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História Play Hard - Finale - Friends With Benefits


Escrita por: queenlaura

Notas do Autor


não vou me limitar a falar nada aqui, espero que vocês estejam prontas :B

Capítulo 14 - Finale - Friends With Benefits


Fanfic / Fanfiction Play Hard - Finale - Friends With Benefits

Depois da terceira vez apenas por não conseguirmos parar, caímos na cama, sem fôlego.

- Meu Deus. - Justin foi o primeiro a falar entre os sons de nossas respirações ainda aceleradas. - Acho que nunca fiz tantas vezes em uma só noite. - o ouvi comentar enquanto eu tomava um gole da garrafa de tequila que ele havia me passado após também beber um gole. Virei para ele e visualizei um sorriso brilhante em seu rosto. 

- Uh, então quer dizer que você não é o único a dar uma primeira vez de algo para alguém aqui.

- Você tem todo o direito de se gabar, não sei como tá aguentando.

- Como assim aguentando? - tomei mais um gole da tequila, sentindo queimar dentro de mim e rindo sozinha pela sensação, entregando a garrafa para Justin.

- Sabe como é... - ele tomou um gole. - Você deveria estar cansada.

Olhando para mim e ainda vendo minha expressão confusa, ele virou os olhos, procurando um modo de concluir com algum sentido.

- Da última vez que tirei a virgindade de uma mina, ela dormiu como uma pedra até uma da tarde do dia seguinte. E eram apenas duas da manhã quando fizemos. - ele deu de ombros. Adoro o jeito direto dele de dizer as coisas. 

Após rir de sua conclusão, tomei uma expressão séria e fiquei por cima dele, o lençol no qual eu estava novamente enrolada sendo a única separação entre nossos corpos.

- Primeiramente, eu não sou uma das suas "minas". - fiz aspas com os dedos. Ele fez uma cara de quem ia contestar e se redimir pela palavra, mas eu o impedi, continuando a falar. - Não sou uma das suas minas e posso dizer com certeza que você não me tratou como uma delas em nenhuma das vezes que transamos essa noite. Além do mais, se eu fosse igual a elas, utilizando as suas próprias palavras: eu não teria aguentado.

- Algo mais, madame? - ele perguntou em tom de brincadeira, de alguma maneira aceitando tudo que eu havia falado. Não passavam de verdades.

- Sim. - disse, contendo por um segundo a frase que estava pronta para falar, o deixando ainda mais curioso com o sorriso malicioso que adotei.

- Diga. - ele pediu, não podendo mais esperar.

- Eu quero que você me foda de novo. - disse confiante, arrastando para baixo as minhas mãos antes apoiadas em seus ombros, chegando até a parte inferior de seu corpo, sentindo seu membro voltar à vida. 

Ele me virou bruscamente na cama para que ficasse por cima, mas eu logo quis mudar essa posição. Sei que era a minha primeira vez nesse lance todo, mas queria experimentar coisas novas, já que ele estava tão disposto a me dar primeiras experiências.

- Mudei de ideia. - disse enquanto nos girava novamente e sentava em cima dele, rebolando contra seu quadril.

- Mudou o caralho. - ele rebateu, tentando me virar de novo.

- Eu que mando dessa vez. - olhei para ele com meus olhos bem abertos, deixando que ele visse a seriedade neles. Não deixei que ele me virasse, fazendo força com meus joelhos para continuar na mesma posição. Olhei para seu rosto e o vi morder o lábio inferior e segurar em minha cintura, percebendo o que eu queria fazer e me deixando continuar. 

Tirei o lençol que ainda atrapalhava um pouco e me virei para pegar o que parecia a milésima camisinha da noite em sua carteira. Como ele tinha tantas, afinal?

Rasguei o pacotinho metalizado e envolvi o material em seu comprimento duro.

Olhei novamente para Justin, ao mesmo tempo confiante e em dúvida do que eu deveria fazer.

Ele usou as mãos em minha cintura para me erguer um pouco, enquanto eu deixava o corpo leve para não impedir seus movimentos e me posicionou na ponta de seu membro, segurando com mais leveza e deixando que eu fizesse o trabalho.

Abaixei de uma vez só, sentindo-o entrar com tudo e não consegui reprimir um grito com a sensação.

