1. Spirit Fanfics >
  2. Piece Of Me >
  3. Spring.

História Piece Of Me - Spring.


Escrita por: Stiildrdre

Notas do Autor


Oiiii. Mais uma vez veio aqui pela madruga, trazendo o cap do final de semana kkkkk. Espero muito que gostem e muito obrigada pelos favoritos e comentários, vocês estão me incentivando muito e eu estou tão feliz que estejam gostando da história. Obrigada de verdade. Bem, boa leitura e até o próximo.

Capítulo 11 - Spring.


Fanfic / Fanfiction Piece Of Me - Spring.

KONOHA – CAPITAL:

Mebuki sentava na cama ainda respirando com dificuldade, suas mãos estavam calejadas mesmo sem ter feito esforço algum, temia se olhar no espelho e ver o rosto emagrecido e pálido, sentia sua pele formigando cada vez mais e não sabia se era um dos efeitos colaterais das curas de Karin ou se era o veneno em seu corpo.

Ela sabia que tinha sido seu marido o responsável por tê-la envenenado, tinha plena consciência disso e do desespero de Sakura e Karin. Mas o que poderia fazer? Se ela não era mais útil para Kizashi, ele deveria se livrar dela. Não, Mebuki sabia que era tão importante e essencial para o rei do que a própria princesa Karin, Haruno Mebuki era um dos pilares que ligavam Namikaze a Konoha. Kizashi não iria se desfazer dela assim, com certeza isso tinha sido para manter Sakura alerta, para mantê-la na linha, Kizashi mesmo mantendo um acordo com Sakura, jamais deixaria as coisas fáceis para ela.

Ela tinha que parar Sakura!

Sasuke abre a porta do quarto da rainha meio sem jeito, as criadas o reverenciam e saem dos aposentos reais deixando apenas o príncipe e a rainha. Ele se aproxima da cama e reverencia a rainha, seu semblante serio e firme não deixava transparecer a curiosidade e preocupação com o chamado repentino da rainha.

(Sasuke) Pediu que me chamasse majestade? – Pergunta encarando Mebuki nos olhos. A rainha respira fundo e fecha os olhos.

(Mebuki) Soube que defendeu... Defendeu Sakura hoje.

(Sasuke) Sim, majestade.

(Mebuki) Não faça mais isso. – Ela abre os olhos e vê a expressão surpresa de Sasuke.

(Sasuke) Como?

(Mebuki) Não proteja mais Sakura, não a envolva ou se envolva com ela sobre os assuntos do reino, não ande mais com ela. Kizashi pode acabar ficando furioso de novo.

(Sasuke) Perdão majestade, mas parece que não está entendendo...

(Mebuki) Não. Eu estou entendendo sim... – Ela respira fundo e põe a mão no peito. – Sakura é problemática e agora está disposta a fazer de tudo para acabar com o reino, as coisas tem que continuar do jeito que estão então, por favor, não a ajude em mais nada.

(Sasuke) Majestade, com todo o respeito tenho que dizer que a senhora nunca esteve tão errada. O rei é o verdadeiro problema do reino, Sakura está tentando mudar as coisas.

(Mebuki) Mudar as coisas não vai fazer tudo melhorar, está bom do jeito que está, vocês precisam parar com isso.

(Sasuke) Melhor? A senhora tem ideia de como estão as coisas no reino atualmente?

(Mebuki) Kizashi é um bom homem, ele sabe lidar com o reino.

(Sasuke) Se ele soubesse realmente lidar com tudo a senhora não estaria debilitada em uma cama agora.

Mebuki se cala, Sasuke respira fundo e encara profundamente os olhos da rainha, consegue ver traços do controle do rei em Mebuki, e isso o faz desistir da ideia de discutir com a mesma, Mebuki já está perdida, apenas ela não se deu conta disso ainda. Sasuke dá as costas á Mebuki e se prepara para sair do quarto real.

(Mebuki) Você será rei em breve, saberá como é estar no topo, os riscos que são.

(Sasuke) Eu estou me preparando justamente para isso.

(Mebuki) Uchiha Sasuke... Por favor, não se envolva mais com Sakura, isso pode causar uma má impressão no concelho, você passa mais tempo com a princesa regente do que com Karin.

(Sasuke) Sakura é mais interessante do que Karin.

(Mebuki) Apenas se afaste dela. Por favor.

Ele sai do quarto. Mebuki se deita completamente na came e encara o teto dourado de seu quarto, estava tudo dando tão errado e as coisas poderiam apenas piorar. Precisava dar um jeito de evitar a destruição de sua nova família, já não bastasse a morte de seu antigo marido, Mebuki precisava entrar em contato com Namikaze.

No quarto do andar de cima: Tsunade joga as folhas sob a grande mesa do rei sem nem ao menos esperar Kurenai sair dos aposentos reais. A amante real se afasta junto das demais concubinas, mas não sem antes observar o olhar furioso da general em contraste com o olhar desinteressado de seu rei.

Assim que a porta se fecha separando as mulheres do rei da fúria da general, ela marcha a passos rápidos até o rei, amassa as folhas que acabara de jogar sobre sua mesa, Kizashi abaixa o olhar para as marcas de dedos deixadas por Tsunade em sua mesa. Ele definitivamente odiava os Senjus com toda a sua força.

(Tsunade) O que significa isso, majestade? – Ela pronuncia o ‘majestade’ com escarnio ao enves de respeito e isso faz Kizashi se levantar furioso.

Odiava ainda mais Senju Tsunade do que os demais da sua família. Apesar de ser a maior força de combate do reino e sem sombra de duvidas a melhor general que já tiveram, ele a odeia por não conseguir controlá-la, a odeia por ela continuar interferindo em tudo o que fez, ainda mais se diz respeito á Haruno Sakura, ou para Tsunade, Senju Sakura.

(Kizashi) Isso significa exatamente o que está escrito. – Suspira pegando uma das garrafas sobre a mesa e enchendo uma taça vazia, para logo empurra-la na direção da mulher.

Ela estrala a língua no céu da boca e bebe rápido o conteúdo da taça sem se importar com os modos na frente do rei, tudo o que Tsunade mais queria era enterrar a coroa no centro da cabeça de Kizashi. Ela coloca a taça na mesa com um baque e solta os papeis.

(Tsunade) Como pôde enviar isso ao concelho?

