

 

“Eu sei que eu errei, e muito. Sei que não aceitarão essas desculpas, e na verdade, nem eu aceitaria...”

 

“Até porque... Não está havendo sinceridade alguma em suas palavras.” – Lu Han rebateu.

 

“Ele está certo, Lindsay. Não está convencendo.” – Junmyeon disse com um sorrisinho cínico que fez a loira bufar contrariado.

 

“Olha, não importa o que eu fale, vocês nunca acreditarão em mim depois das coisas que eu fiz. E sinceramente? Se não fosse pelo Junmyeon eu não estaria aqui, mas... Eu quero realmente mostrar que eu posso mudar, então me perdoem por tudo, e eu garanto a vocês que nunca mais farei nada de ruim na vida de vocês de novo, ok? Pronto.” – Disse olhando seriamente para Junmyeon que tentava segurar um riso debochado ao ver a loira engolindo o orgulho daquela forma. – “Vou esperar vocês no corredor.”

 

“Sua vez, pai.” – Dessa vez o tom de voz do coreano não era debochado. Na verdade, a voz de Junmyeon passava força e calma para Thomas. – “Você consegue, uh?”

 

“Eu...” – Se aproximou e viu Mei levar a mãozinha espalmada para frente, como se fosse empurrá-lo enquanto dava um grito de medo.

 

“Sai!”

 

“Mei... Ele não vai bater no papai...” – Sehun dizia acariciando as costas da filha. – “Ele não vai bater, ok? O papai vai te deixar com o titio Myeon...”

 

“Não, não, não...”

 

“Filha, o papai vai ficar bem, ok?” – Deixou um beijinho na bochecha da filha. – “Vou te deixar com o titio Myeon, mas ele vai ficar aqui, próximo ao papai e você vai ver que o tio Thomas não vai machucar o papai, ok?” – A menininha apenas balançou a cabeça de forma meio amuada, aceitando ir para o colo de Junmyeon.

 

Assim que viu a criança no colo de seu filho, Thomas avançou para frente e em um piscar de olhos envolveu tanto Lu Han quanto Sehun em um abraço ressentido e envergonhado.

 

“Me perdoem!” – Pediu com a voz embargada enquanto apertava cada vez mais o abraço nos dois asiáticos. – “Por favor, me perdoem! Eu me odeio tanto pelo que eu fiz... Eu...”

 

“Thomas, você não precisa falar mais nada...” – Sehun dizia sorrindo enquanto dava leves tapinhas nas costas do mais velho.

 

“Eu preciso explicar... Eu... Devo tantas desculpas e explicações.”

 

“Não deve... Você já fez o que queríamos.” – Lu Han quem falava dessa vez, também sorrindo. – “Já voltou ao normal e pediu perdão. Não queremos que se explique... O que aconteceu ficou no passado e não queremos reviver aquilo.”

 

“Lu Han tem razão. Eu sei o quanto é ruim remoer uma culpa, Thomas. Então não quero que faça isso. Só vamos seguir em frente agora, ok?”

 

“Certeza...?”

 

“Claro que sim!” – Sehun sorriu e afastou o homem do abraço, fazendo-o encará-los. – “A vida é curta demais para a gente ficar remoendo essas coisas; e ter esse tipo de sentimento nunca traz coisas boas. Só vamos... Seguir em frente, sem culpa do que aconteceu ok?”

 

“Certo... Mas eu prometo que vou recompensar tudo, prometo!”

 

“Thomas, você sabe que não precisa!”

 

“Não me importo se não precisa, eu irei!”

 

“Não vamos discutir isso agora, ok?” – Sehun sorriu e depois se virou para Junmyeon. – “Acho que alguém tem que nos contar como foi a viagem, uh? Vamos aproveitar esse momento de paz?”

 

“Só vou dizer para a Lindsay que vamos ficar e que ela pode ir para casa.” – Comentou com um sorriso enquanto entregava Mei para Sehun. – “Já volto.” – Se afastou deles caminhando até o corredor onde encontrou Lindsay olhando estática para certa direção. – “O que foi?”

 

“Passou um bebê que caiu do segundo andar e está correndo risco de morte... A mãe chorando... Foi uma cena tão dolorosa de se ver...” – Levou a mão até a pequena saliência em sua barriga. – “Será que vou... Saber ser uma boa mãe?”

 

“Dizem que certas pessoas mudam quando os filhos chegam em suas vidas.” – Respondeu olhando para a loira e pigarreou nervoso quando os olhos delas se encontraram com os seus. Havia um sentimento diferente naqueles olhos azuis que fez Junmyeon se sentir meio perdido e confuso.

 

“Eu queria tanto que... Fosse um filho seu aqui dentro...”

 

“Lindsay...”

 

“Sério. Me arrependo de todas as vezes que você quis... Tentar e eu não.”

 

“Você não podia engravidar na época... Uma criança estragaria seus planos de ser livre para qualquer homem que aparecesse.”