Justin riu da minha resposta ao meu próprio ato e apertou novamente suas mãos em minha cintura, me movendo para cima e para baixo em seu membro rígido.

***

Caí ao seu lado na cama, esperando minha respiração se normalizar. 

- Porra. - disse enquanto meu peito ainda subia e descia diante dos meus olhos.

- Porra. - Justin repetiu, se virando para olhar para mim.

Ele passou dois dedos partindo de minha coxa e subindo pela lateral do meu corpo até chegar ao meu pescoço e rosto. Sorri com a sensação, sendo impedida de me virar pela sua boca agora tocando meu pescoço e seus lábios chupando com força minha pele sensível. Quantas vezes ele já havia me marcado essa noite? E não estou falando só do meu pescoço e nem apenas sobre seus lábios.

- Eu poderia ficar fazendo tudo de novo pra sempre, - ele sussurrou contra minha orelha, dando uma leve mordida no lóbulo. - Mas provavelmente deveríamos descer antes que a festa acabe. - ele concluiu e me concentrando, pude ouvir a música alta ainda tocando. Já deveria passar das quatro ou até mesmo cinco da manhã, uma vez que quando subimos deveria ser por volta de meia-noite e meia, mesmo eu tendo perdido a noção do tempo a partir do momento em que entrei naquela cozinha carregada por Justin.

- Provavelmente... - eu me virei e capturei seus lábios com os meus. - Antes da gente descer... - sussurrei com meus lábios ainda nos seus. - Você tem mais daquilo?

- Mais do quê? - ele respondeu com uma pergunta, puxando meu lábio inferior entre seus dentes.

Soprei seus lábios indicando o que eu queria e ele logo entendeu.

- Dentro da caixinha de metal no bolso da minha calça. - apontou para que eu fosse pegar. 

Rastejei para baixo sem desgrudar meu corpo do seu, ficando de joelhos na cama em seguida e vestindo minha calcinha e sutiã novamente.

Enquanto ele monitorava cada movimento meu com seus olhos vorazes, peguei suas calças e procurei a tal caixinha de metal nos bolsos, encontrando e abrindo para descobrir um último cigarro e o isqueiro.

Coloquei entre meus lábios e acendi, guardando a caixinha de volta.

Voltei para cima de Justin, ficando sentada com um joelho de cada lado do seu corpo e entregando o cigarro para ele após dar uma tragada.

O vi respirar pesado quando me devolveu, oscilando o olhar de meus olhos para minha boca e meus seios cobertos pelo sutiã.

- Você é sexy pra caralho. - disse.

Talvez esse fosse o melhor elogio que eu já havia recebido. Muito melhor que linda, gostosa e derivados.

Não tinha resposta para isso, então, tirando o cigarro de maconha de meus lábios, me abaixei e colei-os nos seus, iniciando mais um beijo. 

Quando decidimos descer, procurei pelas minhas roupas e vesti tudo novamente, procurando arrumar a bagunça que meu cabelo estava para parecer apresentável na frente dos meus amigos.

Enquanto Justin abotoava sua camisa branca e passava as mãos sobre ela na tentativa de tirar o amassado, eu calcei minhas botas e dobrei o lençol que provavelmente deveria ser trocado.

Chequei se minha maquiagem ainda estava ordem pela câmera frontal de meu celular e, após ver que estava tudo bem, peguei a garrafa de tequila na mesa de cabeceira.

Vi Justin pegar algumas coisas no chão, que depois percebi que eram algumas embalagens.

Saímos do quarto, ele trancou com a chave que Luke havia o emprestado e parou no banheiro para jogar as embalagens no lixo, me encontrando prestes a descer as escadas e segurando minha cintura, me puxando para perto dele como se quisesse mostrar a todos que eu era sua essa noite. 

 

Quando chegamos ao andar de baixo, reconheci Candice de costas com uma mão pousando em sua cintura.

Justin também parecia ter reconhecido alguém naquela rodinha, uma vez que me puxou até lá.

Cheguei por trás de Candice mordendo seu ombro e a assustando, fazendo com que ela se virasse. Vi ser Chaz o cara que segurava em sua cintura.

- Chaz! Não sabia que você tinha vindo! - disse, o cumprimentando com um abraço. - Quanto tempo!

- Cheguei com o herói aí. - ele disse, apontando para o Justin e fazendo todos da rodinha rirem, inclusive nós dois.

