História Play Hard - Mandala Beach

Na tarde do quarto dia, eu e Miranda estávamos enroladas em toalhas subindo para o quarto quando encontramos Ryan, Jake, Greg e Justin esperando o elevador no nosso andar - que também era o deles. Greg carregava uma mochila enquanto os outros seguravam toalhas e suas respectivas camisetas.

- Nina, Miranda! - Jake cumprimentou. Nós apenas sorrimos em resposta. - Estamos indo pra praia fumar um narga, tão afim?

Eu e Miranda pensamos por alguns segundos e ela mesma respondeu.

- Claro! Vamos só colocar uns shorts e encontramos vocês lá, pode ser?

- Vamos esperar. - Jake respondeu, sorrindo pra mim. 

Toda essa conversa durou alguns segundos. Eles entraram no elevador e nós fomos em direção ao nosso quarto. Penteamos nossos cabelos que estavam embolados devido à piscina e vestimos shorts e blusas, estendendo as toalhas molhadas na varanda.

- Os meninos tão com o narguile na praia e chamaram a gente, querem ir? - chamei Candice e Sara, que estavam deitadas de bruços na cama.

- Ah, daqui a pouco a gente desce. - Sara respondeu, desinteressada.

- Ok. - puxei Miranda e nós descemos.

Vimos os meninos em uma das pontas da piscina e fomos até lá, nos sentando na espreguiçadeira mais próxima.

- Até que vocês são rápidas. - disse Ryan.

- É, geralmente ficamos prontas em meia hora de noite e ficamos esperando as meninas. Mas, fala aí, vocês não iam pra praia?

- Estamos despistando um pouco por aqui. - Justin respondeu, mergulhando e balançando o cabelo em seguida. Fiquei olhando a cena como se ele tivesse feito em câmera lenta. Porra, ele era gostoso.

- Ei Mi, o que acha dos meus óculos? - Greg perguntou mostrando seus óculos laranja espelhados pra Miranda.

- Você quer que eu seja sincera ou que eu elogie? - ela respondeu com uma pergunta, fazendo com que todos rissem.

- Elogios sempre caem bem.

- Nesse caso, é lindo. - ela disse, mostrando a língua. Ele revirou os olhos e tentou puxá-la para a piscina, mas ela se segurou em mim e o impediu.

- Vamos? - Ryan perguntou, saindo da água e se secando. Todos assentiram e fizeram o mesmo.

Descemos a escadinha que dava na areia e nos sentamos em um dos vários quiosques. Eles começaram a montar enquanto conversávamos sobre assuntos aleatórios.

Jake se sentou ao meu lado e começou a mexer no celular. Percebi que ele tinha um iPhone e não usava capinha e como um impulso, acabei puxando um assunto burro.

- Por que você não usa uma capinha? - perguntei.

- Sei lá, acho melhor desse jeito. Mais limpo.

- Entendi. - eu assenti, enquanto o via deslizar o dedo pela tela do aparelho. Pude ver que ele só passava as páginas dos aplicativos e voltava, provavelmente pensando em algo.

- Você tem WhatsApp? - ele me estendeu o celular na página de adicionar contato, digitando Nina rapidamente no nome.

Eu assenti, pegando e digitando meu número.

- Outra hora me passa o seu, deixei o celular carregando no quarto. - eu disse e ele apenas assentiu e lambeu os lábios, guardando o celular no bolso.

Fumamos um pouco reclamando da essência de framboesa que eles haviam comprado. Era péssima.

- Não é culpa nossa que apreenderam a boa no aeroporto e só tinha essa naquela loja de anteontem! - Justin defendeu.

- A de rosas deve ser pior. - pontuei, mexendo no saquinho que estava na mesa à minha frente. Todos concordaram.

- Então, nós compramos uma tequila além dessas essências ruins e já que vocês se arrumam tão rápido, tão afim de aparecer mais tarde no 310 pra beber com a gente? - Jake perguntou. - A Candice e a Sara podem ir também, lógico.

