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História Poison - Epílogo


Escrita por: KateMoura

Notas do Autor


Demorou mas eu estou de volta com um epílogo não muito esclarecedor e pequeno, talvez eu faça um bônus que vá demorar um pouco pra sair. Enfim... Boa leitura. Explico melhor nas notas finais.

Capítulo 4 - Epílogo


                                                                        Derek Morgan's POV

 Seis meses depois

Eu quero te provar, mas seus lábios são venenosos

Eu não quero quebrar essa corrente

Veneno...

Correndo pelas minhas veias

Queimando pelas minhas veias

Veneno...

      Seis meses. Seis meses desde que aquela mulher quase desgraçou a minha vida. Por mais que nós tenhamos pego os verdadeiros mandantes de cada morte, graças aquele papel que ela deixou no meu colo com os nomes, eu quase perdi o meu emprego por causa do meu envolvimento com Liv, ou Lluvia, e também porque eu ocultei provas, como aquele brinco que a identificou para mim, e infelizmente ele ainda está comigo. Foi muito difícil conseguir convencer os diretores do FBI de que eu não sabia sobre Liv, e mais ainda convencê-los de que ela tinha levado o brinco que a incriminava. Por pouco eu não fui despedido com justa causa, mas peguei apenas uma suspensão de 15 dias.

      Quando estou sozinho, como agora, eu me questiono do porquê de tudo aquilo, o porquê dela ter continuado se envolvendo comigo mesmo sabendo que eu sou do FBI, e mesmo depois de ter pleno conhecimento disso, ela me revelou seu nome verdadeiro na última vez em que ficamos juntos. Reid uma vez comentou que ela se apaixonou por mim, por isso se arriscou tanto e me revelou seu verdadeiro nome. Já Garcia fala que quem se apaixonou fui eu, porque mesmo com a sensação de que algo estava errado, eu ainda não me afastei. Não gosto de pensar que ela estava certa, mas também sei que ela não estava completamente errada. Confesso que há dias em que eu queria vê-la, mas sei que isso é praticamente impossível. Tanto a CIA quanto o MI6 estavam a procurando, e JJ me informou que um contato seu a avisou que agora ela era procurada pela ABIN, pois era suspeita de ter matado um grande político brasileiro. Hoje Emily veio falar comigo, enquanto estávamos no jatinho voltando de um caso, e ela falou sobre Ian Doyle, o terrorista e serial killer por quem ela se apaixonou, mas mesmo assim ainda teve forças o suficiente para enfrentá-lo. Talvez seja por isso que eu estou pensando essas bobagens, por causa da conversa com Emily. Ela me disse que nós não escolhemos por quem nos apaixonamos. Eu só preciso de um banho quente e uma boa noite de sono, pois esse caso apesar de simples foi bem cansativo.

      Eu estacionei o carro na garagem e entrei na minha casa, dando um suspiro cansado, tanto fisicamente quando mentalmente. Foi nesse momento que eu percebi que havia algo de errado. O perfume que pairava no ar, eu já tinha sentido esse cheiro antes.

   -Olá, Derek. - Eu escutei uma voz que eu conhecia muito bem.

Liv.

   -O que faz aqui? - Eu perguntei sentindo um frio percorrer a minha espinha.

   -Como você está? - Sua voz estava insegura.

   -Como você acha? - Eu perguntei irônico e acendi as luzes - Você quase acabou com a minha vida.

   -E por causa de você eu quase acabei com a minha vida também - Ela respondeu sorrindo cinicamente.

   Eu a observei sentada na poltrona da minha sala, com as pernas cruzadas e uma arma apontada para mim. Sua aparência estava bem diferente, mas ela ainda possuía a mesma beleza. Seus cabelos, antes longos e castanhos, agora eram curtos e completamente negros; Seu braço direito estava coberto por várias tatuagens, e suas roupas eram pretas e coladas.

   -Que tal deixar o seu celular bem longe para começarmos a conversar? - Ela sorriu, mas era um sorriso triste.

      Eu tirei meu celular do bolso e deixei sobre a mesa de vidro perto da porta, depois eu me aproximei e sentei na mesinha de madeira, ficando de frente para Liv, pegando a arma dela e chutando-a para bem longe de nós dois . Nós nos entreolhamos por alguns segundos e seus olhos ficaram levemente marejados, fazendo apenas com que a teoria de Reid se confirmasse. Mas o que eu não percebi foi que naquele a momento a teoria de Garcia se confirmava também.

   -Por quê? - Eu a questionava enquanto segurava suas mãos, e meus olhos ficavam marejados.

   -Eu não sei. - Ela falou baixinho.

