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História PESADELOS (Maleo) - No Lie Parte II


Escrita por: AndreinaJS

Notas do Autor


Oooooooooooiiii demorei mas aqui estou, espero que gostem. Boa Leitura amores.

Capítulo 6 - No Lie Parte II


Fanfic / Fanfiction PESADELOS (Maleo) - No Lie Parte II

Nos Capítulos Anteriores:

 

-DROGA MALIA!- bati a mão no volante e a encarei nos olhos.

 

-THEO CUIDADO!- A mesma gritou de volta pondo as mãos no volante com rapidez do cara que quase foi atropelado por mim. O cara caiu no chão.

Ignorando o toque das mãos frias da Coiote, eu saí do carro rapidamente para ver se o rapaz que eu quase atropelei está bem, pelo menos o coração batia, também não havia cheiro de sangue. Malia saiu do carro logo atrás de mim.

 

-Está tudo bem? Olha me desculpa.- eu murmurei alto o suficiente para o homem caído de bruços me ouvir.

 

Então ele se levantou num rompante me dando um susto, jogando alguns panfletos para cima.

 

-Festa dos Mortos Vivos, hoje á noite, na casa do Tyler!!!!!!!! Uhuuulll!!!!!!!!!- ele berrou, logo depois saiu correndo. Eu peguei um panfleto que estava no chão sem entender nada, enquanto Malia ria da minha cara pegando um outro papel do chão.

 

-Festa dos Mortos Vivos am?- A mesma comentou, andando para escola que já era visível de onde estávamos.

 

-Quem faz festa no meio da semana?- me perguntei, balançando a cabeça em negativa, andando em direção ao carro. E o mais preocupante foi o pensamento que despertou minha curiosidade. “Será que Malia vai?”


 

Pov Malia Hale

 

Eu já estava bem próxima a escola, quando vi o carro de Theo se aproximar rapidamente, revirei os olhos bufando um pouco, ele diminuiu a velocidade e abaixou o vidro do carro.

 

-Entra no carro Malia.- Theo mandou, ignorei ele completamente, aumentando a velocidade dos passos, faltavam menos de 20 metros para que eu chegasse a escola.

 

-Para de me seguir, eu já estou praticamente na escola.- falei irritada, Theo tinha esse dom nato de me irritar, eu simplesmente não gosto dele nem da presença dele, bom, pelo menos na maior parte do tempo, já que são raras as horas que não estamos brigando, como no primeiro dia de aula que ele me abraçou ou como na noite passada, coisas que eu nunca pensei que aconteceria, mas que nunca vai voltar a se repetir, minha mente voou para nossa cena no banheiro, na verdade na minha cabeça só havia a imagem dele de toalha, eu simplesmente lembro do nada quando deixo minha mente em branco, as vezes lembrar da sensação de correr ao lado dele na forma animal, algo que é realmente bom mas mesmo assim, não consigo pensar em começar uma amizade com ele ou algo do tipo. Eu não sei exatamente o por que de eu ter me sentido tão envergonhada de vê-lo de toalha, afinal eu já havia visto ele pelado, bem, não visto explicitamente já que eu em momento nenhum olhei para suas partes baixas. Outra coisa que não saia da minha cabeça, era aquele sonho com o Theo, apesar de ter sido só um sonho, toda vez que eu lembro me sobe um calafrio pela espinha, um pavor e um medo, como se algo ruim pudesse acontecer, como se fosse um aviso, e mesmo não sendo amiga ou ter qualquer contato com ele, parece que algo nos une, eu não sou do tipo sentimental mas ele pareceu precisar tanto de ajuda quando o vi no canto e meu extinto em ajudá-lo gritou alto, não podia negar também, que se não fosse por ele aqueles caçadores teriam me matado, até o fato dele ter conversado comigo depois daquele pesadelo horrível me deixou melhor. O problema são as coisas ruins que ele já fez a mim, faz com que eu prefira me manter distante afinal, pessoas assim não mudam do dia para a noite.

 

Uma buzina alta e barulhenta fez com que eu saísse de meus pensamentos.

 

-Acorda Malia, estou te chamando faz vários minutos, entra no carro por favor.- ele insistiu mais uma vez, eu já não aguentava mais a presença dele naquele momento, eu havia passado mais tempo com ele do que com meu próprio namorado e eu já não aguentava mais, ou pelo menos me convenci disso.