- Claro! Batam lá no 320 que a gente vai! - respondi.

- Podem ir sem a gente buscar. - Ryan disse, revirando os olhos.

- Não, vocês batem lá. - Miranda encerrou a discussão, fazendo com que eles aceitassem.

Quando vi que já eram sete horas, eu e Miranda subimos e tomamos banho, colocando uma roupa qualquer e acordando as meninas para irmos jantar às oito. Comemos e voltamos para o quarto pra nos arrumar. Eu e Miranda acabamos ficando prontas antes e deitamos de bruços em nossa cama, caindo no sono. Acordei meio mole com Sara me chamando, mas continuei deitada na mesma posição, me recusando a abrir os olhos.

- Nina! Miranda! Os meninos tão chamando vocês aqui na porta!

- Quem? - perguntei, no auge da lerdeza. 

- Podem entrar! Acordem elas aí. - ouvi Sara dizer e me virei, avistando Justin, Greg e Ryan em frente à nossa cama.

- Ah, é claro que elas dormiram, olha o que elas tão ouvindo. - Justin disse sobre a playlist “Bon Iver” que a Candice havia colocado.

- Geralmente a gente ouve umas músicas mais animadas, mas hoje elas tomaram conta do som. - respondi, rindo e me espreguiçando, notando uma calcinha jogada ao meu lado na cama e jogando-a para longe, fazendo com que todos rissem.

- Querem ir pra lá? Temos quarenta minutos até o ônibus sair. - Ryan perguntou.

- Claro! Candice, Sara querem ir tomar uns shots no quarto dos meninos?

- Estamos quase acabando, passamos lá depois. Qual é o número? - Candice perguntou.

- 310. - Greg respondeu.

- Então vamos. - Coloquei meu documento e algum dinheiro na bolsa que Sara levaria e peguei meu celular. Miranda vinha atrás de mim.

Andamos um pouco pelo corredor e logo avistamos a porta do 310 aberta e uma música animada tocando. Entramos e vimos Chaz cortando alguns limões que tirava de seus bolsos. Não pude deixar de rir da cena.

- Vocês roubaram limão do restaurante ou algo do tipo? - perguntei, me sentando ao lado dele em uma das camas. 

- Mais ou menos. - Chaz respondeu, me cumprimentando e colocando vários pedaços cortados na mesinha de cabeceira.

Jake saiu do banheiro vestindo uma blusa azul e passou a mão no cabelo molhado para colocá-lo no lugar, me dando uma visão nítida de seu braço musculoso; borrifando perfume no pescoço e nos pulsos em seguida. Não sabia dizer se a visão era do paraíso ou do inferno. Ele cumprimentou as meninas, sorriu pra mim e me deu um beijo na bochecha, sentando-se na outra cama, a minha frente. Eles encheram umas xícaras de café - eram pequenas, equivaliam a um copo de shot - com a tequila e nos deram. Nós viramos e eles fizeram o mesmo em seguida. Repetimos a operação umas três vezes cada um e ficamos conversando até um pouco depois de Candice e Sara chegarem.

- Não é possível que o quarto de vocês seja mais arrumado que o nosso, que vergonha. - comentei.

- Demos uma arrumada pra vocês virem. - Greg disse, rindo e puxando Miranda pela mão até a varanda, onde começaram a se beijar.

Justin abriu uma Corona e após jogar um gomo de limão lá dentro e beber um gole, me ofereceu.

- Essa é ruim, não bebe! - Ryan disse.

- Por quê? Não deve ser ruim! - peguei a garrafa da mão dele e dei um gole. - É ótima!

- Finalmente alguém que concorda comigo! - Justin comemorou.

Bebi mais alguns goles e olhei para a frente, percebendo o olhar de Jake sobre mim e abaixando a cabeça em vergonha. Sorri e cruzei as pernas na cama, com o intuito de chamar um pouco de atenção. Ele olhou de novo e se levantou, estendendo uma mão para mim.

