História Poison ( GOT7 ) - 11

Jb

Bato na porta da casa, que logo é aberta pelo Jinyoung.

- Eu disse para você não vir assim. – Jinyoung fala mas eu o ignoro e entro dentro. – Jaebum!

- Eu não encontrei ela! Eu perdi ela… - falo caindo no sofá.

- Eu já disse que a achei.

- Foda-se, eu não sei como encontrá-la…

- Você está louco?! Ela está quase que vizinho!

- Não esse encontrar… - falo me sentindo leve por conta da maconha que havia fumado.

- Vai embora… - ouço Jinyoung falar e me puxar pelo braço. – Antes que uma das duas veja você.

- Elas se dão bem? A Tina nunca se dá bem… Ela sempre quis conhecer coreanas.- falo sorrindo.

- Ela esta dormindo. Como chegou aqui? Dirigindo?

- Foda-se. – rio me mexendo no sofá.

- Droga JB! Tanta coisa acontecendo e você se droga!

- Melhor do que esta todo nervoso como você. – falo arqueando a sobrancelha.

- Tenho motivos para ficar nervoso, e você tem mais do que eu!

- Ah, não… Temos a mesma quantia, dividimos tudo, irmão! – rio e me deito denovo no sofá.

- Se bem que… - Jinyoung pensa alto e sinto ele me puxar.

- Epa… Auto lar ai! – grito puxando meu braço.

- Cala a boca antes que eu te bata! Se você acordar a Tina, te mato aqui mesmo! – ele diz caminhando comigo para o lado de fora da casa.

Sira

Havia vários papéis espalhados pela casa, vários rabiscos que eu fiz… Alguns com palavras que vinham em minha mente, e outros com desenhos, alguns com suposições e outros até com planos! Queria muita saber o que estou fazendo na Espanha, mas nenhuma resposta eu tinha, e a única pessoa que eu sentia que podia me ajudar era o Jb.

Ouço uma zuada do lado de fora e agarro minha arma, me aproximo calmamente da porta tentando ouvir se era alguém vindo aqui. Afinal, não sei se aqueles homens que me seguiram hoje no centro podem ter me achado… Fazer compras nunca foi tão difícil.

- FILHO DA PUTA!!! – ouço o grito do Jb e arregalo meus olhos, abro a porta e escondo minha arma em minha jaqueta. Vejo Jb caído perto do beco e corro até ele. – Sira?!

Não falo nada e me ajoelho para ajudar o mesmo a se levantar, ele se apoia em mim e eu o trago para dentro daquele pequeno apartamento. Sei o que houve antes de ontem, sei do empurrão, das tapas e da briga, mas o Jb me faz deixar isso de lado. Dois dias sem ele e eu me sinto realmente perdida, nos odiávamos juntos, mas separados era estranho…

Fecho as portas e janelas e peço silêncio para ver se ouvia algo suspeito do lado de fora.

- Como me achou?! Eram homens seus que estavam me seguindo? E porque esta cheirando mal?

- Eu não sei. Olha… - Jb falava estranho, e seus olhos estavam cobertos por um chapéu ridículo. – Eu quero me desculpar, eu pirei! Somos loucos…

- Seu chapéu parece um balde. – digo me sentando na cama. – Ignore o que aconteceu naquela noite e eu farei o mesmo.

- A Paola também. – ele diz de forma estranha.

- Por que esta falando desse jeito? Sabe voltar para casa? Eu preciso voltar para casa… Eu não sei o que estou fazendo aqui. – ponho as mãos na cabeça.

- Você sentiu minha falta? – Jb pergunta escorando seus braços no joelho e eu desvio o olhar. – Estou drogado mas sei que nos parecemos. Eu senti, diga que sentiu. – Eu não o olhava mas sentia a confiança se suas palavras. Ele não me ajuda com meus supostos problemas mentais!

- Nem te conheço! E ainda mais você drogado. – reviro os olhos. – O que esperar de um bandido, Siwon? – penso alto.

- Sira. – Jb diz e eu me levanto da cama. – Eu só fumei um pouco de maconha, nada que me faça esquecer da verdade.

- Que verdade esta falando, Jb?... – o olho duvidosa. Jb suspira e cai no sofá observando o teto.

Apesar de estar presa em um país diferente, e estar meio que fugindo e vivendo uma vida totalmente diferente da que a Siwon e seus pais queriam, eu me sentia mais livre aqui.

- Tanta coisa… Eu estou livre, mas sou um prisioneiro das minhas ações, dos meus vícios e das minhas ambições… - Jb fala e eu o encaro. Jaebum descreveu o que eu sentia mesmo sem eu saber ao certo como sentir.

- Acho que existem muitas pessoas assim. – minto. Me sentia desconecta com todos próximos de mim, sempre! Mas com ele não…

- Eu também quero saber a verdade, Sira… Mas ela parece tão bem mascarada. – Jb fala e se levanta vindo em minha direção. – Não como você.

- Como eu?... – fito seu rosto.

- Você mascara e mente, parece o diabo em pessoa. Não é uma garota boa… Mas eu me sinto estranhamente confortável contigo. – Jb fita o chão. – Você não é puta, mas não fale da Paola assim, o que ela foi ou deixou de ser foi necessário.

- Desculpe, não sabia. - falo baixo entendendo que Paola realmente foi, ou era uma prostituta.

- Claro que você não sabia. Seus pais só deixam você ver coisas bonitas! Como se o mundo fosse só paisagens e turismo. – Jb fala. Ele sentia algo em falar isso, mas não sei ao certo que sentimento era esse… Jb conhecia meus pais?

- Os pais querem mostrar o melhor para os filhos, não?... – o confundo.

- Dar o melhor é uma coisa, mas mascarar tudo com mentiras é outra. – Jb fala e me encara.

- Que provas tens de que eles fazem isso?

- Eu sei que você sente isso, por isso finge ser uma garota tão boa para eles, acha que vai ser feliz! – ele ri de lado. Precisava ter calma, estava descobrindo tudo e ao mesmo tempo descobrindo nada, mas sei que conseguiria. Era meio espantador como Jb sabia como eu me sentia, e sentia o mesmo… Ao contrário de todos que viviam ao meu redor.

- A gente aprende que fazer o certo trás felicidade.

- Já procurou saber se seus pais fazem isso?! – Jb se agita e eu fito o chão.

- Não. – respondo envergonhada. – E você, já? – o olho.

- Eu sei o que está fazendo. – Jb fita meus olhos com intensidade. – Não ache que eu não sei o que estou falando, eu sei as consequências que essa conversa gerará amanhã.

- Então pare de me esconder. – falo inquieta. – Só diga o que você quer falar… - coloco minha mão sobre seu rosto. Sim, estava o usando.

- Preciso de dinheiro, Sira. – Jb fala. Céus, porque ele mudou a voz?! Eu preciso me aproveitar dele e ele repentinamente se torna mais charmoso?! – Quero que me deixem em paz, quero o que é meu.

- Acabou todo o dinheiro em drogas? – me refiro ao furto de dois dias atrás.

- Os pais querem o melhor para os filhos, eu tinha que dar isso para ela.

- Ela?! 

- Sim, Tina. – Jb fala e eu arregalo os olhos.

- V-você é pai?!

Family