História Please, Remember me - Ops, esqueci

Pov Lydia

Corri e corri o mais rápido que eu pude, não sabia ao certo do que eu estava correndo, mas eu tinha de fugir, aquela...  coisa estava atrás de mim e eu precisava fugir, meu celular tocava, mas meu coração batia tão rápido e eu estava tão assustada que não pensei em pega-lo para atender. Só precisava correr e me salvar.

Luzes forte cegaram meus olhos e eu percebi que era um carro que chegava em alta velocidade e parava ao meu lado. Na verdade, um jipe. Conhecia aquele Jipe de algum lugar. A porta do carona se abriu e um garoto gritou para mim de dentro.

-Lydia, entra logo!

Eu o conhecia de algum lugar, acho que da escola, claro que se ele não me parecesse familiar eu não entraria, mas eu precisava fugir então sem perguntar entrei correndo no jipe.

-Não acredito que cheguei a tempo de te pegar antes dela. –Ele disse dirigindo o jipe perturbado, parecendo também estar fugindo. Do que diabos ele estava falando.

-Do que você esta falando?

Ele me olhou confuso, dividindo entre me olhar e olhar a estrada.

-Ué, Kate, eu cheguei antes dela te pegar de volta, nem acredito que você conseguiu fugir, como foi? Você esta bem?

-Bem? Acabei de ser perseguida por uma coisa esquisita e do nada para um jipe do meu lado com um menino estranho me mandando entrar e falando coisas estranhas.

-Lydia... mas o que...?

-Me leva pra casa, melhor, me leva pra casa da Allison, ela deve estar preocupada, acho que ela que estava me ligando.

-Allison? Eu que estava te ligando, Lydia, o que houve com você?

-O que houve com você? Estava me ligando por quê? Tinha o meu numero como? Eu nem te conheço.

Ele freou o jipe bruscamente e me olhou aturdido.

-Não me conhe... mas o que diabos Kate fez com você?

-Quem diabos é Kate?

Ele me olhou espantado como se eu tivesse perguntado quem era Hitler.

-Ok, vou te levar para Deaton e ligar para o Scott e os outros. –Ele disse voltando a ligar o jipe.

-Pra quem? Olha, me leve agora pra casa ou eu ligo para a policia.

-É mesmo? Ligue e chame pelo xerife e diga que achamos você.

-Me acharam?

-Você estava desaparecida Lydia, por um mês. –Ele ficou com um semblante pesado, como se tivesse se lembrado de algo ruim e sussurrou alguma coisa para sí mesmo, algo como “Foi o pior mês da minha vida.”  -E então, você me ligou.

-Eu não te liguei. –Afirmei. –Eu nem ao menos conheço você.

-Ligou sim, quer dizer... não falou nada, mas me ligou e eu consegui ver da onde você ligava e vim para cá o mais rápido que consegui.

-Isso não faz sentido, eu-não-te-conheço. –Falei pausadamente.

Ele fez uma expressão estranha, como se tivesse sentido dor com o que eu disse.

Tudo aqui estava tão estranho, ele pegou o celular do bolso enquanto parava o Jipe em alguma rua escura. Pareceu ligar para alguém, o escutei fungar, parecendo se controlar e lutar contra as lagrimas.

-Scott, temos um problemão.  –Ele disse enquanto me olhava. –Eu a encontrei.

A tal pessoa do outro lado da linha dizia algo.

-Não, você não entende. Ela... algo aconteceu, da para me encontrar na minha casa? Venha logo.

Ele desligou e abriu a porta, descendo do carro. E fiz o mesmo, pisando com os pés descalços na calçada gelada. Tremi dos pés a cabeça, estava frio e minha roupa estava rasgada em algumas partes e completamente suja, meus cabelos deviam estar uma coisa horrível de tão bagunçados e sujos.

O garoto me olhou com piedade.

-Esta com frio? –Ele tirou a própria blusa e a estendeu a mim.

-Eu quero ir para casa – Eu disse, vestindo a blusa e agradecendo mentalmente por ele ter me dado. –Preciso tomar um banho e trocar de roupa e dormir, estou morta.

-Pode ficar aqui essa noite, é melhor, umas... coisas aconteceram e, é melhor que você fique aqui até amanhã pelo menos.

-Não, eu não te conheço, não vou passar a noite na casa de um estranho.

Novamente ele fez aquela expressão de dor e fechou os olhos fortemente, depois os abriu e me olhou, expondo um leve sorriso nos lábios. Meu coração bateu de uma forma estranha e senti algo gelado na boca do estomago.