- Vem aqui. - disse, me puxando quando dei a mão. Finalmente.

Como Miranda e Greg ainda estavam ocupando a pequena varanda, Jake me encostou contra um móvel perto dali e segurou minha cintura. Pude sentir seu hálito de menta misturado com tequila enquanto ele chegava mais e mais perto, até chocar nossos lábios. Não sabia se todos estavam olhando e nem ligava, só sabia que aquele beijo estava muito bom, tipo mil vezes melhor que o do ônibus no primeiro dia.

- Dez horas, dez horas! Vamos! - alguém gritou e quando abri os olhos vi ser Chaz, que se levantava ao lado de Candice.

Jake foi segurando minha cintura até a porta e depois andou ao meu lado, porém não conversamos. Quando chegamos ao lugar em que esperávamos o ônibus, entramos direto na fila e nos sentamos relativamente perto lá dentro. Bebíamos vodka de uma garrafinha plástica que Ryan havia levado e curtíamos a playlist que o motorista colocou.

Hoje a balada era na praia. O espaço era composto por um deck de madeira, um bar e duas piscinas. O mar ao fundo dava uma sensação ótima. Pegamos alguns drinks nas mesas e fomos dançar. Percebi que todos os meninos haviam sumido, só Justin que estava com a gente, abraçado com a Miranda. Tiramos algumas fotos e fomos andando para descer do deck. Candice e Sara iam na frente e eu ia ao lado de Miranda e Justin, que uma hora me puxou e segurava nós duas pela cintura, nos olhando com um sorrisinho.

- Acho que já estamos bêbados o suficiente pra isso. - ele disse, se aproximando de nós duas e fazendo com que déssemos um beijo triplo. Foi demais. Uma bagunça de línguas, porém, demais.

Nos separamos rindo como se ninguém estivesse olhando e continuamos andando, parando em um espaço na areia e começando a dançar.

Fiquei com uns dois garotos que ainda não conhecia e comecei a me sentir tonta. Havia bebido demais. Olhei à minha volta. Nath não estava em lugar algum e nem Jake. Miranda e Justin haviam sumido e eu, Candice e Sara dançávamos e conversávamos com alguns garotos.

- Fiquem por aqui, vou sentar ali um pouco. - eu disse e elas assentiram, olhando onde eu havia sentado e continuando a dançar.

Sentei de pernas de índio na areia e encostei a cabeça na grade que impedia a todos de irem pro mar, embora ela balançasse por causa da pegação de um casal perto de mim.

Ficava dançando com a parte de cima do meu corpo enquanto tentava me recuperar e passava os olhos pelas pessoas. Avistei uma blusa azul conhecida e o dono dela caminhava até mim com dois drinks azuis.

- Morreu? - Jake perguntou, estendendo um dos drinks em minha direção.

- Só um pouquinho. - peguei o drink e dei um gole. - Senta aqui. - chamei, o puxando pela mão livre e fazendo com que ele se sentasse ao meu lado na areia.

Candice chegou e pediu um gole do que eu bebia.

- Vai ficar sentada? Acho que vamos andar por aí. - ela perguntou. Olhei para Jake e ele colocou uma mão em minha coxa, assentindo. Bebi mais uns goles do drink e a entreguei o copo.

- Vou. E pode ficar com isso. - ela pegou, bebendo todo o resto em um gole só. - Até mais tarde.

Ela se virou indo pra longe e eu me virei para Jake, colocando minhas pernas por cima das dele. Ele pegou em meu rosto e me beijou devagar, explorando toda a minha boca. Depois de um tempo nessa, me puxou para nos levantarmos e me levou para o outro lado da festa, onde nos encostamos a uma parede perto da piscina e continuamos.

- A gente podia ir mais cedo. - ele sussurrou, roçando a boca na minha.

- Pra onde?

- Pro hotel.

