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História Platônico - Mútuo


Escrita por: stysk , loseophy_ e sopecool

Notas do Autor


iai piteis :0

Talvez eu esteja com cagaço dessa fic pq eh minha primeira fem mas só TALVEZ OKAY?

bom mais uma one pra esse hino de projeto :0 dessa vez com ft lorelore pq ela me deu esse plot ícone


Amém Lorena


Obrigada a @jseph pela betagem lindíssima e a @hyeonbin pela capa mais que perfeita :000



Boa leitura piteis eh issu

Capítulo 1 - Mútuo


 

 

A luz do Sol passava pela janela, iluminando todo o quarto.

 

Era uma quarta-feira.

 

Eu e Namjoon deveríamos estar revisando a matéria da aula de hoje mas, ao invés disso, estávamos deitadas em seu tapete felpudo, encarando o teto branco de seu quarto enquanto nos perdíamos em nossos próprios problemas. 

        Tudo que se passava em minha mente era que eu a amava. 

        Já era sufocante gostar de uma garota e, por ser ela, tudo ficava ainda pior.

 

Quanto á minha amiga, não sabia no que tanto pensava, mas esperava que fosse algo além de Jimin.

Kim Namjoon era perdidamente apaixonada pelo meu irmão mais novo e confesso que não gostava muito da idéia de os dois namorarem e juntarem nossas famílias, já que eu é quem queria fazer isso. Porém, não posso negar que ficaria feliz de ver minha querida Nam contente.

 — Sabe, Yoongi... — Começa minha melhor amiga, se deitando de lado no tapete para me encarar. 

        Virei meu rosto em sua direção e a olhei nos olhos, não por muito tempo. Depois de descobrir sobre meus sentimentos, eu dificilmente encarava Namjoon nos olhos. O que eu sentia era sujo, assim como meus pensamentos e, se eu tinha repulsa de mim, imagine o que a Kim pensaria caso descobrisse tudo? 

— Eu sinto que você está se afastando de mim. — Continua Namjoon, chegando ainda mais perto. 

        Eu me sentia sufocada com tamanha proximidade, estar perto dela e sentir o que eu estava sentindo deixava um aperto quase que sufocante em meu peito.

        Fazia eu me sentir uma traidora; e era exatamente isso que eu era. 

        Uma traidora por ter todo aquele turbilhão de sentimentos por uma garota, por sentir coisas tão impuras e incorretas. 

        — Deve ser só sua impressão, Joonie! Eu ando um pouco avoada por conta da semana de provas, nada mais. — Minto, estampando um sorriso falso em meu rosto. 

        Minha melhor amiga me conhecia bem o suficiente para saber que as provas não me afetavam a esse ponto e ela tinha total consciência de que o sorriso em minha face não passava de uma cordialidade. 

        Mas o que poderia dizer?  Que eu não me abria mais com ela ou a encarava nos olhos por pura culpa?  E se ela me perguntasse o motivo daquele sentimento?  O que responderia?

 Assim como eu não estava preparada para contar sobre meus sentimentos para minha melhor amiga, ela não estava preparada para ouvi-los. 

        Namjoon abre a boca se preparando para dizer algo, mas é interrompida por batidas leves na porta. 

        — Pode entrar. — Falamos ao mesmo tempo, já sabíamos quem era a pessoa do outro lado.

A mãe de Namjoon abriu a porta cuidadosamente e eu prontamente me levantei para ajudá-la a carregar a bandeja com dois copos de suco e uma pilha de sanduíches. 

Ela sorriu em gratidão e eu senti um nó se formar em minha garganta.

 

Lá estava. O sorriso que tinha me sugado e feito com que eu afundasse na confusão que se tornaram meus pensamentos.

 

Pior do que se apaixonar por sua melhor amiga, é se apaixonar pela mãe dela. 

— Yoongi, como sempre, tão prestativa! Deveria se espelhar mais nela, Namjoon! — Brincou a matriarca, dando um leve afago em meus cabelos. 

        Senti meu coração acelerado e minhas mãos começarem a transpirar. 

