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História Plane Crash - O resgate


Escrita por: SulkinPettyfer e VitoriaWolf

Notas do Autor


como pedido de desculpas mais um cap pra vcs

Capítulo 13 - O resgate


Fanfic / Fanfiction Plane Crash - O resgate

POV Alex

Eu realmente já tinha aceitado o fato de que poderia ficar preso nessa ilha pelo resto da minha vida. Chegou um momento em que eu simplesmente perdi a noção dos dias. Já tinham se passado praticamente um ano, mas quem está contando? Depois do choque de ficar preso, e de não ser resgatado, de America estar grávida e ter tido um bebê, eu comecei a aproveitar mais o nosso tempo juntos. Pode parecer idiotice dizer isso, mas eu tenho certeza que esses dois meses foram os momentos mais felizes e importantes da minha vida.

 Você deve pensar, nossa Alex, sua vida era um saco então. Ela realmente era. Eu sempre fui feliz, mas depois de conhecer Nastia e America, eu descobri o que eu realmente quero da minha vida. Estamos em um piquenique, se isso pode ser chamado disso. Não tem muitas coisas para se fazer na ilha além de se sentar, comer e ver o sol passar sob seus olhos, mas até isso tem uma energia diferente agora. Pegamos a lona menos rasgada e suja que encontramos e a colocamos em cima da areia quente. Encontramos uma caixa dos destroços e fizemos o nosso máximo para que ela pudesse se parecer com uma cesta. Imaginação fértil nessas horas é essencial, porque ela com certeza não ficou do jeito que esperávamos. Mas quem precisa de uma cesta quando se está em uma ilha paradisíaca?

Bom, eu preciso. Era fim de tarde e o sol já se punha no horizonte. Uma das cenas mais bonitas de se ver, então paramos com a nossa conversa para olhar a paisagem. Mas não tinha sol. Dava para ver os raios solares irradiando luz, mas a sombra ainda o cobria. Olho para America em buscas de respostas, mas ela também não sabe de nada. Me volto para o fim do oceano e vejo quando a sombra começa a se mexes para frente e em pouco tempo sai da frente do sol. Assim que me acostumo com a luz, consigo distinguir a figura ao longe. Me senti em um filme pirata na hora. O veleiro é gigante eu, pessoalmente, nunca tinha visto um desses. Na verdade achava que eles nem eram mais fabricados. Assim que sai do período de torpor me toquei de que nossa carona para fora dessa ilha estava indo embora, seguindo reto pela ilha.

_America!- grito e ela se assusta. Seus olhos brilham de esperançosa.- Grita America! Grita!

 Então começamos a gritar com a esperança de que o barco fosse nos ouvir, mas foi um péssima ideia. Ele está a não sei quantas milhas náuticas de distância, claro que ele não nos ouviria. Balanço a nossa “toalha”do piquenique na esperança de que algum deles veja e tenha a curiosidade de descobrir o que é. Ames continua gritando e em pouco tempo Nastia já chorava, claramente irritada com todo o barulho. Então a ideia me surge e eu corro em direção da caverna sem dar explicações. America continua gritando por mim e sem entender porque fiz isso, mas eu não respondo. Tenho poucos minutos para chegar lá encontrar fósforo e madeira suficiente para criar uma fogueira que possa ser vista de longe. Tropecei e cai em todos os lugares possíveis, mas assim que juntei o máximo de galhos suficientes, corri de volta para a praia onde America continuava gritando. Jogo a madeira na areia e tento ascender o fósforo desesperadamente. Suor escorre pela minha testa e o nervosismo me toma conta. Olho para o horizonte e vejo que a grande sombra se movimenta cada vez mais rápido, praticamente sumindo de vista.

Toda a vez que o fogo parece funcionar, alguma coisa, o vendo ou a água, apaga. Parece que o céu não quer que eu saia daqui.

 _Droga! Droga! Funciona merda!- me xingo claramente esgotado e olho novamente para o mar. Agora só resta a parte de trás do navio, já invisível aos olhos.

 _Sai dai Alex!- America grita e posso sentir ela tentando me levantar pela camisa. Tento relutar, mas já estou morto de cansaço. Ela me entrega Nastia que não para de chorar e se ajoelha na areia. Ela fecha os olhos e não faz nada.

_Você tem que ascender!- eu grito e ela me olha brava. Consigo ver ela respirado fundo e murmurando coisas inaudíveis para mim. Fecho meus olhos também e rezo. Prometo para mim mesmo que, se funcionar, eu vou rezar todos os dias a partir de hoje. O silêncio se instala e não sei se funcionou ou não. Abro um dos olhos, receoso com o que verei.

