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História Poder Secreto - Revelação


Escrita por: thisuchii

Notas do Autor


Esse capítulo é tipo bomba, como diz o magnífico Deidara: explosão!

Capítulo 25 - Revelação


                      Poder Secreto


                                                     Sakura 


Palavras não poderiam ser descritas e muito menos ditadas para poder comparar com a tamanha raiva, ou melhor, uma grande decepção que eu estava sentindo de Sasuke.

Ele simplesmente, inacreditavelmente, tinha feito eu me sentir como uma mulher qualquer, como se eu fosse apenas um buraco de foda.

Eu desejei, eu juro, por um momento eu desejei que algum tipo de meteoro pudesse cair sobre sua cabeça dura.

Ao longo do meu dia, até o presente momento, estava sendo muito difícil para mim me concentrar em apenas uma coisa, meu humor estava péssimo demais graças ao o excelente e soberano Uchiha.

Por um mísero segundo, mas foi fração de segundos, eu pensei em revida-lo de uma maneira que o deixasse louco, maluco, e que ele pudesse questionar sua própria existência na terra, mas, eu não estava preparada ... não ainda, e não agora.

Notei finalmente o relógio na parede marcar cinco horas da tarde, respirei e inspirei fundo, eu precisava me lembrar que era necessário respirar, ou algo de pior poderia acontecer. Meu corpo estava quente, fervendo, qualquer um que me tocasse naquele momento poderia jurar que eu estaria queimando em febre, mas é apenas a minha raiva descontrolada mesmo.

Com muita pressa eu arrumei meu escritório e peguei minhas coisas que ali estavam e desci rapidamente até o estacionamento, claro que evitei as pessoas ao máximo pois eu não queria descontar minha indignação com ninguém, elas não mereciam isso.

Eu avistei a limusine de Sasuke logo a frente que estava sendo dirigido por Orochimaru, que me analisava atentamente e com um certo cuidado.

— Boa noite senhorita Haruno.

Inspirei fundo, parando um em uma certa distância dele, procurando as palavras certas para não ser grossa demais.

— Eu vou sozinha hoje, Orochi, eu pego algum táxi.

— Mas o Senhor Uchiha me pediu para levar você até seu escritório.

— Que se dane o Uchiha, eu vou sozinha.

Bradei, batendo o meu pé contra o solo da calçada antes que eu pudesse me virar, mas a voz calma de Orochimaru me parou antes mesmo que eu seguisse adiante:

— Quer que eu a leve para sua casa em segurança?

Entortei meus lábios para o lado fazendo uma cara de pensativa, apoiando o meu corpo em apenas uma de minhas pernas para conseguir olha-lo de canto:

— Muito obrigada por ser muito prestativo comigo Orochi, mas, pode mandar um recado para o seu chefe?

Era inevitável não manter um sorriso sarcástico nos meus lábios e, certamente, Orochimaru fez o mesmo depois de me ver sorrir, ele entendia até então o meu lado e, sabia tanto quanto eu que seu querido chefe não era uma pessoa fácil de se lidar e com toda a certeza do mundo eu não era uma pessoa que facilitaria as coisas para ele, eu não era melhor que o Sasuke quando o assunto seria uma supremacia geral, mas eu aprenderia a manusea-lo. Eu poderia ser o Sasuke na versão feminina, ou até pior.

— Sim, eu posso mandar o seu recado.

— Diga para ele que a diversão é bem melhor do que se possa imaginar, e eu realmente espero que ele não apareça em casa, enfim, tenha uma boa noite Orochi.

Ele sorriu para mim depois de abaixa sua cabeça em minha direção, como em redenção, e ele percebeu que, nem comigo estava sendo fácil em lidar com o Uchiha, Orochi me entendia.

— Tenha o máximo de cuidado possível Senhorita, por favor.

Sua voz ficou um pouco distante enquanto eu me afastava lentamente, seguindo até o ponto de táxi a poucos passos dali, levantei minha mão ainda de costas, acenando um 'até mais' para ele.

Não demorou tanto como de costume antes que eu pudesse chegar no Park Avenue, eu tinha passado em um supermercado bem próximo a cidade de Avenue, que para mim era novo já que não tinha o costume de frequentar o Park, as coisas não cabiam no meu orçamento no passado, com toda a certeza não cabia nem um terço. 

As pessoas eram finas demais, até demais, as coisas eram mais sofisticadas e refinadas, mas eu não me importei no momento, estava cansada de caminhar e queria chegar em casa logo.

Depois de fazer uma pequena e mini compra, enfim estava em casa. Mas minha raiva voltou quando eu ultrapassei o elevador e quase, sim quase, disquei o numero do apartamento do Sasuke como de costume, mas eu preciso manter distância dele, e minha indignação aumentava a cada momento que eu recordava que sua presença estaria a poucos metros daqui.

Talvez seria até bom se ele aparecesse, agora, por que com a raiva que eu estou poderia muito bem pular no seu pescoço e enforca-lo até a morte.

Não, morte não mas talvez deixa-lo inconsciente, isso sim.

Tomei um banho demorado e relaxante na banheira nova do banheiro do meu quarto, era a primeira que eu sentia o prazer de me deleitar sobre esta banheira nova. Fiquei por volta de meia hora, quase dormindo, mas decidi sair para preparar algo para comer. 

Me enrolei na toalha e caminhei dentro do quarto espaçoso e muito iluminado e escutei meu celular tocar em cima da minha cama, quando vi o nome da minha mãe no visor.

— Mamãe. Oi.

—Eu queria saber o que se passa tanto nesses dias em Nova York que você acabou esquecendo da existência da sua própria mãe, outra vez.

Eu sorri com um certo receio do que viria depois, minha mãe era alguém extremamente protetora e também sarcástica, claro que, eu tinha puxado totalmente a ela, meu Pai era reservado e quieto demais, até demais.

— Desculpa mãe, eu acabei me distraindo muito esses dias.

Era possível ouvir sua risada mais madura através do celular, e também com uma mistura de sons de animais e o clima do campo, que saudade.

— Sei, quer dizer que a distração se chama Sasuke Uchiha agora, claro, depois que você o conheceu acabou esquecendo da sua própria mãe.

Fiquei surpresa, eu poderia estar enganada mas, eu podia sentir uma pontada de ciúmes em sua voz. Eu comecei a rir, depois de entrar no meu closet e colocar o celular no viva-voz enquanto procurava uma roupa confortável.

— Não é apenas ... o Sasuke. Eu comecei a trabalhar agora.

— Isso eu já sabia, com ele, claro né filha.

Eu podia ouvir o seu sopro de leve mesmo que distante, através do microfone. Todas as minhas roupas do meu antigo apartamento estavam no closet, agradeci aos céus com o que estava diante de mim, minhas roupas estavam intactas na minha frente.

— Você está fumando?

— Ah não me culpe por estar fumando agora, eu juro que tentei livrar o meu estresse jogando bola com o Dan, mas a bola fugiu de mim.. dos meus gritos, acredita?

Rimos juntas com as brincadeiras da minha mãe, eu amava ver e conseguir imaginar que ela estaria bem, sempre sorrindo como sempre esteve. 

— O Dan está bem? Eu sinto tanto a falta dele.

