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História Please, save me - Que a sorte esteja ao seu lado


Escrita por: nyankosan

Notas do Autor


Me deculpem pela demora :P

E SÓ PRA AVISAAAAAAAAAAAAR

Eu sem querer coloquei a idade do Taehyung errada cap passado, tá? Ele tem 18, não 19, desculpa...


Bom aproveitem ♥️

Capítulo 17 - Que a sorte esteja ao seu lado


P.O.V JUNGKOOK
 

Eu ainda não conseguia acreditar nas palavras que o alfa tinha acabado de pronunciar. Ele estava mesmo fazendo aquilo? Se arriscando com essa declaração, mesmo sabendo que sou noivo e mesmo depois de todas aquelas coisas horríveis que eu escrevi naquele bilhete... Não, impossível, o acastanhado nunca mais iria querer me ver depois daquilo. Eu deveria estar sonhando ou a falta de comida está me fazendo delirar. 
 

Isso era o que eu pensava, porém parecia que minha mente e corpo não estavam nem um pouco compatíveis, já que um sorriso involuntário se formou em meu rosto. E quando ele retribuiu o ato, me mostrando aquele sorriso lindo quadrado, senti meu coração bombear mais rápido e possíveis lágrimas sendo formadas no canto de meus olhos. Ah, Kim Taehyung é totalmente dono das emoções, sejam elas felizes ou tristes.
 

– Com licença , mas ocorreu um engano, Jeon Jungkook já está comprometido. – meu pai se pronunciou, fazendo aquele peso chamado "casamento arranjado" cair com tudo em minhas costas.
 

Meu sorriso, assim como o do maior se desmancharam rapidamente, dando espaço para expressões culpadas e confusas. Palavras conseguem mudar tudo tão rápido. Mordi meus lábios, tentando passar com o olhar, tudo que eu estava sentindo agora. Súplica, eu estava suplicando por ajuda.
 

– Desculpem, parece que por nervosismo, ele acabou falando o nome errado, não é? – disse o senhor Kim, segurando o pulso de Taehyung fortemente.
 

Vi o alfa engolir seco, e desviar o olhar provavelmente pensando se deveria continuar com isso. Sua expressão estava tão triste, que eu quase me levantei somente para abraçá-lo. Como eu queria aperta-lo em meus braços, afagar seus cabelos macios, sussurrar "tudo bem" "eu estou aqui", beijar seus lábios com calma, matar toda aquela saudade que estava me consumindo. Mas não, eu não podia fazer isso, não podia nem ousar levantar de minha cadeira e isso era ridículo. Eu sentia como se meu mundo estivesse desabando aos poucos e eu não pudesse fazer absolutamente nada.
 

– Não, eu falei o nome certo. – respondeu decidido, se soltando do aperto alheio. – Eu estou pedindo a mão de Jeon Jungkook em casamento.
 

O pai do alfa trincou os dentes irritado, provavelmente se preparando para arrumar aquela confusão toda, porém foi impedido por uma quarta voz presente.
 

– Parece que vamos ter que cancelar o contrato, então. 
 

Direcionei minha atenção para o outro lado da mesa, me arrependendo logo em seguida. Quem estava lá me encarando raivosamente, era ninguém menos que Park Seo-yeon. Foi ali que todas as peças do quebra cabeça se encaixaram perfeitamente... aquela naja. Foi isso que ela queria dizer com aquele papinho todo?
 

– Não é necessário, Jungkook não vai se casar com Taehyung. Ele está prometido a Yong Bin.
 

Todos os olhares foram direcionados ao alfa de cabelos escuros, que se levantou desastrosamente, provavelmente morrendo com toda aquela pressão a sua volta.
 

– Ahm, sim, eu, Yoon Yong Bin, alfa de 22 anos, desejo pedir Jeon Jungkook em casamento.
 

