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História Playing With Fire - KyuMin - Porque eu sou estúpido


Escrita por: criateeva

Notas do Autor


Voltei! Desculpem a demora T^T

Capítulo 30 - Porque eu sou estúpido


Fanfic / Fanfiction Playing With Fire - KyuMin - Porque eu sou estúpido

_Kyu! Você veio!  

A voz animada de DongHae fez um sorriso singelo clarear o rosto do Cho mais novo. Havia se passado um tempo desde que KyuHyun cortou seu único laço de amizade, mas apenas dois dias depois de deixar SungMin ele sabia que precisaria de DongHae.  

_Eu... - começou o Cho, fitando as paredes cor de creme, de repente envergonhado – Eu pensei no que você disse... 

DongHae tocou o ombro do amigo e sorriu. 

_Estou feliz que tenha vindo... sei que isso irá ajudar você! Bom... vamos lá. O doutor já começou! 

DongHae estava trabalhando em um consultório de psicologia como método de aprovação em seu curso. Seu trabalho consistia em acompanhar o tratamento de pacientes com a supervisão de  um psicólogo já formado. Embora ele tenha indicado KyuHyun como  paciente ele não foi escalado para cuidar de seu amigo. 

_Certo. - murmurou DongHae quando a pequena palestra de seu superior havia acabado – O ZhouMi é chinês mas fala coreano melhor que eu... vocês vão se dar bem, hm! 

KyuHyun repetiu o nome em sua mente. ZhouMi.  

_Já que você diz... - sussurrou o Cho ainda incerto. 

Na primeira consulta KyuHyun tentou despejar tudo o que achava que deveria. ZhouMi ficou surpreso por ter um paciente como KyuHyun, um que falasse tudo o que o atormentava assim... de modo rápido. As próximas consultas foram usadas para conhecer mais sobre o passado de KyuHyun, mas o problema, aos olhos de ZhouMi, era sempre o mesmo. 

_Isso me faz crer que você só precisava se abrir mais... sabe... - ZhouMi fazia gestos com a caneta que segurava enquanto falava – conversar mais com seu parceiro, sua mãe e sua irmã. 

KyuHyun suspirou, encostando suas costas na poltrona. Sempre que falavam o nome de SungMin ou apenas o mencionavam, como agora, uma sombra parecia cair sobre ele. Os sentimentos da última noite em que o vira ainda o atormentavam.  

_Eu... sou um estúpido. - sussurrou o Cho. 

Os olhos de ZhouMi se levantaram e ele baixou um pouco o óculos que usava para observar KyuHyun. ZhouMi não sabia nada além do que seu paciente contara. Uma relação cheia de amor mas com tantas brigas e todas causadas pela pessoa em sua frente. O jeito que KyuHyun falava do Lee encantava o psicólogo profundamente. O Lee... ZhouMi se perguntou quando KyuHyun seria capaz de pronunciar o nome do amado sem que sentisse a tristeza lhe assolar... pois até hoje ele não sabia o nome do homem que roubara o coração de seu paciente.   

_Admitir é o primeiro passo para a mudança. Você pode mudar isso. - falou o psicólogo. 

AhRa e HaNa não podiam negar que KyuHyun mudara desde que começou a ir nas consultas, e isso enchia a mãe Cho de alegria e esperança. Esperança de ver seu filho mais novo com o sorriso que tanto adorava. 

~x~ 

_Hey, Cho. SiWon perguntou por você. - disse DongHae assim que sentou no banco ao lado de KyuHyun. 

KyuHyun fitou DongHae com raiva. 

_Me desculpe eu só... só tô dizendo... 

_Tudo bem, Hae. - murmurou KyuHyun, deixando DongHae surpreso – Quero que Choi SiWon morra. 

_Que desejo horrível para se ter com seu colega de classe.  

KyuHyun respirou fundo quando sentiu a mão de SiWon acariciar seu ombro. 

_Com licença. - e dizendo isso KyuHyun pegou sua bandeja de comida e saiu. 

DongHae ficou olhando embasbacado para seu melhor amigo que adorava uma briga sair daquele jeito pacífico.  

_O que deu nele? - perguntou SiWon. 

_Encontros com ZhouMi. - proferiu DongHae, dando um sorrisinho. 

SiWon ferveu de raiva quando ouviu aquilo. 

_O que? Ele já esqueceu aquele... 

_Yah! - exclamou DongHae – ZhouMi é o psicólogo dele! Por favor, SiWon... não pergunte mais dele por ai... Kyu não tem nada a ver com você, sério. 

SiWon riu debochado.  

_Cale a boca, você não sabe de nada. 

_Usar a irmã do Kyu pra conseguir o que quer... isso é meio baixo, sabia? 