Eu encarei um babydoll de cetim branco em renda que eu gostava enquanto esperava a resposta dela, eu queria ser mais presente na sua vida e me arrependo tanto de ter permitido essa pequena distância entre nós.

— Ah, ele está bem. Um dos motivos pela minha ligação é que ele me contou que sonhou com você, disse que você chorava no sonho mas não sabia o por que. E com certeza ele sente demais a sua falta.

Eu parei, meditei por um momento sentindo um tremor em meu peito com uma mistura calorosa de adrenalina, eu queria nesse exato momento poder atravessar o celular e correr até ele e envolver seu pequeno corpinho em um abraço aconchegante.

—Eu estou bem, apesar da imensa saudade de estar com vocês, é terrível, então acho que deve ser esse o motivo do meu choro no sonho dele, ou talvez as prestações de compra que chegará no meu cartão.

Eu sorri fraco escutando ela rir baixinho, me vesti com o meu babydoll me sentindo muito confortável, suspirei fundo pegando o celular novamente e caminhando até o primeiro andar, seguindo para a cozinha.

— Talvez esse deva ser o motivo, mas eu o tranquilizei e disse que você estava bem, claro que eu decidi vim certificar se eu estava certa em dizer que você está bem.

— Eu estou bem mamãe, não há nada em que se preocupar.

Suspirei, colocando o celular no balcão enquanto me virava no fogão decidindo preparar uma lasanha com as pequenas compras que fiz.

— O que está fazendo?

— Eu vou preparar a janta agora, estou com um desejo enorme de comer uma lasanha.

— Desejo? — Eu podia ouvir um tom de ironia em sua voz que repentinamente nos fez cair na gargalhada juntas.

— Calma, é apenas um desejo comum que pode ser saciado com a comida, nem estou louca para chegar a esse ponto de estar grávida, não ainda.

Ela fez um som chateação com sua voz, me fazendo rir sem parar, enquanto ligava o fogão e começava a preparar a carne moída.

— Que pena, eu queria tanto um netinho.

— Talvez daqui uns anos, ou talvez você nem esteja viva. — Eu resolvi provoca-la, ouvindo ela reclamar e esbravejar entre risos através do celular.

— Ah mas você ainda vai realizar esse meu desejo, viva, ok mocinha.

— A senhora quem manda.

— Credo. Senhora soa tão velha. Mas você está se cuidando? Digo, an, se precavendo de uma talvez gravidez precoce?

Sua pergunta foi direta, na lata para ser preciso, eu suspirei fundo em agradecimento por não estar de frente com ela ao sentir minhas bochechas queimarem de tanta vergonha.

— Sim mamãe eu... eu tomo a injeção em cada doze semanas, eu me adaptei melhor assim.

Nunca senti tanta dificuldade ao me explicar para ela sobre algo que, talvez seria simples, mas para mim era assustador falar com minha mãe.

— Sério? Isso é muito bom para você. Ele que te ajudou nisso?

Meu rosto agora queimava, fervia de tanta vergonha, fechei meus olhos e desejando que eu evaporasse de uma hora pra outra.

— Eu passei por uma médica indicada por ele, mãe.. vamos mudar de assunto. — Implorei quase que chorando, ainda ouvindo ela rir de mim.

— Tudo bem, eu estou estranhando uma coisa filha, está muito silêncio em volta da ligação, onde está as meninas? Ino, Hinata, Temari, Ten …

Ela dizia os nomes das meninas, me fazendo rir e me voltando para a ilha da cozinha, me apoio sobre os cotovelos na ilha.

— Elas estão muito bem, Ino não chegou ainda do trabalho provavelmente ela deve estar com o Sai.

Ela choramingou, me fazendo sorrir ainda apoiada sobre a ilha, erguendo e batendo os meus pés pelo ar.

— Aí, minhas meninas estão me abandonando por causa de homens. O que aconteceu nesse período curto? E de repente, boom, aparecem namorando.

Ela imitou o som de uma explosão com a voz, me fazendo pigarrear entre risos. Fazia um bom tempo que eu não sentia assim, feliz enquanto conversava com minha mãe.

— Não aconteceu nada demais, foi apenas o destino.

— Que destino mágico esse, em. Acho que preciso passar um tempo em Nova York para ver se esse destino acontece comigo também.

Ela soltou uma gargalhada contagiante demais, mesmo com o barulho da chamada eu consegui ouvir a porta da sala sendo aberta pela chave de segurança automática, que apitava quando alguém entrava pela senha digitada na porta.

— Você deveria passar um tempo aqui mesmo, conhecer mais o ar poluído.

A provoquei, rindo de lado depois de esticar a minha mão pelo centro do balcão e pegar uma uva da taça de vidro decorativo que tinha ali, Ino provavelmente tinha feito a feira esses dias.

— Eu queria muito ir e sentir o cheiro de poluição da cidade mesmo acostumada com ar puro do campo, mas quer saber? Eu vou pensar mais no seu convite filha.

Sorri quando vi sua silhueta na porta da cozinha, logo depois de se livrar dos seus saltos.

— Isso não é um convite Mebuki, é uma ordem está me ouvindo?

Ino se apoiou e estreitou no balcão, assim como eu para poder alcançar o celular e soar o alerta rigoroso a minha mãe, que começou a soltar gritinhos histéricos depois de ouvi-la.

— Mas que ordem maravilhosa de se ouvir, que saudade de você minha lindeza. Se a gente tivesse falando mal de você agora provavelmente iria escutar, acabei de perguntar de você para a Sakura.

Mamãe dizia toda apaixonada por Ino que, não era nada orgulhosa, começou a se gabar, insinuando beijar o seu próprio ombro.

— Eu sou linda mesmo, eu sei, você deveria ter umas aulas com a mestra aqui.

Ino a provocou, soltando seu riso junto com minha mãe. Sorri balançando minha cabeça, voltando a atenção para a panela de carne moída que, aparentemente estava pronta e incrivelmente cheirosa, soltando o seu aroma que dava água na boca.

— Toma vergonha na cara Ino e trate de ser mais responsável viu, mesmo distante eu estou de olho em você.

— Eu amo os cuidados da senhora tia, mesmo que, seja mais exagerado do que os cuidados da minha mãe.

Ino saltou da ilha em um pequeno pulo, andando até ficar ao meu lado para prestar atenção no que eu estava fazendo e sussurrar próximo a minha orelha:

— O que está fazendo Saky?

—  Lasanha.

— Droga, a porra da minha dieta vai por água a baixo desse jeito. Tia, a senhora sabia que sua filha é uma desgraçada de uma modelo agora?

Ino se virou para o balcão onde estava meu celular, voltando a dar atenção para a minha mãe, que mesmo distante estava presente.

— O QUE? MAS QUE TIPO DE MACUMBA FOI ESSA DONA SAKURA?

Ela não dizia, mas gritava pelo celular com total surpresa, enquanto corri em direção da Ino, pronta para desferir-lhe um soco mas ela começou a correr em volta da ilha da cozinha, me fazendo desistir de persegui-la.

—Pois é, ela virou uma modelo e acredite, com o gostoso do fodido do Suigetsu. Sim, o modelo.

— Ino!

Chamei sua atenção, arregalando os meus olhos quase que em um pedido mudo para ela dizer menos, mas com o tamanho enorme da sua boca e da sua língua de cobra era difícil, com certeza, lhe fazer esse pedido simples.

