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História Pertença - Estabilidade


Escrita por: SabrinaWalker

Notas do Autor


Gente, perdão! Mil desculpas por toda essa demora, de verdade.
Bom, várias coisas aconteceram... Eu não queria ter demorado tanto pra atualizar a Fanfic. No entanto, minha vida acadêmica e pessoal estavam uma loucura, e eu realmente não encontrei um tempo para escrever algo produtivo.
É por isso que não dou prazos a vocês, amores, por conta dos imprevistos e da correria diária, porém, prometo que tentarei mesmo atualizar com mais frequência, ok?! Amo vocês por cada comentário, elogio e sugestão! <3
Espero que não me abandonem! rs.
Até lá embaixo!

Capítulo 7 - Estabilidade


Pertença

Capítulo 7: Estabilidade

Quando a semana recomeçou, tudo voltou ao normal. Com “tudo”, quero dizer que, assim que eu e Hinata ultrapassamos o portão do colégio lado a lado, Kiba reconheceu o seu lugar e não ameaçou se aproximar da mesma. Diga-se de passagem, eu e a Hyuuga estávamos mais próximos, de um modo que eu realmente gostei na época, e obviamente nossos amigos não perderam a chance de ressaltar isso.

— Sabia que vocês não ficariam longe por muito tempo! — Ino foi a primeira a dizer, com sua admirável discrição. Um sorriso malicioso dançava em seus finos lábios.

— Aliás, vocês estão mais… grudados, né?! — Naruto franziu o cenho.

— Cuidem das suas próprias vidas — revirei os olhos, com certa impaciência. Hinata limitou-se a rir discretamente.

— Sasuke, o treino vai começar mais cedo hoje. Não esquece. — Gaara avisou-me segundos depois, e eu assenti.

— Eu vou ir te ver jogar, Sasu. — Hinata sorriu ligeiramente, passando a vasculhar a mochila em busca de seu celular. — Mas vamos almoçar naquele restaurante que eu gosto antes, tá?! — mordeu o lábio. Por um longo instante, seus olhos fixaram-se nos meus, pedintes. Eu odiava aquele lugar.

— Tá — respondi a contra gosto.

— Amo você. — Ela me abraçou, mantendo o celular recém-encontrado em uma das mãos. — Vou avisar ao Otou-San — começou a digitar.

— Pois eu também vou ao treino! — Ino anunciou, e eu a fitei. Seus olhos azuis também pairaram sobre mim, debochados. — Mas não se anime, Sasukezinho, não será por você — sorriu largamente, dando um demorado beijo no rosto de Gaara, o qual também sorriu. Eu não fazia o tipo ciumento em relação à Ino, então tive a mesma atitude de Gaara. Ele sabia que a Yamanaka estava brincando.

(...)

As aulas pareceram passar mais rápido naquele dia, e logo lá estava eu na saída do colégio junto com Hinata. Ino, Gaara e Naruto preferiram almoçar à parte, mesmo após terem sido convidados pela Hyuuga a irem conosco ao tal restaurante. Eles alegaram não quererem atrapalhar nossa reconciliação.

No almoço, Hinata e eu aproveitamos para nos inteirarmos sobre o que havia ocorrido um com o outro na semana que se passou. Isso porque, no dia anterior, nós mal tínhamos conversado, somente cultivamos o silêncio que tanto apreciávamos e vimos alguns episódios de “How to get away with a murder”.

Ela me contou sobre as novidades do clube de Inglês. Em particular, sobre um novo integrante que parecia ser muito atencioso e solícito, um tal de Toneri. Fiz questão de expressar minha falta de interesse enquanto ela narrava minuciosamente a conversa com o tal novato. Ele parecia ser só um nerd qualquer pra mim, nada especial.

