História Playing Pretend - Festa

 

*Lucille*

 

Zayn estava lindo usando uma camisa branca social e calça jeans preta, e até a taça em sua mão com champanhe parecia deixar ele ainda mais charmoso. 

 

Cheguei no fim da escada, ainda sentindo o olhar de todos encima de nós, mas Zayn não disse nada, apenas ficava com aquele olhar para cima de mim, como se nunca tivesse me visto antes. Aproveitei que as meninas estavam um pouco absortas de nós e sussurrei discretamente para ele, me aproximando. 

 

— Acho que elas estão esperando que você me elogie, senhor Malik. — Ironizei, e me afastei com um sorriso divertido, e ele pareceu acordar de seu transe, pigarreando a chamando a atenção da mãe e das irmãs. 

 

— Você está linda. — Ele disse, em um tom de voz mais alto e abraçando a minha cintura, me deixando colada à ele. — Amorzinho. 

 

Eu sabia que era tudo encenação, mas ouvir daquilo dele era bom aos meus ouvidos mesmo assim. Eu neguei com a cabeça e ri, enquanto as irmãs de Zayn nos olhavam com admiração e Trisha estava quase chorando. 

 

— Vem, eu quero te apresentar a algumas pessoas. — Ele acenou para as quatro a nossa frente, se despedindo por agora e eu fiz o mesmo, sendo guiada por ele. 

 

— Você quase poderia ser ator. — Eu ri, prestando atenção em todas as mulheres ali, estranhamente procurando a morena de cabelos cacheados que atraiu a atenção de Zayn há anos atrás. — Quase. 

 

E então eu a vi, ao lado de Peter, é claro, e ela usava um vestido curto e branco de mangas longas que contrastava com a sua pele morena e bronzeada do sol. Seu cabelo também estava impecável, e de onde pude ver, ela estava usando um batom vermelho. Sem falar também naquelas pernas. 

 

E tudo que eu tinha pensado sobre estar até ajeitada sumiu da minha cabeça em instantes ao vê-la. Zayn claramente tem um bom gosto. 

 

— Do que você está falando? Você está linda, Lucille! — Eu olhei para ele e revirei os meus olhos. — O que foi? 

 

— Olhe ao redor. Eu sou uma das últimas aqui a estar bonita e sei lá, a ter classe. Às vezes penso que posso estar te envergonhando, por mais que seja tudo mentira. — Eu olhei para baixo e afastei o ardor dos meus olhos. Eu me recusava a chorar por isso. Às vezes eu esquecia como meu humor pode ser instável. 

 

Zayn tocou o meu queixo e me fez erguer o rosto. Ele estava sério, mas parecia um pouco surpreso, com a boca entreaberta, quase não piscando. 

 

— Meu Deus, você se olhou no espelho, por acaso? — Ele riu de leve. 

 

— Sim, mas...

 

— Lucille, tem cerca de sete primos meus te comendo com os olhos agora mesmo. — Ele olhou por cima da minha cabeça por alguns segundos antes de voltar a me olhar. Eu olhei para trás e dei uma olhada, vendo alguns olhares masculinos em mim. — Acho que isso já é o suficiente para fazer você mudar de ideia sobre você mesma. 

 

Eu suspirei fundo e assenti, dando o assunto como encerrado. Ele sorriu de leve e voltou a me abraçar de lado, de forma mais leve dessa vez. Zayn pegou uma taça de champanhe e me ofereceu, e eu agradeci prontamente. Precisava de algo para deixar as minhas paranóias um pouco de lado. 

 

Mas é que a família de Zayn é tão bonita e tão grande! Isso era completamente novo para mim, já que desde aquele acidente, foi sempre eu e Louis, Louis e eu. 

 

— Então é você a grande sortuda que vai casar com o meu primo?! 

 

Uma menina morena e de longos cabelos lisos, bem baixinha e magra se aproximou de nós com um grande sorriso no rosto, animada. Ela usava um vestido vermelho de alças, e realmente era muito bonita. E logo ao lado dela apareceu Harry, com o sorriso divertido de sempre usando uma camisa social preta. 

 

— Não, tenho certeza que estou errada agora que te vi. Desculpa, Zayn, mas a sorte é toda sua. — Eu ri, já gostando dela de cara. 

