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História Pokémon Unol - Briga de gigantes


Escrita por: silvestrearagon

Capítulo 12 - Briga de gigantes


Fanfic / Fanfiction Pokémon Unol - Briga de gigantes

— O UNIVERSO VAI NOS SURPREENDER MAIS UMA VEZ com este torneio! Temos grandes talentos e caras já conhecidas. Eles gastaram tempo, dinheiro e dedicação em busca de um sonho: ganhar a Liga Pokémon do Estado São Paulo!

"O vencedor não só levará a Medalha de Certificação SP, como também ganhará o novo comunicador, capaz de fazer chamadas de vídeo sem a necessidade de redes de internet!

"Seus parceiros ganharão sete dias no SPA Pokérougue com tudo que eles têm direito! Eu sou o seu apresentador da noite Marcelo Kabal e fiquem agora com o show de abertura com Ivete e a Banda Mon! ”

O frenesi era geral. Todos no estádio se levantaram para aplaudir, cantar e dançar enquanto um show de luzes era iniciado para que os artistas pudessem entrar. Balões foram soltos em todas as direções até que as silhuetas dos artistas aparecessem.

Ansioso enquanto aguardava com os outros competidores, Thiago comia enroladinhos de salsicha e tomava longos goles de suco. Seu Vaporeon chamou sua atenção dizendo-lhe o que aquilo lhe faria mal. Então ele se afastou da mesa de quitutes e se sentou em uma confortável poltrona enquanto via o show pela tela da TV.

- Finalmente chegou o dia - ele pensou alto e Vaporeon lambeu sua mão. - Eu estou calmo, Vaporeon. Agora estou.

 

 

FAZIA TEMPO QUE NÃO SE VIAM. Por volta de três anos que não ficavam todos juntos. Ignoraram o show e começaram a falar de como estavam mudados. Aquela sala VIP que M conseguira era ideal para o reencontro dos cinco, além de ser um belo lugar para se ver as batalhas.

Gengar saiu da pokébola e cumprimentou a todos, como sempre animado e sorridente.

— Vocês tem a mega pedra agora! — comentou Camila alisando a joia na cabeça do Pokémon e depois analisando a pulseira em Wesley.

— Já faz um tempo que conseguimos — Wesley respondeu. — O professor do centro onde estou trabalhando me mandou em uma missão para coletar dados em uma pequena cidade da Bahia e lá achamos essa belezinha. E você e o Guilherme como estão?

— Muito bem! Eu tinha outra visão sobre casamento.

— É porque eu sou foda - disse Guilherme que estava bem mudado, sem barba e com uma aparência mais bem cuidada do que a do jovem poeta, seu cargo em uma grande editora lhe trouxera muitas coisas boas.

Camila também mudara, estava mais esguia e com cabelo comprido. A tiara em seu cabelo carregava a pega pedra de Lopunny. As duas juntas haviam se tornado incríveis Performers Pokémon, e já intitulavam o status de Princesa, faltando desafiar a Rainha do Estado.

— Pensei que estaria participando da segurança do evento — M comentou com Suzana.

— Não sou mais peão, agora sou bispo — ela respondeu sorrindo e notando que os cabelos de M já não tinham mais a tonalidade azulada de antes. — E você porque não está mediando as batalhas?

— Desde que assumi o ginásio de Mogi venho deixando as batalhas para os meus desafiantes. Quando posso desfruto de poder assistir boas batalhas.

— Veio apenas pelo Thiago?

— Fui o primeiro desafiante de batalha de ginásio dele, e o derrotei. Quero vê-lo ganhar a Liga. Nem eu mesmo ganhei - ele sorriu olhando-a.

— Poxa — Suzana pode sentir uma mudança de um M fechado que mal sorria, para alguém mais carismático.

Gengar se enfiou entre os dois e tentou lamber M. Os dois praticamente entraram em luta corporal até Wesley recolher seu Pokémon e se desculpar. Eles trocaram apenas acenos de cabeça. M havia deixado Wesley instalar aparelhos meteorológicos no alto do ginásio de Mogi, o que fazia com que eles se vissem algumas vezes ao mês.

 

DA CADEIA o pai e o irmão de M conseguiram permissão para assistir ao torneio. Todos os presos estavam ansiosos e olhavam a grande tela com anseio. Alguns ainda tinham sonhos de sair de lá e voltarem a seus dias de treinadores Pokémon.

