História Poção do amor - O motorista

O som das batidas que as empregadas sismavam em dar em minha porta tão cedo da manhã ecoavam alto por todo o quarto, os sons não tinham fim, tentei tapar os ouvidos com os travesseiros na expectativa de abafar aquela barulheira toda, mas não adiantou. Os sons pararam e eu agradeci, mas não demorou muito a ser ouvido passos barulhentos e duas altas batidas na porta, logo a mesma foi aberta, passos barulhentos estavam se aproximando, eu abri meus olhos e dei de cara com meu pai furioso.

-Jeon Jungkook, já não disse para você ir dormir cedo, para não dar trabalho para acordar? -Ele disse e eu assenti, e sentei na cama, meu pai me olhava como se fosse me matar.

-O senhor disse mas eu... -Eu fui interrompido.

-Falta dez minutos para ir para escola , então se troque logo e desça -Assenti com a cabeça, e me levantei e logo pude ouvir a porta sendo batida , passei a mão em meu rosto tentando me despertar e fui me trocar.

     Coloquei meu uniforme e desci as escadas,  dando de cara com meu pai, o mesmo não falou nada, eu apenas fui até a garagem ao encontro daquele motorista ridículo. O homem era um idoso e adorava se meter na minha vida, ele dava conselhos como se ele entendesse a minha vida, ele sempre tentava conversar comigo mas eu sempre fiz o que devia ser feito, eu ignorava. Aquele velho só me davam conselhos inúteis, não sei como meus pais gostavam dele e dessa gente nojenta e pobre que trabalhava aqui nessa casa.

        O velho estava parado em frente ao carro, com aquele maldito sorriso no rosto de dar nojo, ele abriu a porta e eu entrei carro, ele disse algo mas não respondi.

       Chegamos na escola aonde eu era o aluno mais popular, afinal meu pai era um dos homens mais ricos da Coréia, duvido que aja alguém mais rico que eu aqui.

      Desci do carro e caminhei até o pátio da escola, aonde avistei meus amigos Yoongi, Taehyung e Hoseok, fui as pressas até eles, os mesmos se encontravam apoiados no muro.

-Deixa eu adivinhar, teve que se trocar as pressas? -Yoongi me perguntou, tocando em meus ombros.

-Como sabe disso? -Todos riram, mas Taehyung pois se a frente.

-Você chegou mais tarde que o normal, apenas presumimos. -Hoseok puxou o Taehyung para um abraço, aonde Tae ficou com a cara rm seu peito, era meloso mas era muito fofo o relacionamento deles, amanhã completaria dois anos de namoro, os mesmos estavam muito empolgados.

         Ficamos conversando coisas aleatórias, até que o sinal toca nos fazendo ser obrigados a ir para a sala, Hoseok e Yoongi eram um ano mais velhos que eu e Taehyung então foram juntos até a sala, eu e Taehyung estávamos no segundo ano, e Tae ao contrário de mim era um dos melhores alunos da escola, suas notas eram exemplares. O Garoto mais babaca do colégio, mas também o segundo mais popular era Yooghye, ele era capitão do time de basquete e ele dava mole para mim, mas como eu disse ele é um babaca.

-Está bonito hoje Jeon -Ele passou até mim e mordeu os lábios, eu apenas bufei e acenei um "Oi" com a mão.

         Me sentei em minha carteira e o professor de história entrou na sala, ele estava falando sobre guerra, aquilo estava tão chato que até mesmo deitei sobre meus braços com a cabeça e tentei dormir, tentativa falha pois a voz daquele professor era muito alta, e tudo piorou quando duas garotas não paravam de conversar e o mesmo teve a idéia de bater a régua na mesa, resultando que eu fiquei com muita raiva.

       Eu me levantei e Tae estava me dizendo com gestos em sua boca "Aonde vai?" E "Não sai da sala, fica aqui" tentativa falha pois eu já estava caminhando para fora da sala, o professor tentou me impedir com suas advertências, mas eu não estava ligando eu apenas queria descanso.

      Eu sai da sala e fui até o pátio, me sentei em um banco de madeira que se encontrava perto da quadra, olhei para o céu e coloquei meus fones de ouvido, comecei a escutar uma música agradável. A brisa batia forte e a música também trabalhava em sincronia com o vento.

     Fui deitando aos poucos no banco, mas a diretora chegou para me atrapalhar.

    -Pode me dizer o que faz fora da sala de aula? -Eu tirei meus fones de ouvido e a encarei.

-Eu não estava com vontade de ter aula daquele burro -A diretora estava com vontade de me dar uns tapas.