(Kizashi) Maito Gai é quem deveria estar resolvendo isso, não sei por que foi parar em suas mãos. – A loiro estreita os olhos.

(Tsunade) Então iria tomar essa decisão sem me consultar? Majestade deve estar ciente de que nunca é bom esconder algo de mim. – Ela não falaria que o primeiro ministro lhe passou os papéis pessoalmente.

(Kizashi) General, com o rumo em que a guerra está tomando, deve saber que essa é uma das melhores soluções que temos.

(Tsunade) Mas já não está casando Karin e Sasuke, justamente para eliminar Konoha das zonas de ataque? Não há necessidade de envolver Sakura nisso.

(Kizashi) Não há? Pense general, Sasuke se casará com Karin, Akatsuki e Konoha terão laços que jamais serão desfeitos, eles não nos atacarão, mas e quanto a Namikaze?

(Tsunade) Com as nossas forças somadas as de Akatsuki podemos muito bem nos defender de Namikaze, o que está tentando fazer, não é nada mais, nada menos do que ganancia.

(Kizashi) Não me entenda mau general. – Ele se senta mais uma vez aumenta sua carranca irritada. – Estou apenas tentando proteger o reino de todas as maneiras possíveis.

(Tsunade) Se isso for mesmo verdade, deveria começar libertando Ino daquela prisão, injustiçada.

(Kizashi) Esse é um tópico que não está incluso na nossa conversa general.

(Tsunade) Mas deveria estar.

A loira passa as mãos pelos cabelos e se distancia do rei, ele estrala seus dedos das mãos e respira fundo olhando a impaciência da general.

(Tsunade) Sakura é minha sobrinha, sabe muito disso.

(Kizashi) Por isso mesmo deveria ser a mais feliz por essa noticia.

(Tsunade) Eu estaria feliz se essa fosse uma decisão dela, sabe que ela jamais aceitará.

(Kizashi) Não cabe a ela aceitar ou não, sem contar que ela possa ficar feliz quando souber que é para o bem do reino.

(Tsunade) Se for por esse motivo mesmo majestade. Por que não com um dos príncipes de Namikaze?

(Kizashi) Namikaze cortou completamente os laços conosco, jamais aceitaria esse acordo, mas se Sunagakure, a maior aliada deles aceitar, então eles não terão escolha a não ser desistir de invadir nosso território. Por isso vou continuar em frente com essa ideia.

(Tsunade) Casar Sakura com o príncipe herdeiro de Suna? – Sua risada sai com escárnio e quase sem emoção. - Nunca.

(Kizashi) Não irá me impedir disso, Tsunade.

(Tsunade) Vou. Não irei deixar que manipule minha sobrinha como faz com a princesa herdeira, e se por um acaso eu não conseguir, será Sakura que irá lhe impedir.

(Kizashi) Ela não iria contra mim sabendo da atual situação da rainha, ela está fragilizada, ainda mais com a situação de Ino.

(Tsunade) Sakura como rainha de Sunagakure, é realmente isso que quer? O poder dela pode acabar sendo maior do que o seu.

(Kizashi) Não se preocupe a toa general, eu tenho tudo sobre controle.

(Tsunade) Isso é o que veremos majestade. – Com uma rápida reverencia ela sai do quarto real batendo na grande porta dourada, fazendo a mesma tremer junto da parede.

Kizashi se segura em sua mesa e encara os papeis amassados e quase destruídos por Tsunade, apenas levanta o olhar ao escutar um dos guardas batendo levemente em na porta, sibila um ‘entre’ e assim o guarda faz.

(Kizashi) O que houve Kimimaro?

(Kimimaro) A garota que majestade, aquela que pediu que ficássemos de olho.

(Kizashi) Sim, algum problema? – Apoia um dos braços na mesa e seu rosto em sua mão. O guarda parece relutante em dizer, mas inspira fundo e finalmente toma a coragem, os roxo em seus olhos denuncia o que o fez realmente falar.

(Kimimaro) Descobrimos a onde ela está.

(Kizashi) E?

(Kimimaro) Junto do clã Sarutobi, na capital.

(Kizashi) Clã Sarutobi?

Esse nome lhe era bastante conhecido, um dos seus conselheiros: Hiruzen, pertencia á esse mesmo clã, era um dos maiores - em questão de população - Dentro do reino. Jamais imaginou que a garota poderia estar nas mãos dos Sarutobi, se perguntava se Hiruzen sabia de algo. Não, Kurenai jamais contaria é ele, isso jamais deveria chegar aos ouvidos do concelho real.

(Kizashi) Investigue mais sobre isso, se necessário acione a ANBU, mas descubra tudo sobre essa garota e sobre aqueles que a cercam.

(Kimimaro) Sim senhor, continuaremos com a investigação.

