História Playboy ( Imagine Baekhyun ) - 57

- Você pode sair por enquanto? – o médico perguntou me lançando um olhar de “Isso é uma ordem”. Eu assenti e dei um último beijo na testa de Baekhyun antes de ir até a porta. Eu o olhei antes de fechá-la e ele fez um pequeno biquinho com os lábios.

Enquanto andava pelo corredor eu já não sentia tanto desconforto no meu pé. A dor ainda estava presente porém bem menos. O que me preocupava no momento era como iria encarar meus pais? As últimas cenas que tenho dos dois são um tanto perturbadoras.

Lay – S/N – acordei de todos os devaneios quando sua voz surgiu perto da sala de espera. – Como Baekhyun está?

S/N – Está bem – eu sorri de lado lembrando do que fizemos a poucos minutos – O médico está o atendendo agora. E Chanyeol?

Lay – Foi para casa com o Xiumin – passou a mão por sua nuca – Ele ainda está bravo mas disse que o perdoará se ele se ajoelhar.

S/N – Acho que isso nunca vai acontecer – eu ri e reparei numa pessoa sentada na poltrona. Lay seguiu meu olhar e bateu em sua testa como se acabasse de se lembrar de algo.

Lay – Como pude esquecer – ele correu até Kai e o puxou – Esse é meu namorado. – eu congelei. Ouvi certo? O moreno esquisitão e a minha ovelha fofa?

S/N – Eu.... – estava boquiaberta ainda com a informação. Claro, eles formariam um casal bonito mas fui pega de surpresa.

Kai – Ela acreditou – ele rodou os olhos e tirou os braços de Lay de seus ombros – Eu já a conheci no bar.

Lay – Ah.... você estragou minha brincadeira – cruzou os braços vindo para perto de mim – Ele não é meu namorado, é meu primo.

S/N – Primo?.. – eu ainda estava com poucas palavras na boca. Eles nem mesmo são parecidos.

Kai – De quinto grau – ressaltou matando todas as minhas dúvidas. – Você se parece com a sua mãe.

S/N – O que?

Kai – Você.Se.Parece.Com.A.Sua.Mãe.

Lay – Não fale assim com ela – deu uma cotovelada no primo. – S/N é legal.

S/N – Onde está minha mãe? – ignorei sua provocação.

Lay – Ela e seu pai voltaram para o hotel. Acho que foram arrumar as malas.

S/N – Mas já? – fiquei levemente triste. Já fazia tanto tempo que eu não os via.

Lay – Pelo o que entendi, estão se sentindo desconfortáveis com a situação.

Kai – Não é fácil ficar sem camisa e jogar tinta nos olhos do futuro genro e depois acordar de consciência limpa – ele fez algum som estranho com a boca – Sua mãe passou horas dançando com Lay mas hoje mal conseguiu conversar com ele.

Lay – Ei, isso é mentira.

Kai – E sobre o que conversaram?

Lay – Ela me disse que estava indo..... para o hotel – ele abaixou sua cabeça raciocinando suas palavras.

Kai – Eu já te disse para aumentar a rapidez do seu raciocínio, primo.

Lay – Eu sou mais velho, fique quieto.

Kai – Não ligo. – e a partir disso ambos começaram a discutir.

Eu me separei deles e fui em direção ao banheiro jogar um pouco de água no rosto. Assim que meus pais forem embora eu e Baekhyun teremos de encarar novamente a ideia de mudança. As coisas entre nós vão voltar a ficar num clima estranho e a tristeza vai perambular pelo apartamento.

Baekhyun quer cumprir todos seus desejos da lista mas eu sei que isso será insuficiente. Um ano. No que nossa vida mudará em um ano? Ele estará fazendo sua turnê e eu estarei em Paris. Será que ficarei esperando ansiosamente pelo dia em que ele postar uma nova foto em seu perfil? Será que a distância fará que nos esqueçamos de como é estarmos abraçados sentindo apenas o calor um do outro?

Depois de enxugar meu rosto eu me encaro por alguns segundos em frente ao espelho. Coisas boas e ruins estão por vir e eu e Baekhyun devemos aprender a lidar com elas.

(...)
 

Baekhyun – Uau, nossa casa sempre foi cheirosa assim? – ele respirou profundamente captando o aroma de flores na sala. – Quem limpou?

S/N – Provavelmente minha mãe, deve estar com remorso – joguei minha bolsa em cima do balcão e apoiei meu corpo na parede

Baekhyun – Não fique assim, bonequinha – ele se aproximou e passou as mãos por minha cintura – Eles foram embora por que estavam se sentindo culpados.