        — Sempre assim!  Hoseok só gosta da Yoongi!  Adota ela, então. — Rebate Namjoon, manhosa. 

        Hoseok não era a mãe biológica de Namjoon mas, as duas tinham uma ótima convivência. No entanto, nunca ouvi a Kim chamar a madrasta de mãe e isso mostrava que apesar da boa relação, à convivência das duas ainda era muito frágil.

 

Mais um motivo pra eu reprimir meus sentimentos e esquecê-los. 

        As duas trocaram algumas brincadeiras educadas, antes de Hoseok desaparecer porta a fora. 

        Faziam três anos que o pai de Namjoon havia se casado novamente.

 

Faziam três anos que eu estava apaixonada pela madrasta da minha melhor amiga. 

        No começo eu achei que era apenas atração física, já que eu ainda estava descobrindo sobre minha sexualidade, então, não dei muita importância. Mas, depois de alguns meses convivendo com Hoseok e vendo o quão divertida, amável e maravilhosa ela era, eu não tive mais dúvidas sobre o que eu sentia. 

        Amar Jung Hoseok me pareceu uma dádiva mas, também uma maldição. Eu não mais comia, bebia ou sorria. Passava todas as minha madrugadas em claro, me perguntando como seria sentir o toque de suas mãos delicadas e a ver vulnerável em meus braços. Porém, eu nunca teria Hoseok e isso me matava cada vez mais. Saber que isso machucaria não somente a ela como também todos a minha volta, me sufocava tão fortemente que eu entrava em desespero. 

        Desespero por querer tomar Hoseok em meus braços, desespero por querer não sentir essas vontades tão impróprias. 

        — Sabe, Yoonie... Eu sei que você gosta da minha madrasta. — Confessa minha melhor amiga, me encarando séria. 

        Eu engasgo com o sanduíche que estava mastigando e ela me oferece um dos copos com suco de uva. Estava tão na cara que eu gostava da Hoseok!?  E se o pai de Namjoon já tivesse percebido? Com que cara vou encará-lo!? 

        — Não precisa ficar tão assustada!  Calma! — Diz a mesma sorrindo.

         Eu não merecia alguém tão esplêndida como Kim Namjoon na minha existência medíocre. 

        — Não se preocupe. Eu não vou fazer nada, prometo! Tudo bem se não quiser que eu venha mais aqui, eu entendo completamente! Sei que agora você deve estar pensando no quanto eu sou repulsiva, eu mesma admito que sou, mas eu não posso evitar! Isso está me matando, Namjoon! — Eu não sei quando foi que comecei a chorar mas, eu sentia grossas lágrimas escorrerem pelo meu rosto, manchando minha face com toda a impureza que existia dentro de mim. 

        Joonie suspirou antes de me envolver em um abraço forte e acolhedor. 

        — Está tudo bem, Yoonie... — Me acalenta enquanto faz um leve afago em meus cabelos. — Você não está errada ou é suja por sentir as coisa! Tudo bem se apaixonar! — Ela sorri e suas covinhas aparecem — Isso pode parecer clichê de se dizer mas, não se escolhe o amor, ele é quem te escolhe. E por Deus! Eu não vou te expulsar da minha casa por amar! — Joonie se afastou do abraço e voltou a sua posição anterior para poder me encarar. Eu estava soluçando e algumas lágrimas ainda insistiam em cair mas, estava me acalmando aos poucos. 

        — Sabe... Eu não acho que Hoseok ame meu pai... Ela se casou por obrigação e respeita a família mas, meu pai realmente a ama. E apesar de eu querer muito ver minha melhor amiga feliz, não vou poder te apoiar em um relacionamento que vai machucá-lo. Ele já sofreu de mais por causa da mamãe. — Os olhos de Joonie perderam totalmente brilho assim que citou sua mãe. Ás vezes, eu me questionava se quem não havia superado a morte da mesma não era ela, ao invés do pai. 

        Assenti silenciosamente enquanto recolhia os copos e pratos. 

— E-eu vou levar isso e já venho. 