E o guarda sai dos aposentos reais deixando um Kizashi irritado, porém curioso. Quem seria realmente aquela garota?

~~~*~~~

Aas criadas cercavam a princesa pela quinta vez naquela manhã, Sakura se sentia sufocada e ao mesmo tempo perdida, Tenten ria do desespero da amiga enquanto brincava com a saia de seu mais novo vestido, a filha do primeiro-ministro estava radiante em seu traje amarelo, os cabelos presos e enfeitados em dois coques típicos das mulheres de sua família.

As criadas estavam com problemas para arrumar o cabelo de Sakura, o mais novo cumprimento do cabelo da princesa deixava as criadas sem muitas ideias para penteados e adereços, mas para a felicidade de Sakura optaram por apenas prender uma mecha atrás de sua orelha e enfeitá-la com uma presilha de flores de mesma cor que os fios. 

Elas se afastam e fazem a princesa se contemplar no grande espelho, o vestido branco que deixava seus ombros um pouco amostra, a renda branca que descia de seu colo até o fim da cintura e por fim a saia pouco volumosa em um tom de branco cintilante.

(Tenten) Está parecendo uma noiva...

(Sakura) E-Eu estou... Bonita.

As criadas concordam em uníssono e se reverenciam, Sakura as agradece e as mesmas saem do quarto da princesa. Ela caminha para mais perto do espelho e se vira tentando se ver de todos os ângulos, ainda achava exagero de Karin fazer uma recepção para os convidados de Suna, mas mesmo assim estava adorando a forma como estava vestida, mesmo que isso não fosse o seu normal.

Tenten fica atrás de Sakura segura os ombros da amiga sorridente. Era apenas uma festa para os representantes de Sunagakure e para firmarem a sua presença no casamento de Karin, mas também poderia ser uma grande oportunidade para Sakura conseguir auxílio de Suna para Konoha, os dois países eram bastante aliados e mesmo em lados oposto nessa guerra ainda mantinham fortes laços.

Se os nobres de Suna souberem o que realmente está acontecendo em Konoha podem se aliar á ela, mas ainda sim duvida muito de que isso poderia dar certo, Suna é a maior aliada de Namikaze, as duas nações são idênticas e possui laços a milênios, talvez se recusariam a fazer pacto com um dos países recém aliados do maior inimigo de Akatsuki.

Um príncipe de Akatsuki se tornaria rei de Konoha. Não, Suna jamais iria aceitar auxiliar o reino, não importa as boas comunicações que tem a vários anos com Konoha, a guerra está acima de tudo e de todos e infelizmente Sakura sabia disso. Seu sorrio murchou um pouco fazendo Tenten a olhar confusa.

(Tenten) O que houve?

(Sakura) Nada... Vamos, Karin odeia atrasos.

Tenten olha cada traço do rosto da amiga, sabe muito bem que Sakura está preocupada com algo, sabe também que ela pode estar planejando algo. Conhece bem Sakura para saber de todos os seus ideias, tenta entender o máximo possível a amiga e ajuda-la com o que conseguir.

Quando a pequena garota, filha da nova rainha chegou ao castelo, Tenten foi uma das primeiras pessoas para qual Sakura foi apresentada. ‘A filha mais nova do primeiro deve ser uma boa influencia para ela’, era o que diziam naquela época. Acabou não sendo, Sakura era e sempre será imutável, apenas seguindo o que acha certo.

Tenten cresceu e aprendeu com as mulheres de sua família, como deveria se portar na sociedade, ainda mais envolvendo o fato de ser uma nobre, foi criada para ser discreta, gentil, educada e sempre aceitar as ordens de seu rei, de seus superiores e futuramente de seu marido. Mas tudo mudou quando conheceu Sakura.

Mesmo sendo pequena, a princesa tinha uma mente de nenhum outra criança da corte tinha na época, Tenten ficou encantada e procurou se tornar mais próxima de Sakura, dessa vez não por ordens de sua família. Via a forma como Ino e Sakura se relacionavam, criou vínculos com as duas principalmente com a rosada. Conforme cresciam Tenten mudou seus conceitos, passou a ser mais independente, coisa que passou despercebida por seu pai: O primeiro ministro.

Mas não por sua mãe. Depois de anos vivendo de forma restringida com Maito Gai, a mãe de Tenten decide se separar do mesmo, foi como um escândalo na época, uma mulher se separar de alguém da corte, ainda mais em um cargo tão importante, mas impulsionada pelas ações da filha e encorajada pela mesma, ela decidiu por um fim na sua vida infeliz ao ado de um homem que não a amava.

Após alguns anos as coisas se acalmaram e Tenten decidiu acolher o sobrenome de solteira de sua mãe, aprendeu a dominar sua graça melhor e a se tornar mais independente das ações de seu pai. Agora se via disposta e completamente a favor de Sakura e Sasuke, queria que a liberdade que sua mãe havia sentido fosse compartilhada com todos.

Sakura sorri ao ver Choiji andando pelos corredores junto dos demais guardas, ainda se sentia extremamente culpada por tudo o que aconteceu a ele, Kiba e Sai, mas vê-lo ali, sorridente e disposto como sempre fez seu coração se aquecer.

A chuva caindo do lado de fora do palácio, deixava a o clima bastante hostil para um festa de boas vindas, principalmente para Sakura, se sentia nervosa e temerosa, mas ainda sim esperançosa. Ao adentrarem o salão os olhares se voltam as duas damas, Tenten sorri e toca levemente o braço de Sakura, a princesa regente reage e sorri também.

Parte dos nobres de Suna, a família do Duque e do Ministro estava presente, Sakura vasculha o local com os olhos e não tarda a avistar Karin, sorri para a irmã, mas logo seus olhos são atraídos para outra figura.

Uchiha Sasuke parecia ainda mais bonito do que normalmente, ao olhos de Sakura. O príncipe não sorria, apenas cumprimentava e trocava curtas palavras com os que se aproximavam, mas ainda sim estava lindo. As vestes sempre negras dele por incrível que pareça, se destacavam no mar de cores dos vestidos das mulheres e dos homens ao seu redor.

O Uchiha encara a princesa regente, ela abaixa os olhos para um dos braços de Karin enlaçado no de Sasuke, aperta as suas mãos na frente do corpo e anda até o lado de sua irmã cumprimentando tanto Karin quanto Sasuke.

Doía. Sakura não sabia como ou porque, mas doía estar tão próxima de Sasuke e não poder conversar com o mesmo, da mesma forma como estavam sozinhos, mas doía ainda mais a maneira como ele e Karin estavam tão próximos. Isso deveria ser bem normal não? Eles são noivos afinal, mas por que ela se sentia tão incomodada com aquilo?

