História Poison ( GOT7 ) - 22

Jb

Saio do carro branco e bato a porta com força. Tiro a maconha e observo pensando se deveria ou não usa-lá… Precisava tentar relaxar, mais especificamente tirar as palavras do Jinyoung da cabeça.

E talvez as minhas também...

Flashback on

- Encontrou algo?... – Jinyoung abre a porta daquela casa velha e eu o encaro mostrando a foto.

- Sou eu. – falo meio sem ar.

Eu nunca vi fotografias minhas quando criança, e ainda mais com essas roupas. Um dia já fui rico?!

Há dois dias eu não sabia nada além do nome de minha família biológica, coisa que meu  pai que sempre cuidou de mim e meu irmão Jinyoung, fez questão de esconder. Mas um ano após sua morte nós fomos rever coisas antigas da família e então eu soube que caminho seguir…

- Quem é essa? – meu irmão se aproxima de mim e puxa a foto.

- Eu não me lembro dela, eu não lembro de nada de quando tinha quatro anos de idade. – me sentia tenso, nem se quer tinha prestado atenção na garota da foto.

- Ela não é a filha dos Shin? – Jinyoung chama minha atenção.

- O quê?! – puxo a foto rapidamente e tento reconhecer.

- É ela! – Jinyoung fala.

- Se parece, mas…

- Jaebum, faz total sentido! A família dela te mandou embora daqui!

- O que isso quer dizer?!

- Eu não sei, mas eu sei que devemos descobrir algo sobre e-

- Eu faço.

- Yugyeom pode fazer isso! E bem mais de perto do que você e qualquer um.

- Mas eu quero. – sentia tanta raiva. – Eu quero ver de perto meus inimigos… Eu não quero matar os Shin agora. Jinyoung, eu quero ver eles sofrerem… Quero tirar tudo que importa, e depois todo o seu dinheiro sujo. – me viro de costas e observo a Coréia através da janela.

Eu podia ter vivido aqui minha vida toda…

Quantas coisas ruins eu poderia não ter visto ou passado se aqueles miseráveis não tivessem me levado?!

- Temos uma semana, Jaebum. – Jinyoung fala. – Apenas uma semana aqui.

- Tive uma idéia. – o encaro sério. – Vamos mentir, sobre tudo… A viagem, a garota, o dinheiro e como conseguimos.

- Tudo?! Mas e O Clã?! Eles querem o dinheiro l-

- Vamos ter o dinheiro! – seguro os braços do meu irmão. – Tanto dinheiro que poderemos traficar aqui também.

- Jb… O que tem em mente?

- Você será o Senpai agora. – sorrio de lado. – Vai resolver tudo, Jinyoung! Um sequestro que resolverá todos os nossos problemas e dívidas! – pego a foto olhando para a garota de olhos tão puxados quantos os meus. – Seja lá quanto os Shin estiverem envolvidos, eles irão pagar.

FlashBack off

- AAAAAAAAHHHHH!!!! – grito jogando o cigarro no chão.

Me afasto do carro e saio tombando por aquela rua deserta e suja. Queria arrancas os cartazes, atravessar a parede, quebrar os carros, e eu saia descontando minha raiva em tudo que havia nesse beco!

- VOCÊ ESTÁ ME USANDO?! DE NOVOOOOOO?! – chuto um lixo cheio, e logo depois tiro minha arma e aponto para o carro. – VADIA! VADIIIIA!

Atiro cerca de três vezes. Passa um tempo e eu ouço minha respiração e a ventania da rua, era uma rua deserta e não muito longe da casa de Paola, que era onde eu deveria estar indo.

Mas esconder era difícil, olhar na cara da Sira e ter raiva dela era mais difícil ainda! Sentia remorso, dor, dúvida, raiva e eu apenas queria gritar!!! E talvez matar alguém por não saber mais o que estava fazendo.

Violentamente eu tiro a foto da minha carteira e observo nós dois juntos… Duas crianças, apenas duas crianças de mãos dadas.

- Acho que ainda somos…. – ranjo os dentes observando Sira segurando minha mão e sorrindo para a foto.

- JB! – uma voz me chama, era ela… A causa de todos os meus problemas atuais, e eu achando que seria a solução. – JAEB- ela para de falar assim que aponto a arma para a mesma. – O-o que é isso? – ela estava machucada, se escorava nas paredes como se estivesse atordoada.

- O que quer? – falo friamente e com a arma erguida.

- Abaixa essa porcaria. AGORA! – ela grita comigo e eu meus nervos me enlouquecem. – JAEBUM! JAEBU-

- FICADA CALADA! CALA A PORCARIA DA SUA BOCA!

- O QUE VOCÊ ESTA FAZENDO?! TEMOS COISAS PARA RESOLVER AG-

- EU NÃO QUERO RESOLVER NADA COM VOCÊ! – gritávamos um com outro. – VOCÊ MENTE PARA MI-

- QUEM ESTÁ MENTINDO?! QUEM ESTÁ COM UMA PORRA DE ARMA APONTADA?! – ela se aproxima dando fortes passos.

- Aponte para mim. APONTE A SUA PARA MIM! – grito com ela e miro para sua barriga.

- Eu não tenho, eles levaram… - ela tremia.

- O quê?! – a aflição me corrompe.

- Levaram! LEVARAM! LEVARAM TUDO! EU TENTEI, EU JUR-

- Mentirosa. – cuspo as palavras e suas lágrimas escorrem. – Está mentindo, sendo falsa… Seja lá o que sai de sua boca, você é como eles. COMO ELES! COMO OS SEUS BASTARDOS PAIS! – ela chorava.

- Jb… Porquê? Porque você esta a-agindo assim?... – ela segura meu braço, eu tremia, e temia o que podia fazer se ela não me largasse. O quão louco estava por conta das drogas que havia usado hoje? A raiva me embriagou bem mais. – ME RESPONDA! – ela grita enquanto suas lágrimas escorrem. – EU NÃO TIVE CULPA! ELAS A LEVARAM, ME BATERAM!

- O quê?! Do que você está falando?! SIRA, DO QUE VOCÊ ESTA FALANDO?!

- Eles a levaram… - ela olha para os lados. – E-estavamos na porta de casa, eu abri o portão, quando virei de costas dois apareceram, e-eu abri a boca para chamar ela, e-e-e-e… Tudo ficou preto. – seu queixo tremia.

- O… O que você esta falando?! – eu sabia mas não queria que fosse o que pensava. – CADÊ A TINA?! – dou um passo para frente e ela dois para trás. – CADÊ A TINAAAAAA?! – a empurro e seu corpo bate contra a parede.

- Eles a levaram…

- Cadê. A. Tina? – pausadamente eu falo. A arma treme em minha mão.

- EU NÃO SEI! AAHHHH! – seu grito de dor sai e suas lágrimas caem. – P-POR FAVOR, M-ME…

Damn liar, damn lover