 

— Eu sei, Maya. — Zayn colou ainda mais seu corpo ao meu, aumentando seu aperto em minha cintura. Juro que cada vez que ele fazia isso, mais eu precisava me controlar para não pular nele como uma incivilizada. — Lucille, está é a minha prima Maya, e Maya, essa é a minha noiva, Lucille. 

 

Ela sorriu ainda mais e me abraçou, e logo me puxou para uma rodinha com as várias primas de Zayn, que adoraram me conhecer. Todas elas, sem exceção, eram muito simpáticas e me receberam muito bem, e eu pude respirar aliviada por isso. Até porque, quando olhei para fora daquela rodinha de garotas extremamente bonitas, vi os olhos negros e pesados de Sharon encima de mim. Ela parecia me olhar com tanto desdém, com tanto ódio, com o maxilar travado, mas o que me surpreendeu foi que ela estava sozinha, pela primeira vez. E isso me preocupou de cara porque Peter não saía de perto dela a não ser que fosse para...

 

Ah, não. 

 

Peter não saía de perto dela a não ser que fosse para provocar Zayn. 

 

As palavras das meninas mais cedo voltaram a minha mente e eu me lembrei que eles já trocaram socos nessa casa mesmo, então não haveria problema em fazer isso mais uma vez. 

 

Mas não se eu estivesse aqui para impedir que os dois acabassem com uma festa tão alegre como essa. 

 

Pedi licença a elas e passei a procurar Zayn pela sala, mas não o encontrei, muito menos Peter. Quando já estava na cozinha, onde não havia ninguém, senti que alguém segurou a minha mão, e me virei para trás, encontrando a vó de Zayn. 

 

— Estou tão feliz por vê-la de novo, minha jovem! — Ela sorriu com tanta sinceridade que meu coração amoleceu e eu me permiti relaxar um pouco. Também sorri e ela logo me puxou para um abraço, fazendo com que eu me abaixasse. — Você está ainda mais linda do que a primeira vez que nos vimos. Meu neto tem tanta sorte. 

 

— Muito obrigada, senhora. — Eu sorri, mas a menção de seu neto me fez lembrar que eu precisava achá-lo, mas ela continuou segurando a minha mão. 

 

— Ah, você pode me chamar de vovó Malik, todos me chamam assim. 

 

— Ah claro, pode deixar. — Eu sorri amarelo, e quando tentei me afastar mais uma vez, ela voltou a falar comigo. 

 

— Lucy, minha querida, será que posso falar um minutinho com você? — Apesar de tudo, eu assenti. — Eu gostaria de agradecer por tudo que você está fazendo por Zayn. Ele é tão especial, você com certeza já deve saber. — Eu assenti, comovida pelos seus olhos castanhos claros que brilhavam quando ela falava de seu neto. — O que eu quero dizer é que sou imensamente grata por você ter trazido ele até aqui depois do que houve, e por ter colocado aquele sorriso de volta no rosto dele, de onde não deveria ter saído nunca. Há anos eu não o via assim, tão alegre e receptivo. E por isso você também é especial, assim como ele. — Ela respirou fundo. — Ele é tudo para mim, minha jovem, assim como todos os meus netos. Só me prometa que vai cuidar bem dele para mim, hum?

 

Eu me senti muito mal por estar mentido para tudo e todos ao meu redor. Por estar brincando com as emoções das pessoas desse jeito, mas eu sabia que podia ajudar Zayn a se aproximar da sua família de volta, nem que tudo que eu e ele temos seja mentira e que depois que voltássemos para Seattle, tudo estaria acabado. É por isso que aceitei estar aqui agora, e cumpriria o meu dever. 

 

— Eu vou cuidar dele sim, vovó Malik. Pode deixar comigo. — Ela sorriu ainda mais e eu me abaixei para beijar a sua bochecha e a abraçar mais uma vez. Mas logo ela desfez o abraço. 

 

— Agora vai lá achar ele que eu sei que você está louquinha para correr para os braços dele. Eu sei, minha querida, não te julgo. Ele é bonito, não é? — Eu ri, nervosa. — Vamos, diga, não precisa ficar envergonhada. 

 

— É, seu neto é muito bonito. — Admiti, sentindo que as minhas bochechas estavam pegando fogo. 

 

Assim que me despedi dela, voltei a procurar Zayn, mas não o achei em lugar algum, então dei outra volta pela sala, e vi ele e Peter conversando em um canto, afastados de todos os demais. Vi de longe as mãos em punhos de Zayn, assim como seus ombros tensos e uma veia saltada em seu pescoço, então praticamente corri antes que ele fizesse algo que se arrependesse depois. 

