História Perpetual pearl - Prólogo

Prólogo

“Não há que ser forte. Há que ser flexível.”

Provérbio Chinês

Gusu Lan.

Madame Lan observava o vosso pequeno Lan Zhan, o vosso pequeno sério presente dos céus, mesmo que amasse os vossos filhos de forma igual, Lan Zhan era aquele que mais estava à vossa volta quando os vossos pequenos eram permitidos estar a vossa presença.

Lan Huan havia ficado mais tempo com o vosso tio e tinha uma percepção distinta sobre aquela visita mensal. 

Ela vivia numa gaiola de prata, afastada dos vossos pequenos, afastada de todos aqueles que ela preza, que ela se preocupa por conta de uma morte e por um amor não correspondido.

O vosso marido havia lhe amado a primeira vista, arrastando-a para uma vida que ela não desejava, causando uma ruptura em vossa vida e nos vossos planos... A ideia de estar numa seita que lhe privava de absolutamente tudo que lhe agradava era o mesmo que a morte e agora ela a encontrará.

O vosso noivado era certo e um dos anciões a estava impedindo de fugir de um destino que ela não escolherá, tentando assim matá-la para que ela não arrastasse o futuro da seita... Ela o matou para não ser morta e foi arrastada para um casamento e isolamento forçado para que ela fosse salva.

Madame Lan não queria ser salva e depois não queria ser apartada dos vossos filhos, mas fora!

Os poucos segundos que teve com os vossos filhos depois do nascimento nunca foram suficientes para que a memória aplacasse a saudade que ela tinha deles.

Os vossos pequenos, os vossos amores estavam à vossa volta, haviam sido permitidos estarem a vossa presença uma vez ao mês quando se descobriu que ela não tinha tanto tempo quanto todos desejavam.

Madame Lan és vítima de uma tosse persistente, uma tosse que causa sangue em vossos lábios, ao levar o lenço de pano em vossos lábios, limpando-os para que nenhum dos vossos filhos visse o vosso estado.

Ela observava Lan Zhan ler o vosso livro, um livro de truques Ladinos, Lan Zhan estava sendo ensinado a ser correto, enquanto o vosso filho pequeno Lan Huan estava sendo ensinado a ser um líder.

Aqueles à vossa frente eram as futuras duas jades.

Uma porta se abre e Lan Qiren aparece, chamando-a com a mão, fazendo-a levantar-se e seguir em direção ao irmão do vosso marido, aquele que estava destruindo a infância dos vossos filhos, estava transformando-os em bonecos de cera.

-O que está ensinando aos pequenos? – questiona e ela suspira.

-Nada que deva se preocupar... És o meu dia! – responde, séria.

Lan Qiren aproxima-se da mulher, avaliando-a com atenção, observando o lenço em vossa mão, possivelmente, pensando que não deveria preocupar-se com o fato dela estar corrompendo as futuras joias da seita.

-Quero que reconsidere o casamento. – revela, olhando-a nos olhos.

Madame Lan não poderia fazer muito sobre a vossa joia mais velha, La Huan deve seguir os mandamentos da seita, deve casar-se de forma política, entretanto, Lan Zhan poderia ter alguém que o tirasse daquela gaiola, que o tirasse daquela vida sem gosto que todos estavam lhe puxando.

-És uma dívida de vida... Não posso pagá-la de outra forma... Meu filho e o filho de Cangse Sanren, discípula de Baoshan Sanren devem se casar. –Revela, aproximando-se do cunhado, olhando-o nos olhos, observando-o acariciar o vosso cavanhaque, olhando-a com os olhos semicerrados.

Ela sabia, no entanto, que não era do agrado do cunhado casar uma das joias com o filho daquela que estudou ao vosso lado, daquela que deixava o vosso cavanhaque destruído sempre que podia.

-Uma dívida de vida? – questiona, avaliando-a.

A ideia de conseguir um casamento adequado para o vosso pequeno antes de partir era o que a sustentava. O filho de Cangse Sanren não seria diferente da mãe, ele seria honrado, ele seria alguém que estaria ali alegrando os dias de Lan Zhan e quem sabe assim ele encontrasse um amor que o fizesse voar.

Se ela tivesse mais tempo, se ela tivesse mais oportunidades ela os uniria de forma mais adequada, mas ela não tinha tempo, ela tinha que ter certeza de que o vosso menino estaria seguro, que o vosso menino teria alguém que não fosse um figurante.

-Quando éramos mais jovens ela me salvou na caçada noturna... Então, nós nos tornamos próximas e prometemos que os nossos filhos se casariam. – revela, olhando-o nos olhos.

-És um homem! – afirma, severo. –Podem virar irmãos jurados e... Lan Zhan pode ter um casamento adequado. – argumenta e Madame Lan aproxima-se mais do cunhado.

Ela não iria discutir os vossos termos, ela não iria discutir a forma como aquilo não era adequado aos olhos do mais velho.

-De onde eu vim não há problemas quanto a isto... Nós nos casamos não importa o gênero. – revela, avaliando-o. –Os pequenos Lan Zhan e Wei Ying se tornaram amados esposo e marido quando estiverem numa idade adequada não há escapatória para este juramento e me surpreende alguém tão honrado quanto vos tentar quebrar um acordo sagrado de vida. – comenta e ele desvia o olhar. –O que o meu marido fala sobre isso? – questiona, avaliando-o.

Era uma ofensa direta, ela sabia disso, havia mexido com o ego do homem e sabia que isto és o que ela precisava fazer para que ele não argumentasse contra aquele desejo, mesmo que soubesse que o vosso marido poderia fazer com que ela considerasse.

Ele havia lhe prendido, ele havia abafado todos os vossos desejos e anseios pelo vosso amor, depois por proteção, depois por todas as desculpas que ele conseguia lhes dizer para que ela continuasse ao vosso lado e respirando.

Não era certo que ele concordaria, mas ela tinha esperança que sim. Afinal, ela sabia sobre o juramento e acreditava nele.

-Meu irmão concorda com o casamento... Ele sabe que este és um caso de honra, uma dívida de vida que foi transferida para ele após o casamento, uma dívida que ele pagará, assim como pagou por todas que vós lhe transferiu. – revela, virando-se e seguindo o vosso caminho.

Madame Lan sentiu alguém puxando a vossa saia, fazendo-a virar-se e abaixar-se para Lan Zhan.

-O que há, mamãe? – questiona, observando-a.

A mulher acaricia a face do pequeno, recebendo um singelo sorriso, um raro raio de sol que aquecia o vosso coração.

-Mamãe está arrumando um bom futuro para vós... Um casamento com alguém que sei que aquecerá a vossa alma e o vosso coração! – garante, carinhosa.