Pensei por alguns segundos, mas logo decidi que não havia o que pensar. Apenas assenti e o beijei novamente. Ele me puxou para onde deveríamos esperar o ônibus - que saía de hora em hora - e nós ficamos sentados no murinho nos beijando e esperando que chegasse.

CANDICE

Acho que todo mundo um dia sonhou com uma balada na praia, a mistura da batida da música com a areia e a brisa do mar combina perfeitamente.

Estava dançando com Sara na areia enquanto conversávamos com dois meninos brasileiros, mas que não vieram para Cancun conosco. Um deles era bem bonito.

- Eu acho que você devia me dar um beijo. – O garoto bonito sussurrou em meu ouvido.

- Você acha? – Perguntei sorrindo.

Senti a mão de ele me puxar pela cintura e nós nos beijamos em meio aos risos. Ficamos por um tempo na grade onde Nina estava há pouco tempo sentada morta. Para onde será que ela foi?

- Acho que vou dar uma andada. – Falei depois de um tempo. Não que o beijo estivesse ruim, só não queria ficar ali a balada inteira.

Peguei no braço de Sara que ainda estava no mesmo lugar e fomos andar pelo espaço. Quando estávamos próximas à piscina superior uma menina conhecida me chamou.

- Me ajuda a empurrar alguém na piscina? – Ela disse.

- Claro! – Respondi – Quem?

Enquanto olhávamos o local procurando por alguém vulnerável a cair na água, fui pega de surpresa quando a própria menina e Miranda me jogaram na piscina.

- Miranda! Eu não acredito que você fez isso! Eu vou te matar! – Gritei com ela enquanto observava o estado da minha roupa, principalmente da minha blusa branca.

- Relaxa! – Ela falou antes de se juntar a mim na água. Justin pulou logo atrás dela e a puxou pela cintura enquanto ria de mim.

Percebi que havia perdido um de meus chinelos dentro da água, quando fui nadar para pegá-los vi que alguns meninos estavam prestes a empurrar Chaz.

- Vai, vai com ela. – Os ouvi gritando e logo Chaz já estava dentro da piscina comigo. Ri e fui em sua direção.

- A Mi me empurrou, não queria cair. – Falei quase como uma criança chorona.

- Não tem problema, vem cá. – Ele disse me puxando pela cintura com um lindo sorriso torto em seus lábios. Fui em sua direção e nós nos beijamos. Era engraçado o nosso beijo, desde a primeira balada em que ficamos, era atrevido, rápido e, principalmente, divertido.

Quando percebi já estava com as pernas presas em sua cintura, puxando torturantemente o seu cabelo da nuca.

- Vamos para a outra piscina. – Ouvi Justin dizer ao nosso lado com Miranda grudada nele. Separei o beijo. – Aqui tem muita gente olhando.

Nós quatro saímos então encharcados da água, Chaz segurou a minha mão e guiou o caminho até a piscina inferior. Todos a nossa volta olhavam curiosamente para os dois casais com as roupas pingando. Pulamos novamente na água. Sorria que nem uma boba para Chaz, não porque tinha bebido mais de 8 shots de tequila, mas pelo momento que estávamos vivendo.

Ele aproximou o seu rosto e nós voltamos a nos beijar, coloquei mais uma vez as minhas pernas em volta de sua cintura. A água com certeza favorece qualquer beijo. De repente senti a mão dele tentando entrar pela minha saia e a tirei de lá lentamente, não era o lugar certo.

- Vamos fazer briga de galo! – Ouvi Miranda gritar. Desprendi-me do Chaz, já rindo.

- Vamos! – Respondi animada.

Subi nos ombros do Chaz enquanto Miranda subia nos do Justin. Olhei em volta e várias pessoas nos observavam principalmente os homens. No momento seguinte já estava tentando derrubar Miranda, nós quatro gargalhávamos enquanto eu puxava Mi por seus braços, não demorou muito para ela cair. Jogamos mais algumas vezes, eu e o Chaz nascemos para fazer dupla em briga de galo, ganhamos todas.

