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História Pérolas e Safiras - Fuga


Escrita por: thereddiamond

Notas do Autor


Yey! Capitulo novo passando nas suas notificações HAUHAUHAUHAUHAUHAUHAU.
Brincadeiras a parte, cá está um pouquinho de sua dose diária NaruHina, espero que gostem e tenham uma boa leitura!
Bjus ;*

Capítulo 13 - Fuga


"Não tenho muita certeza de como me sentir quanto a isso. Algo no seu jeito de mexer faz com que eu acredite não ser possível viver sem você. Isso me leva do começo ao fim. Quero que você fique.” – Rihanna, Stay.

 

Hayato e Kaguya tentaram por quase cinco meses avançar no relacionamento, ultrapassando dos beijos quentes e toques sensuais.

Ele queria sentir o prazer da carne do qual lhe fora renegada por muito tempo, poder tocá-la da maneira que desejava e como sonhou durante todos esses anos. Sentia falta de fazer sexo com sua amada, não aguentava mais de ansiedade. Entretanto, ela era sempre o empecilho. O maldito corpo não a obedecia e tudo o que ele fizera estava indo as ruínas.

A Otsutsuki começava a se irritar com o corpo em que estava presa, a Hyuuga ainda tentava sobreviver e impedia qualquer progresso em seu corpo. Não dava para conseguir seus poderes, sua concentração estava bem escassa devido aos incessantes gritos da garota dentro de si. Por vezes ela conseguia tomar consciência, mas a alma da Kaguya sempre acabava por retomar o controle, subjugando-a para o canto mais obscuro de sua mente. A Deusa Coelho se questionava o motivo da alma da garota não ter se desintegrado no ritual. Era para ter acontecido. Como ela conseguiria seus poderes de volta com a outra ainda os protegendo?

Ela se sentia tão frustrada e a cada segundo que passava ganhava um ódio profundo de sua descendente. Se pudesse acabaria com a vida dela sem hesitar...

No outro lado da história, já que não podia ter nada com sua mulher, Yokoyama montara um pequeno exercito de guardas para escolta-los em uma jornada disseminando o terror. Ele estava tentando demonstrar a Kaguya que ainda era eficiente e não havia perdido o jeito em comandar pessoas.

Esse grupo não se utilizava de violência, ao menos quando não era necessário. Bastava apenas mencionar o nome da matriarca dos Otsutsuki que o medo e pavor se dispersavam como fogo em palha seca. Ou seja, eles tinham métodos mais eficazes. O mundo seria deles se continuassem naquele ritmo.

Eles estavam hospedados temporariamente em uma mansão próxima a Vila Oculta da Lua Vermelha, localizada no País do Chá. Não era um lugar digno de uma rainha, mas para Kaguya, dava para dormir e descansar antes de continuar sua jornada. O corpo em que estava vivendo, devido à disputa mental entre duas pessoas, parecia se cansar mais rápido do que deveria, obrigando-a a ficar mais tempo descansando do que conquistando. Mesmo que estivessem próximos do País do Fogo, não tinha como eles a pegarem. Seu corpo sendo um Nukenin de Konoha significava um nível alto de procurado, mas nada que não possa ser contornado.

Numa tarde abafada naquele país, Kaguya lia as notícias da atualidade, passara muito tempo presa na lua e agora que voltava precisava estar a par da situação. Hayato estava sentado ao seu lado limpando uma de suas armas ninja.

Ia tudo muito bem e tranquilo, até que a Otsutsuki é tragada para dentro da mente do corpo da morena. Entrara numa paisagem onírica e barulhenta, repleta de memórias e pensamentos gritantes. Ela encarou com muita fúria a Hyuuga que repentinamente se materializou a sua frente.

Então teremos uma conversinha? – pensou e ficou surpresa ao ver seus pensamentos amplificados pelo lugar.

Claro que sim. – Hinata respondeu com muita seriedade. – Você vai sair e é agora! Me deixe em paz!

 Kaguya gargalhou debochando da garota.

E quem é você para fazer algo? – questionou enquanto se aproximava lentamente da garota, circundando-a como um predador prestes a atacar sua inofensiva presa. – Primeiramente, para que você quer voltar? Você sabe da história toda, sabe das mentiras de seu pai... Por que voltar? Não tem nada para você por lá. – avançou ainda mais para perto da morena, que demonstrou estar abalada por aquelas palavras. – Você é uma fugitiva de Konoha, sua vila está te caçando, queridinha.

Hinata fechou fortemente seus punhos, não suportava a dor daquelas palavras. Estavam a abandonando... Mas por que não se sentia totalmente abandonada? Por que sua alma ainda batalha na perspectiva de encontrar uma saída?

Eram muitas perguntas e poucas respostas, entretanto nunca deixava de desistir, existia um desejo tão intenso e forte que a mantinha ali.

