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História Playing Pretend - O anel perfeito


Escrita por: Chrissy_RDC03

Notas do Autor


Oi oi oi

Dei uma atrasada mas to aqui kkkkkk

Só quero dizer que esse é um dos meus capítulos favoritos, amei escrever ele e acho que ele tá super divertido kkkkkk

Espero que gostem!

Boa leitura :)

Capítulo 10 - O anel perfeito


Fanfic / Fanfiction Playing Pretend - O anel perfeito

 

*Lucille*

 

Zayn estacionou na frente do meu apartamento exatamente às sete horas, o que me fez perceber que ele não é pontual só no trabalho. Eu já havia reunindo as minhas duas malas e iria descer com as mesmas, por mais pesadas que fossem, quando ouvi três batidas na porta. Assim que abri a mesma, vi o moreno usando um moletom cinza, calças jeans e tênis, e juro que ele havia ficado ainda mais lindo desse jeito do que de terno. Seu cabelo estava menos arrumado do que o normal, mas adivinha? Só me deu mais vontade ainda de afundar meus dedos naqueles fios castanhos escuros e macios. 

 

— Ahm...oi. — Foi o que consegui dizer, tanto pela surpresa quanto pela reação que ele naturalmente provocava em mim. 

 

— Oi. A segurança do seu prédio é uma merda, você sabe disso, não sabe? O cara da portaria nem perguntou pra você se eu podia subir, apenas falou o número do seu apartamento. Tem noção que qualquer pessoa pode bater à vontade na sua porta, né? Aquele cara na portaria é um mero enfeite. — O abusado já foi entrando no apartamento, o que me fez corar violentamente porque a minha casa não chegava nem aos pés da dele. — Lucille! Por que é que não me disse que morava na toca do hobbit? Meu banheiro é maior que essa porra! 

 

— Ora, me desculpa aí, senhor-dinheiro-nos-bolsos, se estou pagando o que posso para me manter em Seattle. — Fiz uma careta e cruzei meus braços. Ele tirou os olhos da minha breve decoração da sala e olhou para mim, e então suspirou, de olhos fechados. 

 

— Eu não quis dizer isso, me desculpe. 

 

— Está desculpado. Louis diz coisas piores sobre a minha “toca do hobbit”. — Ele sorriu, negando com a cabeça e voltando a observar o meu apartamento, com as mãos dentro dos bolsos. — Certo, já podemos ir? 

 

— Claro. — Ele viu as minhas malas no chão e as pegou, já caminhando para fora da porta. 

 

— Eu posso carregar uma, Zayn.

 

— Não precisa. Deixa comigo. — Ele sorriu de leve e caminhou até o elevador enquanto eu fechava a porta de casa com dificuldades, porque a porcaria da chave sempre emperrava na fechadura. 

 

— Argh, eu odeio essa porta. — Resmunguei, tentando tirar a chave dali por meio da força. 

 

— Meu Deus, Lucille, você precisa se mudar daqui. — Olhei para trás e vi Zayn fazendo uma careta, deixando as minhas malas dentro do elevador e saindo para me ajudar. Dei espaço para ele, e quando Zayn puxou a chave com um pouco mais de força, a mesma saiu dali. Quebrada. — Porra. 

 

— Malik! — Exclamei, vendo que metade da chave estava para dentro daquela maldita fechadura. — Como é que vou entrar de volta em casa agora?! 

 

Quando olhei para o moreno ao meu lado, com metade da chave nas mãos, segurando a risada, eu acabei gargalhando e ele também. 

 

Pior que isso não pode ficar. 

 

— Ok, vamos logo. — Eu disse, puxando seu braço para que ele fizesse a volta, e quando viramos, vimos o elevador fechar as portas. Com as minhas malas dentro. 

 

Mentira, pode ficar pior, sim. 

 

— Ah, meu Deus, Zayn, as minhas roupas! — Eu corri até o elevador, apertando o botão para que ele subisse de volta, mas alguém já tinha entrado no mesmo. Junto com as minhas malas. 

 

— Calma, Lucille, tenho certeza que ninguém vai roubar as suas malas. — Ele me segurou pelos ombros. — As pessoas que moram aqui são confiáveis? 

 

— Nem um pouco. Tenho quase certeza que o meu vizinho fuma maconha e a minha vizinha tem sete gatos e trabalha com cartas de Tarot. — Ele fez uma careta. — O que você tem na cabeça de deixar as minhas malas no elevador e sair dele, Malik?! — Bati em seu peito. 