 

E quando me aproximei, odiei ouvir o que Peter falava para ele. 

 

— ...e não pense que só porque tem uma noiva gostosa vai ser melhor que eu, Javadd, porque para mim e para toda essa família você vai sempre ser um... 

 

— Um o que, Peter?! — Exclamei, parando ao lado de Zayn. 

 

Parecia que tudo que seu primo mais queria era ver Zayn machucado, depois de tudo pelo que passou, e aquilo me fez ficar irada, e considerei a possibilidade de fumaça estar saindo pelos meus ouvidos. 

 

— Ah, agora sim ficou interessante. — Ele sorriu de forma provocante, e apesar da similaridade com o meu chefe, nem de longe ele era tão bonito quanto ele. — Doce Lucy. 

 

— Pra você é Lucille. — Esbravejei. 

 

— Olha só, ela é bravinha. Fica ainda mais excitante. — Zayn se exaltou ao meu lado e quase foi para cima dele, mas eu só segurei pelo braço e o chamei, o empurrando para trás pelos ombros e fazendo ele se afastar do primo, que tinha a cara de pau de dar risada. O peito de Zayn subia e descia por conta da respiração ofegante e ele nem mesmo olhava para mim, focando seus olhos raivosos e agora supreendentemente negros em seu primo. 

 

— Ei, Zayn, eu estou aqui, ok? Se acalma. — Toquei seu peito, mas precisei tocar seu rosto para fazer ele olhar para mim. — Tudo bem? — Ele assentiu, fechando os olhos e se permitindo se acalmar. Olhei para trás, para Peter. — E você faz o favor de sumir daqui. 

 

— Eu vou. — Ele disse, olhando para mim. — Mas só preciso fazer uma coisa antes. — O homem deu alguns passos para trás, sem tirar os olhos de nós. — Gostaria da atenção de todo mundo, por favor. — Ele exclamou para que todos ouvissem, e aos poucos o silêncio foi se instalando. 

 

E o meu medo também. 

 

Se Peter estava fazendo aquilo, coisa boa não era. 

 

— Gostaria de um minuto da atenção de todos. — O desgraçado sorriu. — Estava conversando com o meu querido primo e acabei me lembrando de que eles nem mesmo tiveram a chance de contar a história dos dois. — Quase fiz uma careta, mas mantive o sorriso, por mais que estivesse envergonhada pelos olhares em nossa direção. E então, Peter se virou para nós novamente com um sorriso maquiavélico no rosto. — Por que não contam então a história de vocês, casal apaixonado? — Todos vibraram em concordância. 

 

Quando prestei atenção em seus olhos, que diferente do sorriso não pareciam estar nada alegres, percebi algo. 

 

Ele desconfiava. 

 

Estava desconfiando sobre mim e Zayn. 

 

E isso não era bom.

 

Felizmente, gostei do desafio que ele me lançou e eu sorri com orgulho, apenas para abafar as palavras dele e trouxe Zayn mais para frente comigo. Acho que ele estaria até mais assustado que eu se não estivesse se remoendo de ódio agora mesmo por Peter. 

 

— Claro, claro. — Olhei para baixo, para os meus pés, pensando em algo rapidamente. — Bom, eu e Zayn nos conhecermos, hum, a cerca de um ano, não é, coração? — Disse o primeiro apelido que me veio à cabeça e ele riu de leve, fechando os olhos e concordando. — Eu comecei a trabalhar como secretária dele nesse tempo, mas meu irmão sempre proibiu ele de chegar perto de mim. — Eles riram e eu olhei para a multidão de pessoas interessadas em nossa vida e vi que Harry se contorcia de tanto segurar a risada lá no fundo. — Mas é óbvio que o Zayn não ligou para isso e eu percebi que ele estava a fim de mim porque me chamava na sala dele a cada vinte minutos. 

 

— É aqui que você se engana, era por causa do seu café. — Ele disse, me cortando. Eu arregalei os meus olhos por ele estar me cortando quando eu estava tentando distrair todo mundo. — Isso que o café que eu pedia humildemente para ela depois de um dia cansativo de trabalho sempre vinha frio. 

 

— Bem, culpe a máquina então! 