— Eu não acredito nisso filha, vocês só podem estar brincando comigo, eu estou chocada demais.

— Acredite tia Mebuki, eu também fiquei. — Ino sorriu, mandando um beijo para mim e depois se esquivou para também pegar a uva da taça de cristal. Suspirei pesadamente, me virando para o fogão e pegando a panela com a carne moida já pronta e depositando em cima da ilha de mármore, começando a pegar os preparativos para poder montar a lasanha.

— Sakura, filha, você não me contou esse detalhe do seu trabalho, que péssima filha.

Suspirei fundo começando a montar a lasanha com queijos, presunto e a massa fina em uma travessa de vidro, olhando a Ino abrir a geladeira e pegar uma garrafa de vinho branco.

— Pois é mamãe, eu comecei a trabalhar como modelo, e por incrível que pareça com o Suigetsu.

Ela gritou outra vez, como se tivesse gritando por uma banda famosa como uma fã loucamente apaixonada faria.

— Eu vou querer saber como que você o conheceu?

Revirei os olhos enquanto balançava  minha cabeça de um lado para o outro, incrédula por Ino ter tocado nesse assunto justo agora, justo hoje.

— Foi em um pequeno acidente mãe, acredite, eu acabei esbarrando nele já que sou muito desastrada.

— E ela adorou.

— Você quer parar de me irritar, Ino?

Ino se entrometeu mais uma vez, agora na tentativa de me provocar, mas eu apenas mostrei meu dedo do meio, eu já tinha atingido minha cota de irritação naquele dia, eu poderia explodir a qualquer momento.

— Eu sinceramente preciso passar uns dias em Nova York com vocês, talvez para distrair um pouco.

Minha mãe lamentava do outro lado da linha, era perceptível a frustação na sua voz, como se ela precisasse um pouco de tempo para si mesmo. Depois que terminei de montar a lasanha eu me virei para o fogão que já estava com o forno pré aquecido e o depositei ali, colocando no temporizador e voltando para a ilha, percebendo que tinha algo a mais que minha mãe precisava me dizer.

— Mamãe, você me disse mais cedo que tinha alguns motivos para a sua ligação, o que exatamente seria os motivos?

Questionei, mordiscando o meu polegar depois de me apoiar novamente sobre a bancada da ilha, olhei para a Ino que estava bem distraída com a preparação de uma salada sofisticada de rúcula e tomates cerejas que eu tanto amava.

— Bom, não é nada demais minha querida, mas pra ser sincera eu só queria saber se você.. andou falando com o seu Pai?"

Sua voz saiu com um certo atraso, ela se atrapalhou com suas próprias palavras, me deixando um pouco intrigada e agora com milhares de questões na minha mente, eu estava confusa.

— Depois que eu fiz a viagem até Dallas eu nunca mais o vi ou conversei com ele, você sabe, papai é muito na dele.. é até assustador.

Minha voz saiu melodiosa, já se fazia muitos anos que eu era próxima dele, eu acabei tendo uma impressão de que meu próprio Pai tinha virado um estranho e desconhecido para mim.

— Eu imaginei que fosse assim mesmo.

— Mas por que da pergunta, aconteceu alguma coisa?

Por um segundo, mas só por um milissegundo, eu me incomodei com o silêncio atormentador da minha mãe.

— Não é nada filha eu só... soube que ele sumiu, sabe, saiu do emprego e não foi mais visto, eu desconfiei que ele havia viajado para ... nova york.

Franzi o cenho, parando para pensar por um momento, não teria o por que ele viajar para nova york sem ao menos me avisar, com certeza ele me deixaria um recado. Mas eu não tinha o direito de cobrar algo dele, desde aquele incidente, eu e meu Pai não tínhamos uma conexão comum de pai e filha como antigamente, ele simplesmente foi embora, assim como eu fui um dia. 

Ino se aproximou de mim, notando a minha estabilidade imediata, com certeza ela ouviu o que minha mãe tinha me dito.

— Se eu souber que meu pai está por aqui eu vou avisar, e eu vou dar um jeito de ligar para ele.

— Faça isso filha, ultimamente ele anda me evitando sabe, mesmo sendo amigos ele está tornando o 'somos' como um 'quase' amigos, é estranho.

Ela riu estranhamente me fazendo sorrir, ouve alguns ruídos e uma voz mais grave no fundo da sua chamada, como se estivesse chamando pela minha mãe, eu acabei ficando curiosa.

— Você está sozinha?

— Claro que não, estou na sacada de casa, sabe o meu companheiro está me chamando para jantar.

Ela estralou os lábios, e imediatamente Ino correu para grudar sua boca no microfone no meu celular:

— Tira essa bunda dessa sacada e corre para os braços do homem mulher, a gente se fala depois.

Ino a alertou fazendo com que surgisse um único sonido de nossas risadas conjuntas, eu tive que concordar com a ela.

— Ino tem razão mamãe, vai, depois a gente conversa.

— É, vocês têm razão. Pelo amor de Deus, não somem, tá bom?

— Pode deixar mamãe, eu te amo.

— Também te amo filha, se cuida Ino e, amo você também.

— Sabe que você é minha mãe segundona, se cuida.

Risinhos foram soados pela minha mãe antes dela poder desligar a chamada de voz, deixando um silêncio comunitário outra vez, droga, eu já estava sentindo a falta da sua voz maluca.

Senti Ino soltar uma fungada na minha nuca para que eu pudesse olhar para trás em sua direção, ela estava com um sorriso no rosto enquanto sua mão estava esticada para me entregar uma taça de vinho branco que ela acabará de colocar.

— Vamos beber um pouco hoje?

Eu mirei meu olhar sobre ela e em seguida para sua mão, pegando a taça e me afastando lentamente dela, caminho em direção a sala de estar para degustar da calmaria.

— Não podemos beber muito, amanhã temos que trabalhar.

Falei, antes mesmo de me virar em sua direção já que, eu estava sendo seguida por ela, que também segurava uma taça de vinho em suas mãos, ela fez uma careta de reprovação.

— Credo, você está agindo como minha chefe dentro de casa.

Comecei a rir antes mesmo de me jogar no largo e espaçoso sofá, esticando as minhas pernas e bebendo do meu vinho um pouco amargo em meio de uma imensidade adocicada, era muito bom.

— Se pararmos para pensar eu sou meia chefe.

— Não interessa, você praticamente é a mulher do chefe então, você é a chefa.

Ino me explicava suas teorias me fazendo rir, ela caminhou até mim e subiu em minhas pernas para se sentar sobre elas, de frente para mim, colocando seus joelhos apoiados no sofá um de cada lado do meu corpo, dei de ombros voltando a beber do líquido esbranquiçado.

— O que aconteceu entre vocês dois, em? Eu conheço você até de olhos fechados.

Ela perguntou, descansando sua mão que segurava o vinho em sua coxa, esperando pela minha resposta. Rosnei baixo e revirando meus olhos me lembrando da grande mancada que o Uchiha me deu mais cedo, era algo muito íntimo mas que me tinha um significado muito grande.

— Ele me deixou na mão hoje, você acredita? Ele me levou a uma armadilha mais cedo e deixou de suprir minhas necessidades, eu não quero ver ele tão cedo, então, estou o evitando.

Ela bufou com um certo deboche da minha decisão prematura, eu sabia que eu iria falhar, mas, não custava nada tentar, uai.