 

“Eu não vou mudar, Junmyeon.”

 

“Hm?”

 

“Sabe, eu continuo não me importando para o Lu Han e o Sehun e... Tudo que eu fiz é só porque eu realmente quero... Quero que não me olhe com aquele... Ódio no olhar. Não enquanto eu ainda estiver por perto.”

 

“Pretende ir embora?”

 

“Ah sim...” – Levou a mão até a barriga. – “Eu vou fazer a única coisa certa da minha vida e depois... Voltarei para o lado torto que sempre fui.”

 

“Como... Assim?”

 

“Eu vou deixar a criança com o Thomas, pedir a separação e depois... Bem, depois vou voltar à vida que eu sempre tive.”

 

“Por que, Lindsay?”

 

“Porque... Eu sou assim. Existem pessoas assim, pessoas que não mudam. Pessoas que só fazem uma única coisa certa na vida e depois cometem erros atrás de erros...”

 

“Você sabe que pode mudar se quiser.”

 

“E se eu não quiser? Eu só mudaria se fosse para não te perder de novo, para recuperar a chance que deixei passar. Para poder te amar... Mas, nem mesmo posso dizer por quanto tempo essa mudança ia durar.”

 

“Se eu te desse uma chance...”

 

“Eu poderia jogar tudo no lixo de novo. Poderíamos casar, ter nossos filhos e em um momento da nossa vida... Eu poderia ir parar na cama com um homem que me prometesse um colar de diamantes. Mas mesmo assim, eu ainda amaria você...”

 

“Você realmente não sabe o que é amar.”

 

“E nunca terei a chance de aprender...”

 

× × × ×

 

Alguns dias depois...

 

“E quem é esse aqui?” – Abbie dizia enquanto deitava no chão para ficar junto de Mei, já que naquele sábado ela e Tom estavam cuidando da pequena enquanto Lu Han e Sehun ficavam no hospital.

 

“Abbie, cuidado ao deitar, a barriga já não está tão pequena assim!”

 

“Deixa de ser exagerado, Tom. Estou apenas com cinco meses e estou somente me deitando para brincar com a Mei...” – Reclamou revirando os olhos enquanto apoiava o cotovelo no chão e a cabeça em sua mão. – “Fala para a Tia Ab quem é esse.”

 

“Papai Han. Esse aqui é titio Myeon... Papai Hun... Tom!”

 

“Oh, que lindo. E esse aqui?”

 

“É a Yui! E esse qui é o Yong...” – Disse com um biquinho e a voz meio chorosa. – “Yui tá com saudade do Yong tamém... Ela tá. Que nem a Mei!”

 

“Ah, meu amorzinho. Seus papais fora–” – Antes que pudesse terminar a fala, ouviu a campainha tocar. Tom se levantou do sofá em um pulo e foi até a porta, abrindo-a ao ver pelo olho mágico quem era.

 

“Mei, olha a surpresa que tem aqui para você!” – O rapaz dizia com completa alegria na voz.

 

A menina se virou para trás e quando viu a figura de Sehun e Lu Han, este segurando no colo o pequeno Yong, a menina abriu o maior e mais feliz sorriso do mundo. Saiu correndo de braços abertos e abraçou a perna esquerda de Sehun e a direita de Lu Han enquanto levantava a cabecinha e ficava olhando para o Yong no colo do pai.

 

“Yong!”

 

“Mei Mei!” – O menininho disse com a voz baixa, mas também demonstrava o tom feliz por rever a irmã. Lu Han o desceu de seu colo e a cena que se formou diante dos olhos dos quatro adultos presentes mexeu com a emoção de todos eles.

 

Com o braço aberto Yong andou até a irmã e a puxou para um abraço apertado assim que circundou o pescocinho dela que enterrou o rostinho no vão do pescoço do irmão.

 

“Só existe uma palavra para descrever essa cena.” – Sehun comentou secando o caminho que uma lágrima teimosa teimou em fazer.

 

“Perfeição.” – Lu Han completou, olhando para o coreano e sorrindo enquanto o abraçava e via a filha puxar o irmão para desenhar e contar como Yui também estava com saudade dele.

 

× × × ×

 

“L-Lu...” – Mordeu o lábio inferior ao sentir o chinês friccionar suas pélvis.

 

“São... Quase quatro meses sem sexo, Sehun. Acho que vou explodir de saudade de você.” – Rebolou no colo do coreano e depois direcionou a boca até o pescoço dele, marcando a pele com os dentes. Sentiu as mãos do coreano apertarem com certa posse a sua cintura, induzindo-o a se movimentar com mais precisão.

 

Mas todo o clima foi interrompido quando ouviram um chorinho agudo em protesto. Lu Han rapidamente se afastou de Sehun e direcionou o olhar para Yui, vendo-a balançar o cotoco de rabo que tinha e abaixar a cabeça como se estivesse chamando a atenção.