Chaz ainda mantinha a mão na cintura de Candice, assim como Justin. Candice tentou sussurrar algo em minha orelha, mas minha atenção estava na mão de Justin apertando minha cintura e tanto ela como ele sabiam disso.

Ouvi a risada rouca de Justin perto da minha orelha por perceber isso e o senti soltar a mão de mim.

- Vou pegar alguma coisa pra você beber, o que você quer?

- Qualquer coisa. - respondi e ele assentiu, indo até a cozinha. - Cadê a Miranda? - perguntei para Candice, olhando para todos os lados e não a encontrando com o namorado.

- Foi embora há um tempo com o Michael. Você vai dormir lá em casa. - ela respondeu. - Já volto. - disse para Chaz, o deixando com os outros meninos e me puxando para um pouco longe da rodinha de amigos. - Me conta tudo.

- Aqui não dá. Só adianto que é a melhor sensação do mundo. - disse com o maior sorriso no rosto.

- Ai meu Deus! Você fez! - ela exclamou. 

- Cala a boca, vadia! - a fiz diminuir o volume da próxima vez. - Claro que eu fiz, o que você achava que fiquei fazendo por 4 horas naquele quarto? Jogando uma longa partida de banco imobiliário?

- Ridícula. - ela revirou os olhos. - Você vai ter que me contar os detalhes quando chegarmos lá em casa.

- Tá, eu conto. - suspirei em derrota. - E o Chaz?

- Ah, nós ficamos a noite inteira. - ela sorriu e logo desfez o sorriso. - Já que todas as minhas amigas resolveram se entregar às maravilhas do sexo e me largarem. - ela riu e começou a cutucar as laterais de meus quadris, fazendo cócegas.

Ouvi risadas vindas de trás da gente e olhei, avistando Justin olhando para mim e rindo do meu momento com Candice.

Comecei a andar até ele, que ainda sorria para mim e estendia uma garrafa de Corona com um pedaço de limão dentro, me lembrando de quando experimentei essa cerveja com ele em Cancun.

- Cerveja está bom pra você? - ele perguntou.

- Tá ótimo. - sorri, pegando a garrafa de sua mão e dando um gole. 

Ficamos um tempo conversando na rodinha e eu ouvi minha música preferida começar a ecoar das caixas de som colocadas no canto da sala de estar de Luke.

Hey, said a hustler's work is never through

We makin' it 'cause we make it move

The only thing we know how to do

Said it's the only thing we know how to do

- Minha música! - exclamei. - Vem dançar comigo. - chamei Justin e fui andando de costas um pouco mais para perto de onde as pessoas estavam dançando, atraindo-o para que viesse atrás de mim.

Sorri vendo que ele estava vindo e parei em algum lugar da pista improvisada na sala de estar, rebolando no ritmo da música. Justin parou na minha frente e eu joguei os braços sobre seu pescoço, dançando com ele. 

Work hard, play hard

Work hard, play hard.

We work hard, play hard

Keep partyin' like it's your job

Apertei meus braços em volta de seu pescoço e colei nossos corpos, rebolando nele e fazendo com que ele apertasse mais suas mãos em minha cintura e me puxasse contra seu quadril, causando arrepios por ele em todas as partes possíveis do meu corpo. Olhei em seus olhos brilhantes em desejo e colei nossos lábios, iniciando um beijo ritmicamente perfeito para o calor do momento.

2 SEMANAS DEPOIS

JUSTIN

Duas semanas haviam se passado desde uma das melhores noites da minha vida com possivelmente a garota mais linda desse planeta.

Eu não costumava priorizar garotas dessa forma e nem deixar de ficar com outras só pra poder ir atrás de uma, mas apenas não conseguia me impedir de correr atrás dessa em especial.

Não era muito adepto à monogamia, mas Nina despertava esse sentimento estranho em mim todas as vezes em que eu falava com ela.

A dona do par de olhos azuis que sempre me prendiam me deu alguns foras nos últimos 15 dias, mas eu entendia tudo como um bom desafio. Se cada parte do meu corpo me dizia para ir atrás dela e me encontrar no meio do quebra-cabeças sem fim em que minha mente se encontrava, então que começasse o jogo. 

