História Playboy ( Imagine Baekhyun ) - 24

Correr: imprimir grande velocidade ao deslocamento do corpo, pelo contato rápido dos pés com o solo. Para poder escapar de Baekhyun eu tive que literalmente correr. Ele estava conversando com Chanyeol depois de ter pego a chave de suas mãos a força. Eu rapidamente mandei um “Claro, onde e que horas?” para Sehun e procurei pela minha bolsa, eu deveria ir logo para o restaurante.

Baekhyun – Porque está se arrumando tão rápido? – ele perguntou desconfiado.

S/N – Preciso ir para o restaurante – isso não era nenhuma mentira.

Baekhyun - Sei – ele se aproximou e eu me afastei segurando minha bolsa perto do meu peito – Alguém te mandou mensagem não foi?

Chanyeol – E porque você se importa Baekhyun? – cruzou os braços e encarou o amigo com os olhos cerrados – Ela não precisa te contar as coisas.

Baekhyun – Mas.. – ele ainda olhava incrédulo para Chanyeol – Eu só..

S/N – Tchau – disse já na porta. Eles estavam a tanto tempo se encarando que nem repararam que eu estava na porta. – Te vejo mais tarde – acenei e vi ele ir para em minha direção o que me fez começar a correr pelo corredor. Que infantil S/N.

Já estava na calçada quando comecei a pensar no que dizer a Sehun. Como posso dizer, ele chegou tarde demais? Eu não posso ficar iludindo alguém sendo que gosto de Baekhyun. Seria injusto com ele que sempre me tratou tão bem.

Sorri ao pensar nas vezes em que nos encontramos, são sempre como posso dizer, por acaso? Espero que eu consiga esclarecer tudo com ele hoje á tarde.

Passei em frente ao mercado e vi aquela mesma mulher que me abordou perguntando se eu era cozinheira. Ela conversava com uma senhora que ao meu ponto de vista me parecia muito alguém. Elas viraram-se automaticamente quando notaram minha presença. Eu fiquei um pouco envergonhada por ter sido pega as encarando então apenas me curvei e apressei o passo.

Avistei o restaurante e respirei aliviada por já estar perto. Pelo menos eu perco algumas calorias indo para o trabalho a pé. Já estava subindo as escadas quando ouvi o barulho de uma moto atrás de mim. Virei-me e vi um homem descer. Ele andava em minha direção e quando estava quase perto tirou o capacete.

S/N – Chen? – perguntei sem acreditar

Chen – Você não vai abrir a porta? – perguntou enquanto arrumava o cabelo. Ele estava tão charmoso agora. – Aigo acorde – ele abriu a porta e passou por mim. Não é minha culpa se ele parece tão diferente hoje. E esse cheiro? Alguém exagerou no perfume.

S/N – Chen você está tentando impressionar alguém? – corri até ficar perto dele que guardava o capacete

Chen – Ninguém nesta cozinha me interessa – sorriu forçado.

S/N – Uhum, vou fingir que acredito em você – olhei minhas unhas.

Chen – Eu não posso mais me arrumar? – perguntou – Espera, se você está me fazendo essas perguntas é porque está funcionando – sorriu convicto – Me diz S/N o que você vê? – posou para mim.

S/N – Devo ser sincera? – perguntei e ele assentiu – Eu vejo uma peste daquelas que estragam uma casa inteira.

Chen – Aish – deu um peteleco na minha testa – Não sei porque ainda converso com você.

S/N – Eu estou brincando – segurei seu braço e ele gemeu de dor – Me desculpe, me esqueci do corte. Mas se compensa eu acho que você está decente hoje – fiz um joinha e ele rodou os olhos.

Chen – Decente? Que tipo de elogio é esse? – fechou seu armário e começou a amarrar o avental em sua cintura.

S/N – Você quer que eu diga o que? Não vou dizer aquela palavra com B para você, caso um dia você diga para mim eu penso em fazer o mesmo. – ele riu desta minha observação.

Chen – Você parece um pouco mais animada do que o normal. O cantor te deixou feliz? – como ele sabe isso? – Não faça essa cara, era óbvio que ele gostava de você. Mas se você puder tirar esse sorriso enquanto cozinhamos eu agradeço.

S/N – Um amigo me disse que o que é bonito deve ser mostrado e meus dentes são lindos – sorri abertamente e depois fechei minha boca ao perceber o que falou – Você disse cozinhar?

Chen – Sim – começou a caminhar para a porta.

S/N – Vamos.. cozinhar? – perguntei receosa.

Chen – Acredito que num restaurante se faça esse tipo de coisa – Ó Deus me dá paciência com esse ser.

S/N – O que eu quero dizer é.. vamos cozinhar .. juntos? – não posso negar que meu coração acelera com essa possibilidade. Eu sei que ele é todo estranho comigo mas eu ainda tenho minha porcentagem de fã no coração.

Chen – Apenas por hoje, venha – fez um sinal com a cabeça e eu como uma criança o segui. Não acredito que isso esteja acontecendo.

(...)

Chen – O que está fazendo? – me lançou um olhar com estranheza. Era a 2 vez que eu me beliscava.

S/N – Estou apenas me garantindo de que não estou sonhando – sorri – Eu posso até me arrepender de dizer isso mas .. sabe eu sempre te admirei.. na cozinha – destaquei

Chen – Continue cortando esse salmão – ele virou seu rosto um pouco envergonhado. Esse dia está todo maravilhoso. Chen está com vergonha, isso é possível? E ainda mais eu o fiz ficar assim.