Não. Incomodada não era a resposta, talvez até mesmo magoada. Sakura estava triste por que Karin parecia melhor ao lado de Sasuke do que si? Não, não poderia ser isso, deveria se sentir feliz pela irmã, estava odiando o sentimento confuso que estava enlouquecendo sua mente e seu peito nesse momento.

Karin se casará com Sasuke, eles serão felizes, casados e felizes, terão filhos... Ela sacode a cabeça de forma discreta, na falha tentativa de afastar esses pensamentos. E consegue, mas outros pensamentos tomam conta de sua cabeça, lembranças, seu beijo com Sasuke.

Aquilo foi tão errado, mas ao mesmo tempo tão bom. Fora o primeiro beijo de Sakura, não sabia que eles poderiam ser tão bons, ainda não sabia por que Sasuke havia lhe beijado, mas estava decidida que isso jamais ocorreria de novo, mesmo querendo. Estava se sentindo péssima por ter feito algo assim com Karin. Mesmo sua meia-irmã fazendo coisas ruins, como Kizashi ultimamente, Sakura não conseguia a culpar e tão pouco ter raiva da mesma.

Karin não está sã, o controle do rei está sobre ela desde os seus primeiros dias de nascimento, ela não tem culpa e não merece uma traição dessas, ainda mais vindo de Sakura, podem não ter um bom relacionamento, mas isso não era o certo a se fazer.

No dia anterior, Lorde Hatake e sua esposa lhe avisaram para se manter afastada de Sasuke. Sakura deveria ouvir aquilo? São as únicas pessoas – Fora a general – Dentro da corte na qual ela confiava plenamente, as descobertas sobre os Uchihas foram bastante surpreendentes para ela, e isso despertou mais ainda o seu interesse em se aproximar de Sasuke, em querer ajuda-lo com seu reinado.

Era certo de que a aproximação dos dois, poderia influenciar e irritar Kizashi, mas era algo necessário. Estava decidida, arcaria com os riscos, continuaria ajudando Sasuke no que pudesse, era a melhor maneira de ajudar aqueles que amava, de acabar de uma vez por todas com Kizashi.

Ele olhava para ela, embora ela não percebesse. Sasuke se sentia estranho ao estar tão perto de Karin e não de Sakura. Não queria sentir o calor do corpo de Karin próximo ao seu, mas sim o da princesa regente. O que era aquilo? Estaria mesmo se apaixonando por Sakura, como falou á Itachi? Não poderia.

Na verdade poderia, apenas não seria o certo. Não queria se casar com alguém com outra pessoa em mente, pensava em Karin, como ela ficaria em meio á tudo isso, talvez devesse fazer como a rainha disse, deveria se manter afastado de Sakura. Mas de que outro jeito conseguiria o que queria, não pode contar com mais ninguém do reino a não ser ela.

Sakura era a sua única e mais confiável salvação!

Já haviam se envolvido demais para se separarem de repente. Sasuke continuaria ao lado de Sakura, estava decidido.

(Karin) Sakura. – Escuta sua noiva chamar a meia-irmã. – Você estudou sobre a nobreza de Suna certo?

(Sakura) Sim.

(Karin) Ótimo, por favor, cause uma boa primeira impressão para eles. – Sorri.

A rosada não entendeu o motivo da fala de sua irmã, Tente estreita os olhos e olha ao redor procurando aqueles que pareciam os mais nobres dos nobres, não tardou a eles surgirem em sua frente.

Sabaku no Temari filha mais velha do duque Sabaku de Sunagakure, o olhar firme da bela dama se encontra com os de Sakura, mas logo são desviados para os de Karin. Ela se aproxima, a barra da saia de seu vestido verde, se arrastando pelo piso branco, atrás de si estava seu irmão mais novo – Kankuro – Extremamente entediado, odiará desde o inicio a ideia de se desfazer do conforto de sua casa para atravessar o oceano, para chegar á Konoha.

(Karin) Temari! – A loira se reverencia á Karin e em seguida para Sakura, seu olhar passa pelo Uchiha, mas tudo o que faz é apenas acenar com a cabeça.

Sakura morde os lábios nervosa, não era aquele tido de encontro em as nações que estava esperando, se uma conterrânea de Suna reagiu dessa forma hostil á Sasuke, então isso diminuía as chances do governo de Suna intervir em Konoha.

(Temari) Alteza. – Diz por fim.

Sasuke parece fechar sua expressão e nem ao menos retribui o curto cumprimento de Temari, isso deixa Sakura ainda mais nervosa. Temari olha de soslaio para seu irmão, que parece relutar, porém ainda sim se reverencia para os nobres á sua frente.

(Kankuro) Altezas.

(Karin) Fico feliz que tenham vindo, essa festa é muito importante para todos nós.

(Temari) Não deixaria de vir parabenizá-la pelo noivado.

(Karin) Obrigada, príncipe Sasuke e eu ficamos muito felizes com isso.

(Sasuke) Sim.

A confirmação de Sasuke, chega até Sakura como um soco no estomago. Sua respiração se torna mais pesada e a dor em seu peito aumenta, Tenten segura a mão da amiga percebendo seu nervosismo, ele também percebe. Por alguma razão Sasuke se solta de Karin, mas ainda permanece ao seu lado, a princesa herdeira parece não notar o movimento do noivo e continua com os olhares em Temari e Kankuro.

(Karin) Creio que já deve ter ouvido falar, mas ainda sim gostaria que se conhecessem. – Se vira para Sakura. – Essa é minha irmã, será a princesa oficial do reino após minha coroação.

(Temari) Ah, é um enorme prazer conhece-la alteza. – O sorriso de Temari intriga Sakura, ela não sorriu dessa forma para Karin. – Estava ansiosa por nosso encontro.

(Sakura) Também é um prazer conhecê-la. Ela sentia vontade de questionar Temari, ela lhe parecia extremamente familiar e ao olhar mais uma vez para Kankuro pode saber o por que.

Ele era parecido com o guarda que iniciou tudo aquilo. Kankuro e Temari eram extremamente parecidos com Gaara. Ela olhou discretamente ao redor procurando ver a cabeleira ruiva característica do homem que se passou por guarda real, mas não a encontrou. Seria muito atrevimento ele aparecer em um baile real, sendo que a pessoa que dizia amar, mas na verdade estava enganando, apodrece dia após dia em uma cela embaixo da terra.

Temari não tirava os olhos de Sakura, assim como Sasuke, ele se perguntava o por quê da princesa ter empalidecido de um segundo a outro. Kankuro parecia nervoso só o olhar de Sakura, e ela percebeu isso. Olhando mais uma vez para Temari ela sorriu, o sorriso que Tenten soube que era forçado.