Responda-me Hyuuga... – Kaguya chamou a atenção da morena com impaciência. – Seu pai lhe contou como sua mãe morreu? – Ela nem esperou a resposta, pois a tinha em apenas encarar a desolação e confusão nos olhos da moça. – Não? Oh, tenho um pouco de pena de você. Conviveu todos esses anos com um assassino, o tratando com respeito e temor. É de dar pena.

O que você está insinuando?  - dessa vez Hinata demonstrou estar furiosa, sempre ficava assim quando o assunto era sua mãe.

Eu não estou insinuando nada, sua garota boba! – Kaguya retrucou com firmeza. Ela passou a mão em seu cabelo longo e claro, tentando se recompor. – Apenas encare os fatos. Há treze anos voltei a Terra no corpo de sua mãe... Mas a desgraçada é igual a você, forte e independente. Jamais deixaria alguém dominá-la. – Falou com irritação enquanto rolava seus olhos. – Devo dizer que fora uma tola, já que não tinha como me tirar de dentro dela, mas... A única coisa que podia me mandar de volta era a morte e ela sabia disso.

Não...  – Hinata ofegou chorosa, se afastava da mulher que infligia uma aflição que martelava sua cabeça.

Ah, você já entendeu não é.  – Ela falou abrindo um sorriso maldoso e cruel. – Seu pai tem as mãos sujas, querida. Ele mesmo cravou uma kunai no peito de Hyuuga Himiko. O líder Hyuuga matou a própria esposa...

Cala a boca. – Hinata ordenou a mulher que continuou a falar, ignorando-a. A morena sentia vibrações estranhas e poderosas dominarem sua alma. A raiva profunda que tinha da Kaguya estava se acumulando. – EU DISSE PARA CALAR A BOCA!

Repentinamente, com um comando de voz, tudo explodiu dentro de sua mente numa onda maciça de poder. Kaguya nunca imaginou aquilo ser possível, nem mesmo Himiko conseguira expandir seu poder tão intensamente. Como se houvesse uma coisa presa nessa garota, um poder tão forte, que permitiria a ela lutar bravamente pelo controle de seu corpo.

Um rugido alto e forte ressoou por toda a imensidão, que agora tomava tons vibrantes e claros. O som chacoalhou a alma da Deusa Coelho e reverberou por todo seu ser.

Otsutsuki Kaguya não acreditava no que via ou ouvia. O som ensurdecedor a fazia mal. Ela estava se sentindo fraca, dominada...

Até que tudo colidiu.

*

Hayato não havia percebido o repentino silencio da mulher, estava perdido em pensamentos e estratégias que tomariam daqui para frente.

Sua atenção foi roubada no exato momento em que sentiu a onda opressora de poder, dominar o quarto em que estava hospedado. Ele se questionou de quem pertencia aquele chakra forte e doloroso de se sentir. Tardiamente percebeu que estava sendo emanado pela mulher sentada ao seu lado. Ao olhar para a Hyuuga, Hayato conseguiu enxergar o corpo todo envolto de chakra.

A garota se levantou da cadeira e começou a andar para longe dele, a expressão muda e vazia. O Yokoyama logo tratou de impedi-la e, confuso com a repentina onda de explosão, questionou Kaguya o que estava ocorrendo. Só que a Otsutsuki não respondeu. Em troca de sua intromissão, a morena atravessou sua mão no peito do homem que ofegou surpreso pelo repentino golpe.

Hayato encarou a mulher com o choque travado em suas feições, seus olhos arregalados viram que não havia nada além de imensidão branca nos olhos da Hyuuga, parecia até ser uma outra pessoa. Aquilo assustou o homem de uma maneira que jamais achou ser possível.

- O... Q-q-que v-você... E-está... Fazendo? – Ele a questionou com dificuldade, enquanto sentia a dor excruciante, a cada movimentação da mão da morena em seu peito.

- Tirando sua imortalidade... – Uma voz pulsante e desconhecida, que mais lembrava o rugido de um leão, falou pela garota, que nem ao menos moveu os lábios.

Os dedos da Hyuuga tocaram o coração pulsante de Hayato, que grunhiu horrendamente sentindo que aquele movimento pressionou-o erraticamente. O sangue escorria entre os dois, sujando não apenas ele, mas como também o imaculado kimono branco que garota vestia. Ele sentiu que com aquele pavoroso toque, suas forças estavam sendo drenadas e aos poucos a armadura que o protegeu por séculos estivesse se rachando. Era como se tivesse retirando uma capa invisível que o afastava da morte.

Ao considerar seu trabalho terminado, a morena retira a mão do corpo mole e quase desgastado do homem, se afastando no exato momento em que cai lentamente aos seus pés. Ela queria ter feito mais, talvez até mata-lo, mas não podia fazer aquilo, pois ainda sobrava alguma consciência de Kaguya no corpo. Entretanto era um controle tão fraco e mesmo com as atitudes mesquinhas, as chances do seu retorno estavam basicamente anuladas.

Vendo que não poderia mais manter o corpo da Hinata ali, ele decidiu se movimentar e deixar-se guiar. Tinha de protegê-la ou morreria junto com seu corpo.

