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História Personality - Chanbaek - 02. Sorvete de menta.


Escrita por: billiarctic

Notas do Autor


Houveram boatos de que eu estava na merda, e adivinhem! É verdade!
Primeiramente: desculpa pela demora, amores :c
Eu tentei escrever antes, mas realmente a escola está me sugando as energias e eu já estava para terminar uma fanfic Jikook no wattpad, então estava focando mais nela.
Minha pessoa não pretendia postar hoje (não me matem kkkkjk) MAS, eu não podia deixar vocês na mão, certo? Por isso forcei minha cabeça a pensar e consegui terminar essse capítulo, que foi o mesmo que parir um prédio!
Eu espero que ele não esteja tão ruim :/
É só isso, littlecake's szsz boa leitura!

Capítulo 3 - 02. Sorvete de menta.


 
           — É bem simples — comecei, andando de um lado para o outro na frente do time inteiro de basquete, e eu não estou falando daqueles que jogam somente! Eu quero dizer: até as porras dos reservas! Quase não cabia tanta gente no salão. — Há uma coisa que muitos de vocês podem fazer dentro do basquete que é agarrar uma bola, driblar e arremessa-la, certo? — Eles assentiram, como cães que caem da mudança. — O movimento que eu vou usar para testa-los, é basicamente agarrar e pronto, tudo bem? Se souberem isso, já estarão com um ponto a favor de vocês.

 Organizei uma fila por tamanho, começando do menor para o maior, e que girafas! Alguns eram tão altos que eu precisava me distanciar dois passos para vê-los sem sentir dores no pescoço. Me senti uma formiguinha, e sem nenhuma garota ali, me senti amedrontado. Eu era como um pedaço de picanha jogado em uma enorme cela com lobos famintos. 

— Jongin — ah, sim. Ele estava lá, a única certeza que eu não seria comido ferozmente — e eu não estou dizendo no sentido literal da coisa. — Vamos mostrar para eles — ele assentiu e caminhou para a outra ponta do local. 

 Estávamos em pontos oposto, e eu respirei fundo, em seguida correndo em direção a ele, saltando no ar quando suas mãos seguraram minha cintura com firmeza, me erguendo para cima, me segurando no ar, sobre sua cabeça, enquanto eu me mantinha reto e de braços abertos.

 Quando me colocou no chão, Kai fez questão de deixar um beijo casto sobre minha testa, talvez para dar pistas de que estávamos juntos — e não estávamos —, apenas para que não tentassem gracinhas para cima da minha pessoa junto com meu corpo precioso e puro.

— Entenderam? — Todos assentiram, uns pareciam os inventores do balé de tão confiantes, e outros prestes a se jogarem num vulcão em erupção.

 Os cinco primeiros foram um desastre, recuando quando eu já estava quase sobre os mesmos, e correndo como cachorros covardes. Um deles me chamou atenção pela delicadeza em que tocou em mim, como se eu fosse quebrar. O chamavam de Tao, e ele me intrigou, realmente. Talvez fosse um dos reservas.

— Aigoo! Vocês são terríveis! — Exclamei sem animo. Eles pareciam cansados e muitos não haviam feito nada. — Ok, foram cinco jogadores, isso já forma uma equipe de titulares, por que caralhos de cinco, nenhum de vocês conseguem fazer isso direito?! — Nesse momento Chanyeol se levantou do canto da sala, mas foi interrompido por Kris, que passou à frente e estralou o pescoço, ficando no lado da sala  onde era ordenado a todos.

— Manda ver, gatinha — ele sorriu malicioso e me chamou com as mãos. Bufei, e corri realmente com vontade naquele momento, sentindo suas mãos irem de encontro a minha cintura, me erguendo no ar. Abri meus olhos, sendo que nem notei que os havia fechado, e percebi que realmente havia dado certo.

 Kris me desceu e então me pôs de pé a sua frente, um tanto grosseiro. Ele apertou minha bochecha de leve e então voltou a se sentar embaixo de uma das barras à frente dos espelhos da sala, ao lado do Park, que havia o elogiado por ter se saído bem.

— Bom... — Eu ainda estava atônito. — Quem é o próximo? — Um loiro levantou a mão e então assim, mais cinco deles tentaram, nenhum se saindo tão bem quanto Kris. — Ok, vocês se esforçaram — disse suado e exausto e então eles começaram a conversar entre eles. Eu nem sabia como não havia sido morto, já que a maioria ali já sabia o que a escola de artes havia feito com a quadra deles.

 Perdemos quatro pontos e o coordenador de tudo nos avisou que pegou leve conosco por ainda não sabermos das regras na noite passada. Enfim, eu já estava quase indo me sentar no meu cantinho, quando senti uma mão grande agarrar meu ombro e me virei para trás, dando de cara com Chanyeol. Foi quase inevitável revirar os olhos, eu estava com tanta raiva dele.

— Eu ainda não tentei — ele disse com um sorriso genuíno sobre o rosto. 