 

— Na verdade foi muito fácil perceber que ela estava a fim de mim. — Ele sorriu, convencido. — Uma vez eu pedi para ela imprimir alguns papéis e no lugar onde estava o meu nome, Lucille havia desenhado várias coraçõezinhos em volta com uma caneta vermelha. — Zayn mentiu, me olhando como se dissesse um “toma essa então”. 

 

— Eu estava distraída! Nem mesmo vi que havia desenhado corações em volta do seu nome! — Tentei contornar a história, mas todos já estavam rindo. Tive vontade de grunhir por Zayn estar rindo da própria mentira. — E então, em um belo dia, por mais que ele negasse que estava estupidamente apaixonado por mim, eu cheguei no escritório e bum, lá estavam todos os funcionários com corações recortados perfeitamente em E.V.A. vermelho, assim como alguns balões e até mesmo um tapete vermelho, e lá no final dele, Zayn estava ajoelhado segurando uma caixinha com uma aliança de compromisso tremendo de nervosismo, tadinho. Ele me pediu em namoro e quando eu disse sim, ele começou a chorar de emoção, conseguem imaginar isso?!

 

— Na verdade, eu comecei a chorar porque um cisco entrou no meu olho e Lucille nem mesmo me ajudou a lavar o meu olho no banheiro depois. — Ele rebateu e eu fiz uma careta. — E aí, quando completamos dez meses de namoro e eu quis romanticamente presentear a minha namorada com um jantar à luz de velas, Lucille não apareceu no restaurante que eu havia reservado para nós!

 

— É claro, porque eu estava doente! Isso! E mesmo assim, fui até o apartamento dele depois para entregar o presente que havia comprado para ele. E adivinhem! Ele ficou todo ressentido e não me deixou entrar porque não fui ao restaurante pois não queria passar o meu resfriado para ele! Só porque eu pensei no bem dele! E sem falar que o meu resfriado só piorou porque eu fiquei no sereno da noite para fora do prédio. 

 

— Ah, Zayn, isso foi rude da sua parte. — Trisha diz, tocando o peito, e Zayn pareceu ainda mais enfurecido. 

 

— A história não acabou ainda, mãe. Eu não deixei ela entrar porque estava fazendo uma surpresa para ela depois que descobri que ela estava doente. Quando estava tudo pronto, avisei o porteiro para que deixasse ela entrar, e quando ela entrou pela porta, se deparou com uma mesa cheia de...

 

— Frutos do mar! Eu sou alérgica à frutos do mar, mas Zayn tem a péssima mania de não ouvir o que eu digo! — As pessoas davam risadas, então acredito que estavam acreditando na história, o que me deixava aliviada. — Não quis dizer nada a ele para não deixar ele tristinho de novo e me chutar para fora do apartamento dele, então eu tive que comer, e comecei a ficar toda inchada e vermelha, e então...

 

— E então eu pedi para que ela bebesse o vinho porque parecia estar com sede, mas mal ela sabia que a aliança de casamento estava dentro da taça! — Ele sorriu, todo orgulhoso, e pegou a minha mão que usava a aliança e mostrou a todos. 

 

— Mas quando eu fui beber o vinho, eu acabei engasgando com o anel e ele ficou todo assustadinho, começou até a chorar de...

 

— Desespero, é óbvio. Havia demorado tanto tempo para achar uma mulher como ela e ela resolve que iria morrer engasgada com uma aliança de noivado?! Não mesmo! Corri até Lucille e fiz ela se desengasgar do anel porque como o noivo eficiente que sou, sei como salvar uma pessoa de acontecimentos como esse. 

 

— E aí o anel saiu voando e...

 

— E aí eu peguei, me ajoelhei, pedi ela em casamento e ela disse sim. Alguém está com fome? 

 

Foquei em Harry que já estava vermelho de tanto segurar a risada, e quando as conversas se tornaram mais altas, ele finalmente pôde gargalhar à vontade, enquanto eu queria pular nele e arrancar aqueles cachos castanhos da cabeça dele. 

 

— A história de vocês é...emocionante. No mínimo, interessante. — Sharon se aproximou de nós, com uma taça champanhe nas mãos e olhando para Zayn descaradamente. Era engraçado como tudo nela parecia chique e refinado, do jeito que ela andava, chacoalhava a sua cabeça e seus cachos pequenos esvoaçavam, ou até mesmo o jeito que ela falava. Eu me sentia uma destrambelhada perto dela. 

 

— Eu achei romântico. — Safaa disse, com um sorriso divertido no rosto, com certeza para implicar com Sharon, que nem deu bola para ela. 