*

A nova guarda Otsutsuki rondava pela velha e acabada mansão, sem preocupação ou motivos para lutar. Estavam meio que indignados por permanecer naquele país insignificante, queriam mais poder, um país grande e de um poderio bélico bem mais forte do que aquele onde estavam.

Entretanto, como ordens eram ordens, esperariam impacientemente a decisão da Deusa.

O soldado mais novo do grupo se impressionou com a aparência fria e macabra de Kaguya ao passar por ele. Não podia dirigir a palavra a ela, apenas com ordens expressas de seu capitão, entretanto sentiu a necessidade de desobedece-lo e tentou questioná-la se ocorria algum problema.

Não teve chances ou condições de reagir. O poder da mulher invadiu seus ossos. Ele não conseguia se mover, era tão opressor aquele chakra que apenas soltou um grunhido antes de desmaiar. Os outros soldados viram a cena e permaneceram estáticos, apavorados com a ação nada comum da mulher. Se era assim que os poderes dela se manifestavam, quem poderia detê-la?

Seus pensamentos e questionamentos desapareceram, foram exterminados pelo ataque da morena. O corpo envolto por chakra emanou um intenso clarão que acabou por provocar outra explosão.

Os soldados foram mandados para longe, todos inconscientes e foi assim que o corpo da Hinata se permitiu a fugir.

*

Estava frio, tão gélido que conseguia sentir os ossos ranger em protesto. Desde que acordara não entendia onde estava. O vento batia em sua roupa molhada fazendo-a tremer. O queixo tremia e os membros ficaram congelados e tremeluzentes, tentou-se abraçar para salvar o que restou do calor em seu corpo, mas em nada diminuiu o bater de dentes.

Ela olhou ao seu redor e viu que se encontrava em um pequeno quarto, diga-se de passagem, bem bagunçado. A janela atrás de si batia fervorosamente na parede, escancarada para a rua esvaziada pelo clima e horário. Não sabia se foi aberta por ela ou pelo vento, entretanto isso não era nada importante. Mesmo observando aquela acomodação, não conseguia se lembrar de já ter visto aquele cômodo. A cama grande parecia ser nova. Não tinha muitos móveis ali que identificassem o dono do lugar, mas sobre uma prateleira, acima da cama, havia um bem pessoal. Um porta-retratos, onde na foto havia três adolescentes e um homem. Dois sorridentes e dois irritados. Uma garota e três garotos.

Não pode ser... – pensou desolada ao reconhecer aqueles rostos.

Nunca imaginou estar ali. Aquilo só podia ser brincadeira, uma ilusão criada por sua mente debilitada e desgastada pelos cinco meses de detrimento mental. Sonhava acordada, não tinha outra explicação...

A porta sendo aberta de maneira repentina a assustou. Virou seu corpo para o som e deu de cara com a pessoa da qual acreditou nunca mais poder ver. Um rosto único. O único que, mesmo nas piores condições, faria seu coração querer pular fora do peito.

- Hinata... - O sussurro que saiu de sua boca foi o suficiente para afugentar o frio.

Um calor abrasador acalentou sua alma perdida. Era apenas o suficiente para morrer feliz, ver aquele rosto... Se morresse agora estaria no paraíso. Não percebendo quando havia começado a chorar, acordou de seus pensamentos sofridos ao escutar seu próprio soluço desesperado.

Naruto olhava para ela com uma expressão pálida e tensa. Parecia ter encontrado um fantasma dentro de seu quarto, mas as lágrimas e o soluço foram o suficiente para entender que a morena estava ali de verdade. Não era uma ilusão criada em sua cabeça, achava que estaria ficando enlouquecido, mas não estava.

Cuidado garoto...  – a Kurama rosnou dentro de si. – Lembre-se que pode ser uma armadilha. Kaguya pode estar tentando te enganar! – avisou e voltou a ficar em silêncio, apenas observando a cena prosseguir.

O louro até que tentou dar razão a Kyuubi, no entanto não conseguia. Permaneceu estático a encarar-lhe, sem saber como reagir, ou melhor, se reagia.

 A morena se movimentou reagindo por ele. Naruto se preparou para entrar em combate, entretanto teve suas defesas desarmadas, que ignorando qualquer feição preocupada e hostil, se aproximou e com muita lentidão tocou seu rosto.

Ela tinha de se certificar que ele era verdadeiro, que finalmente estava de volta em casa. Com as pontas dos dedos tocou aquelas marquinhas nas bochechas, como sempre sonhou em fazer e suspirou aliviada. Se tocava não era uma ilusão. Ele era material, estava ali com ela. Da maneira mais real possível estava de cara com seu amado e podia tocá-lo.

 Mas isso é um absurdo! Como isso aconteceu? – sua consciência resmungou, mas foi prontamente ignorada.