Karin aperta uma mão na outra, parece prestes a iniciar outra conversa envolvendo Temari e Sakura, quando outra nobre se aproxima de si. Sasuke de forma rápida de afasta das mulheres, sendo seguido pelo olhar de Kankuro, mas o príncipe não se importa.

Ele sai do salão não sendo notado por Karin ou as demais pessoas, com a exceção de uma delas. As reações de Sakura naquele momento os estavam enlouquecendo, queria estar perto dela, queria abraça-la, beijá-la mais uma vez, mesmo que isso fosse errado. Ele ainda sim queria.

Itachi ficou extremamente surpreso quando disse que poderia estar apaixonado por Sakura, como não ficaria? Até mesmo Sasuke estava surpreso com a confusão de sentimentos dentro de si. O irmão havia lhe dito que esse tipo de sentimento era perigoso, mas o que ele poderia fazer?

Não é algo que se pode controlar com sua graça, como o rei, ou algo que poderia evitar com seu Sharingan.

De forma apressada ele entra em seu quarto, assim que abre a porta pôde encontrar Zabuza parado perto da grande janela. O homem mascarado o olha e se reverencia rapidamente, de forma silenciosa lhe entrega um pequeno envelope e logo salta pela janela deixando apenas o Uchiha nos aposentos.

Sasuke gostava da forma de trabalho de Zabuza, era um dos homens mais abeis e confiáveis entre os guerreiros de Madara. Além de ser companheiro de Itachi á anos. Colocou Zabuza como seus olhos e ouvidos entre Akatsuki e Konoha, e fez de Aoba – Outro de seus companheiros – O mensageiro entre ele e seu futuro povo.

Tinha Sakura dentro da corte e seus homens fora dela.

Abriu o envelope tirando de lá três curtas cartas. A primeira era de sua mãe e Izumi, ambas perguntavam como ele e Itachi estavam, como estava as coisas em Konoha e com a princesa herdeira. Há pequenos relatos na letra que Sasuke reconheceu como a de Izumi, falando de como estava o festival do fogo. As comemorações estavam a todo vapor e todos , por todo o reino pareciam se divertir.

A segunda era de seu pai, também lhe perguntava como estava, perguntava por Konan e Itachi, além de é claro sobre Karin, mas o que surpreende o príncipe é o pequeno trecho da carta, na qual Uchiha Fugaku perguntava sobre Sakura.

O nome de Orochimaru vem á mente do príncipe. Ele com certeza deve ter mencionado sobre Sakura para seu pai, Itachi havia pedido que não ocultassem a ajuda que a princesa de cabelos róseos lhes deu durante as estratégias do ataque de Ootsutsuki.

Ele sorri. Gostaria de escrever o quão incrível, bela, inteligente e forte ela era. Mas se conteria.

A terceira e ultima era de seu tio, o temido general de Akatsuki. Madara provoca Sasuke e Itachi no inicio de sua carta, o temido homem continuava intacto em seus recordes nos torneios do festival, desafiava os sobrinhos a tentarem lhe vencer da próxima vez. O final de sua carta deixa Sasuke aflito, Madara relata suas estratégias para o próximo ataque á Namikaze. O general queria atacar o país com tudo.

Ele precisava mostrar isso á Itachi e responder ás cartas o mais rápido possível.

A sua porta é aberta com um estrondo fazendo o príncipe se assustar com o barulho repentino, a porta se fecha da mesma forma e só então ele percebe a nova figura em seu quarto.

Sakura parece ofegante e mais nervosa do que antes, ela põe as mãos nos joelhos e mexe na saia afim de refrescar suas pernas, teve que fazer muito esforço para sair da festa sem ser percebida, ainda mais com Temari tentando a todo custo se manter perto dela, graças a ajuda de Tenten tinha conseguido sair do baile.

Teve que fazer mais esforço ainda para correr de forma rápida pelos corredores, sem quebrar nada e ainda mais para fazer o mínimo de barulho possível. Não acreditava que Sasuke pudesse andar tão rápido.

(Sasuke) Sakura?

(Sakura) Pre... Precisamos conversar. – Ela se levanta e observa o local, apenas se dando conta agora que estava no quarto de Sasuke.

Seu rosto fica vermelho e sente seu coração acelerar ainda mais. Ela não o olha nos olhos e por isso não percebe o estado em que deixou o príncipe. As bochechas coradas de Sasuke, denunciava o quão surpreso e nervoso com a situação ele estava.

(Sasuke) Poderia ter me chamado lá no salão. – Engole em seco colocando as cartas sob a sua cama.

Sakura segue seu olhar e respira fundo ao ver a cama do Uchiha. O que estava pensando? Entrando no quarto dele dessa forma? Mas era a única forma de poder falar com ele, sem ser notada ou instigada pelos demais.

Não queria que o rei soubesse que ainda se encontrava com ele. Teria de fazer aquilo ás escuras, e a ideia faz sua barriga doer, não sabia se era dor de fato, ou apenas mais uma demonstração do seu nervosismo.

Por que Sasuke causava esse feito nela?

(Sakura) Não podemos mais sermos vistos juntos.

(Sasuke) A rainha lhe falou algo? – Ele estranhou a resposta dela, a rainha também tinha tentado os manter afastado?

(Sakura) Minha mãe? Não... Mas de qualquer forma, o melhor para nós é se nos encontrarmos sem ninguém nos ver. A não ser em que confiamos.

(Sasuke) Eu só confio em você daqui.

Ela sorri, não deveria, mas sorri. E sua reação faz ele sorrir, dando mais alguns passos para perto dela, ele a admira melhor. Achava que branco ficava tão bem nela, assim como achou bela a forma como os enfeites rosa se misturavam com os rosa de seu cabelo.

(Sakura) Já... Já recebeu os documentos do povo da capital? – Resolve mudar de assunto. Não saberia como agir caso ele continuasse a dizer frases como aquela.

Se sentia tão feliz com isso.

(Sasuke) Sim, encaminhei algumas para Itachi e as outras para o primeiro-ministro.

(Sakura) Tenten me disse que seu pai não foi á sala do conselho hoje, que ele estava em casa revisando alguns papeis, deve ter sido os registros do povo.

(Sasuke) É um ótimo começo não acha?

(Sakura) Sim.

(Sasuke) A proposito, os representantes de Suna pareciam muito interessados em você. Mais do que em Karin.

(Sakura) Também percebi isso. Me pergunto o porquê. Ah, Sasuke, por que você saiu do salão?

(Sasuke) Estava desagradável estar ali.

(Sakura) Achei que se sentia bem perto de Karin.

(Sasuke) Eu me referia aos nobres de Suna.

(Sakura) A-Ah...

Droga. Ele não queria soar rude, mas foi inevitável. Era fato de que se sentia desconfortável com um aliado inimigo tão próximo de si, mas também não se sentia bem perto de Karin.