Após comermos e pagarmos, voltamos ao colégio. Encontramos Ino, Gaara e Naruto logo na entrada, e nós fomos para a quadra, o treino logo começaria. Ao adentrar o local, notei apenas uma cabeleira rosa preencher a arquibancada. Sakura costumava vir às vezes, à pedido de Naruto.

— Vamos sentar com ela? — Hinata perguntou receosa.

— Oras, por que não?! — Ino perguntou, com uma sobrancelha arqueada.

— Ah... — hesitou. — Ela parece querer ficar sozinha, Ino-Chan. Não quero incomodá-la — disse um tanto envergonhada, provavelmente com medo de ter passado a impressão errada à amiga.

— A Hina-Chan está certa, Ino... A Sakura está de mau humor hoje. Não é uma boa ideia ir falar com ela — disse Naruto.

— Bom, então vamos sentar aqui mesmo... — sugeriu.

Em poucos minutos, a quadra não parecia mais tão vazia. O restante do time de basquete chegou, cumprimentando a mim e aos outros com acenos discretos. Hinata e Ino permaneceram sentadas juntas, sorrindo vez ou outra enquanto observavam o jogo começar.

Deixei ambas de lado e me concentrei na bola, e em Gaara, o qual fazia parte do time adversário, isto é, apenas enquanto treinávamos. Depois de duas ou três cestas feitas com a ajuda de Naruto, procurei a Hyuuga com os olhos. Estava satisfeito com o andamento da partida.

Meus ônix avistaram os fios azulados com certa rapidez. Identifiquei também uma figura masculina, a qual fazia questão de tocar delicadamente a mão de Hinata.

Notei um pequeno sorriso nos lábios avermelhados. Foi o suficiente para me tirar do sério. Sequer um segundo foi necessário para iniciar os passos irritadiços até eles. Mas que merda Itachi poderia querer com Hinata depois de tudo?!

— Sasuke, não. — Ino colocou-se à minha frente, segurando o meu pulso discretamente. De certo, o meu olhar para a loira não foi amigável, entretanto, ela prosseguiu. — Podemos conversar? — Ela estava séria e eu ponderei, assentindo.

Soltando o meu pulso, seus passos se iniciaram. Tratei de segui-la até um dos corredores do colégio. Eles costumavam estar vazios naquele horário.

— Você sabe que eu amo vocês, né?! — recostou-se a um dos armários.

— Vá direto ao ponto, Ino.

— Eu sei que eles transaram, e eu sei que você também sabe. O fato é que você não pode se meter entre eles. — Seu tom foi ameno. Eu travei o maxilar, irritado.

— E quem é você pra me dizer isso?!

— A Hina nunca se meteu entre a gente, Sasuke… Nunca! — ressaltou. — Então você não deveria se meter entre eles apenas porque o Itachi é o seu irmão. Eles são grandinhos, podem resolver isso sozinhos! — colocou o indicador à altura do meu abdômen, igualmente colérica.

— Que o Itachi vá a merda, Ino! — alterei o tom de voz. — E que se foda o que eu deveria ou não fazer… Eu não me importo! — dei-lhe as costas, pronto para deixá-la sozinha.

— Deixe a Hina viver a vida dela também, Sasuke. Você transava com a melhor amiga dela e ela transou com o seu irmão. Não me parece muito diferente, não é?! — Foi sarcástica.

— Então acho que nós já estamos quites... — sorri de canto, irônico.

— Sabe, a Hina ficou triste quando vocês brigaram… — começou branda. — Ela realmente sentiu a sua falta, e, por sua causa, ela não atendeu as ligações do Itachi ou respondeu as mensagens que ele mandou, e, acredite, foram muitas… — aproximou-se, até ficar de frente pra mim. — Você significa muito pra ela, porém sexo nunca será só sexo pra Hinata, pelo menos não agora, então deixe-a terminar ou continuar isso com o Itachi de modo decente. — Ficou cabisbaixa, soltando o ar por entre os lábios. — Pode ir — falou, após se dar conta que eu não lhe responderia.