      Ficamos alguns segundos em silêncio, apenas ouvindo a respiração um do outro, e aquela sensação tóxica me invadindo novamente podia ser sentida em cada ponto do meu corpo. Ela poderia me matar a qualquer momento, ou eu poderia correr e pegar a arma, ou apenas a imobilizar ali mesmo, mas não o faria, e nem ela.

   -Eu precisava te ver. - Ela quebrou o silêncio e soltou as nossas mãos - Nós não temos muito tempo, e o tempo que temos é único. Antes que pergunte: Não, essas tatuagens não são de verdade. Não direi onde eu estive todos esse meses e nem para onde vou. A única coisa que você precisa saber é essa...

      Ela se aproximou de mim bruscamente e me beijou. Um beijo desesperado e doloroso, que horrivelmente me passava aquela sensação de veneno, e que horrivelmente eu gostava de sentir.

      Eu a envolvi nos meus braços e me levantei, me sentando no sofá com ela em cima de mim. Eu desci meus beijos para o seu pescoço e depositei um chupão, e obtive como resposta um gemido. E naquele momento eu tinha voltado seis meses no tempo, com o meu subconsciente gritando que aquilo não era certo, mas eu gritando um foda-se mais alto ainda. Eu não queria sair daquela prisão que era ter ela em meus braços, deixando em mim cada marca do seu veneno.

      Ela percebeu que eu já estava um pouco animado, pois saiu de cima de mim assim que se deu conta.

   -Nós não podemos - Ela passou a mão pelos cabelos curtos, com um olhar confuso, como se travasse uma batalha dentro de si - Você não entende - Ela disse olhando fixamente nos meus olhos - Você acha que foi o único prejudicado nessa confusão toda, mas quem mais se prejudicou fui eu. Eu devia ter acabado com tudo antes mesmo de começar, mas eu fui tão tola que acabei me apaixonando por você. Eu me coloquei nessa confusão porque você me atrai de uma maneira que eu não sei explicar, e por mais que você seja o mais mortal dos venenos para mim, eu não quero sair dessa prisão que é ter você por perto, mesmo que isso custe a minha própria vida.

   -Que vida, Liv? - Eu me levantei do sofá um pouco alterado - Você chama isso de vida? Você mata pessoas, e é procurada por quatro agências de inteligência. Você ainda chama isso de vida?

   -Eu não tive escolha! - Ela gritou, com os olhos brilhando de raiva - Se eu pudesse, eu faria tudo diferente, mas eu não posso! E sim, essa é a minha vida. Bem que eu gostaria de levar uma vida normal que nem aquela personagem ridícula que eu inventei só para te ter por perto, mas adivinha... Essa sou eu de verdade! - Ela estava furiosa, parecendo que queria me matar na mesma intensidade que queria me beijar

   -Eu prefiro essa Liv verdadeira - Eu disse me aproximando dela - Que também me passa a sensação de que isso não é certo.

      Ela deu alguns passos para trás, se encostando na parede, e eu apenas a beijei de novo. Dessa vez um beijo calmo, que realmente passava os nossos verdadeiro sentimentos, e alguns segundos depois, eu pude sentir o gosto de algumas lágrimas que se misturava ao nosso beijo. Aos poucos o beijo foi se desfazendo, até que nós ficamos apenas abraçados.

   -A verdadeira Liv é perigosa para ela própria, quem dirá para você - Ela disse em meio as lágrimas.

   -Eu sei - Eu sorri e senti ela passando a mão no meu rosto, limpando algumas lágrimas que escorriam pela minha bochecha.

      Liv sorriu e começou a caminhar em direção a porta dos fundos. Eu a acompanhei, mas eu não queria que ela fosse embora, porque por algum motivo eu sabia que essa seria a última vez que nos veríamos, e isso me causava um certo desespero.

      Nós chegamos até a porta e sorrimos um para o outro. Um sorriso amargo, marcado por algumas lágrimas teimosas que ainda insistiam em cair do rosto de ambos.

   -Adeus, Derek Morgan. - Ela me deu um selinho e abriu a porta.

   -Adeus, Liv. - Eu disse e a puxei para um último beijo.

      Uma última dose de veneno não faria mal algum para nós dois.


Notas Finais


Então, tem uma explicação para a fic ser tão pequena, e até pouco esclarecedora, é que eu fiz ela para participar de um concurso em um outro site, e resolvi postar aqui também. Talvez o capítulo extra eu publique quando a data do concurso passar. Quero agradecer por quem leu e comentou, de verdade, vcs fazem essa guria aqui MUITO feliz! Amo vocês <3 Beijos e até a próxima, porque eu não tenho planos de deixar essa categoria tão cedo!!


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