(Sasuke) Desculpe... Eu quero dizer, que me senti mais desconfortável em estar perto de aliados de Namikaze.

(Sakura) Não, está tudo bem, eu entendi.

Ela se sente aliviada com isso. Sasuke parece estar sempre ‘pisando em ovos’ quando está perto de Sakura, parece que as palavras simplesmente escapam da sua boca e seu corpo deixa de reagir da forma que quer.

(Sakura) Após o ministro revisar os documentos, o que irá fazer?

(Sasuke) Exigir e comandar as ações para melhorar a vida do povo, irá começar pela capital e com o tempo as mudanças irão se expandir pelo resto do reino.

(Sakura) O rei ficará furioso quando souber disso.

(Sasuke) Ele não irá saber tão cedo, além do mais temos o primeiro- ministro ao nosso lado, aparentemente.

(Sakura) Espero que tudo dê certo...

(Sasuke) O próximo passo logo após isso, será desmascarar a corrupção eminente do rei e bem, em seguida ordenar que o rei liberte a princesa Ino. – Em um pulo Sakura se aproxima de Sasuke, as suas mãos agarradas á blusa do príncipe, a empolgação e alegria estampada em seus olhos. – S-Sakura?

(Sakura) Isso é verdade Sasuke? – Ele balança a cabeça atordoado, afirmando. – Ah, estou tão feliz. Muito obrigada por isso, com o concelho real todo ao nosso e o desejo do povo a nosso favor, poderemos fazer com que seja inegável ele tentar manter Ino presa. Ele não terá mais como criar mentiras sobre ela.

(Sasuke) Esse é o meu objetivo.

Ela se afasta, mas não contem sua felicidade já podendo imaginar Ino livre, não apenas da prisão, mas sim de todo o reino. Poderia imaginá-la andando pelo Palácio, ou então pelas ruas da capital, visitando o restante do seu clã.

Suas mãos ficam inquietas ao redor do seu corpo, estava louca para contra a novidade á Ino, Tenten e ainda sim sua mãe, mesmo que ela ainda se relute a sua ideia de oposição.

Sasuke se sente encantado pela empolgação de Sasuke, e sua alegria aumenta mais ainda em saber que foi um dos motivos de tê-la feito ficar assim. Seu sorrio era sem sombra de duvidas, o mais bonito do reino.

(Sakura) Ah, Sasuke. Sobre seus olhos... – Ele estreita os olhos.

(Sasuke) Meus olhos?

Tinha algo de errado com seus olhos?

(Sakura) Ontem, eles estavam vermelhos, mas logo desenhos apareceram neles, formas. O que era aquilo?

Sakura não conseguia tirar da cabeça os olhos de Sasuke, passou a noite inteira se perguntando que tipo de formas eram aquelas, até mesmo tentou as reproduzir, mas além de ser péssima em desenhar, as imagens estavam distorcidas em sua mente.

(Sakura) Eu tentei desenha-las, mas acabei me esquecendo um pouco como eram.

(Sasuke) É uma outra forma, de uma das minhas graças.

Seus olhos se arregalam, Sakura ainda não conseguia assimilar corretamente a ideia de que os Uchihas teriam mais de duas graças, mesmo com todos os relatos de Hanare e Kakashi. Sua mente se confundia ainda mais com a informação de que as graças de Sasuke poderiam mudar, alterar suas formas.

(Sakura) Como?

(Sasuke) É como se fosse, minha graça porém dez vezes melhorada.

(Sakura) Por que, vocês Uchihas são assim?

(Sasuke) Por que nós evoluímos.

Era difícil de se explicar, nem ao menos Sasuke sabia direito o por que de seu clã ser tão diferente dos demais espalhados pelo mundo. Apenas o que sabe é o mesmo que o restante de seu povo, por milênios os Uchihas evoluíram, aprimoraram suas graças e assim outras foram surgindo se mesclando ás demais.

Eles se melhoraram.

(Sasuke) Você tentou desenhar meus olhos?

Ele poderia tentar desenhar os olhos de Sakura, mas era péssimo em desenho, além de se sentir incapaz de achar um tom de verde belo o suficiente para representar os olhos da princesa.

(Sakura) Evolução. Espero conseguir isso algum dia.

(Sasuke) Você é forte Sakura, pode conseguir o que quiser.

Seus lábios sorriem com doçura, ele dá mais um passos para próximo dela, ela não recua, seus corações batem tão rápidos que se parassem de respirar, se a musica do salão não estivesse tão alto, eles poderiam ser ouvidos.

Sasuke é atraído por Sakura de uma maneira que nem ele sabe explicar, apenas sentir. O vento entrando na janela mexe no cabelo da princesa, ele ergue a mão para coloca-lo de novo atrás da orelha, ela o olha nos olhos, se vendo refletida no mar ônix que eles são, ora querendo continuar encarando aquela escuridão, ora esperando que eles fiquem vermelhos.

Sasuke se controla ao máximo para não ativar seu Sharingan pelo nervosismo, sua respiração falha alguns segundos e seu peito bate loucamente embaixo de sua roupa, não tira a mão da orelha de Sakura, ao contrario. Desliza seus dedos pela lateral da cabeça da princesa, seus dedos gelados tocando sua pele quente, como naquele dia.

No dia em que se beijaram.

(Sasuke) Eu queria muito te beijar agora. – Seu rosto fica vermelho com a frase dita, mas não deixa de encara-la, tão pouco de se aproximar.

(Sakura) Eu também queria que você me beijasse. – Ela põe sua mão por cima da do Uchiha.

(Sasuke) Mas não posso fazer isso.

(Sakura) Não posso deixar que faça isso.

E eles se afastam tão rápidos quanto se aproximaram. Sakura abaixa o olhar e encara a saia de seu vestido, ainda sentindo o toque de Sasuke em seu rosto, ele olha por cima da cabeça de Sakura, por cima da coroa da princesa, irmã de sua noiva, sua futura súdita. Não poderia estragar as coisas desse jeito.

Com uma curta e atordoada reverencia Sakura vira as costas para Sasuke.

(Sakura) É melhor voltarmos para o salão, sentirão a nossa ausência. – Tenta parecer o mais calma e seria possível.

(Sasuke) Vá na frente, estranharão se voltarmos juntos.

(Sakura) Certo. Tchau Sasuke.

(Sasuke) Tchau Sakura.

Ela sai do seu quarto. O príncipe solta o ar que segurava e se senta na beirada de sua cama. Essa era a situação que precisava para confirmar seus sentimentos.

Era inegável que estava se apaixonando por Sakura, e isso o deixava apavorado.

Sasuke jamais tinha medo de algo, mas aceitar o fato de estar se apaixonando pela pessoal que menos poderia, o assustava. Se seus sentimentos fossem para frente, como lidaria com isso?

Alguém bate na porta fazendo ele se levantar ás presas.

(Sasuke) Sim?

(???) Sua alteza, a concubina real lhe espera em seus aposentos.