Hinata não tinha mais forças para segurar todos os sentimentos em seu peito, que transbordaram uma enxurrada de sensações incontroláveis. Sua mente não conseguia se focar em muita coisa, apesar disso, sua presença dominava tudo dentro de si. O choro veio fácil e sem timidez ou constrangimento, abraçou o rapaz com força esmagadora. Ele não se moveu um milímetro se quer, estava tão perdido que ao menos sabia o que deveria pensar.

- Hinata? – A pergunta saiu meio hesitante de sua boca, dando a sensação de queimar a língua. Tinha medo de falar e ela desaparecer em uma nuvem, como um sonho ruim ou bom demais para se tornar realidade.

- Desculpa! – Ela falou freneticamente, seus braços se apertaram ao redor dele com mais agitação. – Eu tentei! Juro que tentei, mas ela era forte demais! Me perdoa...

Não pode mais continuar a expressar suas desculpas, devido aos soluços que chacoalhava seu corpo e alma. Em meses tinha suas esperanças renovadas, queria tanto ter sido mais forte por ele e poder ter evitado todos esses problemas desde o começo...

Para sua surpresa foi rechaçada pelo louro. Ele a afastou um pouco para poder encarar seus olhos, mostrando-se desconfiado e confuso. Aquela poderia ser uma encenação de Kaguya. Como teria certeza de que era a Hinata quem pedia desculpas? Por que seu coração não queria aceitar suas desconfianças?

- Me dê uma prova de que você é a Hinata. – Ele pediu com a voz fraca e temerosa, sentindo uma dor excruciante no peito por estar desconfiando dela.

A morena ficou novamente com o semblante abatido e lívido. Ele não confiava mais nela.

- É justo... – Disse com a voz amarga e se afastou dele, como se afastasse do fogo.

Estava decepcionada, afinal, o que falaria para ele? Kaguya estava em sua mente todo esse tempo, poderia descobrir o seu pior e mais profundo segredo e contar para o louro. Não tinha o que falar. A indecisão endureceu suas feições, ia embora ou tentava algo?

- Oh, meu Kami! – Naruto exclamou aliviado. – É você mesmo!

Sorriu alegre e correu para abraça-la antes que pulasse a janela. A morena ficou confusa com o comportamento dele.

- Como é? – Ela perguntou com a voz esganiçada. O rapaz riu da careta que a moça havia feito.

- Vi em seus olhos sua indecisão. – Ele explicou enquanto olhava atentamente o rosto delicadamente belo da garota. – Se fosse a Kaguya já teria me dito qualquer coisa e tentaria me convencer que era você. – Disse sorrindo alegre por ver que havia chocado a morena. – Estou tão feliz que esteja aqui!

Falou emocionado. Sua visão ficando embaçada devido às lágrimas estúpidas que queria a todo custo segurar, o alivio que sentia era tão grande e libertador, que somente nesse momento percebia o tremor e a cor arroxeada que substituiu o saldável tom rosado de seus lábios.

- Oh, cara! Você vai ficar doente se continuar assim!

Sem pensar duas vezes, pediu para a garota ir tomar um banho e avisou que prepararia alguma coisa para que comesse. Hinata pensou em rejeitar as ofertas, mas estava tão cansada e faminta, que não pode negar a ajuda. Depois de pegar uma blusa emprestada (só uma blusa mesmo, já que a ultima calça velha que tinha no guarda-roupa ainda estava com a Sakura) rumou para o banheiro do louro.

Repentinamente ele se sentiu nervoso com a situação, assim que viu a porta do banheiro ser fechada em seu rosto. Não sabia o que preparar para que ela comesse...

Caramba! O que eu faço agora? – se questionou andando em círculos pelo quarto.

Quando escutou o chuveiro ser ligado, decidiu que o melhor a fazer seria dar privacidade a morena e partir para a cozinha. Ao chegar ao seu objetivo, abriu apressadamente a geladeira, pensando tipos de comida que poderia preparar. Não que soubesse fazer muita coisa, mas ao menos deveria conseguir ofertar algo saboroso a morena. Encontrou leite, ovos e frutas.

Seu imbecil, você não sabe nem cozinhar! – sua consciência exclamou maldosamente, motivando ainda mais seu nervosismo. – O que vai fazer para ela?

Decidido a não estragar nada com seus dotes culinários, pegou as frutas que tinha e as expôs na mesa, empilhando-as numa vasilha. Hinata decidiria o que iria comer. Enquanto preparava mais café e chá, não sabia a preferencia da garota, colocou o leite fervido sobre a mesa e quando levantou a cabeça, viu a Hyuuga parada no portal da cozinha. Ela parecia estar desconfortável com a falta de roupa. O Uzumaki não pode deixar de encarar – quase babar – as pernas dela.

Se continuar assim ela vai perceber...! – sua consciência resmungou, fazendo-o acordar do transe. – É um pervertido mesmo...

Naruto não pode deixar de rolar seus olhos para aqueles pensamentos e tentou se comportar, ao menos deveria respeitar seu desconforto. Apesar disso, ficava meio complicado, principalmente agora que havia se lembrado daquele sonho, que mesmo depois de ter passado tanto tempo, ainda se mantinha vívido na cabeça.