 

-Minha resposta é não! E se continuar insistindo eu vou arranhar a lataria do seu carro.- ameacei e coloquei as garras para fora encostando-as na lataria do carro. Ele semicerrou os olhos em desafio me encarando e eu fiz o mesmo, sustentei seu olhar por alguns minutos e em seguida ela pisou no acelerador fazendo os pneus cantarem, recolhi as garras.

 

Continuei meu caminho para a escola, ao longe eu podia ver o carro de Theo entrar no estacionamento da escola, quando eu já estava chegando na porta, ele apareceu do meu lado.

 

-Você tem que parar de me perseguir.- murmurei e em seguida olhei para seu rosto, ele sorriu cínico.

 

-Ah claro, mil perdões, devo parar de vir estudar ?- ele perguntou sarcástico. -Ah não, devo ir embora da casa do Scott, assim eu não corro o risco de você invadir o banheiro e me ver praticamente pelado!- ele cuspiu no corredor da escola.

 

-Olha, escuta aqui…-

 

-Opa! Eu ouvi invadir, banheiro e pelado na mesma frase?- Liam nos interrompeu, Theo e eu nos assustamos e nos entreolhamos rapidamente.

 

-Sim!

 

-Não!

 

Theo e eu respondemos juntos, lancei um olhar assassino para que ele calasse a boca. Ele apenas deu de ombros e sorriu torto, encostando-se nos armários.

 

-N-não Liam.- respondi de maneira nada convincente. Não sou de ficar nervosa a toa ou reagir desse modo, mas falar sobre isso é estranho e prefiro fingir que não aconteceu.

 

-Ah Malia, por favor! Liam já é grandinho suficiente e sabe que é normal você ver seu namorado pelado.- ele falou simplesmente, me encarando nos olhos, em seguida desviou seu olhar para Liam. O tom provocativo em cada palavra que ele havia falado, me desafiando o tempo todo. -Vai na festa dos mortos-vivos hoje a noite Liam?- perguntou contornando os braços por cima dos ombros dele e os dois saíram andando pelo corredor cheio de alunos.

 

-Festa dos Mortos? Está falando da festa na casa do Tyler?- pude ouvir Liam falar mesmo de uma distância consideravelmente grande.

 

-Sim, essa mesma. Ele deve ter falado aquilo por eu ter quase atropelado ele.- Theo explica, pude ver Liam olhar feio pra ele o outro logo ergueu as mãos. -Foi culpa da Malia, ela estava no carro comigo.-

 

Depois disso ele me olhou rapidamente, antes de sumir completamente entrando pela porta que dá acesso ao vestiário masculino.

 

Eu bufei com raiva e fui em direção ao meu armário. Ele sabe perfeitamente como me irritar, mas apesar disso tenho que reconhecer que quando ele quer, consegue ser uma pessoa tolerável. Com o que ele deve sonhar? Deve ser algo muito ruim mesmo para fazer ele ficar desse jeito. O que ele havia sonhado? Ou o que passou quando caiu no buraco? Eu lembro vagamente dele ter falado algo que eu me recusei ouvir, afinal eu não quero ter qualquer tipo de contato com ele, só que isso fica difícil quando ele parece estar em qualquer lugar que eu vá. Várias perguntas em relação a ele rondavam minha cabeça como: Por que ele havia pulado no lago aquele dia? Nem sequer tentou nadar ou algo do tipo ou por que ele estava encolhido no chão do corredor no nosso primeiro dia de aula, aflito, agoniado, sofrendo… Eu precisava saber o que ele havia passado naquele buraco que a Kira colocou ele, apenas por curiosidade. Tivemos um momento de trégua, então melhor do que ter ele me irritando o tempo inteiro é tê-lo apenas como uma pessoa que tanto faz na minha vida.

 

Bati a porta do armário com força e comecei a andar pelo corredor, indo em direção ao vestiário, a primeira aula seria educação física e provavelmente o professor iria fazer com que a gente corresse por pelo menos uma hora naquela floresta. Automaticamente lembrei dos caçadores, eu não sabia se eles haviam ido embora ou sequer quem são, mas poderiam estar na floresta ainda. Balancei a cabeça e fui para o vestiário me trocar.