~~~*~~~

Ino abre a boca surpresa para o sorriso estranho de Sai, ainda mais quando ele balança as chaves em sua frente. A porta da cela é aberta e ele entra na mesma.

(Ino) Sai, o que está... – Ele ergue a mão para a antiga herdeira caída no meio da cela. – O que está fazendo?

(Sai) O rei está ocupado com os visitantes de Suna. Não irá notar se sair da cela um pouco.

Ela olha para as barras da cela – Agora aberta. – As barras que eram conectadas pela graça do rei, assim que fossem abertas, ele sentiria, mas com tantos visitantes no palácio, a sensação passaria despercebida em sua mente, ele estaria ocupado e enfraquecido demais tentando controlar a mente dos visitantes.

Ino aceita a mão de Sai e se levanta cambaleante, suspira com a aproximação de seu corpo com o do guarda, com movimentos rápidos da parte dele, atravessam a cela e logo se vêm perto da grande escadaria.

(Ino) P-Para onde estamos indo?

(Sai) Para os aposentos do clã Inuzuka.

(Ino) Inuzuka? Por quê?

(Sai) O pavilhão dos Inuzuka está vazio, Kiba assegurou, a princesa regente ordenou que a levássemos para lá.

(Ino) Sakura? Não Sai, é arriscado demais.

(Sai) Confie em nós.

Ela confiava, o pior é que sabia que poderia confiar em Sai, em Kiba, ainda mais em Sakura, mas estava com medo, se fossem descobertos, eles é quem sofreriam as consequências, Ino já estava aprisionada, já teve quase tudo que amava tirado de si, estava fraca e muitas vezes ao dia se via a beira da morte, então os riscos eram ainda maiores para eles.

(Ino) Sai...

(Sai) Vai ficar tudo bem.

Ela respirou fundo e se apoiou mais ainda no guarda, mesmo sendo arriscado, ainda queria sentir pelo menos um pouco do gosto da liberdade, fora das amarras e correntes que os demais guardas a colocavam, sem sentir o olhar d enojo e desprezo de sue próprio pai.

Com a ajuda de Sai, ela sobe devagar todos os degraus da escada, ao chegar na enorme porta de metal respira fundo mais uma vez, ela é aberta por um Kiba sorridente, Ino fecha levemente os olhos para se acostumar com a luz que invade o local, mesmo sendo um dia nublado para todos, para ela aquele dia era o mais ensolarado que via á muito tempo.

Não consegue conter as lagrimas que saem de seus olhos, olhos esses de um tom já esquecido, mas que Sai vê agora ficar mais brilhante. Ela dá um passo a mais para longe da porta ainda apoiada em Sai, fecha os olhos e sorri ao sentir o vento bater em si.

É a melhor sensação em tempos.