DongHae sabia que AhRa estava caidinha por SiWon, pois além de ser amigo de KyuHyun também era de AhRa.  

_O que... - SiWon encarou DongHae e suspirou notando que havia subestimado ele - não sei do que está falando. 

_AhRa está perdidamente apaixonada por você e você fica correndo atrás de KyuHyun como um cachorrinho... isso é ridículo pra você!  

_Se aquele maldito ao menos me deixasse prová-lo isso seria diferente... ele é que iria correr atrás de mim. 

DongHae quase riu, não fosse pelos olhos de SiWon ficarem tão nublados de raiva ele teria rido. 

_Hey... não faça nada que vá se arrepender depois. - sussurrou DongHae. 

Naquele mesmo dia vários panfletos estavam sendo entregues no prédio de medicina da faculdade. Estavam organizando palestras e uma festa para aspirantes a medicina, médicos e outros profissionais da área. Quando KyuHyun pegou o panfleto e viu que poderiam convidar pessoas de fora ele pensou imediatamente em SungMin. "Ele foi promovido" pensou com tristeza, afinal quando soube disso nem ao menos o parabenizou.  

_Sei o que está pensando. - disse DongHae que estava do lado do amigo. 

_O que você acha? - perguntou KyuHyun, guardando o panfleto no bolso de sua mochila. 

DongHae sorri. 

_Vai ter uma palestra que vai interessá-lo... acho que deveria chamá-lo. 

_É... mas eu não sei se ele viria.  

_Mas tente. - diz DongHae – e se ele vier? 

_Então eu... - KyuHyun engole em seco e sorri – irei mostrar a ele o quanto eu mudei... por ele... 

KyuHyun fez tudo que podia para que SungMin não soubesse que o convite fora enviado por ele e por mais que mantivesse uma chama de esperança ele sabia que ele poderia não vir. Conhecia bem o homem que um dia foi seu.  

_Senhor? Esse morador mudou o endereço de correspondência... devo enviar o convite ao novo endereço? - perguntou-lhe a moça da recepção. 

_Huh? Mudou? - perguntou ele surpreso. 

Será que SungMin havia saído por não aguentar viver lá com seu fantasma? Ou... as mãos de KyuHyun até suaram frias com a possibilidade de SungMin já ter arrumado outro alguém. 

_S-Sim. - murmurou. 

Ele iria tentar.  

~x~ 

SiWon avistou KyuHyun sozinho perto do bar principal. As luzes coloridas passavam por seu rosto e ele sorriu ao vê-lo colocando sua taça quase vazia em cima do balcão.  

_SiWon-ssi?  

O rapaz olha para o lado e suspira aliviado por ver seu cúmplice. 

_Você trouxe? - perguntou apenas. 

_Mas é claro. - o rapaz disse e lhe entregou um pacotinho com um pequeno frasco cor de pêssego dentro - Um pedido do senhor é uma ordem.  

Ele sorriu satisfeito, colocando o pequeno pacote em seu bolso. Deu dois tapinhas no ombro do outro. 

_E o que é? - perguntou categoricamente. 

_Escopolamina. - sussurrou o rapaz. 

SiWon tentou se lembrar dos efeitos dessa droga, havia estudado sobre ela antes. Quando finalmente se lembrou ele sorriu. A droga fazia com que o usuário perdesse os sentidos, mas não o fazia cair em sono profundo. Ele iria fazer tudo o que imaginava com KyuHyun, e ele iria sentir tudo pois estaria acordado. SiWon achou aquilo melhor do que havia pensado.  

_Terá seu emprego no hospital, como tanto queria KiBum. 

_Oh! - ele fez reverência, uma, duas vezes - Muito obrigado, senhor!  

_Claro que nem preciso dizer que precisará ter descrição, certo? - SiWon arqueia a sobrancelha - Posso confiar em você, não é?  

_Claro que sim, SiWon-ssi. Nunca irei falar nada sobre isso! 

_Ótimo.  

Ele dá um pequeno sorriso e acena com a cabeça antes de sair de perto dele e andar confiante até KyuHyun. O jovem Cho estava com o olhar fixo no chão.  

O desconsolo deixava seu rosto fechado, sem nenhuma expressão. Ele suspirava a cada cinco minutos, se lembrando do rosto de SungMin e deu seu toque macio. 

Naquela noite KyuHyun procurou incansavelmente por SungMin entre todas as pessoas que assistiram as palestras e estavam agora na festa de encerramento. Ele olhou para cada rosto uma ou duas vezes apenas para ter certeza.  

_Parece que a festa não está boa para todos. - disse SiWon, se apoiando no balcão do bar, do lado de dentro. 