Senti meu estômago se embrulhar com essa frase e respirei profundamente tentando não fazer besteira. Meu pai me encarava de maneira ameaçadora, assim como os pais de Yong Bin, tentando transmitir a seguinte mensagem :"não ouse estragar nossos negócios ". Porém só uma pequena e minúscula parte de mim, me dizia para aceitar o destino que me foi proposto, a outra gritava para eu não ceder aquela porcaria toda. Taehyung me olhava preocupado, e eu sentia isso esmagando meus sentimentos. Estávamos sendo separamos a força e aquilo era horrível. Como eu podia simplesmente aceitar agora? Você me fez ter esperança de novo Kim, que droga...
 

– Eu... irei recusar o pedido. – sussurrei baixinho.
 

– Desculpe o que você disse? – meu pai perguntou de forma assustadora.

 

Abaixei o olhar, sentindo minhas mãos começarem a tremer. Porém não tinha mais volta agora.
 

– Eu agradeço a consideração, mas vou ter que recusar. – falei dessa vez um pouco mais alto.
 

A sala se tornou extremamente silenciosa, tanto que eu podia ouvir os barulhos do relógio moderno preso na parede atras de mim. 
 

– Nós estamos nos retirando, com licença.
 

Senti meus corpo doer, ao ser bruscamente puxado para a saída. Meus pais estavam com expressões nada felizes, assim como todos ali praticamente, menos Taehyung. Não consegui raciocinar muito bem o acontecido, já que tudo aconteceu mais rápido do que eu esperava, e quando eu me dei conta, já estávamos dentro de uma sala fechada, com uma mancha vermelha em minha bochecha esquerda. 
 

– Cada dia que passa você me impressiona ainda mais com sua inutilidade. – falou, com aquela voz grossa, me fazendo tremer um pouco.
 

Mas se ele acha que pode me controlar, está bem enganado.
 

– E cada dia você me impressiona mais com sua frieza. – respondi no mesmo tom.
 

Não sei de onde tirei coragem de falar isso na cara dura, porém não me arrependo de nada. Se eu já tinha ferrado com tudo, iria até o final com isso.
 

– Não é bonitinho isso, Woorim? O Jungkook tentando dar uma de adulto.
 

A ômega apenas acenou positivamente e eu estranhei o seu comportamento. Estava muito quieta para o meu gosto... tem alguma coisa errada.
 

– Agora que você me desobedeceu nosso acordo está acabado, certo? Não serei mais bonzinho.
 

– Você não pode machucar meus amigos e nem o Taehyung. Eles são de famílias poderosas também. – falei, percebendo como tinha sido idiota. 
 

Ele não pode fazer nada de grave com os filhos de pessoas importantes, mesmo que não sejam mais herdeiros, isso seria como uma declaração de guerra.
 

– E o que tem de ruim eu casar com o Taehyung? Ele seria um ótimo alfa para mim, além de...
 

– Calado.
 

Meus pelos se arrepiaram todos ao eu ver os olhos do mais velho já mudando de cor. Por que ele tinha tanta raiva dos Kim's? Ele foi se aproximando devagar, mas minhas pernas estavam muito bambas de medo para eu correr daquele monstro. Fechei meus olhos com força, esperando o impacto que seria levar uma surra de verdade. Afinal, como eu já disse antes, meu pai geralmente me fere com palavras enquanto minha mãe prefere usar violência mesmo.
 

O primeiro soco foi o suficiente para eu ser empurrado para trás, batendo de costas na parede. Merda de sociedade que permite que os alfas sejam mais fortes que os omegas e betas.
 

– Eu não entendo... você era perfeito, tão exemplar! E só nesse curto espaço de tempo, você já se transformou nesse rebelde. – disse, me puxando pelo colarinho. – Eu podia facilmente te destruir filhote, mas não quero acusações pra cima de mim depois.. então por que você simplesmente não aceita logo aquela droga de casamento  com o Yong Bin? E nós esquecemos que isso aconteceu.
 