_Funcionou?

_Funcionou.- ela diz baixinho para si mesma- Funcionou Alex! Está pegando fogo!- ela grita animada e eu olho para o lado a tempo de ver o barco sumir pela lateral da ilha. Me desespero e entrego Nastia de volta para America. Corro em direção da floresta e pego mais madeira e galhos, todo os que encontro pela frente. Não sei quantas viagens faço até a fogueira, não percebo o que está acontecendo ao redor de mim até que America me para.

_Para com isso!- ela me aconselha.- Não adianta mais, ele já foi embora.

 _Não, não foi! Ainda dá tempo, ainda posso fazer ele voltar!- eu digo desesperado e me largo de seus braços. Corro em direção do revólver o carrego. Meu único pensamento é retirar as duas daqui independente do necessário. Eu não posso conviver com a ideia de que eu perdi outra chance de ir embora, que eu desperdicei a nossa chance de ser resgatados. Aponto o arma para o mar e atiro uma vez. O som ecoa em meus ouvidos e estranho. America não grita mais, Nastia não chora. Eu só ouço minha respiração pesada. Atiro de novo e mais uma vez. Quando percebo que não tenho mais balas, jogo a arma na água com a minha maior força, frustrado com a falha tentativa de conseguir que nos encontrem. Caio na areia e esqueço de qualquer outra coisa. Choro de raiva, de frustração, de tudo. Todas as minhas emoções se ampliam e se esvaem assim que eu toco a areia. Sinto Ames ao meu lado, mas eu não levanto a cabeça, simplesmente a coloco entre minhas pernas e me abraço. Não sei quanto tempo passou, não pareceu muito, mas eu fui me acalmando. Só abro os olhos quando sinto braços me sacudindo.

 _Alex!- alguém grita do meu lado- Olha aquilo! Olha logo!- ela me sacode e quando finalmente olho para frente, vejo o mesmo barco de antes, voltando pelo mesmo lugar que foi embora. Olho para Ames e vejo lágrimas de felicidade escorrerem por suas bochechas rosadas do sol.

_Nós vamos sair daqui. Nós vamos sair daqui!- eu grito e nos abraçamos, esquecendo que uma recém-nascida estava entre nós. Nos largamos assim que Anastacia volta a chorar.

 _Você tem que ir pra caverna.- eu digo e ela me olha confusa.- Eles podem não ser boas pessoas. Fique segura lá. Eu falo com eles e depois te encontro.- eu explico e ela me olha aterrorizada.- Vamos ficar bem, é só para prevenir. Vamos todos sair daqui.- eu lhe asseguro e beijo sua testa. Ela me lança uma olhar de súplica, mas caminha em direção oposta. Me sento na areia e espero enquanto o barco de aproxima. Consigo ver a movimentação lá dentro. Marinheiros, homens e mulheres, correndo para todos os lados fazendo alguma coisa. Em um determinado momento o veleiro para e homens se amontoam em um barco menor que parte em minha direção. Um grupo de quatro homens. Três deles parecem ter a minha idade, jovens e tenho a impressão de que trabalham no barco, visto que todos usam o mesmo uniforme. O homem da frente é mais velho, com idade para ser meu pai. Suas roupas são estranhas para uma viagem de barco, uma calça e camisa social. Assim que pisa na areia fofa, ele retira os óculos escuros e vêm em minha direção. Não sei porque, mas seus olhos me dão medo. Me levanto assim que percebo a pequena distância entre nós. Simplesmente nos olhamos, nenhum dos dois sabe o que fazer. Então resolvo me apresentar.

_Sou Alexander.- eu estendo minha mão, que antes estava nas minhas costas. Vejo os três jovens tomarem a iniciativa e começarem a correrem minha direção, mas o líder simplesmente levantas as mãos em  sinal de “pare”e eles ficam quietos em seus lugares.

 _Prazer. Meu nome é Harry.- ele segura minha mão e a aperta.- Baita fogueira essa que fez.- ele se vira para o fogo que ainda sobre alto.

 _Foi o desespero.- respondo honesto e ele solta uma risada.

 _Como veio parar aqui?- ele me pergunta em um tom de preocupação.

 _Meu avião ficou com problemas no motor enquanto pilotava para a Itália, eu tentei pousar e esse foi o máximo que consegui.- respondo honestamente e ele simplesmente assente com a cabeça.

_E a quanto tempo está preso aqui Alexander?

_Um ano.- digo rápido e ele se assusta.