Limpando a garganta, educadamente pediu para que se sentasse a mesa e perguntou as preferências da morena. Ele faria de tudo o necessário para agradá-la e se isso significasse acordar o padeiro para comprar rolos de canela, o faria sem hesitar.

Enquanto esperava que ela terminasse de comer, decidiu que iria alertá-la das novidades que rondava a vila desde a sua saída, exatamente como havia feito minutos atrás. Só que dessa vez, ele sorria animado por poder finalmente estar contando tudo com sua presença. Podia encarar corajosamente seus orbes perolados, vê-la sorrir suavemente cada vez que fazia uma palhaçada, escutar o tom de curiosidade em sua voz doce. Era mais do que desejou nesses cinco meses.

Hinata ficou surpresa com a gravidez e o noivado da rosada, mas demonstrou animação com a notícia. Ficou feliz por saber da nova profissão do louro e demonstrou tristeza ao escutar a situação de sua família. Sentiu toda a fome desaparecer repentinamente, estava cansada. Seu corpo todo demonstrava exaustão. Mas seu coração era a única coisa incansável, sempre batendo acelerado, irradiando emoções tristes, ao mesmo tempo, que felizes. A felicidade em estar de volta cobria boa parte de sua infelicidade.

- Como conseguiu voltar...  Melhor... Como sabia que aqui era minha casa? – Naruto a questionou enquanto a observava atentamente. Sua pergunta pareceu pegá-la despreparada, chegando ao ponto de devolver o pedaço intocado da maçã, que havia cortado, para o prato.

- Eu... Eu não faço a menor ideia. – Respondeu com um vinco se formando entre as sobrancelhas perfeitas. – Uma hora estava discutindo com Kaguya e do nada acordei dentro do seu quarto... Isso faz sentido?

- Sinceramente... – Ele suspirou e continuou a olhá-la como o queixo apoiado na mão. Hinata sustentava o seu olhar sem nenhuma timidez. – Não faz nenhum sentido. Quando foi essa discussão?

- Há quase quatro dias, eu acho...

- E você passou esse tempo todo aonde? – Questionou num timbre exaltado sentindo a preocupação tomar conta dele.

- Não faço a menor ideia. Tudo está em branco. – Respondeu desviando o olhar para a mesa, percebendo nuances imperceptíveis a um rápido olhar, riscadas na tábua de madeira. Suas mãos apertaram com força a barra da camisa, como se temesse descobrir a resposta. Teria ela feito algo de ruim nesse meio tempo?

- Onde está Kaguya? – O Uzumaki interrogou com hesitação e temor.

Hinata suspirou e deu de ombros. Não escutava mais a voz da Kaguya ou sentia as tentativas dela em tentar tomar o controle de seu corpo. No entanto sabia que ela ainda estava ali dentro, a espreita de um deslize seu. Deslize que a morena lutaria para que não acontecesse.

Vendo o semblante abatido da Hyuuga, Naruto decidiu que seria melhor deixa-la descansar. Ofereceu sua cama e se levantou da mesa para acompanha-la até seu quarto. Como de costume, encontrou sua recusa constrangida pela oferta. Não queria mais atrapalhar a vida do louro, mais do que já estava e alegou não achar ruim ficar no sofá. Contudo o rapaz se demonstrou indignado com a recusa e quase a arrastou para o quarto. Vendo que se continuasse a insistir feriria o orgulho do amado, Hinata aceitou a oferta e o seguiu pela casa.

O caminho não era longo e nem muito complicado de se fazer. Mas a morena não queria se afastar dele e muito menos admitir isso em voz alta. Ele a acalmava e era tudo o que mais necessitava no momento.

Naruto fez todo o caminho tenso com a situação. Ele não queria ter ficado assim, mas não conseguia relaxar. Quando entraram no quarto, foi prontamente fechar a janela que esquecera por completo. A chuva começava a salpicar água no chão de madeira, o que ocasionaria em problemas mais tarde. Depois de ter a certeza de que a janela não abriria, voltou-se para a Hyuuga e a encontrou parada perto da cama, igualmente tensa. Ela olhava para todo canto, exceto para ele.

- Hum, - ele iniciou sua fala de maneira forçada e ao perceber que sua voz saiu meio esganiçada, pigarreou e retomou o pensamento. – desculpa se o quarto está meio bagunçado. Faz um bom tempo que não arrumo as coisas por aqui.

Terminou rindo nervosamente enquanto coçava a nuca. Hinata acompanhou sua risada, entretanto se perguntava o motivo do seu coração estar batendo tão acelerado. Mais que o normal. A risada foi morrendo, restando apenas a tensão que os cobria e uma densidade elétrica, que os atingiu de maneira inesperada, acelerando freneticamente os corações. Seus pensamentos estavam em completa desordem. Bastando um simples cruzar de olhos, para que o ar ao redor se tornasse ríspido e quente, deixando suas bocas secas, anulando qualquer receio anteriormente apresentado.