— Você está se ouvindo, Saky? Você não desgruda daquele homem nenhum segundo, eu até estou estranhando que você não esteja com ele agora.

— Como você ouviu, estou evitando ele.

Ela gargalhou alto, revirando seu vinho de uma vez na sua boca, mas eu a ignorei e a imitei bebendo o restante do meu.

— O que ele te fez em?

— Nada. — Tentei desviar do assunto.

— Fala logo.

— Nós transamos. Ele gozou. Mas eu não. Ponto.

Falei pausadamente, sentindo a indignação me domar outra vez, Ino fez um 'O' com sua boca por conta da sua surpresa, eu sou uma mulher necessitada droga. Ela começou a gargalhar da minha própria desgraça soltando uma risada abafada.

— Nossa, uau, quer dizer que quando saímos do seu escritório foi para dar liberdade para vocês transarem? Mas que ... SAFADOS.

Sua ultima palavra foi um grito nos meus ouvidos, me fazendo automaticamente tampar minhas orelhas com as mãos.

— Mas foi a .. primeira vez.

— De muitas, você quer mais .. olha pra sua cara descarada, você é depravada igual ele. Você quer mais!

Ela me acusava e apontando um dedo na minha cara com um sorriso safado, eu mordi meu lábio inferior dando um leve tapa na sua mão para tirar o seu dedo enfiado no meu rosto.

— Claro que eu não sou depravada, é que, bem, ele me deixou tão ...

— Não, chega. Não quero ouvir como vocês ficam quando transam, eu vou acabar ficando excitada. Mas se você quiser eu posso terminar o serviço inacabado dele com meus próprios dedos.

Revirei os olhos, soltando um gemido de ânsia para ela, peguei a sua taça vazia da sua mão e a empurrei para o meu lado com a outra mão livre, vendo ela cair do meu colo e me lançando um olhar de carranca.

— Ui, não. Isso não é bem a minha praia gatinha então fique calada e vai buscar mais bebida para nós, hoje eu quero distrair.

Ela se levantou, revirando sua cara de esnobe antes de caminhar até a cozinha e voltar rapidamente com a garrafa cheia em mãos.

— Eu quero saber como foi lá com o Suigetsu.

Ela me intimou, me analisando fixamente com um sorriso nos lábios enquanto servia nossas taças outra vez com o vinho.

— Eu acabei fazendo uma prova de um vestido, acredite Ino, o vestido era incrível.

— Você tem fotos com o vestido?

Suspirei fundo passando meus dedos sobre o meu queixo, me recordando que eu tinha tirado algumas fotos pela câmera do meu próprio celular.

— Eu tirei algumas fotos, e bom, ele me explicou que daqui um dois dias teremos um desfile para uma marca famosa, será um evento grande.

— Ah mas eu vou ser a primeira a ir, com certeza. O Suigetsu é mesmo um gato, você tem sorte amiga.

— Ino, não viaja.

— Eu adoro ver o jeito que ele fica babando por você, que se foda Saky, até eu babo por você. E o Sasuke, como está lidando com tudo isso?

— Eu ainda não conversei com ele sabe, eu nem consegui já que aconteceu aquilo ... digo, no escritório.

— Vocês transaram primeiro, vou aderir isso com o Sai, amei essa iniciativa de uma ótima conversa. E você vai conversar com ele?

— Desta vez eu vou, eu preciso ter uma conversa com ele, não posso chatear ele outra vez com isso, eu até entendo essa preocupação toda que ele tem.

Eu sabia que se referia ao passado dele, mas também o meu passado estava sendo envolvido nisso.

— Olha, realmente eu não entendendo essa 'coisa' que vocês dois tem, falando nisso eu discuti com ele hoje antes de você chegar, talvez eu tenha pegado pesado com ele mas ele precisava ouvir, por que até então eu estava muito estressada.

— Vocês o que? — Me peguei de surpresa, voltando a ter uma postura ereta no sofá.

— É sério Saky, eu briguei com ele, mas só um pouquinho, talvez muito, mas ele precisava ouvir que ele não pode tentar impedir você de seguir uma carreira de modelo.

— Ino ... não era para você falar assim, ele não esta impedindo, é que ... — Soltei um suspiro pesado, coçando a minha cabeça. Eu não poderia falar mais nada. — Você não entenderia.

— Tudo bem, eu não vou mais encher o saco dele, eu prometo. Mas espero que isso não tenha haver com o seu passado Saky, sabe, eu não sei se você falou pra ele do seu ex-

— Não. Eu não falei. — Eu a cortei, antes que ela pudesse terminar de falar, eu ainda não estava pronta e talvez seria difícil demais pra mim, eu não sei como ele iria reagir ao saber do que eu passei, o meu maior medo é a sua reação.

— Você está bem em falar desse assunto amiga?

Ino me perguntou com uma certa preocupação em sua voz, apertei minha mão em um punho, feliz por não estar sentindo meu corpo começar com seus pequenos tremores.

— Eu sei que tenho que falar com ele sobre isso, ele precisa saber, eu não posso ficar adiando mais, eu só... preciso me preparar primeiro.

Por um momento Ino me encarou com um sorriso fraco nos seus lábios, eu abaixei minha cabeça percebendo o meu grande fracasso. Me assustei com a sua aproximação repentina, ela tocou meu queixo com seus dedos para erguer meu rosto na altura do seu com um sorriso para mim.

— Vamos deixar esse assunto pra lá, vamos nos animar, beber um pouco e ouvir uma música, falando nisso você tem que experimentar a beleza que é a nossa home theater planejado da sala.

Comecei a rir vendo ela correr até o rack com o painel e pegar o controle e ligar o som em uma altura moderada, mas as ondas sonoras lembravam muito a uma casa noturna já que as caixas de sons estavam espalhadas pela sala embutidas pelas paredes e móveis, oferecendo uma música ampla.

— Nossa, eu gostei, até parece que eu estou dentro se uma casa noturna.

— Eu sei, por que você acha que eu gostei, ein?

Ficamos curtindo aquele pequeno momentos juntas por alguns minutos, diversas músicas foram tocadas enquanto dançavamos e bebiamos em sincronia e ritmo da música, deixando que aquele momento nos levassemos enquanto rimos e cantávamos. Nos tínhamos secado praticamente a garrafa de vinho inteira, eu sentia o meu rosto queimar com e minhas bochechas estavam vermelhas com o calor do vinho que traspirava pela minha pele, me causando uma sensação muito boa e prazerosa.

Depois de uns minutos nos divertindo, Ino tinha subido as escadas para tomar um banho no seu quarto já que ela tinha feito planos com o Sai, eu no entanto, vou permanecer nesta sala sozinha e iria fazer valer a pena mesmo que eu estivesse sozinha, eu não me importava.

Queria mesmo era me distrair.

Corri até a mesinha e troquei de música, dei um pulo quando começou a tocar a música que eu gostava, sorri aumentando o volume ao máximo e mordi meus lábios de forma divertida, eu voltei a correr na sala para o sofá e  subindo em cima dele enquanto eu bebia um gole grande do vinho em minha mão, comecei a mover os meus quadris sensualmente ao ritmo da musica, balancando de um lado para o outro conforme a melodia, como se não houvesse o amanhã.