Scarlett cumpria pena em um presídio feminino de outro Estado e também assistia com suas parceiras o show de abertura. Graças a sua boa conduta, participar dos projetos de leitura e jardinagem, por colaborar com as investigações e usar seus conhecimentos para ajudar as pessoas dentro da prisão, havia conseguido que tudo isso fosse exibido em uma grande tela no pátio, como se tudo aquilo fosse um grande evento para as detentas.

 

OS ARTISTAS SE RETIRARAM e as luzes focaram no apresentador que flutuava com seu Inkay na cabeça como se fosse um chapéu. Ele suspirou e manteve os olhos fechados como se estivesse em um devaneio.

— Meus sonhos parecem tão próximos… É como se eu estivesse flutuando.

A plateia riu.

— Inkay! — disse o Pokémon olhando para o homem.

— Sim eu sei Inkay... Eu sei!

— Inkay in. Inkay ay!

— Só mais um pouco.

— INKAY!

Kabal levou um chacoalhão de seu parceiro e abriu os olhos assustado. O público ria das caras e bocas que ele fazia. E de como os dois agora tentassem se olhar.

— Eu sei, eu sei. Você quer conhecer os competidores de hoje não é mesmo? Então vamos lá! — a grande tela atrás deles brilhou e Inkay os levou de volta ao chão. — A parte um e dois da competição será de batalhas em duplas de até 25 minutos, enquanto a parte três e quatro terão batalhas solo de até 15 minutos. Substituições não são permitidas e aquele que tiver os Pokémon incapazes de continuar, perde. Vamos conhecer a primeira dupla que irá abrir está grande noite! E são eles Eduardo da Praia Grande vs Thiago de Santa Isabel!

Thiago olhou sua foto no telão e respirou fundo enquanto recolhia Vaporeon.

Guilherme bateu palmas e gritou animado quando viu o amigo entrar no campo. Camila e Wesley também gritaram empolgados! A plateia também gritava enquanto os competidores tomavam suas posições. E após o anúncio do juiz Thiago lançou seus parceiros: Vaporeon e Whimsicott vs Arcanine e Empoleon.

Os quatro Pokémon caíram sobre o campo e se colocaram logo em posição de batalha. É claro que eles entendiam o quanto aquilo era importante para seus treinadores e passaram a ser suas metas também.  Whimsicott soltava esporos de algodão como alegria.

— Eu jurava que ele ia começar com o Beedrill! — disse Camila surpresa.

— Ele deu uma alterada no time — Wesley começou a explicar. — Nessas competições estratégia é tudo. Começar com Beedrill sendo que há outros participantes que com certeza tem megas, seria entregar as cartas do jogo. Não é mesmo M?

— Sem dúvidas. Quando ele me disse que trocaria para este novo time eu o ajudei a bolar estratégias que vão derrubar qualquer um.

— Mas os dois times estão muito bem equilibrados: de um lado água e fogo e do outro água e grama. Isso vai ser demais! — Guilherme vibrou e depois gritou novamente palavras de incentivo que não poderiam ser ouvidas por Thiago no campo, mas que ainda assim os deixavam animados.

— Eduardo tem direito ao primeiro movimento — anunciou Kabal.

— Certo! Arcanine bombardeio de chamas!

O cão alaranjado começou a correr cruzando o campo e Thiago permaneceu quieto.

— Whimsicott semente sanguessuga e Vaporeon proteger.

O Pokémon tipo fada e grama começou a cuspir sementes no campo e quando a última semente atingiu o chão, uma barreira surgiu a frente deles fazendo com que Arcanine batesse com força, tentando derrubá-la.

— É sua vez Empoleon: canhão de flash!

O intenso brilho veio de cima cegando os Pokémon protegidos. Houve uma breve pausa de milésimos na batalha, Arcanine já estava de volta ao seu lugar original enquanto Empoleon permanecia a uma distância de seis metros dos inimigos.

— Nó de grama! — Eduardo gritou e Empoleon enterrou as asas no chão, fazendo com que a grama subisse em espirais como se fossem lanças em direção aos inimigos.

— Eles vão atacar por baixo — pensou Thiago. — Vaporeon use o escaldar para encharcar o chão e Whimsicott evasiva!

— Acerte o Whimsicott no ar com o velocidade extrema!

Havia dois pontos de tenção agora: uma fumaça branca que saia da terra e encobriu Vaporeon e Whimsicott que estava pronto para ser mandado para as cucuias.