        Desci as escadas, prestando uma atenção desnecessária na louça suja que eu carregava. 

        Andei até a cozinha e depositei o que carregava na pia, para depois começar a lavar. 

        Namjoon estava certa, mesmo que Hoseok sentisse alguma coisa por mim, o que poderíamos fazer!?  Ela estava casada de qualquer forma, e eu era nova demais. Mesmo que Hoseok não fosse a madrasta de Namjoon ainda assim isso seria errado, ela ainda seria uma mulher. 

        Cheguei a conclusão de que não tinha como escapar. Não importava o quanto eu amasse Hoseok, ela nunca poderia ser minha, não nessa existência ao menos. 

        Quando terminei de tirar todo o sabão da louça do lanche, caminhei a passos lentos e silenciosos até o quarto da minha melhor amiga mas, assim que virei o corredor dei de cara com a Jung.

        — Opa! — Hoseok sorriu brincalhona. Ela não tinha ideia do quanto aquele sorriso me afetava... 

        — Desculpe, senhora Jung. — Digo em um tom tão baixo que, se o cômodo não estivesse em completo silêncio, ela dificilmente conseguiria ouvir. 

        O sorriso de Hoseok vai se desmanchando gradativamente para dar lugar a uma expressão preocupada. 

        Por aqueles breves instantes de silêncio, me permiti observar a beleza estonteante de Jung Hoseok. 

        Seus cabelos cortados simetricamente em um chanel que afinava seu rosto tão delicado; Os olhos levemente puxados e os lábios que muitas vezes formavam sorrisos de coração e faziam com que eu me afundasse ainda mais no oceano que era amá-la. 

        — Você parece triste, Yoonie. O que aconteceu? Namjoon foi malvada com você? — Pergunta a mais velha, colocando uma de suas mãos na minha bochecha. 

        Eu não sabia que era tão difícil desistir de algo que nunca se teve.

        Por um momento, cogitei me aproveitar da bondade da Jung e beijá-la ali mesmo. Porém, isso seria covardia. 

        — Está tudo bem, Hoseok. — Minto pela segunda vez naquele dia. Eu estava ficando boa naquilo. 

        Solto um suspiro de surpresa ao sentir os braços da Jung me envolverem em um abraço forte. 

        — Não sei o que você está passando, Yoongi, mas mesmo que agora isso pareça algo insolucionável, no futuro vai ser apenas mais uma das coisas que você superou. Então, não precisa ficar tentando esquecer ou reprimir o que quer que esteja sentido, apenas sinta. Sinta até não haver mais o que se sentir, e só nesse momento você vai ver que superou. 

        Me afastei do abraço e a encarei nos olhos. 

        Parecia que ela sabia de tudo o que se passava na minha mente; era assustador e acolhedor ao mesmo tempo. 

Fiquei contemplando Hoseok enquanto processava tudo o que ela havia me falado. 

        Não sei se foi por impulso ou por passar tanto tempo reprimindo todo aquele furacão de sentimentos mas, eu a olhei profundamente nos olhos e comecei a me inclinar lentamente em sua direção. Hoseok desviou o olhar para meus lábios e eu interpretei isso como uma permissão silenciosa para que eu prosseguisse. Passei a encarar o lábios que eu tanto desejava antes de tomá-los para mim.

 

Sentir o gosto de Hoseok e a maciez de sua boca era algo que imaginei nunca poder fazer.

 

Contudo lá estava eu: me perdendo nos braços da garota que eu amava e mesmo que eu nunca mais pudesse vê-la depois disso, ainda era melhor do que nunca ter provado de sua boca e desfrutado de seu toque. 

— O que significa isso!? — Grita o senhor Kim.

 

Mais especificamente, pai de Namjoon e marido de Hoseok.

 

Céus, estávamos ferradas!

 


Notas Finais


E então? O que acharam amo opiniões :0


Mais uma vez obrigada a lorelore por esse plot lindíssimo e a equipe mara do styk amém ícones


Meu twitter caso queira mandar um “iai pitel” : @sopecool


até piteis :0


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