S/N – Fiquei mais de meses sem vê-los – fiz um biquinho enquanto desviava meu olhar para a mesa – Eles mal se despediram de mim.

Baekhyun – Sua mãe te deu um abraço de quase 3 minutos no aeroporto – ele colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha. Tinha um sorriso gentil nos lábios.

S/N – Isso é pouco – lhe encarei – Como estão seus olhos?

Baekhyun – Estão perfeitos me dando a melhor visão que eu poderia ter – roubou um selinho – Já disse que te amo?

S/N – Hum.. hoje não – nós dois sorrimos e eu dei um gritinho quando ele agarrou minhas pernas as colocando em volta de sua cintura e afundou seu rosto em meu pescoço.

Baekhyun – Então vou dizer diversas vezes para compensar as horas perdidas – ele começou a beijar e mordiscar todo meu pescoço repetindo “Eu te amo”. Apertei ainda mais minhas pernas a sua volta e deixei minhas mãos brincarem em seu cabelo.

S/N – Eu tenho que ir trabalhar.... – disse totalmente a contra gosto.

Baekhyun – Acho que não – suas mãos começaram a descer para a barra de minha blusa enquanto ele descia seus beijos.

S/N – Baekhyun..... – mordi meu lábio tentando conter qualquer com possível de sair da minha boca.

Baekhyun – Xiii – ele me encarou por alguns segundos e sorriu – Me desculpe, mas hoje eu estou muito playboy – depois disso minha blusa foi jogada para longe e eu comecei a desabotoar seu jeans.

A calça deslizou por sua pele e ele a retirou rapidamente envolvendo meu rosto em suas mãos e tomando meus lábios de forma possessiva e selvagem. Ele me pressionou mais na parede e sentir o seu volume entre minhas pernas fez com que eu ofegasse em sua boca.

S/N – Vamos para o quarto? – disse com dificuldade e nem precisei ouvir sua resposta quando ele praticamente me pegou no colo e começou a correr.

Não deve ter problema atrasar alguns minutos.

(..)

Eu estava a poucos metros do restaurante enquanto saltitava e cumprimentava quase a todos na rua. Meu humor estava ótimo. Se Baekhyun fica feliz eu fico melhor ainda.

Estou atrasada apenas alguns minutos mas sei que Chen não irá discutir e mesmo que o faça, hoje não é um dia ruim. Ninguém vai me deixar para baixo.

Xiumin ligou para Baekhyun para marcarem uma reunião da banda e ele saiu logo depois de mim. Estava radiante também.

Comecei a subir as escadas quando ouvi uma gritaria vindo da cozinha. Eu conhecia as vozes. Panelas caiam no chão entre outras coisas. Me apressei e quando abri a porta, a mesma foi aberta por dentro por Chen. Ele estava com os olhos vermelhos e sua mão estava sangrando.

S/N – Chen..

Chen – EU NÃO TRABALHO MAIS AQUI – ele olhou para trás onde os cozinheiros, Goog-Yoo e Yun o encaravam. Com dificuldade ele retirou seu avental e o jogou no chão – Você destruiu esse lugar – ele apontou para o pai antes de esbarrar no meu ombro e começar a descer as escadas.

Observei Yun dizer algo para Goog-Yoo e senti meu sangue ferver. É culpa dela.

S/N – Não vai fazer nada? – disse a Goog-Yoo – É seu filho, seu ÚNICO filho.

Goog-Yoo – Ele tomou a decisão dele.

S/N – Sério? Ou você se deixou levar pela vaca que sabe cortar cebolas aí do seu lado?

Pierre – S/N...

S/N – Se Chen não trabalha mais aqui... eu também não fico – peguei o avental na minha bolsa e o olhei intensamente. A recordação de Goog-Yoo me entregando passa pela minha mente mas estou com tanta raiva que isso não me comove. – Pensei que o senhor fosse o melhor. – o joguei em cima do avental de Chen e me virei para ir embora.

Yun – Você nunca será uma cozinheira de verdade.

Respirei fundo e ri baixinho.

S/N – Se por cozinheira de verdade você está se referindo a Você, uma mulher que se agarrou a um chef famoso apenas por interesse já que seu restaurante faliu, me desculpe mas eu prefiro e definição original para um verdadeiro cozinheiro. E acredito que Chen esteja mais a altura de concretizar meus sonhos – sorri e comecei a descer apressadamente as escadas.

A figura de Chen já estava um pouco longe mas eu ainda podia alcança-lo. Tenho certeza de que ele não quer ficar sozinho agora.