 

— Eu não achei que as portas iam fechar! 

 

— Mas isso é um elevador! É claro que as portas se fecham! Se você tivesse me deixado segurar uma mala, eu teria pelo menos metade das minhas roupas comigo agora! 

 

— Ora, então, mil desculpas por ser um cavalheiro, ok?! 

 

— Desculpas não vão trazer as minhas roupas de volta! — Choraminguei, apertando mais algumas vezes no botão. — O que eu vou usar na Inglaterra, Zayn?! Vou ter que ficar pelada! 

 

Eu não iria reclamar. — O olhei com os meus olhos arregalados e a boca escancarada, e então ele ergueu as mãos para cima em rendição. — O que foi?

 

— Argh! — Resmunguei, cobrindo o meu rosto com as mãos. — Por que esse tipo de coisa só acontece comigo, Deus?

 

A porta do meu vizinho que eu tinha certeza que era maconheiro se abriu, e atrás dele, havia toda uma fumaça que me fez tossir um monte, sentindo meus olhos ardendo. O homem de cabelos castanhos em dreads possuía os olhos vermelhos e usava uma camisa verde com ilustrações de cannabis. 

 

— E aí, vizinha? Tudo encima, coisa linda? — Ele sorriu para mim, com os olhos quase fechados e vermelhos, e eu sorri amarelo. — E aí, bro? — Ele apontou para Zayn, que acenou com a cabeça de leve para ele. — Será que não dá pro casal aí brigar mais baixo? Eu estava tentando... — Ele levou a mão à boca e tossiu, mas logo voltou a sorrir. — ...relaxar

 

— Claro. — Zayn não tirou os olhos dele e me segurou pelo braço delicadamente, me guiando rapidamente para o elevador enquanto ouvíamos o cara se despedir de nós. — Você precisa urgentemente se mudar daqui, Lucille. 

 

— O que? Ele é gente boa. Até me chamou de “coisa linda”. — Disse de forma irônica, mas ele estava sério quando o elevador finalmente abriu as portas para nós.

 

 E as minhas malas não estavam lá.

 

— Ah, merda. — Ele passou as mãos pelos cabelos de forma dramática, fechando os olhos. — Tudo bem, está tudo sob controle. Se a gente não achar a sua mala, você não vai ficar pelada. Não se preocupe. 

 

— É claro que não vou! — Exclamei, brava, me apoiando na parede oposta à dele no elevador. 

 

Ficamos em silêncio enquanto descíamos até o térreo. 

 

— Lucille? 

 

— Hum? 

 

— Você disse que tinha quase certeza que o cara fumava maconha. — Eu assenti. — Mas você precisa de mais provas do que aquela camisa? — Ele começou a rir, mostrando aquele sorriso lindo e quase fechando os olhos castanhos de uma forma fofa, e eu também não segurei a risada. — Porra, Lucille. 

 

— Eu sei, eu sei! — Eu suspirei. — A minha vizinha que lê as cartas de Tarot é mais assustadora que ele. O nome dela é Gina. 

 

— Você já falou com ela?! 

 

— É, precisei de açúcar para fazer um bolo uma vez e achei que seria menos arriscado pegar o dela do que o do maconheiro. 

 

— Faz sentido. 

 

Saímos do elevador e Zayn correu para perguntar ao porteiro se ele havia visto alguém com uma mala em mãos, mas ele apenas deu de ombros e disse que não. Tive que guiar Zayn para fora do prédio porque senão ele iria gritar com o cara ou, na pior das hipóteses, bater nele. 

 

— Tinha alguma coisa de valor nas malas? 

 

— Não, eram só roupas e materiais de higiene. Meus documentos, celular, dinheiro e as minhas sapatilhas, graças a Deus, estão aqui na minha bolsa. — Ele suspirou, menos preocupado, e sorriu. 

 

— Tá, nós vamos dar um jeito, não se preocupe. Mas agora precisamos ir senão não vai dar tempo de fazer o que eu planejei. — Ele disse, atravessando a rua ao meu lado e abrindo a porta do seu carro para mim. 

 

— E o que você planejou? — Perguntei, já sentada no banco de couro. Zayn se apoiou na porta, e sorriu de leve, e então se aproximou de mim. Precisei segurar a minha respiração, com a boca entreaberta, quando ele sussurrou. 

 

— Já disse que é surpresa, teimosa. 

 

[...]

