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História Please, Don't Leave Me (KaiSoo) - Dont Let Me Down


Escrita por: 96l1n3

Notas do Autor


"Porque algumas mudanças fazem bem."
Eu mesma, 2017

Notinha: as pequenas palavras com erros são colocadas de propósito.

Capítulo 5 - Dont Let Me Down


Fanfic / Fanfiction Please, Don't Leave Me (KaiSoo) - Dont Let Me Down

"Onde raios eu estava com a cabeça? Juízo perfeito, com toda a certeza, era a última coisa que eu conhecia." JongIn batia constantemente contra o volante do carro.

Sua cabeça se encontrava a maior confusão, por pouco não havia cometido a maior burrada de sua vida, por pouco não pôs tudo a perder. Não conseguia acreditar que quase o beijou, depois de tudo.

Levou a mão aos cabelos e revezava entre socar o volante e puxar levemente os fios. Havia estacionado em um beco pois temia se descontrolar ao volante e acabar ocasionando algum acidente. Não estava longe de casa, na verdade estava mais perto do que desejava, mas, não tinha coragem de ir logo, temia encontrar Krystal nessa situação.

Só então lembrou que ela devia estar nesse momento com a "madrinha" do casamento, e se fosse um garoto de sorte teria tempo de acalmar seus nervos antes de encontra-la cara a cara. Então abriu um dos botões da camisa tentando relaxar.

____

"- Houve um contratempo… O Kyung disse que não estava se sentindo bem, provavelmente mais uma das suas desculpas, em fim, acho que nosso jantar terá que ficar para outro dia. Desculpe."

Ensaiava durante o pequeno trajeto para casa, já tinha decorado todas as palavras e se não gaguejasse iria parecer totalmente verdade, e contava com idéia de que KyungSoo não teria coragem de dizer que era mentira, afinal ele sabia bem no fundo que o garoto realmente não estaria nem um pouco a fim de ir a esse jantar.

"Se bem que seria bom vê-lo sofrer um pouco." Entrava no estacionamento e realmente se sentiu um cara de sorte ao não ver o carro da garota ocupando a sua vaga.

Na cabeça de JongIn, KyungSoo nunca iria conseguiria pagar pela dor que havia passado, nem sequer três vidas conseguiram dar conta de fazê-lo sofrer o suficiente.

Assim que ultrapassou a porta de casa ele pegou o celular e com uma discagem rápida o levou até o ouvido e bastou apenas dois toques para que sua chamada fosse atendida.

[ - Alô? - Sorrisos por parte dela e outra pessoa preencheram a linha]

- Alô...

[- Onde estão? ]

- Aconteceu um imprevisto. - Deixou um suspiro pesado escapar para tentar parecer mais verdadeiro

[- Está tudo bem?]

- Sim, comigo sim. Apenas o KyungSoo que disse não estar se sentindo bem… Para variar acho que ele está nos evitando novamente.

[- Tem certeza disso, Kim JongIn?]

Ao ouvir seu nome acompanhando do sobrenome o garoto se sentiu um pouco pressionado e as palavras que havia decorado não queriam sair assim como imaginara minutos atrás.

- Sim Krys… Por que eu mentiria? - Essa técnica sempre funcionava.

[- Nós já conversamos, estou na porta de casa. Ela vai seguir para casa no meu carro e nós falaremos sobre isso.]

Sem esperar a garota encerrou a ligação. JongIn virou imediatamente para o espelho que se encontrava perto da entrada e observou seu semblante, tratou de fechar o botão da camisa que havia aberto. Inspirou profundamente algumas vezes tentando buscar sua calma.

- Certo, o que aconteceu? - Ela entrou de repente e por pouco não pegou JongIn inspirando novamente.

- Nada.

- Certeza? Porque até sair da loja ele tinha concordado em nos encontrar. Tem certeza que tudo ficou bem entre vocês? Não brigaram? - Seu tom não era de raiva, estava mais para preocupação.

- S-sim, não brigamos… - Levou as mãos até a cintura da garota aproximando seus corpos. - Eu juro. - Estendeu o celular para ela e apontou para o aparelho com o olhar para que ela pegasse.

Mas em sua mente rezava para que ela não pegasse e deixasse aquilo para lá. Só que, não era tão fácil convencer a garota que não demorou a pegar o celular e imediatamente fazer uma ligação.

___

"Sabe quando olhamos para algo e não vemos nada, então ficamos ali só parados encarando o abismo?"

Era o que ele estava fazendo exatamente no momento. Seus dedos apertavam forte o volante, enquanto seus olhos se dedicavam a fitar algo que não saberia explicar o que era, o que lhe tirou do seu transe foi o toque do maldito celular perdido em algum lugar no automóvel. 