-Como fala assim, não tem respeito menino? Me acompanhe até a diretoria vou ligar para os seus pais- Eu não sei porque a diretoria sismavam em ligar aos meus pais, principalmente minha mãe ela nem ligava o que eu fazia ou não da minha vida, ela sempre me dava tudo que eu quero.

-Com prazer - Eu acompanhei a diretora até a sua sala, aonde ela fez todo o processo de tentar acabar com minha vida, pena que ela não vai conseguir.

-A sua mãe já está vindo -Eu assenti e fiquei encarando ela até a minha mãe chegar.

-Bom dia senhora Jeon.

-Bom dia -As duas apertaram as mãos.

-Sente-se senhora Jeon  -Minha mãe se sentou na cadeira ao meu lado.

-Então senhora, o Jeon está muito mal educado com os professores e ele não fica nas aulas. -Minha mãe bufou.

-Olha está dizendo que meu filho não tem educação? - A diretora parecia assustada.

-Não magina, eu só quero dizer que ele trata os professores e nos aqui da condenação de uma maneira desagradável, e eu não acho que  tenha sido essa a educação que ele recebeu em casa.  -Minha mãe se levantou.

-Primeiro diz que meu filho e mal educado, depois quer dizer que deve haver algum problema em casa, você que é mal educada, se ele quer ficar no pátio deixe ele afinal a vida é dele. -A diretora parecia muito assustada com as palavras me minha mãe, mas afinal eu  não estava errado, eu só queria ficar no pátio a vida é minha.

-A senhora entendeu errado - Eu estava sorrindo, a diretora parecia não entender a cena, minha mãe saiu, se despedindo de mim e me dando um beijo no rosto, a diretora ainda observava tudo.

-Bem senhor como a sua mãe não se responsabilizou em assinar a detenção, você vai ter que fazer um trabalho para poder entregar a nós no final do mês. -Ahhh fAlá sério.

-Passei aqui amanhã para pegar o tema. -Assenti e sai da sala. 

JUNGKOOK OFF
JIMIN ON

      
         Eu acordei cedo como de costume, eu fui escovar meus dentes e deci para tomar café, vi que meu pai já tinha deixado o filho dos riquinhos na escola pois o mesmo estava assistindo TV ainda vestido para poder ir buscar ele depois.

-Oi pai -Eu dei um abraço no mesmo.

-Oi filho -Falou meu pai me dando um café e forte na cabeça prendendo a mesma de baixo de seu braço.

-Cadê a mãe? -Meu pai coçou a cabeça e deu o seu sorriso doce.

-A sua mãe foi fazer compra -Suspirei.

           Fui comer alguma coisa pois meu estômago já estava quase implorando por comida, meu pai havia me dito que havia torta que minha vo tinha feito dentro do forno, o mesmo falou a verdade eu peguei um pedaço da doce torta de laranja e comi. Estava muito bom.
      Quando fui a sala meu pai estava no chão, desesperado eu corri até ele, ele não estava conseguindo dizer algo, mas eu liguei para a emergência, a mesma veio em poucos minutos.
     Meu pai foi levado até o hospital lá  ele foi diagnosticado com estresse e precisava descansar, se não ele haveria sérios problemas com o coração futuramente. Não era nada grave então ele pode voltar para casa.
    Chegamos em casa e eu o coloquei deitado na cama, aonde o mesmo relaxou.

-Filho já que você não teve aula hoje, pode ir buscar o menino na escola por mim. -Eu assenti, eu faria qualquer coisa por meu pai naquelas condições.

-Claro que vou pai, vou tentar falar com o seu chefe para mim te substituir, assim você pode se aposentar -Meu pai tentou levantar da cama mas eu o impedi.

-Não filho, não quero que você largue a escola, e eu...

-Pai ja esta na hora e você sabe disso, eu nao vou fazer uma faculdade de qualquer jeito -Meu pai suspirou.

-Queria ter condições de te dar um futuro melhor -Meu pai começou a chorar e eu o abracei.

-Não chore, eu amo você e é isso que importa-Ele deu um beijo em minha testa.

        Fui até o quarto e vesti um terno preto e uma blusa social branca com uma gravata preta, eu tinha que ir formal estava quente e o terno estava Me matando, desci as escadas e meu pai me explicou o caminho, bem era um pouco longe mas eu faria isso pelo meu pai, ele me passou o caminho da escola e disse que Jeon era um doce de pessoa e ele ia me explicar o caminho da casa aonde o mesmo morava.
         Ver meu pai chorando por causa de muitas futuro e comovente para mim, eu tive que parar a escola ano passado mas voltei esse ano,  fora que eu já repeti um ano estou dois anos atrasado na escola e infelizmente ainda estou no segundo ano com vinte anos de idade.
     Peguei a chave do carro e fui até o caminho indicado, cheguei a frente de um prédio enorme aquilo parecia mais um castelo do que uma escola. Vários alunos iam saindo e cansado de esperar eu sai do carro e me encostei no mesmo.
     Um garoto branquinho um pouco mais alto que eu caminhava em direção ao carro, o mesmo estava com um olhar confuso.