-Não se preocupe, meu pai é o xerife e ele deve estar em casa aqui em algumas horas, não tem perigo, você... precisa de proteção no momento, eu vou te explicar tudo, mas precisa passar a noite aqui, esta bem?

De uma forma estranha me senti segura, sabia que podia confiar nele. Então ele me pegou pela mão me guiando até a porta de sua casa.

-Qual seu nome?

Ele respirou pesadamente, me olhou, sorriu e disse.

-Stiles.

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POV Stiles

Minha cabeça doía e um turbilhão de pensamentos e emoções passavam dentro de mim no momento. Ouvir Lydia dizer que não se lembrava de mim, que não me conhecia, não sabia nem o meu nome. Doeu, doeu como quando ela não falava comigo, como quando não erámos amigos, quando eu gostava dela e não tínhamos nem um tipo de contato.

Entramos em casa e fomos para meu quarto.

-Você...  Disse que queria muito tomar banho, se quiser pode tomar, o banheiro fica logo ali á esquerda.

-Mas, eu não tenho roupa.

Fui até uma gaveta.

-Posso te arranjar uma camiseta grande e eu tenho um roupão também.

-Tudo bem, pode me dar um toalha?

Tirei uma toalha branca da gaveta e a estendi para ela junto coma camiseta, a maior que eu tinha, era grande até para mim, por isso não a usava muito.

-Obrigada. –Ela agradeceu e saiu do quarto seguindo para a esquerda como eu havida dito.

Sentei na cama um pouco chocado e pensativo. O que tinha acontecido? Por que Lydia tinha perdido a memória. O que Kate tinha feito com ela?

Tantas perguntas e nenhuma resposta. Lydia tinha ficado desaparecida por um mês e agora tudo que eu queria era abraça-la e dizer o quanto eu enlouqueci durante esse mês, o quanto eu senti sua falta, quantas vezes e passei noites sem dormir pensando nela, muitas vezes achando que estava morta. Quantos pesadelos, quantas horas, dias, semanas a procurando incansavelmente.

E agora, se eu a abraçasse ou coisa assim ela... talvez não reagisse muito bem. Alguns minutos depois ouvi a porta do banheiro se abrir e então a do meu quarto. Lydia entrou com a toalha enrolada nos cabelos e vestindo a camiseta que eu lhe dei, que batia até um pouco acima dos joelhos dela. Estava linda, simples, mas linda como sempre. Peguei o roupão deduzindo que ela devia estar com frio e estendi para ela que o pegou e vestiu sem hesitar.

-Me sinto nova  –Ela disse desenrolando a toalha dos cabelos que caíram como uma cascata ruiva em seus ombros.

-Stiles? –Ela estalou os dedos na frente dos meus olhos e eu saí do meu transe repentino.

-Ann desculpe, eu só...

Meu coração estava apertado, eu precisava abraça-la, precisava ter certeza de que ela estava ali. Tinha sonhado tantas vezes que ela tinha voltado, que eu a tinha achado, que ela estava bem que eu precisava de uma prova agora.

-Stiles? –Ela chamou de novo, parecendo um tanto preocupada com o meu silencio

Dane-se tudo. Levantei-me da cama e fui até ela.

-Me desculpe. –Eu disse antes de envolvê-la em um abraço apertado e desesperado, não me importei que as lagrimas começavam a rolar de meus olhos e que minha voz saiu embargada e que eu falava palavras desconexas, não me importava com nada, só me importava que ela estava ali, de pé na minha frente, segura, viva!

-Me desculpe eu... Senti tanta a sua falta, fiquei tão desesperado quando soube o que houve com você e eu... Enlouqueci, não sabia o que fazer. Eu deixei que te levassem, não pude te proteger e... Eu sinto muito. –As lagrimas caiam como uma cascata de meus olhos sentia um alivio tão grande enquanto sentia que aquilo era mesmo real.

Apesar de ela não se lembrar de mim eu estava aliviado que ela estava bem, e sabe-se la quando eu poderia abraça-la desse jeito novamente, doía pensar que ela não se lembrava de mim, era pior do que antes quando não éramos amigos e não tínhamos qualquer contato, agora era pior. Porque eu já tinha experimentado ser seu amigo, um de seus melhores amigos. E antes eu gostava dela. Agora ela não se lembrava nem ao menos do meu nome e agora com certeza era pior pois, eu não só gostava dela eu a amava. Eu amo Lydia Martin.