Pierre – Quelle frayeur ( Que susto ) – colocou a mão sobre o peito – O que está fazendo?

Chen – Cozinhando – respondeu óbvio e Pierre arregalou os olhos. Me lançou um olhar questionador mas a única coisa que fiz foi dar de ombros. Nem eu sei porque ele está fazendo isso.

Pierre foi para o outro lado da cozinha mas seus olhos ainda estavam em nós o que me fazia rir diversas vezes. Para falar a verdade todo mundo aqui está nos olhando como se fossemos uma atração. Olhei para Chen e ele parecia tão concentrado enfeitando o prato que eu comecei a viajar no tempo me lembrando do porque eu tanto o admirava.

Foi quando ambos paramos o que estávamos fazendo para olharmos um flash que surgiu em nossa frente. Goog Yoo Estava a nossa frente com uma câmera e um sorriso no rosto.

Goog Yoo – Eu vou guardar isso num cofre – disse olhando orgulhoso para a foto e seguiu para seu escritório que era onde ele mais ficava nos últimos dias.

Chen – Ele é estranho – disse baixinho sem tirar os olhos do que fazia. – Deve ser por isso que minha mãe foi embora.

Senti um desconforto descomunal me atingir. Quando ele acordou em casa e me perguntou se havia dito algo comprometedor eu disse que não. Porque ele voltou a esse assunto? Devo me fazer a desentendida?

S/N – Sinto muito por isso – foi o que minha mente me permitiu dizer. Vi Chen sorrir de lado e me olhar.

Chen – Não precisa ficar assim – cerrei os olhos – Sabe uma coisa engraçada? – começou a limpar sua mão no pano até apoiar o corpo no balcão e me olhar atentamente – Eu me lembro de tudo.

S/N – Como assim?

Chen – Eu me lembro do que aconteceu quando eu fiquei bêbado. Me lembro de te beijar, me lembro de comer em sua casa e mais importante, me lembro de tudo que eu te falei – será que ele notou que eu arregalei meus olhos?. – Mas no dia em que eu acordei em sua casa eu não me recordava, apenas alguns flashs voltaram e bom, eu me lembro.

S/N – E isso é bom?

Chen – Depende – colocou a mão no queixo – Não acho que você seja uma fofoqueira que iria até uma revista contar sobre minha vida até porque você está na história mas eu não gosto que saibam da minha vida. – bufou – Só me resta confiar em você.

S/N – Kim JongDae acabou de falar que vai confiar em mim – bati palmas para mim mesma – Onde estão as câmeras? – olhei em volta e ele rodou os olhos saindo de perto de mim. O observei ir até alguns cozinheiros e suspirei feliz.

Eu nunca pensei que ver Chen faria meu dia ainda melhor.

(...)

A tarde chegou e depois de um dia extremamente cansativo eu estava me trocando para ir na cafeteria com Sehun. Ele havia dito que ia me buscar no trabalho então eu precisava ser rápida. Chen por incrível que parece me deixou sair mais cedo e não me proferiu qualquer palavra de ódio. Ele está estranhamente legal hoje.

Troquei apenas de blusa e passei um pouco de perfume. Me olhei uma última vez no espelho e abri a porta me deparando com uma grande movimentação de carros. O dia já estava virando noite e o que me restou fazer foi ficar na calçada esperando por ele.

Estava distraída mexendo no celular quando alguém colocou as mãos em cima dos meus olhos. A segurei e virei-me automaticamente com um sorriso no rosto que se desfez aos poucos ao ver Baekhyun. O que ele está fazendo aqui?

S/N – O que .. o que faz aqui? – perguntei descrente do que via.

Baekhyun – Bom, eu estou com fome então pensei em comer a comida gostosa da minha bonequinha  – piscou – Mas, porque você não está lá dentro e porque está tão cheia de perfume?

S/N – Eu ... – quase arregalei os olhos ao ver Sehun descendo do carro não muito longe de onde eu estava. Baekhyun com certeza notou e quis virar-se mas eu segurei seu ombro – Apenas vim pegar algo para meu chefe, pode ir entrando que eu já volto. – comecei a empurra-lo o mais rápido possível.

Chen – Yah o que está fazendo? – ele perguntou assim que me viu com Baekhyun entrando na cozinha – Clientes não podem entrar aqui.

S/N – Eu apenas agilizei sua passagem – “Me ajude” mexi minha boca para Chen que cerrou os olhos.

Chen – Tudo bem, eu te levo – soltei o braço de Baekhyun e disse para ele segui-lo. Baekhyun parecia desconfiado e com razão, ele é esperto sabe que tem coisa errada no meio. Eu só não quero que ele pense coisa errada, sei que é muito teimoso.

Baekhyun – Depois você vai lá? – perguntou antes de ir para o salão. Assenti e ele sorriu antes de lançar um olhar de desgosto para Chen e continuar seu caminho.

Chen – Me explique o que está acontecendo – cruzou os braços mas antes de responde-lo ouvimos alguém bater na porta de fora da cozinha. Me olhei no espelho antes de correr até ela e a abrir e encontrar Sehun.

Sehun – Oi – ele disse sorridente.

Chen – O dia está melhor do que o esperado – ele provocou e riu atrás de mim que queria fazer um buraco e entrar dentro.

O que vou fazer com esses dois?