 

Zayn dirigiu até o aeroporto e, para a minha surpresa, tinha reservado uma mesa para que nos jantássemos em um restaurante que eu consideraria ser chique, mas não precisei me preocupar com as minhas roupas, pois por mais que todos lá fossem ricos, não aparentavam tão claramente ser. Então fiquei mais calma. 

 

Mas era difícil até mesmo comer estando em uma mesa minúscula de frente para Zayn. A luz baixa fazia com que o rosto dele parecesse ainda mais bonito ao meu ver, e ele fazia questão de ficar sorrindo como eu nunca havia visto ele sorrir no escritório. Ele tocava a barba, ou às vezes nossos joelhos se tocavam, sem falar nas indiretas dele, que acabavam por me irritar e me faziam revirar os olhos. Zayn me irritava pra caramba, e eu simplesmente não sabia saber dizer porquê.

 

Acho que era porque mesmo por ter dito coisas que me machucaram, mesmo que nós briguemos por qualquer coisa, e mesmo que ele me peça para fazer coisas quase impossíveis (como fingir ser sua noiva por uma semana), eu ainda me sinto atraída pra caramba por ele. 

 

E eu odeio admitir isso. 

 

Quando terminamos de comer e Zayn insistiu até o seu último fio de cabelo que iria pagar por tudo, eu desisti de tentar convencê-lo que tinha o meu próprio dinheiro e saí do restaurante para esfriar a cabeça e esperar por ele, enquanto olhava as outras lojas do aeroporto. 

 

— Achou algo que queira? — Ouvi a voz de Zayn atrás de mim quando eu estava olhando um vestidinho curto e amarelo. 

 

— Além de roupas? — Ele riu, negando com a cabeça e então olhou para o vestido a nossa frente.

 

— Gostou? — O moreno apontou para o vestido, e logo depois colocou as mãos de volta nos bolsos. 

 

— É. Gosto de vestidos. E gosto de amarelo. — Dei de ombros. 

 

Ele assentiu e então sumiu, e só percebi o que estava acontecendo quando ele já havia entrado na loja. 

 

— Zayn? O que você está fazendo?! — Entrei na loja atrás dele, segurando seu braço discretamente. 

 

— O que você acha? — Ele deu um de seus sorrisos de lado, e então se soltou de mim, se aproximando de uma das funcionárias e falando com ela. Balancei a cabeça para afastar meus pensamentos de admiração sobre aquele sorriso. 

 

Ele iria comprar o vestido?!

 

— Zayn, você não precisa fazer isso! 

 

— Só estou tentando me redimir. — Ele se defendeu enquanto a vendedora tirava o vestido do manequim. — E te agradar. 

 

— Você não precisa me agradar, você é o meu chefe!

 

— Se estamos fora da empresa, eu sou apenas o Zayn, Lucille. 

 

— Mas esse vestido é o olho da cara, Malik! Eu vi na etiqueta. — Tentei de todas as maneiras evitar que ele fizesse aquilo, mas Zayn apenas parecia se divertir com meus argumentos. 

 

— Ei, calma. — Ele me segurou pelos ombros, e eu precisei morder meu lábio inferior. Eu duvidava do meu próprio autocontrole quando ele ficava tão perto assim. — Nada que você diga vai me fazer mudar de opinião. Você gostou do vestido, eu quero ver você usando ele, então não há motivos para que eu não compre ele para você. Ok? — Ele tocou o meu queixo, fazendo com que eu olhasse para cima, para seus olhos brilhantes e altamente convincentes. 

 

— Ok. — Sussurrei, quase sem fôlego. 

 

— Ótimo. — Ele se afastou, indo até o caixa para pagar o maldito vestido. 

 

Eu tinha a impressão que faria qualquer coisa que ele pedisse se fosse sorrindo daquele jeito. 

 

— E agora, a última coisa. — Zayn saiu da loja e me entregou a sacola marrom com o vestido, me oferecendo um sorriso convencido. 

 

— Obrigada, Zayn. E desculpe por ter brigado com você. — Indiquei a sacola com a mão. 

 

— Não há de quê. Agora venha aqui. — O segui e caminhamos mais um pouco pelo aeroporto, e paramos em frente a uma joalheria toda feita de espelhos e vidro. Chique pra caramba. 

 

— O que é isso? 

 

— Uma joalheria, Lucille. — Ele disse como se fosse óbvio. 

 

— Ah, não me diga, Malik! — Ele revirou os olhos e bufou, colocando as mãos no fim das minhas costas para me guiar para dentro do lugar. — O que você veio fazer aqui? 