Eu adorava escutar 'No running from me Toulouse' ainda mais sozinha, eu podia me imaginar como eu bem quisesse e fazer o que eu queria e da forma que eu queria, sem me preocupar com nada.

A música era a minha companheira e melhor amiga, ela apenas fazia o papel de me levar para um outro mundo enquanto eu a fazia se sentir importante no momento presente, o prazer e a satisfação de estar ali era algo indescritível.

Eu ri sozinha, comigo mesma, me requebrando e rebolando como nunca quando escutei a campanhia tocar e se misturar com a música, quebrando um pouco da melodia.

Provavelmente seria o Sai atrás da Ino, já que ele viria buscá-la para que eles pudessem sair juntos.

Depositei o vinho na mesinha que tinha do lado da porta, virando a chave da porta e tomando um susto quando a abro, finalmente, vendo a estátua  perfeita de Sasuke parado na minha frente, com um sorriso fodidamente perfeito, droga ele tinha um sorriso sensual e único.

Seus musculos perfeitos e definidos estavam desenhados pela sua camiseta branca, ele também vestia uma calça jeans e com os seus fios de cabelo negro levemente bagunçado, fazendo meu coração palpitar como de um passarinho, eu amava demais aquele homem.

Inspirei fundo, como uma boba apaixonada, não deixei de notar que ele segurava um lindo buquê de flores vermelhas em sua mão direita e uma pequena caixa personalizada de bombons de chocolate, me fazendo soltar um grito escandaloso da segunda Sakura que vivia dentro do meu interior.

— Boa noite minha bonequinha.

Sua voz saiu sedutora demais, além do normal, era como se ele tivesse fazendo de propósito.

Eu o encarei, sem piscar, me recordando da sua falta de humanidade mais cedo, desejando fechar a porta na sua cara e fingir que ele não existe mais, o que era difícil, mas cruzei meus braços em meu corpo e bloqueando sua passagem, ele me analisava atentamente com um sorriso agora maior em seu rosto, aparentemente ele estava surpreso.

— O que está fazendo aqui Uchiha? Meu recado pra você não foi o suficiente?

Ele lambeu seus beiços me fazendo petrificar na porta ao sentir um choque correr em minhas pernas até a minha nuca. Eu amoleci completamente, como uma geleia, eu poderia cair no chão a qualquer momento.

— Eu vim ver você meu amor, eu não poderia deixar você aqui e sozinha.

— Mas eu não quero ver você, tchau.

Antes que eu pudesse me virar e fechar a porta ele colocou o seu pé na frente, impedindo que eu pudesse fecha-la, e em um leve movimento ele já estava dentro da minha sala, sempre sorrindo e me deixando mais brava, ele estava agindo como se não tivesse acontecido nada. Rapidamente ele caminhou até o balcão que dividia a sala com a cozinha, deixando o buquê e o chocolate em cima e se voltando em minha direção em passos lentos e levando suas mãos em minha cintura, me puxando para ele.

— Não faz assim meu amor, ainda está brava comigo?

Eu queria fuzilar ele somente com meu olhar, soltei um sorriso forçado e tentando desprender seu corpo do meu, mas era impossível comparar a força do Sasuke com a minha.

— Sério, Sasuke? Você ainda me pergunta.

— Pelo visto você estava curtindo sem mim.

Ele parou por um momento, caminhando o seu olhar pelo meu corpo, analisando cada detalhe até voltar ao meu rosto, acrescentando:

— Você está tão quente vestida assim, me deixou mais animado. E pela sua cara ... estava bebendo.

— Eu estava tirando o meu estresse.

— O que eu posso fazer pra você me perdoar, hn?

Ele sussurrou próximo a minha orelha, dando um beijo demorado em meu pescoço e passando o seu nariz no mesmo, fazendo minhas pernas tremerem e minha intimidade umidecer na mesma hora, merda de Uchiha.

— Nada, só indo embora.

Ele soltou um risinho baixo próximo a minha pele, me arrepiando toda, ele afastou seu rosto do meu pescoço e subiu em direção ao meu rosto, inalando o cheiro da minha que, para ele, parecia ser algo agradável demais.

— Mas parece que você não quer que eu vá, e nem eu quero ir, então …

Ele murmurou próximo a meus lábios enquanto o encarava com ferocidade, me deixando excitada.

— Você me chateou hoje, é melhor você ir...

— Hm.

Ele não disse mais nada, apenas se aproximou dos meus lábios o tomando para si em um beijo calmo mas com uma certa urgência e intensidade, era como se nossos labios tivessem um imã um no outro, dificultando a nossa separação. Ele insistiu no beijo, pedindo um espaço na minha boca com a sua língua me fazendo ceder com tamanha vontade, eu abri minha boca para que sua língua explorasse a minha, dando início a um beijo intenso de língua.

Ele gemeu em meus lábios descendo suas mãos nas minhas coxas e me erguendo em seu colo enquanto caminhava comigo em seu colo me encostando na parede, tremi ai sentir a parede gélida em minha pele que estava fervendo dando um choque grande na minha espinha, desesperadamente eu prendi minhas pernas em sua cintura com uma certa força sentindo ele pressionar seu quadril no meu, soltei um gemido abafado em sua boca durante o beijo ao sentir seu pau duro roçando na minha intimidade mesmo dentro do jeans, minha buceta latejou no mesmo instante como se atendesse ao fogo que acabara de ser criado entre nós dois.

Comecei a ofegar notando o meu oxigênio ir embora estantaneamente, Sasuke riu entre o beijo afastando nossos labios para me deixar recuperar o fôlego perdido, suspirei pesadamente voltando a sentir o ar novamente em meus pulmões.

— Eu amo beijar a sua boca.

Ele sussurrou, me dando diversos beijos em minha bochecha e descendo até meu queixo, mordi meus lábios quando vi ele deslizar sua mão para dentro da minha calcinha e a empurrando para o lado para que seus dedos pudessem entrar dentro... lentamente, me fazendo gemer manhosa.

— Você está tão molhadinha meu amor, tão linda.

Eu aprendi meus braços em volta do seu pescoço, quando senti ele estocar seu dedo em meu interior fazendo um movimento prazeroso de vai e vem lentamente, soltei um gemido quando ele acrescentou mais um dedo e aumentou o ritmo dos movimentos em mim, me deixando extasiada.

Ele alcançou meus lábios colando os seus nos meus, aumentando o ritmo cada vez mais quando senti minhas paredes internas se contraírem em torno dos seus dedos.

Eu fiquei tensa por um segundo, me lembrando do seu joguinho mais cedo, eu estava com um certo medo de que ele fizesse aquilo outra vez mas não demorou muito para que eu chegasse no meu limite e gozasse em seus dedos, sentindo o prazer tomar meu corpo em uma sensação única.

— Gostosa, você é tão linda gozando.

Ele sorriu levando os seus dedos melados com meu gozo até a sua boca chupando e degustando do meu sabor de forma safada, minha intimidade sensível lateja outra vez.

— Obrigada ... por me dar isso. — Sussurrei, o puxando pela gola da sua camisa para beijar sua boca brevemente.

— Mas eu não acabei ainda amor, prometo que vou compensa-la pelo que fiz mais cedo.

Ele aperta os olhos, e então abre um sorriso malicioso safado. Isso me desarma por completo. Em um momento estou confusa e irritada, logo em seguida, eu me derreto com seu sorriso deslumbrante.