 

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-Muito bem vai funcionar da seguinte forma…-

 

O treinador começou a explicar a atividade de hoje, nós estamos na floresta, todos os alunos estavam em uma rodinha esperando o treinador continuar a explicar o exercício. Olhei ao redor, eu reconhecia apenas alguns rostos, eu preferia me manter afastada deles, afinal eu não sentia necessidade de socializar, apenas permaneci calada esperando o professor falar logo o que tínhamos que fazer e acabar logo com aquilo.

 

-...Eu montei um pequeno circuito para que vocês meus amados alunos, possam exercitar os músculos e coisas chatas que temos que fazer no começo do ano já que o campeonato de lacrosse não começou e... Greenberg quer fazer o favor de calar essa boca! Afinal..-

 

-Desculpe pelo atraso treinador eu estava ocupado com…- o professor foi interrompido, eu reconheci a voz de imediato, ergui os olhos para encará-lo.

 

-AH Theo! Quer colocar logo essa camisa! Ninguém quer saber com o que você estava ocupado.- o Sr. Finstock o repreendeu enquanto o outro colocava a camisa cinza sem mangas de maneira rápida. Pude ouvir algumas meninas suspirarem e cochichos de como ele é gostoso e não sei mais o que. Revirei os olhos.

 

-Vocês vão se separar em duplas e para animar vocês um pouco, saibam que a dupla campeã irá ganhar um prêmio. Agora escolham os seus parceiros.-

 

Depois de dizer isso, todos os alunos começaram a se movimentar e formar as duplas, permaneci parada, eu não tinha nenhum contato com aquelas pessoas. Fiz um coque alto no meu cabelo, o dia estava realmente muito quente em comparação aos dias anteriores, ajeitei o short de moletom que mede no meio de minha coxa e esperei sobrar algum aluno. Andei em direção a uma menina loira, acho que o nome dela é Melody, ela está completamente sozinha, então poderia ser minha dupla, poderia se ela não andasse em direção ao Theo, revirei os olhos e dei as costas quando ela se aproximou dele e pôs uma das mãos sobre o peito dele, quem faz uma turma com número de alunos ímpares? Pelo menos assim eu não teria que fazer nada já que não tenho dupla. Permaneci parada no meio das duplas e o Finstock nem sequer notou que eu não tinha um par.

-Bem alunos, já que as duplas foram feitas, qual dupla será a primeira a conhecer e a fazer o circuito que eu mesmo montei?- ele perguntou empolgado enquanto esfrega as mãos uma na outra freneticamente.

-Eu e Malia, professor.- Pude ouvir a voz de Theo se sobressair em meio aos burburinhos de alunos, ele abaixou a mão e sorriu convencido, aquele gesto me lembrou seu primeiro dia de aula, a primeira vez que eu o vi. Balancei a cabeça esquecendo daquela lembrança boba. Ele andou em minha direção mantendo o sorriso no rosto e parou bem na minha frente.

-Eu não sou sua dupla.- argumentei cruzando os braços sobre o peito.

-Mas você está sem uma e eu também.- ele retrucou imitando o mesmo movimento que eu.

-Melody é sua dupla!- rebati.

-Melody queria ser minha dupla mas eu disse a ela que já tinha uma.- respondeu se aproximando e inclinando a cabeça um pouco mais para baixo.

-Mas eu não quero fazer com você.- estou prestes a virar quando sinto sua mão segurar em meu pulso.

-Vamos, por favor Malia.- ele pediu, acariciando meu pulso com o polegar e por um minuto pude sentir uma espécie de descarga elétrica passar por nós.

-É pra hoje pessoal!- o treinador chamou nossa atenção, alguns alunos olhavam com curiosidade o impasse entre eu e Theo. Mesmo um pouco irritada, andei até o professor com Theo bem atrás de mim.

-Vamos garotos, uma corridinha para aquecer até chegarem no lugar que eu montei o circuito. Greenberg deixa de preguiça e mexa essas pernas.- todos começaram a correr seguindo o Treinador. Aquilo não era nada para eu e Theo.

-Que bom.- ouvi Theo murmurar.

-Pelo o que ?- perguntei diminuindo o ritmo em que eu corria.