 

— É uma pena que são tão...frios. Não vi nem mesmo um beijo de vocês aqui. — Sharon continuou, estreitando os olhos para nós dois. E eu percebi como Zayn ficava tenso e calado perto dela. 

 

Sharon simplesmente não fazia bem a ele. 

 

— Ah, eu concordo. Pessoal, o que vocês acham de um beijo do casal?! — Styles berrou quando ouviu a nossa conversa, mal sabendo que eu já estava com o plano perfeito de como o matar na minha cabeça. 

 

Todos começaram a gritar concordando com o que ele disse, menos Sharon, é óbvio, que revirou os olhos. Eu tinha a impressão que ela ainda sentia algo por Zayn, e isso me irritava profundamente. 

 

— Somos reservados. E ela é tímida. — Zayn apontou para mim. 

 

— Não precisa ter vergonha, Lucy! — Maya gritou, animada. Eu senti as minhas bochechas pegarem fogo. 

 

Enquanto todos gritavam, percebi que não teria jeito e sorri amarelo, sussurrando para Zayn sem desfazer o sorriso. 

 

— Vai, Zayn, só um selinho não vai te matar. — Bati em seu ombro com o meu. 

 

— O selinho não, o seu irmão, sim. — Ele rebateu. 

 

— Vamos, Zayn! Não temos a noite inteira! — Waliyha berrou, com o celular em mãos, pronta para filmar tudo. 

 

— Deixa disso, ele não vai saber. — Zayn suspirou. 

 

— Ah, Lucille, você vai ser a causa da minha morte, sabia? — Ele disse antes de segurar o meu queixo e deixar um selinho rápido em minha boca com os seus lábios macios, mas o suficiente para que as borboletas levantassem vôo em meu estômago. 

 

— Isso nem é beijo! — Para a minha surpresa, vovó Malik protesta, brava, sentada no sofá a nossa frente. — Beijo de verdade tem língua, Zayn! Pega ela de jeito!

 

— É, Zayn, vai lá. Tasca um beijão nela. — Styles provoca e Zayn grunhe ao meu lado. 

 

— Vai lá, Lucy, beija ele! — Uma das primas de Zayn me encoraja, e eu mordo meu lábio, nervosa, antes de esconder meus rosto com as mãos, e em um surto de coragem, me viro para Zayn, que me olha, surpreso, antes de suspirar. 

 

Zayn se aproxima e coloca a minha franja atrás da orelha, ignorando os gritos animados de todos por ali, e eu não segurei a risada quando ouvi a voz de Yaser também comemorando. Acho que ele já havia bebido algumas boas taças de champanhe. 

 

— Você sabe que se eu fizer isso, Louis vai me procurar até mesmo se eu estiver no inferno, sentado no colo do capeta, não sabe? 

 

— É, eu sei. Vai obedecer ele? — Ele riu de leve por alguns segundos e negou, quase fechando seus olhos castanhos claros adoráveis, mas então observou meu rosto por alguns segundos, sério, e ergueu o meu queixo com a mão novamente e — por Deus do céu, não sei por quanto tempo vibraria por isso — colou a sua boca na minha, primeiramente apenas sugando o meu lábio inferior com maestria, e logo depois senti a sua língua adentrando a minha boca (como o meu irmão proibiu, mas quem somos nós para obedecermos à Louis Tomlinson?) e para acabar com toda a minha sanidade mental, Zayn colou o meu corpo no dele com uma certa brutalidade, apertando a minha cintura com seus dois braços, o que me fez suspirar e erguer os meus para abraçar seu pescoço e ficar na ponta dos pés por ele ser mais alto mesmo que eu estivesse usando sandálias de salto, dando a ele total acesso à minha boca. 

 

Ouvimos aplausos e assobios, assim como Yaser gritando um “esse é meu garoto!”, mas não partimos o beijo porque eu não queria me afastar dele e nem conseguia, e ele aparentemente também não. 

 

E tudo que eu conseguia raciocinar toda vez que ele apertava o meu corpo para mais perto do dele ainda e acariciava a minha língua com a sua de forma habilidosa e que fazia eu me sentir como se estivesse voando, nem me importando se estava sendo beijada na frente de tantas pessoas assim, era que Zayn Malik tinha o melhor beijo do mundo, e era uma honra ter sido escolhida para ser a sua noiva de mentirinha nem que fosse por uma mera semana.