Ficamos mais um pouco na piscina e logo saímos. Chaz foi para um lado, nós três para outro.

- O Justin cortou o braço. – Miranda disse apontando para o machucado que sangrava muito. – Ele precisa ir lavar.

- Nossa! Como você fez isso? – Perguntei verdadeiramente impressionada.

- Não tenho ideia. – Ele respondeu enquanto limpava o sangue que escorria.

Justin foi ao banheiro cuidar de seu machucado, mas não adiantou muito. Conversamos com os monitores que foram com a gente e eles indicaram que ele voltasse para o hotel para poder tratar melhor.

- Vamos embora, já? – Miranda perguntou.

- Pode ser. – Respondi – Mas preciso achar a Nina antes, ela tá perdida por aí. Fiquem aqui, eu já volto.

Saí andando - ainda muito molhada e com muito frio - pela balada procurando por Nina. Andei por todos os cantos, entrei em todos os camarotes e nenhum sinal dela, ela já deve ter voltado para o hotel.

Voltei para o lugar no qual Justin e Miranda haviam ficado, onde esperamos o ônibus, mas eles já não estavam mais lá.

- O ônibus já saiu? – Perguntei para a monitora.

- Acabou de sair.

- O casal que estava aqui, com o menino machucado, já foi?

- Sim, eles acabaram de ir. – Ela respondeu. Miranda filha da puta. Me joga na piscina e me deixa sozinha nesse lugar, morrendo de frio.

- Quando sai o próximo ônibus? – Perguntei.

- Daqui a 55 minutos.

Que ótimo. 55 minutos. 55 minutos de frio, sendo que eu estou completamente nojenta, essa é a melhor palavra que pode me descrever neste momento, e ainda por cima sozinha. Preciso achar alguém.

Saí sem rumo pela balada, passando pelos cantos, virando algumas tequilas até que o avistei.

- Seu idiota, você me deixou sozinha! – Exclamei enquanto arranhava Chaz do peitoral até a barra da bermuda. Ele estava sem camisa, não sei por quê.

- Calma, calma. – Ele disse enquanto segurava as minhas mãos.

- As meninas foram embora e me deixaram aqui sozinha. Molhada. – Resmunguei. Geralmente não costumo fazer showzinho de garota indefesa que faz bico, mas era necessário desta vez.

- Calma, vem cá, também to sozinho. – Ele disse me abraçando. – Os moleques também foram embora e uma menina roubou a minha camiseta e me deu a dela.

Não consegui segurar o riso. Analisei a blusa de seda branca com rendinha e brilhos que ele segurava.

- Quem foi? – Disse em meio a gargalhadas. Ele levantou as mãos indicando que não sabia. – Veste?

- De jeito nenhum.

- Por favor vai, veste, por favor. – Implorei.

Ele começou a vestir a blusa, ela estava bem apertada.

- Não vou fazer isso aqui. – Ele disse.

- Tudo bem. Estou com muito frio e fome. – Reclamei mais uma vez. – Mas o ônibus ainda vai demorar muito tempo.

Ficamos algum tempo sem saber o que fazer, mas acabamos indo para uma jacuzzi que ficava em uma parte afastada para poder passar o tempo sem sentirmos tanto frio. Foi interessante o tempo em que passamos em meio a água borbulhante, ao invés de simplesmente nos beijarmos ferozmente ficamos conversando sobre diversos assuntos. Chaz é uma pessoa legal, ele não é do tipo babaca sem cérebro que só pensa em sexo.

Depois de longos minutos de espera, voltamos juntos no ônibus abraçados. Até consegui fazê-lo vestir a blusa da menina desconhecida e ficou extremamente engraçada nele. Conversamos sobre mais coisas aleatórias, tais como o corpo feminino, até com alguns comentários sobre o corpo das pessoas da viagem, e como é estranha a concepção de peito.

- Você vai para o meu quarto comigo, né? – Ele perguntou ao chegarmos ao hotel.

- Não sei, preciso ver se as meninas estão aí e chegaram bem. Nem sei se elas voltaram ou não.