NINA

Eu estava adorando o fato de Justin vir atrás de mim uma vez para variar. Todo o tempo em que eu fiquei pensando na sua existência após a viagem que mudou a minha vida e meu modo de ser pode ter sido recompensado nesses meros quinze dias.

 O engraçado nisso tudo é que em quatro meses ele mal me chamava no WhatsApp e, do nada, um abrir de pernas mudou completamente o comportamento do garoto. 

Chamada de Justin

Não disse?

- Hey. - atendi.

- Nina?

- Eu.

- Pare de me ignorar. - ele disse e desligou na minha cara.

Insolente.

Liguei de volta.

- Olha, finalmente você me ligou! - ele atendeu.

- Você que me ligou, idiota.

- Que seja. - não podia vê-lo, mas sabia que ele havia revirado os olhos. - Quer sair comigo?

- Hmm...

- Pare de bancar a difícil.

- Não to bancando a difícil, eu posso ter outros compromissos.

- Então fala logo que não. Outro fora, ouch.

- Calma, docinho. Eu saio com você. - me dei por vencida, mas estava disposta a propor uma coisa diferente. - Mas podemos fazer algo diferente?

- Como assim diferente? - ele logo rebateu.

- Sair como amigos. E sem ser pra balada, eu não aguento mais ir pra balada.

- Desde quando a gente é amigo?

- Desde hoje. - impus. - E aí, o que sugere?

- Meus pais viajaram... Quer vir aqui?

- Claro! Me passa o endereço por WhatsApp, te vejo às oito. - disse e desliguei a ligação. 

 Sim, eu tinha saído com uns dois caras diferentes nesse período de quinze dias - ambos do cursinho, que olhavam para mim desde o começo das aulas há alguns meses e só agora resolveram tomar alguma atitude -, mas minhas conversas com Justin nos aproximaram mais e eu até poderia dizer que éramos amigos se ele não tivesse praticamente recusado esse posto há aproximadamente 30 segundos na conversa ao telefone.

 Gastei mais da metade do meu intervalo no cursinho falando com Justin, o que me deixava com apenas oito minutos para comer alguma coisa e não morrer de fome nas duas aulas de história que eram as últimas daquela sexta-feira chuvosa.

- Com quem você tava falando? - Candice perguntou quando voltei do lugar longe do barulho onde estava para falar ao telefone.

- Com o Justin. - respondi indiferentemente, entrando na fila do caixa da cantina.

- E depois você fala que vocês dois não tão tendo um caso. - ela disse, me seguindo enquanto a fila andava.

- Não to tendo um caso com ele. A gente vai se ver hoje como amigos.

- Amigos? Isso é uma piada? Até que foi engraçada. - ela riu. Ou melhor, gargalhou.

- Não, não foi uma piada. - mostrei a língua para ela. - Vou à casa dele hoje como amiga e pronto.

- Vocês dois vão ficar sozinhos na casa dele e você tá me dizendo que a tensão sexual entre vocês não vai fazer vocês transarem até você desmaiar? - ela falou em um tom normal. Alto demais para o lugar em que nos encontrávamos.

- Dá pra calar essa boca? Não tem tensão sexual nenhuma, amigos, já disse.

- Sei. - ela disse, pingando ironia.

Comprei o meu café e nós subimos para a sala ao tocar do sinal.

Estava mais compenetrada impossível em minha aula sobre a Revolução Francesa, tomando nota de cada frase que o professor falava; até que meu celular vibrou na pequena mesa de madeira, me desconcentrando. 

Mensagem de Justin

Com um sorriso involuntário se formando em meus lábios, deslizei meu dedo na tela para visualizar a mensagem.

Pipoca ou chantilly?

Que tipo de pergunta é essa?

Escolhe.

 

Não tem como escolher entre
pipoca e chantilly!

Tem sim, eu to no mercado e to
mandando você escolher um dos dois.

Hmm... Chantilly?

Droga, eu realmente não sabia fazer essa escolha.

Calma, pra quê?

Você vai ver.

Idiota.

Te vejo mais tarde.

Ele encerrou a conversa com um emoji piscando e eu tentei voltar minha atenção à aula. Pena que agora tal ação seria impossível. Eu só conseguia pensar no Justin. E no chantilly.

A última aula acabou às sete e eu fui andando com Candice até em casa, me despedindo dela quando chegamos ao portão do meu prédio.