Tateou à procura do aparelho até enfim encontrá-lo, só que já era tarde demais, quando conseguiu tê-lo em mãos o mesmo parou de tocar. Mas, não demorou para tocar novamente.

[-Está tudo bem? - O tom da pessoa do outro lado é extremamente preocupado.]

- Estou, o que aconteceu?

[- O Kai me ligou para desmarcar o jantar, ele disse que você teve um mal-estar, algo do tipo e ele estava muito estranho, não sei como explicar.]

"Ah, essa foi a melhor desculpa que ele conseguiu pensar?"

- Não precisa se preocupar, eu estou melhor. Foi apenas uma leve tontura.

[-Tem certeza? Eu posso ir até onde você, se quiser.]

- Tenho certeza, Krystal. Essa preocupação é desnecessária,  vai por mim. Agora tenho que desligar, estou dirigindo. Depois nos falamos. - Encerrou a chamada antes que ela insistisse mais.

"Quer dizer que eu passei mal? Muito bonito Sr. JongIn! Tão original..."

Ligou o carro e enquanto dirijia repassou toda a cena de minutos atrás em sua mente, aquela aproximação e principalmente o afastamento repentino foram os pontos principais. Tinha que verificar o que havia feito de errado para que o outro agisse daquela forma.

"Estou louco ou bem no fundo ainda existe uma chance? Espera, o que é isso? Estou realmente louco. Ele vai casar! CASAR! Constituir uma família, ter filhos lindos que provavelmente serei o padrinho também,  vai seguir a sua vida e aqueles lindos anos carregados de memórias que tivemos juntos não passaram disso, memórias."

Não percebeu por quanto tempo dirigiu, não sabia o que realmente estava fazendo. Era capaz de ter atropelado alguém no caminho que nem sequer teria percebido isso. Mas, quando deu por si e olhou realmente para fora do carro notou o céu já havia escurecido, o painel iluminado na sua frente lhe mostravam que já era exatamente 21:30.

"CÉUS! Eu dirigi por quase três horas sem parar? Eu não acredito. Espero do fundo do coração que não tenha feito nenhuma besteira."

Ao passar o olhar mais para o lado viu que o tanque estava praticamente seco, não conseguiria ir nem mais dez metros adiante. Desceu do carro e notou que estava em HongDae, mas precisamente em frente há uma das boates mais populares e bem conhecida dele.

Olhou ao redor e acabou aceitando que Deus havia lhe guiado até ali, isso só poderia ser obra Dele, e se o era só restava aceitar, afinal, não se nega um desejo do Todo Poderoso

A placa a frente do estabelecimento dizia que abriria em meia-hora. Pegou sua carteira e celular e caminhou até a porta para esperar que começasse o funcionamento em frente a porta, sem dúvida alguma seria o primeiro cliente da noite. Não sabia como voltaria para casa, nem se conseguiria voltar naquela dia. Só sabia que tudo que realmente precisava era beber até esquecer seu nome.

___

O jogo de luz o deixou mais tonto do que já estava, realmente não era bom com bebidas, era apenas seu quarto copo e sua visão já queria lhe pregar peças lhe mostrando as coisas em dobro. A fumaça artificial se misturava a fumaça de cigarros então, resolveu que precisava dançar para transpirar um pouco, talvez fosse divertido tentar se misturar ao restante das pessoas ali, afinal se estava na chuva era para se molhar. Ir até uma boate e não dançar era até algo impossível de se pensar.

A música eletrônica comandada pelo dj iniciava, o número de pessoas dançando não era tão grande assim naquele momento, mas, também não era tão pouco, ao menos dava de passar despercebido no meio deles. Perdeu as contas de quantas mãos passaram por sua bunda até que ele conseguisse chegar ao centro da pista de dança, e ao chegar lá o assédio não parou.

Começou a mexer o corpo de um lado para o outro relembrando de uns passos que havia visto em um jogo que seu amigo costumava jogar, mas sentia que estava sendo um completo desastre, apesar de não ser tão velho se sentia "um" no meio daquelas pessoas, chegou a pensar que estava enferrujado para aquilo.

Fez uma pausa para tentar pensar em algo melhor que se encaixasse a música, estava ali para dançar, não passar vergonha, mas, mal começo a mover o corpo já sentiu alguém bem próximo. Fingiu não perceber e continuo a dançar sem olhar para quem estava ali. Mas, a proximidade começou a aumentar, logo as mãos da pessoa tocaram em sua cintura enquanto seus quadris praticamente se colaram, pode notar que era  um homem pelo volume que roçava contra seu corpo. Não sabia se aquilo era bom ou não, havia ido até ali para se divertir.