— Rápido, ok? — Ele assentiu, e caminhou até a ponta oposta à minha.

— Vamos lá, já agarrei muita bola, você só será mais uma — ele zombou, fazendo todos rirem, menos eu e Jongin.

 Babaca! O xinguei mentalmente e bufei, feito um touro.

 Encarei-o nos olhos e respirei fundo. Kai sorriu para mim, me passando confiança e então eu corri em direção ao Dumbo, sentindo todos meus músculos queimarem pelos esforços. Eu tinha quase certeza que cairia, quando suas mãos agarraram minha cintura e me ergueram no ar perfeitamente, me segurando por mais tempo até mesmo que Jongin já havia conseguido.

 Quando me desceu, fez questão de deixar nossos corpos próximos e respirou forte contra meus lábios, me fazendo estremecer. Ew! Para Baekhyun! É o Chanyeol! Me soltei de seus braços com o rosto queimando, provavelmente em vergonha e me sentei sobre as barras de ferro do local, bebendo toda a água da minha garrafinha, tentando não desviar meu olhar para o sorriso sacana do Park.

 Deu o horário e então os jogadores todos se retiraram, suados e entediados. Houve piadinhas uns sobre os outros e algumas risadas, mas eles se comportaram de uma forma, que pareciam humanos civilizados, ao invés de lobos selvagens que sempre deixavam a entender que eram.

 Kai e eu fomos até o vestuário, ele dizia algo sobre sua mãe e filmes, mas eu só conseguia pensar em Chanyeol. Por que aquele acéfalo orelhudo me fazia sentir dessa forma? Por que ele não saia da minha cabeça? Parecia um carrapato grudado no meu cérebro.

— Já escolheu quem vai dançar com você? — Pisquei os olhos várias vezes seguidas, encarando Jongin por um tempo, antes de formular qualquer resposta.

— Eu estava pensando no Kris — ele suspirou.

— Eu não sei, o Chanyeol foi muito bom, Baek — revirei os olhos.

— Foda-se o mestre Yoda! — Esbravejei, trocando de roupa, e me vestindo como Baekhyun daquela vez, já que iria para casa.

 Era fim de tarde e eu estava exausto, só queria minha cama para me fingir de morto por, mais ou menos, duzentos anos.

— Eu não sei, acho que você deveria pensar bem antes de decidir. A questão é: quem te aceitaria melhor dos dois? — Sim, aquela era mesma a questão, e minha cabeça já estava explodindo com aquilo tudo.

— Ok, entendi. Eu vou esperar, para ter certeza que ninguém irá me ver saindo daqui — ele assentiu.

— Eu queria muito ficar, mas você sabe... preciso ajudar Kyungsoo em um trabalho de escola se não ele vai arrancar minhas bolas — dei risada, porque, sim! Ele faria aquilo.

— Tudo bem, vai lá — ele beijou o topo da minha cabeça e apertou meus ombros, sorrindo em seguida de um jeito galanteador que só ele sabia.

 Quando deixou o lugar, me sentei sobre o banco que ali havia e fiquei cerca de dois minutos apenas olhando para o nada — ou quase isso —, até que me senti entediado o suficiente para dar uma volta pela escola.

 Eu já estava quase desistindo do meu tour, quando ouvi um barulho esquisito em uma das salas de dança e me aproximei, com aquela minha maravilhosa curiosidade sem fim. Estreitei os olhos, para tentar enxergar o que acontecia ali dentro, e me surpreendi com o que vi: lá estava Tao — ou qualquer que fosse seu nome —, dando piruetas perfeitas.

 Meu choque foi tanto, que me senti petrificar. Ele era tão gracioso, que não dava nem para acreditar. Como ele havia se saído ruim no teste? Talvez fosse de propósito? Estava quase com a cara dentro da sala, quando me lembrei que estava vestido "normalmente", e ele não poderia me ver daquela forma.

 Era uma pena, mas com certeza eu o procuraria depois para entender aquilo. Se ele tivesse se saído bem, com certeza seria meu parceiro. Kris e Chanyeol são dois retardados.

 Voltei para o vestuário e peguei minha mochila. Sai da academia e tudo estava deserto do lado de fora. Já era noite, e as ruas estavam escuras, o que me fazia andar como um idiota paranoico, olhando para todos os lados, com medo de me levarem para o mato e arrancarem meus órgãos, para venderem no mercado negro. O que? O coração puro e saudável — modéstia parte — deve dar para algo, agora os pulmões poluídos por respirarem o mesmo ar que aquelas cobras venenosas das amigas de Taeho... sei não.

 Comecei a sentir algo ruim. Uma sensação de quem alguém me seguia, e olhei para trás de relance, vendo um carro andar em velocidade baixa, atras de mim. Puta que pariu! Comecei a andar mais rápido, sentindo meu peito subir e descer com irregularidade.

 Talvez fosse castigo por eu ser uma bixa maligna e arrasadora de corações, mas sequestro não é de mais? Poxa, só o fato de ter um carro me seguindo já me fez perder o pouco de dignidade que tinha correndo que nem um idiota pela calçada.