_Um ano?- ele pergunta chocado e eu abro o mínimo dos sorrisos.- Não posso dizer que sei como é sobreviver a isso, mas fico feliz que tenha resistido garoto.- ele me dá um tapa nas costas e se levanta. Pronto para finalmente deixar esse lugar?- ele me pergunta- Ou quer dizer osadeus apropriados? Posso te  dar um tempo se quiser.- ele diz irônico e eu sorrio. Praticamente esqueço da primeira impressão que tive sobre ele e logo me abro.

_Na verdade, tem mais gente para ir conosco. Se o senhor deixar é claro.- eu comento e ele me olha com os olhos estreitos.

_Porque não disse que tinha uma donzela para salvar homem! Mostre o caminho. - ele ordena e seguimos em direção da caverna. Ele dispensa os empregados que ficam na praia nos esperando. Enquanto caminhamos, conversamos sobre nossa vida. America me salvou nessa ilha tantas vezes que nem consigo contar, mas é muito bom finalmente poder conversar com outra pessoa. _Então de onde o senhor é?- eu pergunto curioso. Ele fala inglês muito bem, mas seu sotaque ainda é marcante.

_Já salvei sua vida Alexander, pode me chamar de Harry.- ele diz contente- Inglaterra.- ele me responde depois de um tempo. Claro que ele fala inglês e tem sotaque. Idiota!- me xingo mentalmente.- E você?

 _Russia.- eu respondo e ele se assusta.

_Nunca conheci um Russo na minha vida.- ele diz- E olha que eu viajo o mundo com essa belezura.- ele diz orgulhoso e aponta para o próprio barco.

 _Achei que não fossem mais vendidos. Esse tipo de veleiro- eu explico.

 _Não são. É uma antiguidade, super rara. Continuamos conversando até que paro em frente da caverna. Não consigo ver America daqui a de fora, ela provavelmente se escondeu ou algo do tipo. Eu realmente parecia aterrorizado naquela hora.

_ Ames!- Eu grito e ninguém responde.- Pode sair, ele é amigo.- eu digo e vejo quando America sai das sombras com Nastia no colo. Seu rosto exala medo e insegurança. Eu sorrio em sua direção e ela parecesse tranquilizar. _Harry, essa é America.- eu aponto para ela que anda em nossa direção.- Ames, esse é o Harry. O britânico que acabou de salvar nossas vidas.- eu digo e vejo quando America pula no pescoço do homem e o abraça. Ele se assusta no começo, mas abre um sorriso terno e a abraça de volta. Deixando claro que dessa vez ela lembrou de deixar Nastia fora do abraço e a deu para mim segura-la.

_Obrigada, muito obrigada.- ela começa a dizer várias vezes seguidas. Harry então olha para o bebê em meus braços e ele vem em minha direção.

_Eu sempre quis uma filha.- ele comenta admirado e triste ao mesmo tempo.- Vocês são os pais?

Tomo a dianteira antes que ela possa dizer qualquer coisa. Dou uma passo para frente e respondo com toda a convicção que consigo juntar.

 _Sim. Ela é nossa filha.- eu digo e ele sorri. Não consigo ver a reação dela ao meu lado, mas enquanto caminhamos de volta para o barco, seguro sua mão e cochicho em seu ouvido. _Não diz nada, depois conversamos.

A sensação de entrar em um barco e deixar essa ilha definitivamente foi melhor do que eu poderia me expressar. Olho para o lugar e me lembro de todos os momentos importantes que vivi ali dentro. Rio das
cenas desastrosas e desesperadoras. Quem diria que depois riríamos de tudo o que aconteceu. Já é noite e eu me esgueiro até o quarto de America e Nastia. Eles não tinham camas de casal, então nos puseram em quartos diferentes.

Enquanto atravesso o barco na escuridão da noite, penso no que vou falar para ela assim que abrir as portas. Sua cara não é a das mais amigáveis e sinto um calafrio assim que vejo seus olhos me fuzilarem. Tento abrir a boca para dizer algo, mas ela fala primeiro.

_Que história é essa?- ela grita eu levo o dedo na boca, em sinal de que devemos falar baixo. Ela se recompõe e eu ando em sua direção. Me sento na lateral da cama e começo a dizer o meu plano, minhas expectativas e minhas esperanças.

 _ Você me disse e o que vai acontecer quando você voltar para Illeá, sabe o que vai acontecer com vocês duas se alguém descobrir a verdade.- eu começo e pego suas mãos.- EU só quero proteger Nastia, eu quero te proteger. Não quero ver nenhuma das duas sofrer. Me deixa te ajudar, ajudar vocês duas, me deixa cuidar de vocês.- eu imploro 


Notas Finais


não nos matem nos comentários kkkkkk
beijos até a próxima


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