 

“Não... Yui, vá pra sua caminha!” – Mas novamente a cachorra soltou um chorinho. E quando viu que o chinês apenas a ignorou e voltou a se envolver com Sehun, ela decidiu latir. Uma, duas, três vezes. – “Droga! Já não bastava o ciúme do Yong no começo, quando ele melhorou um pouco... Agora é a nossa cachorra!”

 

“Vou colocá-la na área de serviço.” – Sehun comentou rindo com a braveza de Lu Han por ter sido interrompido.

 

Não demorou mais que alguns minutos e Sehun já estava de volta ao quarto, engatinhando pela cama com um olhar provocativo para Lu Han. Deitou-se em cima do corpo do chinês, ondulando seu corpo ao dele e se deliciando com os suspiros excitados que ele exclamava.

 

Mas novamente, algo atrapalhou.

 

“Não acredito!” – Sehun quem esbravejou dessa vez ao olhar para baixo e ver Yui ali, sentadinha olhando os dois enquanto choramingava. – “Pare de olhar como se estivesse nos julgando, sua moleca! E também, pare de fugir da área de serviço e de empurrar a porta com esse focinho!” – Falou ao se levantar e ir até a cachorra, a pegando no colo para novamente a levá-la até a área de serviço.

 

“Você poderia parar de deixar a porta somente encostada, que tal Sehun?” – Lu Han deu a dica com um olhar frustrado para o marido, que apenas revirou os olhos e caminhou para fora do quarto. Mas um grito assustado vindo do quarto dos gêmeos o fez parar de andar e deixar a cachorrinha no chão do corredor.

 

“O que foi, Yong?” – Falou ao abrir a porta com pressa e acender a luz.

 

“Papais...”

 

“Pesadelo de novo, meu amor?” – Lu Han falou ao passar pela porta do quarto dos gêmeos. Naquele dia completava uma semana que Yong havia voltado para casa e era a terceira noite dele tendo pesadelo com agulhas ou com homens de roupas brancas o separando de Sehun e Lu Han.

 

“Não deixa furar Yong dinovo, papai...” – O menininho pediu chorando.

 

“Calma meu amor, os papais estão aqui. Foi apenas um pesadelo, uh?” – Sehun sorriu e passou a mão na testa molhada de suor do filho. – “Passou, pesadelo já foi embora! Você está com os papais e não vai ser furado, ok?”

 

A criança apenas soluçava devido ao choro, além de esticar os bracinhos em direção a Sehun que o pegou no colo e o tirou da cama.

 

“Você pega a Mei?” – Falou para Lu Han enquanto virava para a cama da menininha que olhava tudo em silêncio e com os olhos assustados por causa do choro do irmão.

 

“Vem aqui minha princesa.” – Lu Han falou para Mei que rapidamente abriu os braços e pulou para o colo do pai.

 

“Quem vai dormir com os papais hoje de novo?” – Sehun perguntou sorrindo, deixando um beijo calmo na testa do filho

 

“Yong e Mei.” – O menininho respondeu mais calmo e sorrindo para o pai.

 

“Te amo muito, meu amor.” – Falou para o menino enquanto o deitava na cama. Viu Lu Han deitar Mei do lado do irmão e logo os dois deram as mãozinhas e quando os pais deitaram na cama, cada um colocou a cabeça no ombro de um pai, mas mesmo assim não soltaram as mãos entrelaçadas.

 

“Tiamo, papai Hun...” – Yong falou baixo para Sehun e depois completou. – “Ti amo, papai Han.” – Lu Han e Sehun apenas se entreolharam e sorriram. Um dos sorrisos mais sinceros e felizes que tinham dado em suas vidas.

 

Ambos se deitaram e ficaram olhando os filhos, até que ouviram um novo choramingo. Lu Han sorriu e se afastou com cautela da cama, indo até Yui e a colocando no espaço que tinha no cantinho da cama ao lado de Sehun.

 

“Não se mexa muito, ok, Sehun? Ou vai derrubar a Yui.” – Riu e deixou um beijo na cabecinha peluda da cachorra. E mesmo que a noite não tivesse se desenrolado como Sehun e Lu Han planejaram, ela simplesmente estava perfeita, pois era uma noite que estavam completos com sua família.


Notas Finais


E AÍ??? Surpreendi vocês com os motivos do Sr. Swan ser caidinho pela Lindsay? :OOO
Pelo menos parece que ele está abrindo os olhos agora D: e será que essa maternidade vai mudar a Lindsay? Eu não sei não, hein... Ela pelo menos acha que não vai mudar XD Só vai deixar o povo da história em paz...Será?
Mas foi legal escrevê-la engolindo o orgulho e pedindo "desculpas" UAHSDJIFG só dela fazer algo que não queria, já me divertir em escrever! :x

E O YONG VOLTOU PRA CASA! E tá bemmmmm! <33333 Mereço amor de novo hein q YSUDJFIG
Bem, é isso! Nos vemos no próximo , ok?
Vou responder os comentários agora!
Beijinhos e muito obrigada por terem lido!


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