Rimos juntos quando eu desci o zíper da sua calça, pronta para desfrutar do meu paraíso quando escutei a Ino pigarrear alto da escada, chamando a nossa atenção, fiquei avermelhada por conta da vergonha no mesmo instante, já o Sasuke aparentava não ter se importado muito.

— Eu gostaria mesmo de ver um sexo ao vivo de vocês, nossa, deve ser excitante demais assistir de camarote.

— Quer parar de dizer besteiras, Ino?

Eu disse para ela, descendo do colo do Sasuke e parando na sua frente, impedindo que ela visse a enorme barraca armada que acabei montando no Sasuke.

— Não sou eu quem estou aqui na sala pronta pra fazer sexo, mas enfim, eu vim aqui por que recebi uma ligação da Kiyomi que supostamente ficou irritada já que ela ligou várias vezes para vocês dois mas não tendo resposta alguma, e então, eu a chamei para cá e supostamente ela está acompanhada dos nossos amigos.

Lembrei do meu celular estacionado na ilha da cozinha, eu não iria ouvir nunca já que estava ocupada demais para me preocupar com a ligação.

— Estranho, ela me viu mais cedo mas não me disse nada.

Sasuke se manifestou, levantando novamente o zíper da calça, admirando a Ino a nossa frente, que mantia uma sorriso no rosto pálido enquanto falava e gesticulava com as mãos:

— Talvez você estava com sua cabeça nas nuvens Uchiha.

— Ela disse o que se tratava? — Perguntei.

— Não, ela apenas disse que teria um comunicado para nós fazer, e precisava da gente junto, então se não quiser que nossos amigos de vejam semi nua Saky, é melhor ir se trocar por que eles estão chegando.

Merda.

Sasuke se incomodou com a ideia e entrelaçou nossos dedos para nós guiar até meu quarto, paramos no meio da escada quando ouvimos a Ino chamar pela atenção do Sasuke:

— Ah, Sasuke!

Ele a encarou, de certo confuso, assim como eu estou.

— Sim?

— Foi mal por.. mais cedo, sabe, por dizer aquelas coisas pra você. Talvez eu estava enganada por dizer aquilo.. enfim, dane-se. — Ela riu, fazendo Sasuke soltar um pequeno riso interno, dando um pequeno sorriso torto. — É isso.

Me lembrei do que ela tinha me falado da discussão dos dois na empresa antes da minha chegada, talvez a conversa que tivemos tivesse mudado um pouco sobre o conceito dele.

— Sem problemas loirinha.

— Não demorem, pelo amor de Deus e sem transar, não querem que sua irmã entre dentro daquele quarto com uma dinamite na cama de vocês, certo?

Rimos juntos concordando com o alerta da Ino, não seria nada legal sermos pegos por uma Kiyomi furiosa, ela conseguia ser mais assustadora quando nervosa do que o Sasuke, talvez isso seja um dom dos Uchiha.

— Você e a Ino discutiram mesmo?

Perguntei já dentro do quarto enquanto me virava para ele que se encontrava atrás de mim e fechando a porta do quarto, caminhando até pousar na minha frente.

— Ela te contou?

— Uma boa parte, mas eu queria ouvir da sua boca.

Ele sorriu fraco mas ele ficou alguns segundos calado, pensando. Ele levou suas mãos até a alça do meu babydoll e as afastando do meu ombro, fazendo com que o tecido deslizasse do meu corpo e caísse sobre os meus pés no chão. Levei meus dedos em seu queixo, erguendo o seu rosto para mim enquanto voltava a abraçar o seu pescoço e colando o meu corpo no seu.

— O que foi meu amor? — Sussurrei nos seus lábios, dando lhe um beijo de esquimó. Ele apertou suas mãos na minha cintura, me abraçando.

— Talvez eu estivesse sendo muito egoísta com você, eu lutei tanto para que eu não fosse essa pessoa com você mas aparentemente eu acabei falhando.

Eu o olhei, confusa, não sabia exatamente aonde ele queria chegar.

— Como assim, do que que você está falando? — Minha voz saiu quase que em um sussurro.

— Eu me preocupo com você Sakura, você sabe do que eu passei anos atrás e infelizmente é algo que eu não posso eliminar do meu passado, a máfia ainda me torna um mafioso mesmo contra minha própria vontade. Eu vi pessoas sendo machucadas, manipuladas, perdendo tudo e até mesmo suas próprias vidas por minha causa, eu causei tudo aquilo. E de repente eu me pego cercando você, com medo de que algo de pior possa acontecer com você, mas só de imaginar essa hipótese eu fico louco ...

Eu odiava ouvir a ideia dele continuar se culpando por algo que ele não tinha feito, e para ele, o seu temperamento explosivo acabou provocando a raiva de algum mafioso que ele mal conhecia, a dor em sua voz era algo torturante, era como se eu estivesse recebendo uma facada no meu próprio peito, e voltasse a sentir tudo aquilo outra vez... a dor.

— Você não tem culpa Sasuke, essa guerra que começou com a sua família aconteceu a muito tempo atrás, você não fazia ideia de quem era aquelas pessoas atrás daquela porta e dentro daquele carro, e se eles chegaram até lá foi com uma intenção concreta de que eles queriam fazer algo contra você e sua família. Você errou em querer enfrenta-los e eu lamento que as consequências tenham sido dolorosas, mas um erro não te torna uma pessoa horrível ou culpado de um crime cometido por outra pessoa.

Eu o abracei mais firme, e avancei na direção de seus lábios depositando um beijo demorado, em seguida seguro o seu rosto entre minhas mãos.

— A culpa ou o medo ... não te faz uma pessoa egoísta.

Disse, com mais firmeza, tomando a atenção dos seus olhos negros que, agora, tinha um brilho crescente, era como se refletisse o reflexo do mar prestes a invadir a beira da praia.

Ele poderia estar querendo chorar agora ou .. eu estou apenas imaginando?

— Eu pensei demais, me preocupei demais e pensei mais em mim que acabei esquecendo da sua dor outrora, eu prometi a você que não iria invadir a sua vida mais como eu tinha feito, você teve razão, eu estava errado em achar que procurando pelo seu passado talvez eu pudesse encontrar a solução para o seus problemas presente, eu deveria ter te perguntado primeiro mas eu agi sem pensar. Amor, eu não sei o que você passou, não faço a mínima ideia de como foi aqueles tempos vividos mas de uma coisa eu tenho certeza de que não foi algo bom, você quase morreu, eu não quero que, em algum momento, você volte a sentir tudo aquilo outra vez por minha culpa e acabe... -

— Sasuke ...

Eu o parei, eu não podia ouvir, eu não iria suportar ou acabaria desabando em seus braços. Eu sou fraca demais, me odiava por isso, me odiava pela ideia de ainda ser fraca o suficiente para não conseguir enfrentar o meu passado com superação.

Mas eu sou humana, assim como ele, e humanos tem falhas, defeitos e até medos, e agora isso estava tão claro pra mim como nunca de que eu e o Sasuke éramos iguais, compartilhavamos da mesma dor, e que estávamos arraigados em um único sentimento de que poderíamos, talvez,  nos ajudar a superarmos isso juntos, a esperança.