– N-não... – respondi, sentindo um filete de sangue escorrer por causa do outro soco que levei.
 

– Ele é tão ruim assim? Eu podia ter escolhido um homem de 50 anos sabia Jungkook? Um velho que usaria seu corpo toda hora, e te trataria como uma puta particular.
 

Eu queria gritar por ajuda, por Taehyung. Estava quase desmaiando de desespero, mas apenas tentei não demonstrar meus sentimentos. Se continuasse desse jeito, não sei o que vai ser de mim.
 

– E isso que você quer? Ser tratado como um brinquedinho pro resto da vida? Por que isso é a coisa mais fácil de se conseguir para ômegas inúteis como você.
 

– Querido já chega, se alguém entrar aqui não vai ser bom. – minha mãe disse, se pronunciando pela primeira vez.
 

– Não me chama de "querido", Woorim. Você também é só uma substituta barata, que por sorte acabou engravidando de mim. Se não ainda estaria naquele bar sendo uma garçonete coelha.
 

Fiz uma expressão confusa. Achei que eles tivessem sido obrigados a se casarem também.

 

– Pare com isso. – falou firme, com os olhos claros expressando um sentimento que eu nunca tinha visto antes.
 

– Parar com o que? É a mais pura verdade... você estava louca para ter meu filho não é? Por isso você não usou camisinha naquela noite.
 

A cena pareceu durar um século, apesar de acontecer em apenas alguns segundos. Com um movimento rápido, ela acertou um tapa estalado no rosto do alfa, deixando as marcas dos dedos finos na bochecha alheia. Senti a adrenalina percorrer meu corpo e como um instinto, agarrei o pulso da ômega, correndo para fora dali o mais rápido possível (graças a Deus que a porta não estava trancada). Era capaz de nós dois morreremos se continuássemos lá dentro. Nos afastamos o máximo possível e paramos em uma escada para recuperar o fôlego. Percebi que ainda segurava a ômega e a soltei discretamente, porém fui surpreendido com os dedos gélidos segurando fortemente os meus. Era estranho, eu não tenho muitas memórias de minha mãe sendo carinhosa comigo, o que me fez ficar ainda mais desconfortável com aquele contato.
 

– Me desculpe, Jungkook, por eu sempre ter sido uma mãe horrível... – falou, me acolhendo em um abraço desajeitado. Que estranho, eu não sentia um daqueles desde que eu era uma criancinha que tinha medo de escuro. – Não te culpo se você me odiar, mas por favor me escuta.
 

Mordi o interior de minhas bochechas incomodado, acenando positivamente. Não consegui corresponder o carinho, o que pareceu magoa-lá um pouco, já que a mesma abriu um sorriso triste.
 

– Nós vamos ter que sair de casa por enquanto, tudo bem? E talvez demore um pouco para voltar.
 

– Sim... – respondi confuso. A voz dela sempre foi doce desse jeito? Ou melhor ela sempre foi doce desse jeito? A imagem que eu tinha de minha mãe era tão contorcida que eu preferia nem lembrar. Meu deus... por que tudo só aparece para em confundir mais?
 

– Então vamos.
 

Passamos a correr novamente, em direção a saída da casa daquele velhote rico. Eu ainda estava confuso em relação a tudo aquilo que estava acontecendo e minha cabeça dava voltas, me deixando extremamente desatento. Talvez seja por isso, que eu acabei tropeçando nos meus próprios pés, dando de cara no chão. Soltei um gemido de dor, me levantado com dificuldade, olhando a minha volta. Ué, cadê minha mãe? Comecei a vagar por aí, me sentindo umm garotinho de seis anos perdido em um supermercado. A única diferença era que em vez de ser um Walmart, estava mais para um castelo. Não tem fim isso! E parece que eu já passei por esse quadro de cachorro umas mil vezes! Me apoiei na parede amarela, já cansado de tanto andar. Isso que dá ser um sedentário, idiota.
 