 

— Nós viemos escolher algum anel de noivado para você. — Eu olhei para ele, franzindo a minha sobrancelha. 

 

— Não precisa ser tão caro, Zayn. Olha só para essa loja! 

 

— Precisa ser melhor do que o meu primo deu a Sharon. — Ele praticamente rugiu, e então conversou com uma vendedora ruiva dali, que para falar a verdade, estava quase passando os peitos na cara dele. Argh. 

 

— Você veio escolher um anel para quem? — Ela sorriu, mordendo o lábio inferior logo que terminou a frase, piscando os olhos castanhos para ele. 

 

— Para a noiva dele. — Eu sorri com convicção, segurando o braço de Zayn. Percebi que ele segurou a risada, mas não se afastou. 

 

— Ah, claro. — A mulher ficou um pouco vermelha e sorriu amarelo, mas então nós guiou até um balcão de vidro, onde haviam vários anéis em ouro branco. 

 

Haviam tantos modelos, e todos tão lindos, que juro que senti a minha cabeça girar a cada modelo que a mulher nos apresentava. A minha sorte é que Zayn é ótimo em escolher essas coisas, e só de vez em quando me perguntava a minha opinião. Ele com certeza estava concentrado em encontrar um anel mais bonito ou com algum diamante maior que Peter deu a Sharon. 

 

— O que acha desse, Lucille? — Ele me mostrou um anel em ouro branco, assim como os outros, com três diamantes encima dele, mas não era nada grosseiro, e sim lindo. O diamante do meio era maior que os dois ao lado dele, e havia alguns desenhos na parte em que o anel abraçava o dedo. 

 

— É muito bonito! — Eu disse, tocando o mesmo com cuidado. 

 

— Deixe-me ver em você. — Zayn pegou a minha mão e arrastou o anel lentamente pelo meu dedo anelar esquerdo, e eu não sei porquê, mas aquilo me fez suspirar. Ainda mais porque a mão dele sempre parecia estar quente, independentemente da temperatura ambiente. Ele sorriu de leve quando o viu na minha mão, e então ergueu o olhar para mim, e seu sorriso cresceu. — Perfeito

 

— Também achei. — Eu sorri, e então Zayn avisou a vendedora de que iria ser aquele mesmo. 

 

Eu não quis nem mesmo ouvir o preço do anel e vagueei pela loja até que Zayn tivesse pagado, porque simplesmente odiava que as pessoas gastassem dinheiro comigo. Mas essa parecia ser a mais nova diversão de Zayn Malik: me fazer ficar sem-jeito. 

 

— Certo, aqui está. — Ele disse quando saímos da loja, me mostrando a caixinha aveludada preta com um laço branco e bonito encima. Ele abriu a mesma e tirou o anel dali, e o mesmo parecia brilhar ainda mais daquele ângulo. — Lucille Anne Tomlinson, aceita ser a minha noiva de mentirinha por uma semana? — Eu ri, fazendo ele sorrir abertamente daquele jeito que me desconcertava. 

 

— Acho que sim. — Ele ergueu uma das sobrancelhas, me fazendo rir mais ainda. — Tá. Aceito. Mas só porque você vai aumentar o meu salário. 

 

— Achei que é porque não resiste ao magrinho aqui. — Ele colocou o anel em meu dedo e eu senti o peso das três pedras, e por Deus, como era bonito. Só não era mais lindo que o meu chefe, piscando para mim agora mesmo e sorrindo, atrevido, logo depois. 

 

— Não, é só pelo aumento mesmo. — Fiz uma careta, fazendo ele revirar os olhos. O que me surpreendeu foi quando ele abraçou a minha cintura com força, fazendo seu corpo colar ao meu, e eu arfei claramente, fazendo ele perceber o que conseguia me provocar. E então, como da última vez, colou a boca em meu ouvido, fazendo com que eu engolisse em seco e fechasse os meus olhos. 

 

Duvido. 

 

E então, normalmente, ele disse que precisávamos ir para pegar nosso vôo, e me guiou até algumas cadeiras para que esperássemos ser chamados. 

 

Eu juro que não sei como ele conseguia me provocar de tal maneira, e logo depois agir normalmente enquanto eu estava quase botando ovos ao seu lado.


Notas Finais


Aaaaa eu shippo tanto, e vcs?

Quero saber o que vocês acham que vai acontecer nos próximos capítulos, então , COMENTEM!

Obrigada por tudo, anjos :)

Beijinhosss ❤️


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