- Use camisinha. - ela disse. - Não quero um afilhado tão cedo.

- Qual parte de “amigos” - fiz aspas com os dedos - você ainda não entendeu?

- Todas as partes. Me liga amanhã! - ela disse e foi andando em direção à sua rua.

Quando entrei em meu apartamento, fui direto para meu quarto e tomei um longo banho, apesar de estar um pouco atrasada. As semanas vêm sendo cada vez mais cheias por conta dos estudos e tudo que eu desejava ao chegar em casa era tomar um banho com a água tão quente quanto possível.

Me enrolei na toalha felpuda e fui escolher uma roupa. Meu celular vibrou em cima da escrivaninha enquanto carregava. 

Chamada de Justin

Olhei o horário antes de atender e o relógio do celular marcava exatamente oito horas e onze minutos.

- Fala. - atendi.

- Você tá atrasada. - ele disse, rindo.

- To me vestindo. - disse enquanto ainda escolhia alguma coisa decente para usar. - Ou quer que eu vá pelada? - provoquei.

 - Nada que eu não tenha visto. - ele rebateu, indiferente. 

- Você se importa se eu for de moletom? Não to mesmo afim de me arrumar. - ignorei o comentário dele.

- Preferia que viesse pelada, mas veste qualquer coisa e vem logo senão eu vou começar o filme sem você. - ele disse e desligou na minha cara. De novo. Parece que estava virando um hábito entre nós dois um desligar na cara do outro.  

Vesti uma calça de moletom cinza, uma regata e um cardigan; calçando chinelos. Fiz um coque frouxo em meu cabelo molhado para que ele ficasse um pouco ondulado ao soltar e tirei meu celular do carregador. Passei na cozinha e peguei uma bandeja de morangos na geladeira e minhas chaves no balcão.

- To indo pra Candice! Volto amanhã! - gritei uma mentira para a minha mãe que estava em algum cômodo do apartamento e saí de casa.

Peguei um táxi e fui para o endereço indicado pro Justin, apenas para o carro parar em frente a uma casa enorme no mesmo bairro em que Luke morava.

Toquei o interfone, o qual foi atendido na mesma hora. O portão se abriu e eu ouvi sua voz sair pelo aparelho.

- Desça as escadas quando entrar. - ele disse e desligou.

Andei pelo caminho que atravessava o gramado e abri a porta branca, entrando na casa e fechando-a atrás de mim. Observei o hall bem decorado por um minuto e logo vi a escada. Fui até ela e desci os degraus indicados por Justin, chegando a uma porta de correr também branca. 

Puxei a porta para a direita e entrei em uma espécie de porão, mas nada como aqueles assustadores que vemos nos filmes e sim o porão mais bonito que eu já vi na minha vida. Uma mesa de sinuca ficava bem à frente da porta, com uma cama de casal cheia de almofadas em um canto no fundo e um sofá com aspecto confortável em frente a uma TV de tela plana, separados por uma mesinha de vidro.

Justin estava sentado no sofá vestindo apenas uma calça de moletom, com as pernas esticadas sobre a mesa de vidro.

- Não vai cumprimentar as visitas, docinho? - disse, fechando a porta de correr e indo até o sofá em que ele estava.

- Sinta-se em casa. - ele puxou minha mão para que eu me sentasse ao seu lado. - E para de me chamar de docinho.

- Trouxe morango, docinho. - disse, estendendo a bandeja de frutas para ele, que olhou feio para mim por causa do apelido novamente repetido. - O morango tá docinho. Ou vai ficar, com o chantilly, sabe? - me corrigi mesmo contra a minha vontade, tentando prender a risada e falhando na tentativa, irrompendo em gargalhas e fazendo com ele também risse.

- Você é idiota. - ele revirou os olhos e se levantou, indo até um frigobar, tirando o chantilly de lá e abrindo o plástico da bandeja de morangos, trazendo de volta. 

- Então, aqui é seu quarto ou o quê?

- Tá mais pra minha casa embaixo da casa dos meus pais. Dá pra eu fazer tudo aqui. - olhei mais uma vez em volta. - Posso te apresentar a cama depois, se você quiser. - ele disse com um sorriso sugestivo.

- Qual parte do rolê de amigos você não entendeu? - eu o dei um tapa em seu braço, o repreendendo.