– Encontrei você.
 

Soltei um gritinho ao ouvir a voz presente, já preparando para dar o fora dali, mesmo se eu não aguentasse dar nem mais um passo. Bem, isso se eu não tivesse sido esmagado, me impossibilitando de me movimentar. Tentei me soltar, porém meus músculos estavam todos moles demais para eu tentar fazer alguma coisa. Senti o medo quebrando minhas estruturas e inconscientemente fechei meus olhos de novo. Tudo que passava pela minha cabeça era:" Fudeu, adeus mundo". 
 

– Eu senti sua falta, pequeno...
 

Foi aí que eu me dei conta do cheiro delicioso do corpo a minha frente e nem precisei olhar para descobrir quem era. A voz já tinha denunciado de qualquer jeito também.
 

– Taetae... – falei, devolvendo o abraço com força, me afundando no peito alheio.
 

– Eu deveria estar bravo com você por ter me abandonado, mas tudo que eu sinto agora é felicidade por te ver. – disse, dando uma risadinha.
 

– Sobre aquilo, me desculpe hyung... e-eu não queria escrever nada daquilo. 
 

– Está tudo bem, Jungkook.
 

Trocamos olhares apaixonados, o que me fez sentir o famoso rubor em minhas bochechas coradas, as quais fora, acariciadas delicadamente pelo maior. Ele juntou nossos lábios calmamente, em um contato simples, mas cheio de sentimentos. Como eu estava com saudades disso! Saudades dele! Não demorou muito para eu sentir a pontinha da língua alheia, pedindo passagem e atendi prontamente, soltando um suspiro de satisfação. Pequenos choques elétricos se espalhavam pelo meu corpo, enquanto nossas línguas dançavam uma valsa lenta, dando espaço para muita saliva e estalinhos gostosos, que ecoavam pelo corredor vazio. Eu ainda não estava muito acostumado com isso, então apenas me deixei ser guiado pelas emoções que o acastanhado transmitia, adorando tudo aquilo. Ele contornou minha cintura com força, no mesmo momento que eu direcionava minhas mãos para os fios sedosos, fazendo um carinho na nuca do outro. Mas tudo que é bom dura pouco e infelizmente tivemos que nós separar por falta de ar.
 

–  Nunca mais faça isso. – disse chateado. – Eu senti tanto a sua falta... quase surtei! 
 

– Eu também, só conseguia chorar e dormir.
 

– É, estou vendo que você não comeu nada! Você já era magro, Jungkook, imagina, agora? 
 

– É de família Tae, eu tenho facilidade para perder peso. – falei, mesmo que eu realmente não tivesse comido nada naquele tempo que nos separamos.
 

– Por isso mesmo que você tem que se alimentar direito! Não quero que minha princesa fique doente, certo?
 

– Sim.
 

Ficamos abraçados daquele jeito, matando saudade, até eu me lembrar da situação que me encontrava.
 

– Puts, nós temos que dar o fora daqui agora! – disse, o arrastando para o lado que achava que era a saída.

 

– Por que?
 

– Meio que eu acabei brigando com meu pai, aí minha mãe... – parei de andar. – É verdade! Eu tinha esquecido dela!
 

– Jungkook, eu não estou entendendo nada! E nós ainda precisamos ter uma conversa séria sobre as coisas que aconteceram.
 

– Sim, mas vai ter que ser depois, porque não temos tempo agora. – falei, olhando a minha volta. Eu não iria conseguir achá-la e ainda tinha a possibilidade dela já ter saído, então... – Vamos.
 

 

Que a sorte esteja do nosso lado, para que no final tudo isso dê certo!


 


Notas Finais


E foi isso...

Se alguém não leu a nota inicial e só lê a nota final (coisa que eu faço muito), eu escrevi a idade errada do Tae no cap passado, ele tem 18! Me desculpemmmm

Até a próxima 😘


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