-Por ser minha dupla, eu praticamente obriguei você.- ele respondeu, transmitindo um pouco de culpa. Revirei os olhos, sorrindo um pouco. -Por que está sorrindo, geralmente não é assim que você reage.- ele uniu as sobrancelhas em confusão. Apesar de ter ficado irritada com Theo, eu nem tinha dupla e não queria ficar me estressando com coisas como essa, apesar de sempre ter um pé atrás com Theo, ele parece ser nenhum tipo de ameaça e perceber que mesmo sendo uma coisa tola, se sentiu culpado, faz eu ver como ele realmente está mudado, talvez eu houvesse percebido isso antes, mas não me dá certeza de nada.

-Está tudo bem, só não me irrite como sempre faz, parece que está em todos os lugares que eu.- falei para descontrair dando um empurrão em seu ombro.

-Pelo contrário Coyote, você quem sempre entra no meu caminho em todos os momentos do dia.- comentou sorrindo amigavelmente me empurrando de volta. - Você vai a festa do Tyler?- perguntou curioso, parando um pouco para me olhar enquanto espera uma resposta minha, parei também.

-Sim, eu não fiz quase nada durante as férias e eu quero ir a festa, vou com o Scott.- expliquei olhando em volta. Uma grande árvore específica me chamou atenção, ela se sobressaída com relação às outras, por ter o tamanho muito superior e o tronco 5 vezes mais grosso que as demais. Uni as sobrancelhas em confusão, parecia que eu já tinha visto aquela árvore antes.

-Eu também.- pude ouvir a voz de Theo bem próxima ao meu ouvido e me assustei.

-Você também o que?- perguntei um pouco assustada e confusa.

-Tenho a impressão que vi esta árvore antes.-

-Mas como?- perguntei franzindo as sobrancelhas e me aproximando da árvore antiga e castigada pelo tempo, pude sentir um calafrio subir por minha vértebra assim que encostei nela, então recuei dando um passo para trás e acabei esbarrando com força em Theo, que me segurou pela cintura e me girou para que ficasse de frente para ele.

-É incrível como você busca sempre manter algum tipo de contato físico comigo.- comentei sem me afastar dele, querendo ou não, eu gosto do toque dele, talvez por ser da sua espécie ou por causa do modo que ele me protegeu.

-Gosto de manter contato físico com você.- ele fala apertando as mãos um pouco mais em minha cintura. Analiso o contorno de seus lábios rosados e seu rosto angelical.

-Eu não gosto.- menti. Theo se afastou, retirando suas mãos de minha cintura. Pude ouvir seu coração acelerando e seus ombros ficarem um pouco tensos.

-Pesadelo.- ele disse com a voz baixa e profunda. Minha boca abriu em um perfeito “o” pois foi exatamente no meu último pesadelo que eu havia visto aquela árvore e também havia visto Theo morrer, mas como ele sabia do meu sonho, sem eu sequer ter contado? Quando fiz menção de dizer algo, ele continuou. -No meu último pesadelo essa árvore apareceu, os sonhos que tenho normalmente, não são assim, todas as noites eu tenho o mesmo pesadelo, a mesma coisa do mesmo jeito, mas na noite em que dormiu na casa de Scott, eu tive um pesadelo diferente, igualmente doloroso, só que bem diferente.-

Theo dizia e eu podia sentir o desespero naquelas palavras apesar dele estar tentando manter a calma, suas mãos estavam fechadas em punhos e seus olhos um pouco marejados. Eu não sabia como era o seu pesadelo, apenas que é com sua irmã, mas imagino o quanto desesperador deve ser ter isso todas as noites. Me aproximei um pouco mais dele, que fitava o nada, toquei em seu ombro fazendo olhar para mim.

-Se acalma.- tentei transmitir suavidade na voz, acariciei seu braço rapidamente, aquilo pareceu ter um efeito anestésico nele, mas assim que me afastei ele pareceu frustrado, mas não demorou muito para ele contornar os braços ao meu redor, em um abraço apertado e quente, demorei um pouco para retribuir, em minha mente se passavam mil perguntas, como por exemplo: Como havíamos tido pesadelos na mesma noite e o principal, será que eu também estava em seu pesadelo? Haviam muitas perguntas sem respostas, mas em meio ao calor que seu corpo emanava para mim, eu não pude deixar de retribuir seu abraço,  ele precisa disso e eu aos poucos eu estou perdendo a habilidade de negar esse tipo de coisa a ele.

 

 


Notas Finais


O que acharam? Comentem meus anjos e até o proximo cap.


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