Segui para a quadra com mais placidez. Obviamente minha irritação não havia desaparecido, entretanto, Ino estava estupidamente certa. Não podia interferir na vida amorosa ou sexual de Hinata quando ela sequer palpitou na minha.

Não era problema meu. Suspirei profundamente e voltei a treinar, ignorando a presença de Itachi na quadra. Após vencer a partida, me dirigi à saída do local, iria para casa. Estava exausto e com sede. Contudo, o pequeno corpo se posicionou à minha frente, cabisbaixo.

— Sasuke, está tudo bem? — olhou-me, e eu assenti. Percebi que meu irmão não estava acompanhando-a. Provavelmente, o mesmo tinha ido para casa quando eu estava jogando.

— Vamos, Hinata — disse enquanto passava pela mesma, indiferente.

Não fiz questão alguma de saber a pauta da conversa de Itachi e Hinata, e muito menos o que a mesma acarretou. Dali em diante, fingi que não me importava, e engoli todo o meu desconforto a cada vez que o via se aproximar da morena nos dias que se seguiram.

Eu e Hinata continuamos fazendo grande parte de nossas atividades juntos e participando de maneira assídua da rotina do outro. Contudo, o mais velho se aproximou consideravelmente da mesma, ao mesmo passo em que eu passei a manter uma certa distância.

Com algumas semanas, o Uchiha e a Hyuuga já tinham construído uma intimidade deveras notável, e eu tratei de reagir a isso com impassividade e tendo outros focos, que estavam bem distantes de Hinata. Comecei a reparar em diversas garotas do colégio e dar atenção a várias delas, Sakura fazia parte desse grupo.

A rosada havia mudado o seu comportamento de modo peculiar. Nos encontramos algumas vezes de modo casual pelos corredores, e ela apenas me cumprimentava, então passei a notá-la, notei como seu cabelo tinha crescido, notei seus lábios pintados pelo batom rosa e o bonito sorriso que ela me dirigia todas as vezes.

Além do mais, mesmo que a Haruno não demonstrasse como antes, seus sentimentos ainda eram perceptíveis. Talvez a diferença estivesse apenas na segurança que ela vinha adquirindo, e eu reparei, assim como outros garotos do segundo ano, que passaram a disputá-la.

Gostei da confiança com que ela passou a falar comigo e da forma como ela não se esforçava para falar o tempo todo sobre diversos assuntos diferentes. Outra coisa que gostei foi do modo como ela me olhou em uma festa específica do segundo ano. Gostei mais ainda da forma como ela pronunciou aquelas palavras e me beijou.

— Está procurando alguém? — perguntei ao vê-la fitando os arredores, um tanto aérea.

— Hum… Estava procurando o Naru... — levou o dedo ao queixo. — Mas estou prestes a desistir — suspirou.  — Faz um tempo que eu não o vejo...  — explicou-se.

— Ele passou por aqui agora pouco… — fiz uma pausa, sorrindo maliciosamente. — Acompanhado — completei, vendo-a sorrir também, da mesma forma.

— Pensando bem… — fixou o olhar no meu. — Está uma noite bonita para beijar alguém, não acha, Sasuke?! — aproximou-se perigosamente, e eu permiti. — Alguém como você… — empurrou-me contra a parede, grudando seus lábios nos meus.

Naquela mesma noite, eu a levei para casa e nós transamos. Sakura era virgem e, apesar das suas atitudes seguras, reparei em sua falta de experiência, portanto, tentei ser cuidadoso e mais cavalheiro do que normalmente seria, talvez até por conhecê-la desde pequena.

No dia seguinte, levei-a em casa e trocamos mensagens. Casualmente, eu e a rosada passamos a nos encontrar. Quando comparecíamos às mesmas festas, saíamos juntos, quase como algo implícito. Por conta disso, Naruto e Hinata passaram a ser três vezes mais amigos.