 Eu não sei como aquele ser humano brotou ali na hora, mas por milagre de meu bom Deus: Chanyeol vinha do lado oposto da rua distraído, quando gritei seu nome.

— Ei! — Ele olhou, estreitando os olhos em minha direção, tentando enxergar quem era, sorrindo ao perceber que era a minha pessoa. — Tudo bom, Channie?! — Atravessei a rua correndo e o abracei de abrupto.

 Ele ficou lá, parado feito o poste com orelhas que era, e eu observei o carro preto partir dali, me fazendo suspirar aliviado.

— Desculpa — murmurei, o soltando.

— Uau, você queria tanto assim um abraço? — Perguntou risonho.

— Não idiota! O carro estava me seguindo, pensei que fosse morrer! Puta que pariu! — Ele então entendeu, me encarando preocupado.

— Uau... — Sussurrou. — Então quer dizer que eu salvei sua vida? — Perguntou, sorrindo convencido.

— É, você salvou, sim — concordei. — Valeu por isso, mas agora eu preciso ir... — Estava caminhando já para casa, quando ele segurou meu pulso.

 Deus! Por que adoram tanto infernizar minha vida?!

— Então você me deve uma — me encarou, com aquele seus enormes e sufocantes olhos.

— O que você quer, idiota? — Ele fingiu estar ofendido e então riu. 

— Vem comigo até um sorveteria, pode ser? — Perguntou.

— Agora? — Ele concordou.

— Sim, agora — sorriu.

 Eu só queria dormir.

— Tá, vamos logo nessa merda! — Exclamei, com raiva.

— Isso, vamos — começamos a caminhar juntos.

 Todo o caminho foi silencioso, e eu só queria que um avião caísse sobre minha cabeça. Deus! Por que estar perto de Chanyeol me fazia ficar tão vulnerável? Eu nem conseguia negar quando ele pedia qualquer coisa! 

— Aqui — entramos, e ele me levou até os sabores, para escolhermos. — Oh, menta é o melhor — ele falou, encarando o freezer como uma criança encara centenas de balões de ar coloridos. Era até engraçadinho.

— Menta? Hum... eu nunca provei esse — ele arregalou os olhos, me encarando como se eu tivesse dito a coisa mais horrorosa do universo, e eu confesso que levei um susto.

 E então ele me deu uma cestinha destas comestíveis, e me mandou — mandou mesmo — colocar obrigatoriamente um pouco daquele sabor de sorvete para prová-lo. E eu fiz, já que a única coisa que se passava pela minha cabeça era: cama, preciso dormir, vamos logo, cama, cama, dormir, dormir, dormir!

 Nos sentamos em uma mesa afastada, e então eu provei o tão famoso sorvete de menta, sentindo um paraíso gelado tomar conta da minha boca. Gemi, revirando os olhos, logo enfiando mais três colheres cheias do mesmo em minha boca, fazendo Chanyeol me encarar assustado.

— Nossa, Baekhyun — começou a rir. — Vá com calma, você vai se engasgar — ficava mais sério conforme dizia, me observando comer o sorvete até encher a boca toda, com uma preocupação evidente.

— É muito bom! — Elogiei, de boca cheia e ele gargalhou ainda mais alto, como uma hiena com Parkinson. 

— Você parece um esquilinho, com essas bochechas cheias — apoiou o queixo sobre as mãos na mesa e ficou me encarando como se estivesse admirado, me fazendo sentir as bochechas queimarem, novamente com vergonha de seu olhar perfurante.

— E você me parece um idiota... — engoli todo o sorvete da minha boca — ah, não! Eu me esqueci: você é um! — Ele fechou o sorriso.

— Olha, o que eu fiz para merecer tanto ódio? — Dei de ombros e ele bufou. — É sério! 

— Não sei, caralho! Eu só... sinto muita raiva dessa... — sua cara linda e perfeita. Pensei. — Desse seu jeito! Você se acha tanto, ah! — E não era só por aquilo.

 Chanyeol havia tentado esconder o troféu do seu time em nossa escola, eu tinha um motivo ótimo para o odiar.

— Ok, vamos por favor dar uma trégua? Vamos tentar ser amigos, poxa! Eu queria tanto isso — o encarei desconfiado. — Eu juro de dedinho — encarei seu "dedinho" esticado em minha direção e gargalhei alto.

— Não vai rolar, Chanyeol — me levantei e deixei o dinheiro do meu sorvete sobre a mesa. — Até mais — acenei, saindo o mais rápido possível dali, sem o deixar dizer algo ou tentar me impedir.

 E como sempre, quando eu já estava próximo de virar a esquina, o Park gritou: "eu não vou desistir". E talvez eu realmente acreditasse que não. 

 Sorri. É, talvez não fosse má ideia...

 O que?! Cala boca, Baekhyun! 


Notas Finais


titia caly ama vocês szsz


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