- Ai! Eu entendi, sua grossa! - ele sorriu de orelha a orelha. - Por isso aluguei esse filme. - ele pegou um DVD na mesinha de vidro.

- Friends With Benefits? - disse, lendo o título. Eu já havia visto aquele filme mil vezes e o adorava. Comecei a rir quando entendi o trocadilho de Justin. - Você é muito bobo!

- Até que é legal ser seu amigo. - ele disse, colocando o filme no aparelho de DVD e dando play. Colocou chantilly em um dos morangos e chegou perto da minha boca. Só consegui lamber o chantilly antes que ele tirasse da minha frente e comesse a fruta.

- Eww, você comeu um morango lambido!

- Não tenho nojo de você.

- Mas eu tenho de você. - disse, tentando conter a risada.

- Ah, é? - indagou, pegando um morango, lambendo e enfiando na minha boca. Fui obrigada a mastigar. - Não tem mais.

- Eca! - ri enquanto pegava o chantilly de sua mão e espirrava em minha boca, mostrando a língua para ele. - Vai começar! - exclamei apontando para a televisão. 

Ficamos assistindo ao filme enquanto comíamos o morango com chantilly. No último morango em que fui colocar o creme branco, sem querer apertei demais e tive que chupar o que escapou para o meu dedo.

- Não, não dá. - Justin disse, pegando o controle e pausando o filme.

- Não dá o quê? - me virei para ele no sofá, confusa.

- Você viu o que você acabou de fazer?

- O quê?

- Chupou o chantilly do seu dedo? Fazendo um barulho completamente sexy?

- Ah, não percebi, foi mal.

- E pra completar, você mal se arrumou - ele me olhou de cima a baixo, quase me senti ofendida pelo comentário, mas o deixei continuar. - e continua sendo a garota mais linda da porra do planeta!

Fiquei intacta, olhando para ele. Não sabia como responder a isso. 

Ele percebeu minha falta de palavras e continuou falando:

- Sério, se for pra ter uma amiga gostosa desse jeito, que seja com benefícios!

- Benefícios? - minha voz saiu meio rouca.

- É, você não prestou atenção no filme?

- Eu já vi esse filme mil vezes.

- Então... O que me diz?

Fiquei olhando em seus olhos por longos segundos, vendo-o desviar o olhar do meu até minha boca e descer pelo meu corpo, olhando novamente nos meus olhos.

- Eu digo pra você me beijar agora antes que eu mude de ideia. - disse sem nem pensar direito, sendo sufocada por seus lábios colados nos meus com urgência.

Me ajoelhei no sofá para que eu pudesse chegar mais perto dele e coloquei meus braços sobre seus ombros, arranhando sua nuca de leve.

- Tá ficando cada vez mais legal ser seu amigo. - ele disse, rindo, quando separamos o beijo para respirar.

- Digo o mesmo. - disse e o puxei para outro beijo.

Justin me puxou pela bunda para que eu me sentasse em seu colo, de frente para ele e com as pernas abertas uma de cada lado do seu corpo.

Ele se levantou me carregando sem parar o beijo e foi andando pelo espaço. Abri os olhos entre o beijo e vi que ele me levava para a cama.

- Não, não, ainda não. - disse, pulando de seu colo.

- Por que não? - perguntou, unindo seu corpo ao meu novamente.

- Tem um monte de coisa pra fazer nesse quarto, eu gostaria de aproveitar antes de acabarmos na cama. - ri da minha própria conclusão.

- Isso quer dizer que você concordou com os benefícios da nossa amizade?

- A-ham. - assenti. - Nós não vamos conseguir evitar mesmo. Talvez devêssemos colocar algumas regras nisso mais tarde.

- Quer uma regra? - ele disse e eu olhei para ele, esperando que elaborasse. - Sem regras. Essa é a graça.

- Que seja. - virei às costas e fui andando até a mesa de sinuca, pegando um dos tacos e apoiando no chão ao meu lado. - Vamos jogar?

- Você prefere jogar sinuca a sexo? - ele arqueou uma sobrancelha para mim, pegando o outro taco. 

- Tudo no seu tempo, Bieber. - sorri e comecei a arrumar as bolas em um triângulo.

- Podemos apenas melhorar um pouco esse jogo? - ele sorriu maliciosamente.