KyuHyun ouviu, mas por conta da música alta não tinha notado quem era o dono da voz. Quando se virou e viu Choi SiWon com um sorriso exuberante, ele apenas voltou a se virar e fingir que nada tinha acontecido. 

_Ora... não seja assim, Kyu. 

_Não me chame assim! - exclamou KyuHyun, voltando a olhar pra ele - Aliás, não me chame de nada! 

KyuHyun não queria sair daquele lugar, seria ridículo pois sabia que ele o seguiria por toda a festa se preciso. O Maknae engoliu em seco tentando controlar seu gênio forte, afinal estava indo toda semana ouvir de ZhouMi que ele precisava se controlar. Mas por mais que ele o quisesse culpar por tudo o que havia acontecido, sabia que estaria apenas mentindo para si mesmo. O causador da discórdia entre ele e SungMin não era SiWon... era ele mesmo.  

_Olha, eu só quero conversar. - falou SiWon. 

_E eu não quero nada, Choi SiWon. - respondeu. 

O Choi respirou fundo, olhando de soslaio para a taça esquecida dele em cima do balcão. Ele retirou o pacote plástico de seu bolso sorrateiramente e abriu o pequeno frasco, despejando um pózinho branco na taça dele. 

_Bom, duvido que tenha vindo pra festa porque não queria nada... está esperando alguém? - perguntou, guardando o pacote vazio em seu bolso. 

O mais novo apertou seus dentes uns contra os outros, virando-se para SiWon. Ele podia ouvir em sua voz a ironia com que ele perguntava aquilo. 

_Diga logo o que quer.  

O Choi sorriu, pegando a taça do Maknae e serviu vinho para ele e para si.  

_Apenas uma bebida, hm? Apenas uma e eu sairei de sua vista para que você fique olhando para seu namo... ah, ex namorado. 

O Cho engoliu em seco, não acreditando na petulância daquele homem.  

_Espero que seja um homem de palavra. - murmurou o Cho, sorvendo o líquido que já estava tão acostumado a beber. 

Se SiWon achava que o iria fazer ficar bêbado com vinho, KyuHyun quase riu dessa possibilidade. Praticamente todos os dias de sua vida ele bebeu vinho, apenas uma taça por dia. Costume herdado de seu pai, e que não fazia mal algum a sua saúde. Era a única bebida que não entrava em conflito com seus remédios.  

_Você bebe sempre? - perguntou o Choi, indo se sentar no banco ao lado de KyuHyun. 

_Não. - respondeu apenas. 

KyuHyun fazia o máximo para beber aquilo logo, indo contra os conselhos de seu pai: "Vinho é para ser saboreado com lentidão".  

_Pra porra a lentidão... - sussurrou, dando mais um gole. 

_O que? - perguntou SiWon, sem entender. 

_Eu disse que não bebo socialmente. - falou com raiva de ter aceitado aquilo. 

KyuHyun pensava nesse momento que nem deveria estar ali. DongHae havia ido embora a tempos e não vira SungMin em lugar algum. Ouviu a risada de SiWon e terminou finalmente de beber todo o conteúdo da taça. 

_Adeus, Choi SiWon. - falou rapidamente, deixando a taça na mesa. 

Mas no momento em que deixou o objeto na superfície ele sentiu uma leve vertigem. 

_O que foi? - perguntou um SiWon cínico. 

_Nada. Não foi nada... eu apenas... - e KyuHyun sentiu algo estranho. 

Sua visão ficara mais escura, ele sentiu que iria desmaiar. 

_Por Deus, Kyu... você está pálido! - disse o Choi, fazendo ele se sentar no banco novamente e ficando em sua frente. 

_Me deixe ir embora, eu estou bem. - falou ele se sentindo cada vez pior. 

O mais alto pegou em seu braço, o forçando a se levantar. KyuHyun achou aquilo estranho, queria poder se soltar de seu aperto e lhe acertar um soco no rosto, mas se sentia estranho e mal conseguia levantar seus pés para andar. 

_Onde... vai... 

_Fique calmo. Irei te examinar num local apropriado.  

KyuHyun não vira a hora que fora empurrado para dentro de um quarto escuro, apenas ouviu a porta ser encostada. Ele forçou seus olhos para tentar enxergar algo, mas ele não conseguia focar em nada. 

_Como se sente? - perguntou-lhe SiWon, com a voz abafada. 

As mãos dele tocaram o ombro de KyuHyun e o empurraram até que ele se sentasse em uma superfície macia. O mais novo se perguntou se aquilo era uma cama.  

_Eu... isso é... estranho. - sussurrou, sua voz saindo arrastada e preguiçosa. 