E em menos de um segundo tudo aconteceu: Whimsicott foi pego em cheio! Mas antes de ser atingido se envolveu em seu algodão e depois tornou a aparecer aproveitando a corrente de ar para flutuar. Já seu inimigo caiu sobre as sementes sanguessugas que de pronto se espalharam por todo seu corpo.

Ao redor de Vaporeon havia algo muito parecido com cipós caídos e podres. Os dois Pokémon de água se fuzilaram e gritaram.

— Agora ataque rápido Vaporeon — e o Pokémon não o esperou terminar as ordens partiu pulando e correndo para atingir o pinguim de aço. — Whimsicott força lunar! — ele uniu as mãos em frente ao corpo, como se tivesse em uma prece e no alto de sua cabeça uma esfera branca se formou, logo caindo como uma bomba sobre Arcanine.

Empoleon defendeu com sua poderosa asa a cabeçada que recebeu de Vaporeon e que o lançou para trás.

— Hidro bomba! — Eduardo gritou em desespero.

— Puts! — Wesley vibrou. – Agora vai ser o fim dele!

— Por quê? — Camila perguntou.

— Vaporeon absorve água — M respondeu.

Os cinco olharam para o campo enquanto Arcanine tentava levantar e Whimsicott voava em direção a Empoelon que lançava uma poderosa torrente de água que acertava seu rival em cheio.

— Péssima ideia! — Thiago vibrou.

— Livre-se desse mato com bombardeio de chamas e vá ajudar Empoelon! Agora!

Arcanine explodiu em chamas e começou a correr.

— Rápido! Giga drenagem e escaldar! — Thiago gritou dando um passo a frente.

Primeiro o ataque tipo grama deixou Empoleon cambaleante e logo em seguida o jato quente de água o lançou nas grades de segurança. Arcanaine não teve tempo de salvar o parceiro, mas atingiu Vaporeon mandando-o para escanteio.

— Uau! — Kabal gritou sobrevoando o campo com seu Inkay. — Essa bela combinação de ataques tirou de uma vez o valente Empoleon! E é este nível de luta que queremos ver!

— Finalizem com força lunar e escaldar!

— Use o velocidade extrema como evasiva!

O que Eduardo e seu parceiro não contavam era com mais uma das sementes sanguessugas que agarrou a pata do animal fazendo-o cair imobilizado e para logo ser jogado a metros de distância, impossibilitado de levantar.

O telão girou e piscou anunciando a vitória de Thiago e sua dupla enquanto Kabal fazia comentários sobre como aquilo havia sido eficaz. Logo cenas da batalha começaram a passar no telão, reexibindo os melhores momentos da luta.

Suzana foi a primeira a gritar e a bater palmas. Ela esteve ansiosa por todo o tempo e ao ver Thiago ganhar esbravejou toda a sua alegria. Os outros se assustaram e logo vibraram juntos.

— Mas essa é só a primeira! — Wesley comentou se recompondo. — Vamos nos acalmar.

Todos riram e gritaram mais vendo o amigo acenar para a plateia eufórica.

A segunda dupla anunciada após os festejos da primeira batalha tinha algo de peculiar. A moça de curtos cabelos lembrava alguém. Cerrou os olhos e tentou assimilar a expressão do rosto a outro que já vira antes, mas a conversa de seus amigos quebrou sua concentração.

— Suzana, tudo bem? — Wesley perguntou.

— Tudo. É que aquele rosto... Não sei, me parece familiar.

Wesley olhou para o rosto na tela e também percebeu uma familiaridade naquilo. Espurr saiu da Pokébola e ficou em pé com o rosto colado ao vidro olhando para o telão. Suas orelhas levantaram e Wesley se aproximou do pequeno de olhos grandes.

— Me conte o que você está vendo.

M e os outros também passaram a prestar atenção enquanto Espurr falava e Wesley ouvia atentamente.

No campo de batalha os desafiantes começavam a se posicionar. De um lado Heracross e Forretress e do outro um Alakazam e um Milotic e quando os olhos de todos pousaram sobre aqueles Pokémon, Wesley pegou Espurr e gritou:

— Vamos sair daqui! Agora! — correndo em direção à saída.

 

QUANDO O JUIZ ANUNCIOU o início da batalha, a mulher tocou a joia que levava no pescoço: uma mega pedra que fez seu Alakazam mega evoluir. A plateia ficou louca com aquilo! Ele então se virou para direita, olhou a plateia gritar e com um hiper raio dizimou uma parte do estádio. Pelo menos 300 pessoas morreram só naquele ataque. As outras entraram em desespero.