- E o que você sugere?

- Strip Pool. - disse, sério.

- Elabore.

- Cada vez que um acertar uma bola, tira uma peça de roupa do outro e assim sucessivamente até um de nós dois ficar sem nada.

- E o que acontece com o que ficar sem nada?

- Faz o que o outro quiser.

- Ok. - decidi aceitar a proposta. Eu não tinha nada a perder. Bom, só minhas roupas.

- Vou te deixar começar. - disse, com um sorriso convencido.

- Saiba que eu sou melhor do que você pensa nesse jogo. Não preciso de sua piedade. - disse, mordendo meu lábio inferior. - Ligue alguma música. - mandei e ele ligou seu celular na caixa de som, colocando para tocar o que eu reconheci imediatamente como uma playlist de músicas que tocavam em Cancun.

Dei a minha primeira tacada, estourando o triângulo e encaçapando uma bola amarela no buraco do meio à esquerda. Ele ficou surpreso com minha habilidade e veio até mim. 

- O que você vai querer tirar? - perguntou e eu fiquei pensando por um tempo. Não é como se eu tivesse muitas opções, uma vez que ele estava sem camisa.

- Vou começar devagar, tire os chinelos.

- Justo. - ele aceitou, tirando o par de chinelos e jogando-os para longe.

Como havia acertado, poderia ir novamente, mas não acertei nenhuma.

Justin deu uma tacada e encaçapou uma na ponta direita, vindo até mim e tirando meu cardigan antes de jogar outra vez. Ele estava em desvantagem, uma vez que eu usava muito mais roupas, então se concentrou e acertou novamente. Pegou em minha cintura à mostra pela minha regata curta e subiu o tecido, revelando meus seios cobertos pelo sutiã e mordendo o lábio inferior com a visão, levando a mão até eles.

- Sem tocar. - disse, tirando sua mão e visualizando um beicinho se formando em seus lábios. - Já é minha vez?

- Ainda não. - ele disse, jogando outra vez e acertando novamente. Droga, ele era bom.

Veio novamente para perto de mim e levou suas mãos ao barbante de minha calça de moletom, desfazendo o laço e a deixando larga. 

- Ei, calma aí! Como você quer tirar minhas calças com meus chinelos no caminho? - perguntei, sorrindo e o vi revirar os olhos.

- Você quer dificultar, não é? - arqueou uma sobrancelha. - Tudo bem, tire os chinelos. - ele rapidamente retomou o taco e deu mais uma tacada, acertando sua quarta bola, vindo novamente até mim.

- Você é bom em física ou algo do tipo? - perguntei, me dando por vencida e fazendo a menção de abaixar minhas calças.

- Anos de prática, babe. - sorriu. - E a regra é que eu posso tirar uma peça de roupa sua e não você. - ele tirou minhas mãos do cós da minha calça tomando meu lugar e abaixando o tecido macio lentamente, indo junto com a peça de roupa até ficar agachado aos meus pés.

Ele fez com que eu passasse meus pés e jogou a calça longe, permanecendo abaixado e olhando para cima.

- Sabe, a visão é ótima daqui de baixo.

- Idiota. - disse revirando os olhos e o puxando para cima. - Dá pra errar logo? Você tá praticamente jogando sozinho.

- Não dá pra errar, eu sou muito bom. - ele disse, mirando e errando a tacada.

- É, to vendo que você é muito bom. - ri e me preparei na posição para jogar.

- Posso te ensinar, se você quiser. - ele rapidamente chegou por trás de mim, colando nossos corpos e fingindo que me ensinava a usar o taco.

- Pode deixar, eu sei usar esse taco. - recusei a sua “ajuda”, embora não quisesse descolar nossos corpos. - E também alguns outros tipos de tacos. - me virei para ele e arqueei minha sobrancelha sugestivamente, olhando para baixo.

- Pode me provocar, eu aguento. - ele se afastou e fez um sinal para que eu jogasse.

Acertei uma bola e fui ao seu encontro, pegando no cós de sua calça e puxando vagarosamente para baixo. Pude ver o volume de seu membro ereto escondido pela cueca, mas tentei ao máximo ignorar e me virei para jogar novamente.

Encaçapei mais uma e fui até ele, sorrindo maliciosamente.

- Parece que alguém perdeu. - ri.