Nas vezes em que conversei com a Hyuuga sobre Sakura, ela mantinha-se neutra. Lembro somente de um dia em que perguntei se ela achava que eu realmente gostava da rosada, e a resposta foi certeira: não. Em contrapartida, ela afirmou que a rosada nutria sentimentos verdadeiros por mim e que não gostaria que aquilo continuasse.

Hinata, tal como o Uzumaki, via minha relação com Sakura como uma espécie de caso, como algo além de uma simples ficada, mas a anos luz de distância de um namoro. No começo, eu também via assim.

Durante três meses, mantive um relacionamento aberto com Sakura. Saía com várias outras nos dois primeiros meses e omitia alguns ocorridos à Haruno. No terceiro mês, vi que aquelas relações esporádicas foram perdendo o significado. Transar com uma ou duas garotas por semana não era mais tão inovador e interessante.

Sakura me satisfazia emocionalmente e sexualmente, foi aí que decidi pedi-la em namoro. De fato, eu nunca fui apaixonado por ela, mas, pela primeira vez, a ideia de um relacionamento estável não me parecia ruim. A rosada me trazia segurança, estabilidade, e eu, de fato, me sentia amado.

Havia confiança, respeito e atração física. Era o suficiente. Pouco antes do final do ano, começamos a namorar. Mikoto não conteve a felicidade, já que apoiava o relacionamento há anos, Itachi se surpreendeu, assim como Naruto e Hinata.

Naquela Quarta-feira, Hinata estava especialmente feliz e mais bonita. A saia rodada de cor branca e a curta blusa de tom vermelho se sobressaía em meio aos olhos perolados.

— E o que vamos fazer hoje, Sasu? — deitou-se na cama, ao meu lado. Um leve sorriso pairava sobre seus lábios.

— Podemos jantar, enquanto te conto uma novidade — levantei-me.

— Hmm… Podemos ir naquele restaurante japonês, em frente ao colégio, tudo bem?! — sugeriu, e eu assenti. — Mas você pode ir me contando no caminho. É algo bom? — perguntou curiosa, sentando-se.

— Eu estou namorando. — Fui direto.

Por instantes demorados, vi Hinata abrir a boca algumas vezes, sem pronunciar uma palavra sequer. Seus olhos mantinham-se fixos nos meus, revelando uma certa surpresa. Devagar, ela ajeitou os fios azulados e forçou o sorriso.

— Com a Sakura? — perguntou em um fio de voz.

— Sim, afinal só tenho saído com ela ultimamente... — dei de ombros.

— Você… gosta dela? — A vi se levantar e dar dois passos em minha direção, como se fosse para se certificar de algo. Sua expressão estava um misto de insegurança e seriedade.

— A Sakura me fez ver as coisas de outra forma, Hinata, e eu gosto disso. Gosto da ideia de estarmos juntos — respondi com austeridade.

— Ah, então parabéns — abraçou-me rapidamente. — Vamos agora?! O restaurante pode fechar… — disse já saindo do cômodo.

Apesar da pequena distância que havia criado nos últimos meses, Hinata ainda era a mesma, e eu ainda a conhecia, talvez melhor do que ela mesma. Para mim, era óbvio que a notícia não lhe agradara, bem como sua aproximação com Itachi não me satisfazia.

Na época, achei que era porque a mesma não dava credibilidade aos meus sentimentos pela rosada, assim como Naruto. Por outro lado, o Uzumaki me pareceu extremamente feliz quando lhe contei, reagindo com seu jeito enérgico de sempre.


Notas Finais


Agora sim as emoções SasuHina vão começar! HSAUSAHSUA. E, finalmente, o SasuSaku se iniciou, não é mesmo?! rsrs.
Bom, lindinhos, desejo um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo pra vocês, amores!
Considerem o capítulo um presente, gente. Tentarei fazer outro e postar em breve.
Me contem o que acharam nos comentários, please! :)
Beijos, até mais!


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