Vindo como um meteoro do céu, algo atingiu o centro do campo de batalha e urrou aumentando o desespero de todos. Uma cúpula roxa com estrias cor-de-rosa vibrantes surgiu entorno do estádio, tapando a luz do sol e as luzes de emergência se acenderam.

No centro do campo, Palkia gritava e ordenou com seu voz trovejante que todos calassem a boca. Mais um grito. Outra ordem. E uma nevasca focalizada fez com que todos literalmente esfriassem, deixando apenas que gemidos e choro fossem ouvidos.

— Eu sou Palkia! E a partir de agora ninguém entra ou sai! — ele dizia pausadamente.— Aqueles que desafiarem meu poder sofrerão a minha ira — e com um garra das sombras ele matou mais alguma centena de pessoas, mas ainda havia milhares naquele lugar.

Houve mais gritos e mais choro.

Alakazam pegou o apresentador e seu Inkay e os trouxe para perto. Sua parceira se aproximou e pegou o microfone das mãos dele.

— Nós voltamos e agora trouxemos um auxilio — ela começou a falar, sua voz ecoava por todo o estádio.

Wesley e seus amigos ainda corriam tentando chegar à parte dos competidores para se juntar a Thiago, mas pararam para ouvir.

— Desta vez vamos mata-los. O seu dom, Wesley, pertencerá a nós e usaremos de sua fé para tornar nossos planos em realidade. Por isso se entregue ou nós aniquilaremos todos aqui até encontrarmos você.

Houve outro som estridente. Uma força branca e uma luz forte. Aquilo só podia ser algo divino, pois a luz não cegava os olhos e em sua forma esplêndida Arceus surgiu e, num único ataque, jogou Palkia contra sua própria barreira, fazendo-o gritar de dor.

— Alakazam. Sabrina. — disse o Criador calmamente olhando para baixo.

 

MEWTOW, MOLLY E OS OUTROS, agora acompanhados por Dragonite, Cinccino e Aerodactyl e vários outros Pokémon que graças aos poderes de Mewtwo e Mew puderam acompanha-los em direção ao estádio.

Gardevoir e Xatu não conseguiam se teletransportar para dentro da redoma criada por Palkia, mas talvez Mewtwo pudesse rompe-la.

 

A VOZ OUVIDA AGORA era diferente. Serena e quente como o sol da manhã. Em sua conversa com Sabrina e seu Pokémon havia indignação, mas ainda assim os ouvidos de todos eram acariciados.

— O limite foi excedido. Matar inocentes desta forma é algo mais cruel do que pensei que humanos e Pokémon pudessem fazer juntos.

Palkia gritou e se levantou atacando o ser supremo.

Não foi necessário muito esforço para derrubar novamente Palkia.

— Não consigo entender o desejo por poder — ele disse voltando a cabeça do Pokémon caído para eles.

Alakazam voou até ficar na altura dos olhos de Arceus. Sua mega forma imponente era insignificante para o Criador dos Pokémon. O que Alakazam se tornara só era possível através dele. Não era impressionante. Ao longo dos anos já vira e matara esta e outras mega formas. Não hesitaria em matar mais uma. Mas aquilo não era uma questão de matar. Sempre que um Pokémon ou humano mal caia, um pior assumia seu lugar na balança. Era fato. Com seus milhares de anos sabia que a morte não era mais uma solução.

Arceus era o senhor dos senhores e lorde dos lordes. Vivera tanto quanto o Sol ou a Lua e vira a humanidade fazer mau uso daquilo que ele a ajudou a criar. Lembrava-se de antes, do culto à terra. Do culto ao Sol e ao mar. Ao vento que trazia o frescor às casas e ajudava os Skiploom e os beija-flores a espalhar pólen pelos campos. E lembrava-se também de quando decidiu não envolver-se mais em brigas terrenas, pois aquilo os dividia.

— Os humanos, Arceus, eles não têm noção de quão amplos e magníficos somos. Pokémon lutando contra sua própria espécie para divertimento humano? Isto é ridículo!

— E os que não lutam por diversão? Que protegem?

Wesley e os outros encontraram Thiago e juntos correram até o campo.

— Eles são armas.

— Do que estão falando? — Thiago perguntou para Wesley.

— Alakazam está dizendo que os humanos usam os Pokémon como arma.

— E quem é aquele Pokémon? — Camila quis saber.

— Arceus — Guilherme respondeu.

— Até mesmo os que lutaram contra você? — Arceus continuou o diálogo.