- Eu estava em desvantagem, mas aceito perder para você. - disse enquanto eu chegava perto e levava minhas mãos ao elástico de sua cueca preta e abaixando a peça de uma vez. - O que você quer que eu faça por você? - ele sorriu.

- Hmm... - eu ainda não tinha pensado no que pediria se eu ganhasse, mas quando olhei para e mesa de sinuca verde, achei que poderia fazê-lo realizar uma fantasia minha. - Como eu sou muito boazinha, não vou te dar um castigo. - sorri.

- Eu faço o que você quiser. Aonde você quiser. - ele olhou em meus olhos como se me decifrasse e correu até o outro lado do quarto, voltando com um pequeno pacote brilhante tirado da gaveta de seu criado-mudo.

- Exatamente. Eu quero que você me foda na mesa de sinuca. - disse confiante, chegando perto dele e puxando seus cabelos para colar nossos lábios.

Justin me empurrou até meu corpo se chocar contra a lateral da mesa, tirando todas as bolas restantes do caminho enquanto beijava meu pescoço. Ele me ergueu e me sentou no revestimento verde esmeralda.

- A sua confiança ao falar comigo é provavelmente uma das suas características que eu mais gosto. - ele disse, voltando a me beijar. - Gostosa. - sussurrou em meus lábios.

- Chega de papo. - me soltei dele e escorreguei em cima da mesa, parando no meio e esperando que ele subisse. Ele o fez e levou as mãos até o fecho do meu sutiã, retirando a peça de meu corpo e jogando-a no chão. Deu o mesmo fim à minha calcinha e me olhou com os olhos ardendo em desejo. Pelo visto não teríamos preliminares. Não era necessário com o fogo existente entre nós dois. 

Ele colocou a camisinha e eu ouvi a batida de Play Hard começar a ecoar das pequenas caixas de som.

- Essa definitivamente é a nossa música. - ele disse antes de se posicionar sobre mim e me penetrar sem aviso prévio e sem recuo, mantendo certa velocidade em seus movimentos.

Eu gemia sem medir o volume enquanto Justin ia e voltava em um ritmo invejável, segurando com firmeza em minha bunda e coxa com cada uma das mãos.

Senti suas veias pulsarem contra mim e implorei para que ele não parasse, querendo a explosão de sensações que estava tão próxima.

- Eu vou te dar um duplo. - o ouvi sussurrar em meio aos meus gemidos e começar a mover um de seus dedos contra meu clitóris, me levando à loucura.

Eu iria explodir a qualquer momento e senti tudo vindo ao limite quando Justin se moveu ainda mais rápido, tanto seu corpo como seu dedo na parte sensível do meu corpo.

Finalmente senti o que eu tanto esperava, muito mais forte do que eu jamais tive antes. Justin saiu de dentro de mim e percorreu todo meu corpo com sua língua até chegar lá embaixo, lambendo minha virilha ainda ávida pelo seu toque.

Só me concentrei em tentar respirar normalmente quando ele se virou e se voltou à mim segundos depois, se deitando ao meu lado na mesa estreita e me aconchegando em seus braços.

- Eu acabei de te foder em uma mesa de sinuca e te dar um orgasmo duplo. Como se sente? - ele perguntou, com o nariz percorrendo o caminho do meu pescoço até minha bochecha. 

- No céu. - respondi sem nem ligar as palavras direito. Aquela era a melhor sensação do mundo.

- Ah, eu adoro esses benefícios. - ele disse, depositando um beijo em meus lábios e me fazendo acompanhar seus movimentos lentos. Eu estava mesmo no céu.


Notas Finais


eu nem sei o que falar... juro.
essa é a minha fanfic preferida entre as que eu já escrevi e vocês nunca poderão medir a minha felicidade ao ler o quanto vocês gostam dela.
infelizmente, tudo que é bom chega a um fim e eu peço, por favor, que não me matem pelo fim ser assim :B
talvez, SÓ TALVEZ, se vocês quiserem muito muito mesmo, eu possa fazer um epílogo. Mas vamos ver.
Gostaria de saber o que vocês acharam desse último capítulo, do final e da fanfic como um todo, então não deixe de falar comigo nos comentários ou no twitter @benzodrauhl ou no ask.fm/benzoss hehe espero vocês em algum desses lugares, não me decepcionem!


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