Eu estou sendo uma idiota, como eu poderia suportar a ideia de que ele se acusava egoísta sendo que eu sou a egoísta na história, ele estava pronto para me dizer os seus problemas, medos e pânico enquanto eu ... não tinha nem a coragem de dizer a ele do grande causador da escuridão do meu passado. Eu o estava deixando as escuras. Como eu não pude enxergar isso antes?

Meus olhos estavam pesados demais, eu afundei meu rosto no seu pescoço, inspirando o seu cheiro viciante, fechando meus olhos com força na tentativa de impedir que as lágrimas caíssem.

— Desculpa.. e .. eu juro que vou tentar falar tudo para você, eu não posso adiar mais .. Eu só ..

As palavras se perderam, e em menos de um minuto eu estava muda, eu não  tinha mais o que falar, não conseguia. Eu escutei o seu arfar, ele me afastou um pouco para que pudesse me olhar nos meus olhos, ficamos nos olhando, trocando algo muito mais profundo que apenas confissões, Sasuke era o homem da minha vida.

— Não quero que diga nada agora amor, eu vou te esperar, eu tenho o tempo do mundo agora que tenho você. Eu estou disposto a dar a minha vida por você.

Sorri para ele com meus olhos marejados, ele apertou mais o seus braços em volta da minha cintura.

— Me dê um minuto, está bem? 

— Eu te dou uma vida inteira. — Ele transparecem um sorriso incrivelmente encantador, me deixando maravilhada com sua beleza, eu o tinha para mim e apenas isso me bastava.

Ouvimos a campanhia ser tocada e em menos de um minuto um emaranhado de vozes ecoarem pela casa, dando o sinal de que nossos amigos haviam chegado.

— Talvez tenhamos que deixar para conversar mais tarde, confesso que estou curioso para saber sobre o que minha irmã quer conversar.

Ele relutou antes de me soltar de seus braços, comecei a rir quando recebi um tapa leve na minha bunda me fazendo soltar um gemido baixo, ele riu me observando antes que eu pudesse entrar no closet.

— Ela não te falou nada?

— Absolutamente nada, ela chegou a dizer algo na empresa de que queria conversar com todos mas nada além disso.

Sorri, dedilhando pelas minhas roupas e procurando por algum vestido mais confortável.

— Você tem ideia do que se trata?

Avistei ele atrás de mim pela janela a minha frente, era incrível a maneira que Sasuke me olhava, mesmo semi nua, eu me sentia desejada, era como se a cada segundo nossa conexão fosse mais profunda.

— Na verdade, eu estou pensando em como eu amo te ver assim, mas eu também gosto quando você usa vestidos, fica mais fácil minhas investidas em você.

Balancei minha cabeça negativamente ouvindo ele gargalhar atrás de mim enquanto eu vestia um vestido vermelho curto e soltinho.

— Tá, mas eu só estou vestindo porque.. é confortável, mas é só por isso.

— Eu não duvido disso, claro que não.

Me virei para ele, ajustando o meu vestido no meu corpo, ele se aproximou para me roubar um beijo rápido.

— É melhor descemos, antes que alguém venha nos buscar.

Assim que descemos as escadas juntos eu me animei com meus amigos presentes, mais uma vez, na minha casa nova. Uma imensa felicidade começou a ser acumulada no meu peito ao ver Neji, TenTen, Temari, Shikamaru, Hinata, Naruto, Ino, Sai, Itachi e Kiyomi espalhados pela sala, alguns sentados pelo sofá enquanto conversavam e outros admirando o grande apartamento.

Senti lágrimas escaparem de meus olhos e, rapidamente, minhas amigas correram até mim, sentindo a mesma emoção que eu estava sentindo, a felicidade de estar todos juntos outra vez.

— Eu não acredito nisso!

Ten sussurrava entre o nosso abraço coletivo de garotas, parecia até que não havíamos nos visto a muitos anos.

— Caramba, eu não posso chorar ou vou acabar com minha maquiagem que fiquei horas tentando produzi-la.

Temari resmungou entre choramingo, fazendo todas nos rirem.

— Eu odeio vocês mas ao mesmo tempo eu amo.

— Cala a boca Ino, você não vive sem a gente.

Ino recebeu um tapa no braço da Hina, que estava com o rosto levemente vermelho por conta do choro. Depois de um breve momento, finalmente nos soltamos do nosso abraço, parando uma do lado da outra.

— Saky, o que aconteceu com você? Está tão gata, credo. — Tema debochou em um tom brincalhão, fazendo todas nós caírem na gargalhada.

— Não fiz nada, eu só-

— Isso se chama 'namorado' meninas, aprendam. Olha só pra mim.

TenTen interferiu, ficando no nosso meio para que pudéssemos analisa-la melhor, minha amiga estava mais perfeita do que nunca.

— Tô vendo que esse remédio está sendo ótimo para todas vocês, eu acho que eu também vou querer.

Nos viramos, ouvindo a Kiyomi se aproximar timidamente, tentei limpar minhas lágrimas com um sorriso enorme no meu rosto, eu a puxei para um abraço forte, sentindo uma paz que eu não encontraria em nenhum outro lugar.

— Você nem precisa de remédio, por que você é maravilhosa. Que saudades de estar com você, Kiyo.

— Aí, droga, eu também senti a sua falta. Esse maldito contratempo entre nós é um pé no saco.

— Com certeza.

Sorrimos juntas depois de nós afastamos e ela se voltar para o Sasuke para poder abraça-lo.

— Eu já falei que se você não for até mim eu irei atrás de você, maninho.

— Eu percebi. — Sasuke a respondeu, fazendo todos nos rirem em um único sonido.

Eu me afastei deles para poder ir cumprimentar os rapazes que permaneceram em seus postos no sofá, bem distraídos.

— É bom ver você de novo, Saky. — Shika me cumprimentou e eu sorri para ele em concordância.

— Até parece que vocês fugiram de nova york por anos e estão voltando somente hoje.

— Sabe como é, as vezes o trabalho exige demais da gente mas, sempre damos um jeitinho para irmos.

Eu consegui analisar cada um perfeitamente mas algo tinha me incomodado no comportamento de Itachi, ele estava mais quieto na dele, era como se ele estivesse distante.

Ouvimos a Kiyomi pedir para para que pudéssemos  todos nos acomodar pelo sofá e cadeiras, eu olhei para o Sasuke que se aconchegava em uma cadeira solo, sem pensar duas vezes eu voltei a direção do Itachi e me sentei ao seu lado, o pegando de surpresa.

— Oi, Itachi, eu não tive tempo de ver você hoje.

Sorri timidamente para ele, que me olhava de soslaio com um meio sorriso nos lábios, aparentemente se divertindo.

— É eu sei, meu irmão te assustou hoje, né? Eu vou dar uma lição nele, pode deixar.

— Eu vou te agradecer por isso.

Brincamos juntos, rindo. Eu tive medo de perguntar para ele se ele estava realmente bem, mas eu não sabia o certo se aquele era o momento ideal para isso. Mas aparentemente, ele estava melhor.

— Prestem atenção em mim, meus queridinhos.

Kiyomi se pronunciava no centro da sala, como uma verdadeira dama e com sua elegância e beleza incomum, a cada dia que passava era como se o brilho de Kiyo aumentasse cada vez mais.

— O palco é todo seu.

Sasuke a provocou, fazendo todos rirem mas ela revirou os olhos para ele, irritada.

