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História Perseguindo Estrelas - Capítulo 23


Escrita por: Lay_Sullivan

Notas do Autor


Oieeee meus amores
Tudo bem com vocês? Espero que sim
Acho que não tenho nada pra falar aqui
^_^
Não. Pera.
A KIM TÁ DE VOLTA!!!!
Uhuuuuuu!
Então, boa leitura ^_^

Capítulo 24 - Capítulo 23


Fanfic / Fanfiction Perseguindo Estrelas - Capítulo 23

Cheguei em casa às nove horas em ponto. Mamãe e Kim estavam na sala com os olhos grudados na TV e as mãos enterradas na bacia de pipocas. Kim suspirou pesadamente quando me viu, como se tivesse tirado um enorme peso das costas.

— Tá ai desde quando?— eu disse parada na soleira da porta.

— Uma hora e meia— Kim disse ao se levantar.— Por que não me contou que ia sair?

— Eu tentei te ligar— defendo-me.

— Vem cá, você nunca ouviu falar em deixar recado?

Antes que eu pudesse responder, mamãe interrompe:

— Como foi seu passeio com Harry?

— Foi legal— eu disse.

— Só legal?

— Sim— murmuro, encolhendo os ombros.

— Eu quero mais uma pipoquinha Sra.Y— Kim enfiou a mão na bacia e jogou as pipocas na boca.— Agora chega, não quero mais comer. Boa noite Sra.Y.

Kim limpou as mãos sujas de sal na sua saia jeans, e arrumou a camisa tingida a mão. Depois ela me arrastou para o meu quarto.

— Posso dormir aqui hoje?— ela perguntou.

— Não vejo porque não.

Kim se anima. Eu sabia exatamente o que ela queria. Saber como foi o meu encontro com Harry Styles.


Acordei cedo no dia seguinte. Eram 6h e 08 min quando sai do banho. Vesti uma calça jeans, peguei uma blusa azul com lacinhos nos ombros e meu casaco de moletom. E então, depois de cutucar Kim na tentativa de acorda-la, saio do quarto. Não tem ninguém na cozinha. Realmente é muito cedo.

Vasculho cada centímetro da geladeira e encontrei uma jarra com chá gelado, pela metade. Depois de pegar o pote de bolachas no armário, coloco tudo no balcão da cozinha, e sento-me.

Devoro duas bolachas. E minha mente vagueia para ontem. Penso em Enrique, penso em Harry, e penso na página do jornal com a seção de empregos que encontrei na cozinha, por acaso.

Será que minha mãe foi demitida? Ou foi meu pai? Eu não conseguia sentir o mínimo de conforto com essa dúvida pairando sobre minha cabeça como uma nuvenzinha escura.

— Bom dia!

Eu pulei no banco, largando minha bolacha. Kim estava perfeitamente acordada e bem vestida. Ela usava um vestido xadrez (vermelho e preto), meia calça escura e Al Star.

Kim irradia empolgação logo cedo.

— Quer chá gelado?— ofereço.

Kim deslizou para o banco de pernas compridas, ao meu lado.

— Ótimo jeito de começar o dia— ela disse.

Eu concordei.

Tomo meu chá em grandes goles.

Está uma delícia.

Dois copos de chá e oito bolachas depois, termino meu café da manhã. Ah, meu pai acordou, mas eu ainda não tinha visto minha mãe.

— Querem carona para à escola?— papai perguntou enquanto zanzava​ tateando os bolsos, a procura das chaves do seu Dodge verde.

— Eu vim com o Besouro Sr.Y.— Disse Kim jogando seu braço sobre meus ombros.— Posso levar a Izza.

Assim que Kim fechou a boca, meu pai encontrou sua chave no armário. Ele a pegou com um sorriso vitorioso, depois pegou sua pasta e virou-se para mim.

— Izza, vai mesmo com ela?— ele perguntou preocupado.

Confirmo com a cabeça.

Papai me olhou cético por alguns segundos. E virou-se para a porta. 

Mas ele parou e acrescentou:

— Sem alcunhas Kimberly. E dirija com cuidado.

Alcunhas é a palavra do dia. Meu pai detesta que coloquem apelidos nele, e a palavra do dia realmente veio a calhar dessa vez.

Eu sorri bobamente enquanto ele saía de casa. Eram 6h e 53 min. Preciso me preparar para o longo dia que viria. Pego minhas muletas apoiadas no balcão, e meu casaco com capuz verde no cabide ao lado da porta.

— Pelo amor de Deus, Izza! Você vai vestida assim?

Eu me encolho. Estou tão feia assim? Eu até deixei meu cabelo solto, secando naturalmente. Pôxa, obrigada Kim por alavancar meu astral tão cedo.

Suspirando Kim sacudiu a cabeça em desaprovação e saiu. Antes de arrastar meus pés preguiçosamente até o Besouro dou uma olhada na casa vizinha. O carro de Harry não estava mais lá, provavelmente ele havia acordado tão cedo quanto eu.


O exercício de Domingo foi algo admirável. Tocava Sinfonia n° 40 em Sol Menor de Mozart, no fundo da sala. Eu fui incumbida de filmar a aula a pedido da Sra. Benson. Eu sempre quis assistir as aulas de fora, pois eu estava esperando a magia do teatro acontecer. O curso de teatro havia se tornado do que uma distração ou um feito para constar no anuário. Entre essas paredes eu me sentia em outra época. E a genialidade de Mozart é inquestionável, acalmava até às dores da alma.