- Mas se elas não estiverem, você vai, né? – Ele perguntou novamente. Dei de ombros. – Nós roubamos alguns marshmellows do jantar, a gente pode comer, você se seca e etc.

- Ok. – Respondi.

Fomos até o meu quarto, bati na porta. Nada. Olhei para ele que sussurrou “vamos”. Bati de novo, com mais força. Nada. Olhei para ele que estava pronto para ir embora.

- Meninas, sou eu! – Gritei enquanto batia na porta. Ouvi Sara gritando que abriria.

- Ah não, vocês dois aqui não, vão para o quarto dele. – Sara disse ao nos ver juntos.

- Relaxa. – Disse a ela. Me virei para Chaz – Boa noite então, obrigada.

- Boa noite. – Ele disse me dando um beijo rápido no canto da boca.

NINA

Sentamos em um dos últimos bancos. Não conseguíamos parar de nos beijar. Sua mão subia e descia pela minha coxa passando os dedos pela barra do meu shorts enquanto eu chupava seu pescoço e finalizava com um beijo. Se passaram uns 10 minutos até chegarmos ao hotel.

- Espera todo mundo sair, olha como você me deixou. - ele sussurrou, gesticulando para sua evidente ereção. Tudo que eu fiz foi dar uma risada e esperar para sermos os últimos. Ele foi andando comigo em sua frente e segurando em minha cintura para esconder, consequentemente roçando na parte de trás do meu corpo.

Quando chegamos ao nosso corredor, ele parou repentinamente, tateando os bolsos da bermuda.

- Droga, acho que to sem chave.

Olhei pra ele, abismada. Como ele faz uma garota sair mais cedo da festa pra não ter a chave do quarto?

- Brincadeira! - ele riu da minha cara e tirou o cartão do bolso, abrindo a porta.

- Escroto! - dei um tapinha em seu peito enquanto ele esperava eu entrar para fechar a porta.

Sentei em uma das camas e esperei que ele viesse. A luz do banheiro acesa dava um bom clima, mas quando ele chegou até onde eu estava, fez menção de acender o abajur, que já iluminaria demais.

- Deixa apagado. - sussurrei de maneira sexy, o puxando pelo bolso de sua bermuda fina.

Ele sorriu e veio até mim, fazendo com que eu me deitasse e ficando por cima, me beijando. Suas mãos exploravam todos os limites do meu corpo, entrando pela parte lateral da minha blusa, que era aberta até embaixo. Ele puxou o pano para cima, deixando de lado na cama e eu fiz o mesmo com a dele, passando minhas unhas por seu peito. Jake massageava meus seios por cima do sutiã mesmo enquanto eu, ao mesmo tempo, abria meu shorts e puxava sua bermuda para baixo com os pés. Ele passou os dedos pelo elástico de minha calcinha, a abaixando de uma só vez e dando um fim igual ao da blusa. Passei minhas unhas pelo cós de sua cueca e ele mesmo a retirou, voltando a passar as mãos pelo meu corpo. Chegou com os dedos em minha intimidade, passando o polegar pelo meu clitóris e penetrando com o indicador, mordendo o lábio inferior enquanto olhava para a cara de prazer que eu certamente fazia sem perceber. Ele chegou seu membro mais perto, fazendo menção de me penetrar, mas eu logo o parei.

- Não. - disse, com dificuldade.

- Por que não?

- Porque não.

- Por que não? - ele repetiu a pergunta, tentando me render, mas não conseguiria.

- Não vim pra cá pra isso, sério. - já estava com as pernas fechadas a este ponto. Eu não queria parar o que estávamos fazendo, mas eu não daria pra ele e se continuasse insistindo, teria que usar as próprias mãozinhas pra se satisfazer.

- Relaxa. - se deu por vencido. - Não vou fazer nada.

- Nada? - voltei com a minha voz baixa e sexy, arqueando minhas sobrancelhas.