— Bom, eu vim lembrar a vocês e, claro que alguns de vocês nem sabiam mas meu aniversário é esse final de semana.

— Parabéns para você adiantado.

Naruto se reverenciou perante a ela, recebendo uma travisseirada de Sai, Neji e Shika, Kiyomi sorriu agradecendo pela ajuda dos meninos.

— Agora é sério, bom, meu aniversário é final de semana e, eu vou preparar uma super festa de aniversário, prometo que será algo simples, eu acho.

— Você fazer algo simples? Eu duvido muito.

Sasuke a desdenhou, fazendo ela rosnar e bater seu salto duramente contra o piso, era hilário, realmente ela era uma Uchiha. Era inevitável não se divertir e não rir com esses pequenos momentos.

— Vou ignorar você por hora, irmãozinho. Bom, será a noite, uma festa a fantasia em lugar muito especial pra mim, eu garanto que será um dia especial. Eu darei os detalhes a vocês, mas eu também irei presentear cada um dos meus queridos convidados, vocês receberam um cartão com uma certa quantia em dinheiro para poder comprar suas fantasias e o que precisarem para ir, e, vocês terão o direito de levar uma pessoa com vocês, mas essa proposta eu liberei apenas para vocês então sintam-se privilegiados, e então vamos....

Todos fizeram um único sonido como um 'O' de surpresos, mas quando eu me dei conta meu sorriso estava se dissipando, e uma leve pressão sobre o meu peito, eu me familializei com a sensação, o meu ar estava ameaçando a me entregar, mas apertei minhas mãos sobre a barra do meu vestido, contando até dez mentalmente, eu comecei a orar para que ninguém percebesse nada, as vozes começaram a ficar distantes e minha visão ficou turva.

Eu me dei conta que, eu não estava respirando

Respira Sakura, respire. Solte o ar pausadamente através dos seus pulmões...

Eu comecei a batalhar comigo mesma para me lembrar de como era respirar. E então eu lembrei do homem que estava prestes a me matar...

"Eu estava correndo, desesperada, entre choros pela floresta onde ele havia nos deixado com o carro, antes mesmo que pudéssemos chegar no destino que ele acharia melhor para praticar o seu plano contra mim, o meu próprio namorado, que um tempo atrás eu achava que o amava. Meu corpo estava ensanguentado, eu não conseguia mais correr, a ardência e a queimação do meu corpo estava me esfalecendo, meu corpo pareceu pesar uma tonelada, era como se o chão tivesse um imã que tentava me puxar para baixo.. me fazendo parar. — Você descobriu sobre mim, não era para você ter feito isso Sakura. — Sua voz angelical que enganaria qualquer um, e agora soava como um tom ameaçador, eu pisquei várias vezes ao ve-lo parado diante de mim, usando aquela roupa preta em que ele dizia ser uma fantasia, e em seu rosto uma espécie de máscara misteriosa, mesmo eu tendo a sua visão em meio a escuridão da noite eu sabia, eu o reconhecia e sabia que era ele ..."

Meu coração parecia bater pesadamente, minha mente parecia ter sido levada para uma outra dimensão, eu queria poder gritar quando eu já não estava enxergando mais nada, eu senti um toque leve em meu braço e em meu queixo quando consegui ter a minha visão de volta e minha voz em fração de segundos, me trazendo de volta a realidade e:

— Sasori ... — Eu sussurrei, tendo o seus olhos negros agora fixo em mim, surpreso.

Eu pensei ter sussurrado baixo, Sasuke estava agachado na minha frente para que pudesse ficar a minha altura, ele levou sua mão livre ao meu rosto, acariciando a minha pele.

— Isso meu amor, respira, eu estou bem aqui com você, mantenha a calma.

Eu consegui ouvir uma barulho estranho na sala, mas depois de um tempo eu percebi que os sons vinham de mim mesma, era a minha respiração voltando aos poucos.

Eu olhei em volta e percebi que a sala já estava praticamente vazia e as vozes entre risos estavam um poucos distante, a quanto tempo eu fiquei meia desacordada?

— O que... aconteceu? Cadê todo mundo.

Eu caminhei meus olhos pela sala e encontrei apenas o Itachi ao meu lado no sofá que me analisava com o seu celular no seu ouvido.

— Está tudo bem meu amor, estão todos na cozinha para comerem a janta que você fez, estamos todos juntos, você não está sozinha.

Sasuke me tranquiliza, ainda agachado na minha frente, ele agora segurava a minha mão direita, como se estivesse aquecendo a minha mão. Soltei um gemido baixinho com a leve dor de cabeça que começou a me dar, me enclinei para frente até o Sasuke, envolvendo meus braços em seu pescoço, afundando o meu rosto na sua curvatura, ele respondeu ao meu abraço no mesmo instante.

— Alguém mais viu?

Eu murmurei próximo da sua orelha, e sem nenhuma dificuldade ele me pegou em seu colo e se soltou no sofá, me colocando em seu colo aconchegante enquanto sentia sua mão afagar o meu cabelo, eu fechei os meus olhos sentindo uma sensação boa.

— Felizmente não, apenas eu, Itachi e a Ino. Quando você começou a ter sua crise todos já estavam indo para a cozinha, o barulho das vozes impediu que mais alguém escutasse você.

Percebi o Itachi parar de falar ao telefone, e voltar com sua atenção para nós, mesmo eu não conseguindo ve-lo com meus olhos que pareciam pesar uma tonelada eu senti que ele estava de pé, próximo a nós.

— Está tudo certo, eu pedi para que ele começasse a procurar.

— Tudo bem, resolvemos isso depois Itachi. - ele depositou um beijo demorado na minha testa, me fazendo suspirar. - Eu vou te levar para a cama amor.

— Não, eu quero ir para onde todos estão.

Mesmo eu querendo ir até a cozinha para ficar com nossos amigos o meu corpo desejava o contrário, e isso me incomodou muito, ele não estava me respondendo da forma que eu queria, até parecia que eu não dormia a dias.

E então tudo começou a ficar distante outra vez, eu estava com um sono descontrolado, não conseguia me manter acordada, e eu podia sentir uma leve sensação do meu corpo estar sendo carregado pelo Sasuke, mas não sabia para onde exatamente.

Eu podia sentir o meu corpo ser depositado sobre um colchão macio e aconchegante, eu ergui a minha pelo ar com uma dificuldade extrema mas eu consegui alcançar o Sasuke pelo braço, eu não queria ficar sozinha.

— Eu não vou a lugar nenhum meu amor, só vou ligar o ar-condicionado, você está muito gelada.

— Sasuke .. eu quero ... te falar agora .. sobre o que aconteceu ..

Eu tentei falar, e torci para que ele pudesse entender o que eu estava querendo lhe dizer, mas pelo seu silêncio repentino, talvez, ele tivesse me entendido.

— Shh... tente descansar um pouco meu amor, quando acordar eu estarei do seu lado.

Eu podia sentir o colchão afundar do meu lado e Sasuke passar o seus braços pelo meu corpo, me aninhando sobre ele, eu me sentia protegida e amparada por Sasuke.




Próximo capítulo....


Notas Finais


Agora eu quero ver, agora vaaaai..

Sakura vai falar no próximo capítulo, o que acharam e oq imaginam que possa ser e acontecer?


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