— Eles são inconsequentes e nós deveríamos nos unir — outros treinadores, aliados a ele apareceram e liberaram os já então conhecidos Magmortar, Salamence e Togekiss além de outras espécies que rugiram mostrando sua força. — Vê isso, Arceus? Nós somos a nova era! Nós seremos os novos lendários! — os outros Pokémon gritaram.

E Arceus os olhou.

— Me enfrentariam para isso?

Palkia rugiu e diversos Pokémon apareceram, alguns lendários.

— Todos juntos somos uma força única.

As colheres de Alakazam giraram e ele e os outros se prepararam para o ataque. Arceus apenas observou.

Wesley e seus amigos correram. As pessoas na plateia gritaram mais uma vez.

 

DO LADO DE FORA DA REDOMA Mewtwo e os outros lançavam poderosos ataques para tentar abrir um buraco. Xerneas e Regigigas uniam forças, mas ainda sim, não era suficiente.

Os Espadas da Justiça também lançavam seus mais poderosos ataques. Diancie assumiu sua mega forma e usou sua força para lançar um grande diamante pontudo, e os outros que também entraram em seu maior estado de poder, usaram seus ataques para potencializar aquilo.

Mewtwo mega evoluiu para sua forma X e tentou impulsionar usando todos os seus dons, mas o diamante foi quebrado e de nada adiantou o esforço.

— Isso não pode ser real — Diancie disse voltando a sua forma natural.

 

OS ATAQUES ATINGIRAM ARCEUS que fechou os olhos e aguentou calado enquanto raios e todas as formas de ataques violentavam seu corpo.

Quando Arceus abriu os olhos Alakazam o encarava.

— Você pode não sentir, mas quando recusou envolver-se nos problemas mundanos, os fortes reinaram. E nós somos a força. Capazes de destruir e reconstruir a terra.

Arceus não respondeu. Sentiu a forte presença de Mewtwo, Diancie e Wesley por perto e, piscando, trouxe-os, deixando-os entre ele e o Pokémon psíquico.

— Força é encontrar o poder dentro de si — Mewtwo levou as mãos ao peito e então evoluiu. Diancie fizera o mesmo, seus poderes aumentados pela força de Arceus, irritando Alakazam que dependia de Sabrina para atender suas necessidades evolutivas. — Você ainda é tolo — Palkia se levantou e Diancie foi até ele e, usando seu ataque brilho magico, o nocauteou. — Palkia ao se juntar a você se reduziu a um estado de fracasso, pois o ódio e a raiva equilibram a balança, mas não a vencem batalha.

— Heresia! — Alakazam gritou.

— Assim como a fé de Sabrina em você o faz evoluir a fé de Wesley em todos os Pokémon pode fazer qualquer coisa.

Mewtwo e Wesley deram as mãos, ele saiu de sua forma X, voltando a sua forma natural e em um brilho intenso, evoluiu para sua forma Y.

— Era esse o seu desejo? Ter alguém à força no inanimado, no intangível ao seu lado?

— Eu possuo a força do intangível! — ele voltou a gritar e com um hiper raio, pulverizou sua treinadora e manteve-se em sua mega forma. — Vê? Eu atingi o estágio de controle sobre meu poder!

As colheres de Alakazam começaram a cair e ele voltou a sua forma original.

— Sem a ligação dela com você, você perde o seu foco de poder — Arceus começou a explicar. — Mesmo com toda a maldade, ela era fiel a ti. Era ela quem sustentava seus planos, sua força. Alakazam, entenda que humanos e Pokémon possuem uma ligação sem limites. Sem explicações físicas, cientificas ou mágicas.

Ainda de mão dadas, Wesley e Mewtwo fizeram todos os outros Pokémon retrocederem a suas Pokébolas e voltaram a encarar Alakazam. Eles flutuavam com graça e um brilho angelical.

 

— NÃO ENTENDO — Thiago começou a falar. — O que está acontecendo?

— Arceus está mostrando para Alakazam o que é poder e força — M respondeu. — Ele quer mostrar que os laços entre os dois é natural.

— Como alma gêmeas — Guilherme completou.

— Como um — Camila continuou segurando sua pedra.

Todos os seus Pokémon saíram de suas pokébolas, ficando atrás dos quatro treinadores.

— Vê eles? — Arceus falou olhando para os Pokémon que saíram de suas esferas. —Eles e seus treinadores têm laços únicos e inquestionáveis. Você rompeu o seu. Agora o que o mantém conosco?