(Sai) Pode se por pouco tempo, mas agora você está livre... Ino.

~~~*~~~

Terumi MeI.  A irmã mais nova do rei de Kirigakure e princesa regente de tal reino. Esposa do general de Akatsuki, Uchiha Madara, com quem tem uma bela filha e está a espera de seu segundo filho. Madame de ambos os reinos, conhecida por suas habilidades e por sua prestigiada graça, que foi um dos fatores que fez Uchiha Madara se apaixonar.

Mas a história contada por Mei á Konan, sempre foi de que ele se apaixonou por ela, por sua beleza e logo após perder para ela em uma feroz batalha. Ela é descrita como uma das mulheres mais importantes de seu reino e uma das mulheres mais fortes tanto da corte real de Kirigakure como de Akatsuki, respeitada pela própria rainha Uchiha Mikoto.

É a grande inspiração de Konan. A mulher que mais admira é Mei. Konan deseja ser como ela quando subir ao trono, não antes mesmo disso. Ás vezes se pega pensando que sua tia que deveria ter se tornado rainha enves de seu pai, mesmo ele sendo um ótimo rei e amado por seu povo.

Quando era pequena, brigava com seus irmãos, principalmente com sue irmãos mais velho: Utakata, para ver quem seria no final o grande governante de Kirigakure. Com o passar dos anos, ultrapassou seus irmãos em todos os quesitos possíveis, poderia se orgulhar que estaria subindo ao trono por mérito próprio, por ser melhor do que eles.

Até os dias atuais Utakata ainda gosta de brigar, de forma saudável, com Konan sobre isso, mas ela sabe que ele a apoia, na verdade ele se sente aliviado por não ter que lidar com todas as responsabilidades que uma coroa traz. Mas Mei ainda acredita nele, assim como seu pia. Utakata é extremamente semelhante ao seu pai, daria um ótimo rei.

Mas Terumi Mei é muito mais a face da Kirigakure do que seu pai. Ela se sente orgulhosa de poder herdar o trono, poderá honrar sua tia que foi uma das pessoas que mais a treinou. Mas para isso teria que aprender ainda mais sobre diplomacia.

Faltará ao evento do dia anterior no palácio, não queria estar perto dos nobres de Sunagakure, o país que é considerado o maior inimigo de Kirigakure. Konan não saberia se segurar se visse um deles, por sorte Itachi também não compareceu ao evento então pode passar um bom tempo com ele.

Se sentia um incômodo para o noivo, como se estivesse sempre procurando estar perto dele e isso o irritava. Konan se via apaixonada por Itachi de uma maneira que qualquer má reação do mais príncipe Uchiha, a deixa ansiosa e pensativa.

Poderiam ser um casal feliz?

Sakura anda entretida nos papeis em sua mão pelo corredor do palácio, não percebe quando passa por Konan. A jovem de cabelos roxos observa as costas da princesa regente, aquela que ocuparia o mesmo lugar que sua tia, mas em Konoha, Sakura com certeza seria alguém do qual sua tia se orgulharia e respeitaria. Seria como ela.

Haruno Sakura é alguém que Konan quer manter por perto quando se tornar rainha.

Se apressa para alcançar os passos da princesa de cabelos róseos.

(Konan) Sakura...

(Sakura) Konan... Me desculpe, não lhe vi. – Ela abaixa os papeis.

(Konan) Parecia bastante focada. São os documentos do exame da próxima semana?

(Sakura) Sim. Preciso repassar isso para o Lorde Hatake.

(Konan) é a sua primeira vez cuidando das provas do reino?

(Sakura) Sim, estou muito nervosa. Mas também esperançosa, há muitos bons estudiosos esse ano, pelo que parece.

(Konan) Ah alguém que se destaca? Precisa de ajuda em algo?

(Sakura) Não, estou bem, obrigada Konan. E bem... Há dois que se destacam... Nara Shikamaru. – Ela lhe entrega dois das folhas. – As notas dele, as suas observações, sem contar que ele é membro de uma família respeitada.

Konan pega os documentos os lendo rapidamente, era impressionante os resultados do jovem, era plausível que Sakura estivesse focada tanto nele.

(Konan) E o próximo?

(Sakura) Esse. – Lhe entrega as outras folhas.

(Konan) Mas... – Seus olhos passam rapidamente pelas letras escritas nos papéis. – Tem apenas o sue nome aqui.

(Sakura) Exatamente! Não há nenhum informação pessoal dele além e seu nome, Neji. Nem mesmo sobrenome há. Mas seus resultados são tão impressionantes quanto os de Nara Shikamaru.

(Konan) Neji... Que tipo de pessoa ele pode ser?

(Sakura) Alguém muito inteligente pelo visto. Por isso estou levando sua ficha para o Lorde Hatake, ele deve saber de quem se trata.

(Konan) Agora também estou curiosa.

Sakura sentia a pressão de administrar os exames desse ano, o rei jogou isso em suas costas crente de que ela não seria capaz. Era uma das suas condições para fazer com que ele pare de maltratar Ino em sua cela, e para enfim deixar sua mãe em paz. Tinha que fazer isso perfeitamente.

Aproveitara do fato do rei não estar no palácio por hoje, para visitar Ino na residência do clã Inuzuka, se impressionou quando soube que o jovem guarda estava disposto a ajuda-la. Estava louca para ver sua irmã, que mal podia se conter, mas também estava atenciosa para o que o rei poderia aprontar, não era normal Kizashi sair do palácio tão de repente, ele estava apostando tudo de que Sakura falharia.

Mas o que o rei não sabia, era que Sakura era a pessoa mais apta para isso, dentro da sua corte real. Durante toda a sua infância e adolescência no palácio, passou lendo todos os livros possíveis na biblioteca, relembrou o que havia memorado dos livros de seu pai. Memorias essas que passaria para o papel mais tarde para entregar á Sasuke.

Mesmo puxando a força brutal de seu pai, também herdou a inteligência de sua mãe. Jogaria em Kizashi todo o seu potencial e mais um sucesso em sua tarefa, talvez ela poderia se tornar uma princesa que desse orgulho á sua mãe, a sua maneira.

Konan desvia o olhar dos papeis para as figuras próximas á si e de Sakura, a princesa segue o olhar da outra e tenta parecer seria, mas seus olhos acabam encontrando os dele.

Sasuke se mantêm serio sob o olhar de Sakura, ambos ainda vivem as cenas do dia anterior em suas mentes e corpos, Itachi sorri para Konan a desconcertando – Mas não se dando conta disso – E se reverencia para Sakura, que devolve o comprimento rapidamente.

(Itachi) É uma boa visão vê-las juntas.

(Kizashi) Tenho que concordar com isso.

Os príncipes se viram e encaram o rei, Kizashi sorri abertamente para os quatro, Sakura prende o ar e a fúria toma conta de seu semblante ao olhar Kizashi, mas seu olhar se desvia para o rapaz ao lado do rei.

A capa e as roupas vermelhas em contraste com seu cabelo de mesma cor, o sorriso singelo nos lábios, a postura elegante e ereta, tão semelhante á de Sasuke para ele. Com certeza aquele homem era alguém da realeza.

(Kizashi) Altezas. – Força seu sorriso para Itachi e Sasuke, que apenas acenam com a cabeça, o rei ainda não se esqueceu da forma como o Uchiha lhe afrontou para defender Sakura. – Princesa Terumi.

(Konan) Majestade. – Sakura olha para Konan, o rosto segundos antes alegre da princesa, agora se tornou algo frio e gélido, quase a mesma fúria de Sakura.

Mas essa fúria não era destinada ao rei, mas sim ao homem ao seu lado. Itachi percebe o olhar de Konan e as folhas rodando perto de seus pés, com passos rápidos ele se aproxima da noiva pondo uma das mãos sob suas costas.

(Sasuke) Esse seria? – Pergunta ao rei, observando o olhar do homem de cabelos rubros sob Sakura.

(Kizashi) Ah sim, perdoe-me alteza. – Olha entre Sasuke e o jovem, o sorriso em seu rosto irrita ainda mais Sakura. – Uchiha Sasuke, este é Akasuna Sasori, príncipe herdeiro de Suna, veio nos visitar por alguns dias.

(Sakura) Príncipe de Suna? – Sussurra, Konan trinca os dentes, mas Sasori não parece a notar, seu olhar está inteiramente em Sakura, a princesa regente cora ao notar isso. Sasuke estreita os olhos para o príncipe de Suna.

(Sasori) Alteza. – Anda até Sakura pegando um de suas mãos, movimento que a assusta. – É ainda mais linda do que nas pinturas que recebi. – Diz beijando as costas da mãos de Sakura.

O seu olhar vai de Kizashi para o belo homem a sua frente, ele sorri e solta sua mão a reverenciando de forma mais correta.

(Sakura) O-Obrigada...

(Sasuke) O que o príncipe de Suna veio fazer por aqui? – Questiona o rei. – Os representantes já não foram mandados?

(Sasori) Eu sentia que deveria ver Konohagakure com meus próprios olhos. – Encara a Sasuke. - E estou maravilhado com tudo o que vi. – Seu olhar volta para Sakura.

(Kizashi) Sasori veio aqui para algo bastante importante alteza. Na verdade para algo bastante similar á sua vinda Uchiha Sasuke.

(Konan) Kizashi...

(Itachi) O que quer dizer majestade?

(Sasori) Eu vim, a pedido do rei, para oficializar meu noivado.

(Sakura) Noivado?

(Sasuke) Irá noivar?

(Sasori) Sim. Com você, princesa Haruno Sakura.

...

 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...