E como imãs, seus corpos se atraíram. Com passos hesitantes, um se aproximou do outro, quando o calor de seus corpos pode ser sentido, entregar-se em seus braços não foi uma tarefa difícil. Seus lábios foram a segunda parte que se encontraram, não precisando de qualquer comando operacional. O beijo se iniciou calmo. Primeiro um simples toque, que durou mais alguns segundos, até que, insaciados, suas línguas travaram um caminho tortuoso. Eles sentiam seus rostos corados, a vergonha se mesclava a paixão. As mãos grandes de Naruto clamaram posse de sua cintura, cingindo-lhe seu corpo subitamente febril, permitindo sentir suas curvas com mais profundidade. A consciência enviou um alerta aos dois, eles precisavam se segurar, impedir-se de continuar... Entretanto, o coração seguia o rumo contrário. Ele clamava aquilo com todas as forças possíveis.

Hinata não entendia com perfeição o que estava fazendo, tinha uma noção básica do que se tratava e por isso deixou-se ser guiada. Desejava isso com tanto ardor, que durante um simples beijo úmido, sentiu algo reverberar em seu interior, obrigando-a a suprimir um gemido que por pouco não escapou pela boca.

Naruto a guiou em direção à cama, parecendo desesperado para deitá-la, sentindo uma impaciência que lhe era incomum. Então, de repente, se lembrou de algumas lições que Jiraya lhe dera. Mesmo que na época o rapaz ficasse com o rosto em brasas por causa das dicas, agora ele apreciava e agradecia os ensinamentos de seu Ero-Sannin, por ter insistido em colocar essas dicas em sua cabeça oca. O louro não tinha nenhuma experiência, mas faria de tudo para deixar o momento perfeito para a morena.

 Não seja afobado. – a voz do Jiraya ecoou. – Tenha paciência e se certifique de que é o que ela quer.

Tentando manter a sanidade, que estava em seu limite, quebrou o lascivo beijo e tomou o rosto da Hyuuga nas mãos. Ele não precisou questioná-la, ao encarar seus olhos perolados teve a completa certeza da realidade. Ela também o desejava e isso estava tão claro e límpido em seus olhos, que apenas o impulsionou a continuar. Voltou a tentar lembrar as lições.

Tente deixa-la confortável... – Lembrou-se e não sabe da onde tirou a ideia de mordiscar o lábio inferior da morena, tomando o cuidado para não machuca-la. Sentiu o corpo menor estremecer e um suspiro quase inaudível escapar de seus lábios inchados. - Vá lentamente a deitando em sua cama. – E foi o que fez, com uma lentidão quase irritante. Hinata nunca se sentiu tão seduzida... Hipnotizada por seus olhos azuis, que não tinham mais aquela cor azul inocente e pura. Eles chegavam a sufoca-la.

As lições desapareceram por um instante da mente, enquanto a seguia para cima da cama. Com o corpo suspenso, pairou sobre o corpo trêmulo da morena, que permanecia tímida em seus movimentos. Dessa vez iniciou um beijo mais voraz, capaz de arrancar seu fôlego, sentindo unhas grandes e delicadas cravar em seus braços quando as coisas pareceram se tornar demais para ela. Naruto tentava apaziguar o calor que o dominou, mas toda vez que suas mãos grandes tocavam um ínfimo pedaço daquela pele pálida, o fogo dentro de si parecia triplicar de tamanho.

Agora você chegou ao momento mais importante. – Jiraya relembrou em sua cabeça. – Não precisa ser apressado, faça-a enlouquecer, tente deixa-la muito relaxada e aí sim pode começar as coisas boas!

Naruto quase riu sozinho ao lembrar o quão vermelho ficou quando escutou aquilo. Felizmente, no momento em questão, o que realmente importava a ele é seguir aqueles concelho de ouro. Guardou a risada e voltou a se concentrar na morena, que suspirava deleitada com as carícias ofertadas, sejam pequenos beijos que desciam em direção ao colo ou quando as coisas ficavam apertadas para ele, onde os dedos se rebelavam e cravavam na carne macia de suas coxas. Hinata queria tocá-lo, mas não sabia se agir seria uma boa ideia. Temia desagradá-lo.

Percebendo tanta hesitação em seu olhar, Naruto pegou suas mãos e inverteu as posições, fazendo-a se sentar em seu colo. A Hyuuga corou violentamente ao sentir o volume desejoso e crescente contra sua intimidade, surpreendida com a inesperada reversão. Ela não sabia mais como reagir, estava nervosa demais. Entretanto, segurando o nervosismo que a cobriu, não iria perder a oportunidade, ignorou suas reações exageradas e deixou que ele guiasse suas mãos trêmulas até a barra da blusa que usava. Entendendo o que deveria fazer, ergueu a camisa e não conteve o ofego ao senti-lo abraçar sua cintura, encostando seus narizes. Assim, tão perto, conseguiu sentir o calor de seu hálito, que a inebriava. Automaticamente seu corpo reagiu aquilo e desviou seu olhar faminto da boca dele e encontrando sias safiras que estavam escurecidas. Empurrou toda a sua timidez e hesitação para um lugar obscuro de sua mente, pois precisava continuar ou não suportaria a dor pulsante que dominou seu ventre.