SiWon segurou um riso, indo até o pequeno frigobar do local e tirando de lá uma garrafa de whisky. Ele serviu apenas um copo, duvidando que KyuHyun precisaria de algo a mais para lhe dar o que ele queria. A droga inserida em sua bebida já estava fazendo efeito. SiWon estava sorrindo de orelha a orelha por seu plano ter dado certo.  

_Farei você se sentir bem, KyuHyun... farei isso logo, logo. - murmurou, bebendo o conteúdo do copo de uma vez e desabotoando sua camisa de grife. 

_Você... - KyuHyun em sua confusão mental e seu mal estar pensou na mera possibilidade de SiWon ter feito algo com sua bebida, mas achou ridículo e se calou no momento seguinte. 

O mais novo não queria acreditar que Choi seria capaz disso. 

_Hm? - murmurou SiWon, retirando a camisa. 

_AhRa... chame AhRa. 

A risada do outro explodiu entre aquelas paredes. KyuHyun tentou olhar para onde vinha o som mas sua visão estava embaçada e escura. 

_Pra ela nos atrapalhar? Nem fodendo.  

O Cho soube então que sua suspeita estava certa. Ele se levantou rapidamente, segurando-se em um local que acreditava ser uma poltrona. 

_Você manipulou minha bebida! - exclamou ele, furioso.   

SiWon se jogou na cama e puxou KyuHyun que caiu no colchão ao seu lado. 

_E de quê outro jeito iria poder mostrar a você que sou melhor que aquele lá? 

KyuHyun conseguiu acertar um tapa no rosto perfeito de Choi SiWon, mesmo que tenha sido um pouco mais fraco do que queria. 

_Não seja assim... Kyu-ah... 

De repente começaram a bater na porta, SiWon bufou nervoso por atrapalharem sua diversão. As batidas não cessavam e então ele se sentiu obrigado a levantar e abrir uma fresta da porta. Mas para sua surpresa a pessoa lá fora escancarou a porta e entrou no quarto olhando ao redor e acendendo a luz. 

_Eu sabia! - gritou HeeChul, apontando para KyuHyun. 

Mas no momento que fez isso ele notou que o Cho não estava bem. Olhou para SiWon sem camisa e depois para KyuHyun com seu rosto pálido e seus olhos vermelhos.  

KyuHyun sentiu uma dor lancinante em sua cabeça no momento em que HeeChul gritou e a luz se acendeu.  

_Você tá drogado? - perguntou HeeChul chegando mais perto de KyuHyun.  

_É claro que não! Por que ele... - SiWon falava, sentindo-se um idiota por ter aberto a porta, mas fora interrompido por mais um grito de HeeChul. 

_KangIn, por favor! Me ajude aqui! 

Aquela voz que desprezava profundamente chamando por um nome que odiava ainda mais fez KyuHyun tentar enxergar a qualquer custo.  

_Te ajudar? - perguntou um homem forte e alto, entrando no quarto como quem não tinha visto HeeChul praticamente arrombar a porta. 

KyuHyun viu, mas não acreditou. Ele odiava apenas três pessoas dentre todas do mundo. E nesse momento ele estava num quarto com as três. 

_KyuHyun? - murmurou KangIn, não crendo no que seus olhos viam. 

O Cho quis rir, mas nem isso conseguiu. Em todos seus anos naquela escola, morando naquele bairro, ele nunca ouviu seu nome sair pela boca de KangIn desse jeito. Ele começou a falar algo, mas saia apenas sua voz confusa sem palavras inteiras. HeeChul nunca gostou de KyuHyun, por motivos óbvios, mas nunca desejou o ver daquele jeito e tudo por um capricho ridículo de um filhinho de papai que não sabia receber um não como resposta.    

_Quem você pensa que é?! - gritou SiWon logo após ter recebido um tapa na cara de HeeChul. 

_PREPARE A SUA BUNDA PARA O PROCESSO QUE VOU JOGAR EM CIMA DE VOCÊ, CHOI SIWON! - gritou HeeChul, tirando fotos rápidas e precisas com seu smartphone. 

SiWon olhou para ele e riu de sua cara. 

_Acha mesmo que irei deixar vocês saírem assim? Por favor! Minha mãe está patrocinando essa festa! Só saem quando eu quiser! Apague essas fotos! 

_KangIn, por favor... apenas... - e HeeChul nem precisou terminar.  

O homem grande de terno preto acertou um soco na cara de SiWon, o fazendo cair no chão com seu nariz sangrando e desacordado. KyuHyun havia perdido seus sentidos mas sabia que estava sendo carregado, e mesmo na sua confusão sabia que não era HeeChul que o carregava



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