Os alunos se transformaram em elegantes cavaleiros e damas prontos para o baile. O ano era 1750. O líder do grupo era Harry, e ele insentivava os alunos feito um furacão, colocando tudo no lugar.

A turma foi dividida em dois grupos e a tarefa deles era marcar seus respectivos territórios (não era permitido falar, tudo o que deviam fazer era explorar o corpo com movimentos). Quando chegou o momento dos grupos entrarem em conflito, eles se afastaram e esperaram a Sra. Benson se pronunciar sobre o que viria a seguir.

Eu estava feliz por ter ficado de fora. Alguns movimentos eram ridículos. Kim se jogou e até Emma entrou no embalo da sequência de gestos que sempre que acabavam deveriam ser repetidos, tornando-se um ciclo interminável.

Ainda assim era fascinante.


A tarde mamãe trouxe uma tigela com frutas para comermos no meu quarto. Ela sentou de frente para mim, estava diferente, eu pude perceber. Parecia exausta. Nem mesmo se deu o trabalho de pentear os cabelos.

— Então— comecei devagar enquanto brincava com um pedaço de maçã.— Aconteceu algo?

Eu tentei parecer casual enquanto colocava o pedaço de maçã na boca.

— Não.— Mamãe disse firmemente.

Ela passa a mão na minha cabeça sorrindo, levanta e vai até a porta, mas da meia volta e senta na cama outra vez.

— Izza— ela murmura.— Seu pai perdeu o emprego. O demitiram essa semana.

— E... eu já imaginava. Encontrei esse pedaço do jornal na cozinha.— Pego meu caderno jogado na cama e puxo a folha de dentro.— E o que podemos fazer?

— Seu pai e eu pensamos no assunto.— Senti que mamãe estava insegura. As bolsas escuras abaixo dos olhos revelavam poucas horas de sono.— Temos muitas dividas, Izza. O que eu ganho, mal vai dar para os gastos excenciais. E se ele não conseguir um novo emprego... talvez tenhamos que mexer um pouco na poupança da sua faculdade. 

Engasgo. Meu coração fica apertado como se eu soubesse que iria ser atingida por uma granada a qualquer momento. Mas trato logo de me recompor.

— Acha que é certo? Quero dizer, fazer isso. Mexer na poupança da faculdade.

— Filha, é a única maneira de ajudar-mos o seu pai. E é só um pouquinho.

Meu pai sempre se desdobrou para que eu tivesse tudo de melhor. Devo menos dívidas à ele? Sim. Devo fazer isso. Se eu me dedicar consigo uma bolsa na faculdade.

— Mãe, tudo bem. Talvez essa seja a coisa certa a se fazer no momento.

— Sabia que entenderia, querida.


Lá pelas quatro horas da tarde, alguém bate na porta. Torço para não ser minha mãe. E vejo Harry enfiar a cabeça dentro do meu quarto.

— Cheguei, pode guardar esse livro— disse Harry em alto e bom som.

— Só um segundo— digo concentrada em pegar algo para marcar a página do livro, onde parei.

Coloquei o livro sobre a cama.

Harry sorriu, passou a mão pelos cabelos, e puxou a cadeira giratória da mesinha do computador. E a colocou ao lado da minha cama.

— O que estava lendo?

— Não é da sua conta, Harry— eu disse quando ele se inclina para pegar o livro onde eu tinha escondido a folha do jornal.

Eu me estico para pegar o livro, mas Harry o arranca de minhas mãos. Ele examina a folha com calma.

— Procurando emprego?— ele pergunta tentando disfarçar o sorriso.

— Queria ver você no meu lugar— eu disse.— Sua mãe tagarelando no seu ouvido que precisamos cortar os gastos, e inclusive mexer na poupança da faculdade, por que o seu pai perdeu o emprego.

Harry não respondeu. Ele apenas ficou me encarando sem nenhum traço de divertimento no rosto. E então, eu percebo que falei algo que não deveria.

— Me desculpa, Harry— peço.— Esqueci que seu pai...

— Esqueça isso, Isabella.— Harry levanta da cadeira.— Preciso ir agora. Meu turno na pizzaria começa às cinco.

— Harry.— Chamei.

Mas ele me ignorou. E foi ai que tive a idéia mais louca de todas. Eu levantei da cama, e me estabaquei no chão. Sou muito idiota mesmo, estava na cara que eu não conseguiria realizar esse simples movimento, após passar 3 horas com a perna apoiada no travesseiro, e para completar, estava dormente.

— Isabella?— Harry se ajoelhou ao meu lado.— Você está bem?

— Me ajuda a levantar?— peço.

— O que estava pensando em fazer?— Harry me pega pelos ombros e me ajuda a sentar na cama.

— Queria me desculpar.

— Okay. Esqueça.

Harry tentou forçar um sorriso.

— Eu não deve...

— Já fazem sete anos.— Harry fita o chão, depois volta a olhar pra mim.— Eu não me importo que falem dele.



Notas Finais


Obrigada por terem lido
Espero que tenham gostado ^_^
Gente, não vou prometer capítulo na quinta-feira, pois eu vou trabalhar e vou chegar em casa só à noite, e exausta, mas vou tentar dar um jeitinho aqui. Caso não consiga, eu volto na próxima segunda-feira.
Vocês se lembram do motoqueiro misterioso, que conhece a Izza?
Possivelmente, ele irá aparecer novamente no próximo capítulo.

Então, até o próximo capítulo meus amores.
Beijinhos com glitter pra vocês
😘❤❤❤


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