Em conjunto os dois retiraram o que sobrou de suas roupas e voltaram a se beijar, enquanto novamente invertiam as posições. Hinata não conteve o gemido baixo que escapou da boca, no momento em que lábios fervorosos marcaram seu pescoço alvo. Era uma área sensível e ele a castigava com mordidas e sucções, aumentando a sensação prazerosa que ameaçava controla-la. Ela não conseguia mais manter nada coerente em sua cabeça. Estava sendo controlada por impulsos elétricos, deixando-se guiar por seus toques ávidos e exigentes.

Sem conseguir aguentar por muito tempo, Naruto consumou o ato e quase se arrependeu ao escutar seu resmungo de dor. Hinata cravou suas unhas nos ombros tensos e largos do rapaz, deixando um rastro avermelhado na pele bronzeada. Ela sentiu como se tivesse sendo repartida em duas, mas tinha dentro de si que exigiu para que continuasse, não importando a dor que provocasse. Esse fervor foi transmitido a ele, quando soltou um sussurro incoerente, pedindo para que continuasse. O louro voltou a estocar, dessa vez em um ritmo lento e calmo. Com o tempo os resmungos se tornaram suspiros e depois se elevaram para gemidos baixos, quase ofegantes.

Eles não suportaram mais ficar naquele ritmo, então as estocadas do louro se tornaram mais rápidas e profundas. Atingindo um ponto profundo, que lançava ondas de êxtase. Os dois não lembravam mais do que suas bocas falavam ou expressavam. Estavam envoltos em uma bolha intensa de prazer indescritível. O suor de seus corpos se misturou, onde as respirações tomaram o mesmo ritmo acelerado e duro. E como em uma explosão branca e densa os dois se perderam em um violento orgasmo. Estavam perdidos, mas juntos e era isso que os interessava.

Após se recuperar, Naruto jogou-se ao lado da morena que ainda tentava sair da névoa que cobriu sua mente.

- Apenas durma. – Foi à última coisa que disse para ela, antes de acomodá-la em seu peito e cair no sono.

Aconchegada, Hinata soltou um resmungo feliz e adormeceu em seus braços.

*

A morena acordou de supetão, assustada por um trovão que ressoou não muito longe da casa do louro.

Ela sentia sua cabeça ainda aérea e corou ao lembrar os acontecimentos passados. Com extremo cuidado, levantou a cabeça e encontrou o louro dormindo profundamente, com os braços e pernas espalhados pela cama. Ela ainda continuava deitada confortavelmente sobre seu peito desnudo e bronzeado, observando-o ressonar baixinho.

Parou um tempo para admirar sua beleza de perto, aproveitando a oportunidade, sem precisar temer em ser flagrada por ele. Um sorriso doce se abriu em seu rosto. Eram as típicas sensações que sua presença ensolarada provocava nela. Com suavidade contornou as feições do rosto bronzeado com a ponta dos dedos, tomando nota de coisas que jamais teve a oportunidade de perceber. Até que, lentamente, o sorriso foi morrendo sumindo por completo. Odiava pensar naquilo, mas não pode evitar a melancolia ao lembrar-se do que estava fazendo com seu amado. Ficar ali, conversar com ele, dormir, fazer amor... Tudo isso causaria uma renovação de esperanças e isso o machucaria quando algo ruim acontecesse a eles...

Não, ela poderia aguentar sozinha ter seu coração destroçado. Mas com ele envolvido... Não podia permitir. Permanecer ali seria um erro, um crime inafiançável. Jamais se perdoaria em perder aquele sorriso puro e aberto que sempre fazia questão em abrir. Hinata viu o quanto Naruto estava progredindo sem ela por ali para complicar a vida dele. O louro agora tinha um time para comandar, um sonho a realizar.

Permanecer ao seu lado, sendo caçada e considerada uma traidora – fora o fato da Kaguya presa em si – iria por o Uzumaki em condições complicadas. Se o ama, se realmente gosta dele, tinha de ir embora.

Mesmo que seu coração não quisesse aquela fuga, que a chamasse de covarde, a morena se empertigou a sufocar o nó na garganta e voltou a vestir suas roupas sujas e gastas. Estava dando as costas para o Naruto, mas seria para o bem dele. Ao menos tentou se convencer disso.

Ele iria continuar a vida sem ela, se tornaria um Hokage aclamado por sua nação, encontraria uma garota que o fizesse se apaixonar e eles se casariam, constituindo uma família em seguida... Doía pensar dessa maneira, contudo tinha de pensar, talvez assim, ficasse mais fácil ir embora. Sentia-se uma mulher suja por tê-lo utilizado daquela maneira, justamente quando tinham sua primeira noite juntos, como um casal de verdade...