Os Pokémon e treinadores aliados de Alakazam se manifestaram. Mesmo sendo diferentes dos amigos de Wesley, eles amavam uns aos outros e fariam bondades e maldades uns pelos outros. Aquilo, assim como o amor de Sabrina, é incondicional.

Alakazam olhou para os seus aliados que o julgavam e viu que Magmortar, Milotic e Togekiss continuavam do seu lado, pois ao contrário dos outros, eles não queriam o amor dos humanos. O tempo que passaram escondidos fez com que alguns deles se apegassem aos escravos humanos. Mas não aqueles três. Eles eram comandados por Alakazam. Ele era seu treinador. E usando seus últimos rastros de poder Alakazam os teleportou para longe, mas com seus poderes ilimitados Arceus o trouxe de volta.

— Este é o meu fim? — Alakazam perguntou ainda com postura ditadora. — Vamos me matem!

Gengar saiu da pokébola, assim como Espurr e Furret, que havia evoluído do pequeno Sentret. E juntos de Wesley responderam:

— Pode ser um novo início.

— A morte não é a solução — Mewtwo continuou. — Nem para você, nem para nós. Um dia eu também precisei de respostas. Também quis usar da força para obter poder, mas o amor de um humano por seu Pikachu me mostrou novos horizontes. Já batalhei até mesmo contra Arceus. Alakazam, deixe-me lhe mostrar o mundo sob minha perspectiva.

Neste momento a redoma se desfez.  E todos os outros caíram ou voaram, ficando em volta de Arceus, prontos para atacar.

— Todos vocês estão convidados a virem para um novo lugar e recomeçar a vida. Então, o que me dizem?

Houve murmúrios e logo eles se abaixaram, quase tocando o chão com suas cabeças. Todas as espécies presentes. Sem exceção. Mewtwo olhou para Alakazam e estendeu a mão. Wesley fez o mesmo e ele a segurou. Mewtwo e Alazakam seguraram as mãos de Wesley entraram em suas mega formas. Depois, Gengar levou o corpo desmaiado e cansado do treinador até os amigos.

— Cuidem dele — disse Arceus. — Mewtwo, leve-os contigo. Xerneas, Cebeli e Diancie vão cuidar do Palkia — todos os Pokémon começaram a flutuar e foram para o céu.- Quanto a vocês, humanos, continuem seu torneio como se nada tivesse acontecido.

Arceus rugiu e num piscar de olhos tudo estava normal. Era como se voltassem no tempo: Thiago havia acabado de ganhar a batalha e todos comemoravam. Não havia mais mortos. E a segunda dupla anunciada era de Jessebelle de São Paulo vs Bruna de Indaiatuba e ao ver isso todos ficaram aliviados. Até mesmo Thiago estranhou estar refazendo os gestos. Parecia um déjà vu.

 TRÊS DIAS SE PASSARAM desde o torneio.

Wesley estava em sua pequena casa, ali mesmo em Santa Isabel. Uma área rodeada por árvores, animais e Pokémon selvagens. Ele olhou a velha bicicleta encostada na parede da casa e pensou que três anos se passaram desde a última vez que a usara.

Furret vivia no ombro de seu treinador, além de ser como um irmão mais velho para o travesso Espurr que corria para a entrada da casa. Gengar havia ficado no centro meteorológico enquanto Wesley fora para casa almoçar. Reparou que sobre a mesa havia uma caixa preta com detalhes prateados. Não se lembrava dela.

Talvez um de seus Pokémon tivesse posto a caixa ali. Perguntou a Furret que deu de ombros e depois a Espurr que correu com suas orelhas levantadas e flutuou até ficar em cima da mesa. Furret subiu novamente para ombro do treinador e eles ficaram ali parados em frente a caixa.

Wesley a segurou e sacudiu. Nenhum barulho, parecia vazia. Mas não havia nenhuma tranca. Um cubo? Mas que diabo era aquilo se não uma caixa? Só percebera a ausência do trinco agora. Ele sacudiu mais algumas vezes e começou a andar em direção a sala e jogou o estranho cubo negro no sofá. Ele bateu no apoio do acento, no acento e então, antes de atingir o chão Wesley sentiu um tremendo e repentino frio. A caixa bateu no chão e brilhou. Não houve nada.

O coração de Wesley pulsava. Furret também ficará a mil. Os dois se olharam e olharam enquanto Espurr se aproximava da caixa.

 

Quando resolveram agir já era tarde demais.

 

 



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