-Cadê o velho ? - Meu pai disse que ele era um amor de pessoa.

-Ele está doente e teve que se ausentar, agora eu vou ficar no lugar dele, depois de falar com seu pai. -O Garoto me encarou.

- adorei a troca -Ele mordeu os lábios e eu apenas limpei a garganta e abri a porta do carro para que o mesmo entrasse.

-Sr Jeon eu não sei o caminho de sua casa pode ir me indicando? - Falei  e me sentei no banco do motorista, o mesmo que estava no banco de trás veio perto de meu ouvido e sussurrou.

-Claro - Um arrepio passou por meu corpo.

        Ele não parecia ser o amor de pessoa que o meu pai falou.

-Vire à próxima a direita -Ele sussurrou perto de meu ouvido, eu fiz como indicado entramos em uma rua aonde só havia mansões.

-Deve ser nessa rua, mas qual casa e? - só podia ser naquela rua pois ela era sem saida.

-Espertinho você, e aquela branca e beje - Ele apontou para a casa mais bonita da rua, ela era enorme e cheia de vidros.

-Sua casa e bem bonita - O Jeon riu.

-Posso te mostrar ela toda se quiser- Ele disse em um tom malicioso.

-Me desculpe senhor Jeon mas eu não tenho segundas intenções com o senhor, eu apenas quero trabalhar - Pelo espelho vi Jeon soltando um riso sarcástico.

-Você é gay Jimin - Fala sério o garoto ainda quer tentar investir em mim.

-Não Jeon eu sou hetero - Eu não era hetero, eu sou Bi, nunca cheguei a namorar um menino apenas tive algumas noites.

       Parei o carro na frente da grande mansão e abri a porta só carro para o Jeon, o mesmo saiu do carro e me fitou da cabeça aos pés, ele era bonito e fazia o meu tipo eu não ia negar, mas só estou aqui para trabalho.
     A casa por fora era linda mais conseguia se quase perfeita por dentro, tudo era incrível Jeon até riu de minha reação.

-Meu pai está no escritório e no segundo corredor, terceira porta a esquerda. - Ele disse e eu subi as escadas.

      Até mesmo a escada daquela casa era perfeita, se o Jungkook era assim mal educado imagina o pai, eu engolia a seco cada degrau que eu subia.
     Cheguei a uma grande porta de madeira, eu bati na mesma duas vezes e pude ouvir uma voz dizendo "Entre", eu a abri lentamente e o homem se assustou, afinal eu não era nem um pouco familiar para o mesmo.

   -Com licença Sr Jeon.  - O homem se levantou.

-Quem é você? Desculpe mas não me lembro -O homem se sentou na cadeira a frente.

-Você não me conhece, eu sou filho do Park JungKim me chamo Park Jimin - O homem arqueou as sobrancelhas.

-Sente-se então-  Estranhei pois o seu filho não era assim.

-Meu pai ficou doente e precisamos desse dinheiro desse emprego para poder viver, eu tomei a liberdade de pegar o Jeon na escola hoje, pois meu pai vai se aposentar. - O homem parecia preocupado.

-O que aconteceu com ele ?

-Ele estava muito exausto. -O homem pareceu mais aliviado.

-Claro que pode ficar com o emprego, me parece um jovem decente, mas é a escoal, você não estuda? - O homem se levantou indo até  a janela.

-Estudo sim senhor, mas vou largar a escola para trabalhar - O homem veio até mim.

-Bem que tal só ser o motorista do Jeon? assim você pode ir para escola junto com  ele e pode até ser um segurança pessoal para quando ele quiser ir à alguma festa.

Até parece a mensalidade da  escola do Jeon devia ser mais cara do que minha casa.

-A mensalidade da escola e muito cara senhor - o Homem colocou a mão em meu ombro.

-Não se preocupe, te darei uma bolsa, você aceita? - Essa era a melhor pessoa que já conheci em minha vida.

-Senhor é claro que aceito, obrigado  - A porta foi aberta e logo revelando o Jeon. - O Homem foi até a porta e trouxe o filho a dentro.

-Filho esse é Park Jimin e ele irá ser seu novo motorista e colega de classe.

-Prazer sou Jeon Jungkook - O Garoto estendeu a mão.

-Prazer Park Jimin - Eu também estendi minha mão selando as mãos.

-Ele também será um segurança privado - Jeon Sorriu

       Me despedi de ambos e eu estava indo para casa mas Jeon estava atrás de mim.

-Te vejo amanhã, tigrão