Quando pulou pela janela, não fez questão de olhar para trás, sabendo que se acovardaria e voltaria para os braços quentes e reconfortantes do Uzumaki. As lágrimas a deixaram cega por um instante, mais do que a própria escuridão que tomou a cidade devido às nuvens de chuva que permaneciam insistentes sobre o céu de Konoha. Sentia raiva do que estava fazendo, porém odiava ainda mais Kaguya por existir e atrapalhar sua vida daquela maneira.

Hinata não soube como teve cabeça para fugir da vila, mas quando viu já estava fora dela. Seu coração era a única coisa que permaneceu. Entretanto, jurou a si que descobriria uma maneira de destruir a Otsutsuki, esse seria seu objetivo e missão daqui para frente.

Impelida pela dor e o ódio, correu pela floresta sem um rumo certo a seguir. Durante uma passagem de árvores gigantescas, no meio do caminho, seus sentidos alertaram um ataque iminente e quando ativou o Byakugan, teve tempo o suficiente para escapar do golpe poderoso que destrinchou o galho da árvore em que estava momentos antes.

A Hyuuga pousou no chão e encarou a pessoa que havia a atacado e deu de cara com o Sasuke. O moreno havia feito questão em colocar a máscara ao lado do rosto. Precisava encara-la sem empecilhos. Ele pulou para o chão e ficando alguns metros de distância.

- O que está fazendo aqui? – Questionou friamente fazendo a morena trincar a mandíbula. Ela sentia a água da chuva escorrer por suas costas, causando arrepios incômodos pelo corpo. – Não sabe que aqui é um território proibido para você?

Hinata não queria responde-lo e com essa intensão se virou e tentou correr, mas o Uchiha apareceu a sua frente e impediu a fuga.

- Eu lhe fiz uma pergunta. É falta de educação não me responder. – Falando isso puxou sua espada da capa protetora e a apontou na direção da Hyuuga, que permaneceu imóvel.

Com um grito, Sasuke novamente atacou, obrigando-a ter de desviar. Ele a atacava com força, mas nunca conseguia atingi-la e aquilo despertou os sentidos da morena. Se ele demonstrava tanta raiva, por que não a acertava? Ela sabia do quanto habilidoso o moreno era.

- Por que não me ataca? – O Uchiha perguntou com a voz irritadiça.

- Eu não vou atacar você! – Hinata respondeu alto, o barulho da chuva deixava aquele combate secreto aos ouvidos de qualquer outro shinobi. – Não tenho motivos para fazê-lo!

Então repentinamente o moreno parou de ataca-la e guardou a espada, sem nunca deixar de observá-la. A morena ficou confusa com a ação do rapaz, mas não baixou sua guarda, estava preparada para escapar de qualquer movimentação estranha ou ofensiva inesperada. O Uchiha parecia dividido, sua boca e sobrancelhas formaram uma linha fina e tênue, o que evidenciava sua indecisão. Agora que tinha suas respostas, não possuía a certeza do que suas ações implicariam.

Faça isso pelo Naruto... – sua consciência resmungou.

Respirando fundo duas vezes, tomou sua decisão.

- Vá embora. – Pediu com seriedade e abriu espaço para que a morena passasse.

Hinata franziu seu cenho, surpresa e confusa com a ação do Uchiha. Permaneceu estática no lugar, como se sues pés fosse imersos em concreto seco.

- M-mas, eu sou sua inimiga... – Tentou alegar debilmente, mas foi calada com a resposta seguinte.

- Você não é minha inimiga. – O moreno retrucou carrancudo, odiava o que estava fazendo, mas se não fizesse teria arrependimentos o suficiente para uma vida inteira. – Kaguya é minha inimiga. Agora fuja daqui antes que mude de ideia!

Falou com irritação e isso pareceu acordar a morena e antes de passar pelo Uchiha agradeceu com fervor a ação. Iria atrás de respostas para derrotar sua pior inimiga.

Sasuke permaneceu parado por um bom tempo e quando viu a figura confusa e perdida da morena desaparecer no horizonte, refez seu caminho para a vila. Ele havia visto o momento em que fugira da casa do amigo. Lembrou-se da preocupação que teve ao pensar que Kaguya havia o matado, mas ao entrar pela janela e ver que Naruto havia feito tudo, menos ter sido morto, saiu da casa aliviado e a seguiu para obter respostas.

Por sorte conseguiu afugentar todos os guardiões da vila e assim não permitiu que ninguém a encontrasse. Quando estava longe suficiente, decidiu que a testaria. Tinha de ter certeza que era a garota... E quando teve sua confirmação agiu da maneira que julgou ser correta.

Agora que sabia da volta da Hyuuga, iria fazer outra coisa pelo amigo. Devia tudo a ele e tentaria ao máximo entregar a felicidade nas mãos dele. Sendo assim, apressou seu passo.

Então calmamente se dirigiu ao escritório da Hokage.


Notas Finais


Definitivamente sou uma fdp por maltratar a minha Hina desse jeito :'( HAUAHUAHUAHUAHAUH. Comentário? Até a próxima! ^^


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