- Nada que você não queira. - ele riu, virando os olhos.

- Mas isso eu quero. - disse, puxando sua mão de volta para onde estava, para que ele continuasse.

Ele se decidiu por distribuir beijos até meu pescoço e meu peito, descendo para minha barriga. Chegou lá embaixo e começou a dar leves lambidas, me provocando.

Eu empurrei sua cabeça levemente segurando alguns fios de cabelo, até ele começar a chupar e me levar ao céu por alguns segundos.

Ele parou e voltou para cima. Logo entendi o que ele queria: que eu retribuísse.

Peguei em seu membro e me ajoelhei em sua frente, distribuindo leves chupões pelo seu corpo e chegando lá, retribuindo na mesma moeda e chupando-o vagarosamente. Ele empurrava minha cabeça mais para frente a cada movimento e depois de alguns minutos, parei antes que ele gozasse.

- Aqui é a cama dos meninos. - ele disse, apreensivo.

- Ninguém vai perceber! - retruquei, rindo e beijando sua boca.

Continuei meus movimentos com a mão enquanto ele continuava com os dedos e nós não parávamos o beijo.

Mais alguns minutos depois, senti seus músculos começarem a relaxar.

- Foi. - ele sussurrou ainda com a boca na minha.

- Foi? - provoquei, apertando de leve, fazendo com que ele mordesse meu lábio inferior.

Parei o que estava fazendo, dando um sorrisinho.

Ele me deu mais um beijo e por fim, disse:

- Acho que vou precisar de um banho.

- Vai lá. - respondi, selando seus lábios e o empurrando pelo peito.

Quando o vi fazer a curva até o banheiro, comecei a me recompor e vestir minhas roupas, ação que não durou mais de um minuto. Fiz outro rabo em meu cabelo para o caso de encontrar alguém no corredor e me levantei, pegando meu celular na mesinha.

Quando me dirigi até a porta, vi o chuveiro ligado, mas Jake se olhava no espelho. Ri da cena a minha frente, fazendo com que ele também risse.

- Então acho que eu já vou.

- Tchau. - ele sussurrou em minha orelha, me dando mais um beijo.

Eu o deixei lá sem falar mais nada e saí do quarto, andando até o meu.

Quando bati na porta, gritaram do outro lado.

- Quem é? - reconheci a voz de Sara.

- Nina.

- Tem algum homem com você?

- To sozinha Sara, abre logo essa porta! - eu disse e ela abriu, se escondendo atrás da mesma.

Eu entrei e fechei.

- Você sumiu, com quem estava? - ela perguntou.

- Com o Jake. A gente tava se pegando e como eu não vi mais nenhuma de vocês, aceitei vir pro hotel com ele.

- O que vocês fizeram? Você não deu né, sua vadia?

- Não, porra! Só... outras coisas. - sorri. - Vou tomar um banho, pediram comida?

- Nuggets.

Tomei um banho rápido e coloquei meu pijama, ouvindo algumas batidas na porta logo que acabei de me vestir.

- Deve ser a comida. - Sara disse lá de dentro.

Abri sem nem me importar para o fato de meu pijama ser curtíssimo e eu estar sem sutiã, mas acabou que era a Miranda com o Justin agarrado em sua cintura, ambos encharcados da cabeça aos pés.

- Eca, vocês pularam naquela piscina toda gorfada? - foi a primeira coisa que perguntei.

Eles iam entrar, mas eu impedi.

- Aqui não.

- A gente só vai tomar um banho.

- Aqui não, vão pro quarto dele.

Eu estava bancando a chata, até porque eu e Jake fizemos algumas coisas na cama do Justin,  mas não tinha mais ninguém e os dois fazerem algo no nosso quarto a essa hora com todas nós lá dentro era inviável. Eu podia estar meio em êxtase, mas ainda tinha senso.

- Tá, pega meu pijama. - fiz o que ela pediu e peguei seu pijama em cima da cama, dando em sua mão sem conseguir conter a risada.