História Pines vs Gleeful - Lembrem-se do aviso do seis dedos

—Mabel... —Dipper ri nervoso, ficara preocupado, surpreso e ao mesmo tempo assustado com a hipótese da irmã. —Isso é impossível! —o mais novo começara a suar frio apenas em pensar. Afinal, de onde ele teria caído?

—Dipper, nós já vimos muitas coisas estranhas e consideradas impossíveis aqui em Gravity Falls... —continua Mabel.

—Mas mesmo assim...

—Cair do céu? Que história é essa? —pergunta Wendy. Os gêmeos ficam em silêncio por um momento. Para explicar sobre as "coisas estranhas e consideradas impossíveis" teriam que falar sobre o Terceiro Diário.

Eles se olham e Mabel faz um sinal afirmativo com a cabeça, insinuando para o irmão que era hora de contar para a ruiva, afinal, ela já sabia sobre Will e eles a conheciam o suficiente para saber que poderiam confiar nela. Eles podiam, certo? Wendy é, com certeza, confiável, certo? Eles não teriam que se preocupar, teriam?

Como um tapa na cara, o aviso voltou ao pensamento de Dipper, de novo e de novo. Cada vez mais alto, com o coração acelerado cada vez mais. Ele sussurou, mas nenhuma das duas garotas ouviram:

NÃO CONFIE EM NINGUÉM

Mas ele decidiu. Poderia confiar em Wendy. Mas mesmo assim, o coração dele doia. Melhor prevenir que remediar. Esse era seu lema.

Dipper pedia, em silêncio, mais de mil desculpas ao autor desconhecido, por não obedecê-lo. —Wendy... Mabel e eu achamos um tipo de diário quando chegamos em Gravity Falls, ele fala sobre todas, ou melhor, a maioria das maluquices daqui, nós até já encontramos alguns desses seres...

—Hahaha vocês só podem estar de brincadeira! —afirma a ruiva após uma risada, mas que depois percebe a seriedade dos irmãos. —Wow... Sério? Eu sabia que Grafity Falls era bizarra, mas não esperava por isso!Quais as criaturas que acharam até agora? —pergunta, curiosa.

—Zumbis, fantasmas, sereias-

—GNOMOS! —Mabel corre até Wendy e segura a gola de sua camiseta xadrez, que alterna entre verde claro e escuro, arregalando os olhos. —MUITOS, MUITOS GNOMOS!

O trauma da irmã fez Dipper gargalhar, chamando atenção das duas garotas, surpresas.

—Desculpem-me —diz o moreno, tentando segurar o riso. Tentativa falha. —, você realmente ficou traumatizada com os gnomos, Mabel! HAHAHA

Após ver o irmão enxugar as lágrimas de tanto rir, ela cora. —Claro, você não sabe como é se casar com mais de mil deles, por isso que ri! —emburra-se, cruzando os braços. Mabel não era do tipo de se irritar com qualquer coisa, e os dois ali sabiam disso.

Os três ficam em silêncio... até caírem na gargalhada. Mabel era ótima em alegrar e divertir as pessoas, ela percebera que o clima ali estava ficando tenso e muito sério, e ela não queria isso, isso a deixava meio chateada.

Após o clima sinistro sumir, eles come a conversar como sempre faziam, alguns momentos sérios sugiram,mas logo se foram após uma piada de Mabel sobre o assunto.

Eles aproveitaram o momento e contaram a Wendy a história dos Gnomos, desta fez, de uma maneira muito, mas muito engraçada, o que fez a ruiva chorar de tanto rir. "Mabel pode não concordar", pensou Dipper, ", mas, de qualquer maneira, essa história é engraçada!"

—Te invejo, Mabel... —disse a mais velha entre os risos. O que dissera chamou a atenção dos irmãos, principalmente a traumatizada Mabel. —Enquanto estou aqui sem ninguém, você tem mais de mil correndo atrás de você! HAHAHAHA

Dipper gargalhou. —Ai minha barriga hahaha não aguento mais hahaha —Não era só o garoto que estava com a barriga doendo de tanto rir, mas era o que mais gargalhava. Houve um momento em que Mabel procurou desesperadamente uma bobinha, ele não precisou, mas isso o fez rir mais ainda.

***

Eles passaram a tarde toda(quase o dia todo, na verdade) contando histórias, eles riram muito, tipo, muito mesmo. Até que a ruiva, sem querer, cortou o clima.

—Dipper. —chamou.

—O que foi?

—Posso ver o diário?

Os irmãos se entre olharam, Dipper perguntou mentalmente se devia e Mabel deu de ombros.

Afinal, qual seria o problema? Eles conversaram sobre o mesmo o dia todo, então não teria problema... Certo? Era isso que martelava a cabeça do mais novo, não que ele não confiasse em Wendy, ele confiava, confiava muito, confiava ao ponto de falar para ela sobre o diário. E vamos admitir: ele era muito certinho para desobedecer as regras por nada. Wendy era de confiança. Talvez ela não contasse para ninguém! Talvez...

O garoto pegou o diário que estava sobre a cama de Mabel, perto do adormecido Will.

—Aqui... —disse timidamente, entregando para a ruiva. —Só tenha cuidado para não invocar algum demônio.

—Invocar? —Wendy arregalou os olhos.

—Estou brincando! —Dipper riu.

Enquanto a mesma abria o diário e o folheava página por página, Dipper se sentou novamente no chão, apoiando suas costas na cama e olhando para a irmã.

—Dipper. —o garoto foi chamado novamente, mas desta vez pela a irmã, Mabel.

—O que foi? —repetiu.

—Estava pensando... Hoje, quando saímos para ir a floresta e achamos o Will...

—Sim?

—Você queria me contar algo? É que sai correndo e não escutei direito. —disse Mabel, dando um sorrisinho e corando.

—É, você saiu correndo! Mas por que quer saber disso agora?

—Curiosidade?!

Dipper balançou a cabeça, pensando "Ela realmente não tem jeito!" e sorriu. —Eu achei uma página, uma que eu não tinha visto antes.

—E o que era? -indagou a morena.

—Era um triângulo caolho, ele usava uma gravata borboleta e uma cartola... Se não me engano...

—Haha estou nessa página! —interrompeu a ruiva. —Parece uma pirâmide?

—Creio que sim.

Os irmãos se levantaram e foram, cada um, para um lado da mais velha, que arregalou os olhos na mesma hora.

—Mabel... Dipper... Qual o nome do garoto ali? —perguntou, balançando a cabeça na direção de Will, mas sem tirar os olhos do diário.

Ela tinha achado alguma coisa.

—Will, Will Cipher! Por que? —perguntou Mabel, olhou para o irmão e, assim como Wendy, estava paralisado. Ela olhou, enfim, para o diário. —Ai meu Deus!