Virou e se deparou com um rosto desconhecido que lhe sorria.

- Desculpa. - Por conta do som a sua voz chegou até o outro como um sussurro. 

- Tudo bem!

O olhar de Kyung bateu em alguém e seu corpo estremeceu, em um canto não tão iluminado estava ele com uma taça em mãos olhando diretamente na sua direção.

"Estou vendo direito?"

Apertou os olhos para tentar enxergar melhor e se não fosse ilusão por conta da bebida ele realmente estava ali. Então, se ele estava de fato ali merecia assistir um pouco daquilo.

Puxou o rapaz e dançou com o corpo colado ao seu, não consiguia mais contar quantos copos de bebida ingiria, mas sabia que não eram poucos, virava um após o outro. Suas mãos se moviam freneticamente no ar, o quadril roçava constantemente contra a ereção do rapaz, que notava já ter aumentado o volume. Jogou os braços por seu pescoço e roçou os lábios no do outro. Ele não perdeu tempo e logo suas línguas estavam transitando entre as bocas em um beijo brusco e sem jeito, mas para Kyung estava tudo bem. As mãos do outro começavam a percorrer pelo seu corpo ali mesmo sobre os olhares de todos o que fez com que Kyung o empurrasse levemente, mas, pelo o visto o rapaz não entendeu e suas mãos o apertavam mais forte.

De repente os toques desapareceram e ele não sabia o porquê de ter se afastado tão rapido, mas quando abriu seus olhos o que viu foi o garoto que minutos atrás tinha sua boca colada a dele, com um rastro de sangue saindo da mesma.

- Sabe que geralmente não sou um cara agressivo, mas, tive que fazer isso. - Uma voz gritava por cima da música enquanto uma mão ia em direção ao seu braço o puxando.

Olhou de lado para a pessoa que o guiava e se sentiu confuso,

"O que ele esta fazendo aqui?"

Olhou ao redor e nem sinal daqueles olhos novamente, sentiu-se mais confuso ainda e ao mesmo tempo decepcionado, tinha sido tudo em vão .

- Onde estão as chavesdo seu carro? - Perguntou assim que chegaram do lado de fora e o som da música se tornou mais baixo.

- Estou sem gasolina.

- Tudo bem, vou te levar para casa.

- Eu não quero ir.

- Na frase: "Vou te levar para casa" você vê algum ponto de interrogação?

Estreitou os olhos para a pessoa a sua frente que lhe fazia a pergunta idiota e mesmo sem entender bem o que dizia balançou a cabeça em negativa.

- Pois é querido, não tem. Sabe por quê? Porque não é uma pergunta. Não quero saber se você quer ir ou não, eu disse que vou te levar para casa e pronto.

- Eu não vou para lugar nenhum. - Contrariado tentou se soltar.

- Deixa ele! - Outro braço entrou no meio e ambos perceberam que o rapaz com quem dançara minutos atrás e havia sido bastante inconveniente, tinha lhe seguido até ali.

- Não se meta! - O outro que tomara como missão levar DO para casa retirou o braço do garoto bruscamente.

- Quem você pensa que é?

- Eu sou o namorado dele, então se me dá licença, não tenho tempo para isso.

Os pés do menor saíram do chão e o mundo virou de cabeça pra baixo, ele havia lhe colocado sobre o ombro.

"Por que ele está fazendo isso? É tão clichê!"

- Me soúta! - A combinação de álcool com estar de cabeça para baixo lhe deixaram mais bêbado.

Como sempre vira nos filmes, começou a balançar as pernas enquanto batia em suas costas como as mocinhas chatas faziam.

- Eu vou te jogar no chão se você não parar!

- Me laaarga! Idiota! Eu te odeio.

Sentiu o mundo voltar ao normal e nem sequer percebeu  apenas viu seu corpo ser empurrado para dentro de um carro, pelo menos ele achava que era um.

- Queem vocé pen-sa que é?

- Nossa, essa bebida lhe deixou com amnésia? Esqueceu quem eu sou? Me sinto até ofendido.

- Você não devia se meter assim na minha vida.

- Meu caro, quando você acordar amanhã eu tenho certeza que seu pensamento terá mudado e você irá me agradecer por isso. E eu estarei lá de camarote para ver isso.

- Por algum acaso, você acha que vai dormir na minha casa?

- Sim, iremos dormir juntinhos, de conchinha até se quiser.

"Ele realmente havia enlouquecido."



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