— Yoongi, ele é incrível, sério mesmo! —Exclamei, caminhando pelo quarto, jogando minhas opções de roupa sobre a cama, sentindo o olhar do coreano me acompanhando por onde eu ia. Yoon tinha um sorriso enorme no rosto, parecia feliz de estar com quem estava, e eu estava, definitivamente, feliz por ele.— O que acha desse? —Perguntei, erguendo um vestido branco.
— Vocês vão para um fliperama, gatinha; não acho que vestido seja uma boa opção. —Bufei, frustrada, jogando a peça longe; me sentindo mal por, pela primeira vez na vida, não ter a mínima ideia de que roupa usar, e estar completamente insegura quanto aquilo.— Gostou mesmo dele? Fico feliz com isso.
— É claro que gostei, Yoonie. Acredite, eu te contaria se não tivesse ido com a cara dele. —Me joguei na cama, ficando sentada no meio das dezenas de peças de roupa que haviam sobre o colchão.— Você merece ser feliz, de verdade. É uma pessoa incrível, um amigo maravilhoso; merece conhecer alguém bom e que te faça bem e feliz. —Ele sorriu, mostrando aquele sorriso gengival que eu tanto amava; e se levantou da poltrona, caminhando na minha direção e deixando um beijo carinhoso na minha testa.
— Eu te amo, S/n. —Dei um sorriso, largo; me levantando e avançando nele, abraçando seu corpo com força. Min gargalhou, me escutando dizer dezenas de vezes que eu também o amava, e muito; agarrou minha cintura exposta, me erguendo do chão e me girando no ar; claramente feliz com tudo o que estava acontecendo.
— Depois me conta se ele é bom de cama. —Brinquei, me afastando de seus braços e caminhando até as peças de roupa espalhada na cama, tentando me decidir sobre o que usar, já que pela primeira vez na minha vida, minha cabeça estava confusa e insegura.
— Depende, se você me contar como o Jungkook é. —Eu abri a boca, surpresa; e peguei um travesseiro, jogando em sua direção, acertando em cheio o seu rosto. Yoongi riu, pegando o objeto e lançando em mim, unindo as sobrancelhas, provocativo.— Oh, vamos gatinha! Seu pescoço está todo marcado, nem maquiagem esconde isso; e a faculdade inteira está falando que vocês dois saíram no meio da aula do professor Willians e só voltaram mais de uma hora depois. —Minhas bochechas esquentaram absurdamente e eu abaixei a cabeça; brincando com meus pés.— Pelo menos me conta, foi bom? —Respirei fundo algumas vezes, tentando convencer a mim mesma que não havia motivos para ter vergonha; Yoongi era meu melhor amigo, sabia tudo sobre a minha vida, e se ele estava querendo saber, não havia problema em contar.
— E como foi... —Respondi, mordendo o lábio inferior.— Mas isso não vem ao caso agora, eu preciso escolher uma roupa! O Jungkook vai chegar daqui a pouco! —Min deu risada, pegando uma blusa branca e jogando na minha direção, mandando eu vestir aquilo.— Uh, acha que isso vai ficar bom? Com o quê? —Ele jogou outra peça de roupa na minha direção, agora era uma calça que provavelmente combinava com a blusa.— Eu amo o seu jeitinho carinhoso, sempre me surpreende. —Vesti as roupas que ele tinha escolhido, caminhando até ficar em frente a um espelho, analisando a combinação. Dei um sorriso, aprovando a roupa, e correndo para pegar um par de tênis que pudesse combinar com as peças.
— É melhor eu ir, você não é a única que tem um encontro hoje. —Dei um sorriso malicioso, cruzando os braços e me virando para ele, unindo as sobrancelhas e deixando uma expressão maldosa tomar conta do meu rosto.— Pode tirar essa expressão tarada do rosto, porque eu e Hoseok não somos ninfomaníacos igual vocês dois. —Me mandou um beijo, saindo do meu quarto em seguida, fui atrás do maior, correndo um pouquinho; e pude avistar ele atravessando a porta do dormitório.
— Eu quero detalhes depois! —Gritei, recebendo alguns olhares de estudantes que estavam nos corredores. Min se virou na minha direção, semicerrando os olhos, irritado e envergonhado.— Te amo! —Fechei a porta, dando risada ao escutar ele gritar uma palavrão, me xingando e dizendo que me odiava. Voltei para o quarto e calcei um tênis confortável, mas que também combinasse com as roupas; e comecei a separar minhas coisas em seguida, guardando algumas coisas que poderiam ser necessárias dentro de uma bolsa, e isso incluía algum dinheiro, parte do que tinha sobrado do que eu estava economizando para comprar um novo celular.
Alguns minutos depois, quando eu estava finalizando os cachos no meu cabelo; recebi uma mensagem de Jeon, onde ele dizia que já estava saindo do seu bloco dos dormitórios e vindo me buscar. Me encarei no espelho por alguns segundos, sorrindo com o resultado, e peguei minha bolsa em seguida; me despedindo de Alice com um grito e correndo para fora do dormitório. Apertei o botão do elevador, me remexendo ansiosa enquanto esperava ele chegar.
A porta do mesmo se abriu e eu revirei os olhos antes mesmo de entrar, girando os calcanhares e me virando na direção das escadas, decidida a seguir em outra direção apenas para não me encontrar com aquela garota. No entanto, ela apoiou a mão na porta, impedindo-a de fechar, e me chamou, me fazendo virar o rosto para encará-la.
— Não se preocupe, eu estou de mudança mesmo. —Debochou, mantendo um sorriso irônico enquanto eu adentrava no cubículo de metal, me encostando na parede, o mais distante possível da loira.
— Graças ao bom Deus. —Resmunguei.
— Está bonita. Encontro com um dos namorados? —Revirei os olhos, respirando fundo em seguida, buscando por paciência em todas as células presentes no meu corpo. Eu sabia que ignorar era a melhor opção, mas não podia deixar aquilo daquele jeito, e não iria deixar.
— Uhum. Com o que você queria estar neste exato momento. —Rebati, sorrindo falsamente.— Curtiu o showzinho de ontem? Não sabia que gostava de voyeurismo. —Provoquei, vendo ela me olhar irritada. Provavelmente tinha ido conferir o que tínhamos ido fazer após sairmos juntos da sala e teve a resposta que não queria.— Tenha uma ótima mudança, tenho uma ótima recomendação inclusive; a puta que pariu. —Pisquei para ela, sorrindo enquanto encarava a porta, esperando-a abrir e atravessando-a em seguida; acenando para a maior de forma debochada, ainda de costas.
Jungkook estava do lado de fora do prédio, encostado na porta do carro enquanto me esperava. Coloquei uma mecha do meu cabelo atrás da orelha, ainda um pouco nervosa, e caminhei em sua direção em seguida; me julgando internamente por estar daquela forma. Já estávamos namorando, não havia motivo algum para estar daquele jeito, era apenas um momento nosso, nada demais.
Seu olhar passou por onde eu estava, parecendo apenas observar o local, mas assim que me viu Jeon se desencostou do carro, percorrendo meu corpo inteiro com os olhos algumas vezes, parecendo desacreditado. Dei uma risada fraca, analisando sua roupa também, tentando ser um pouco mais discreta do que ele. Jungkook usava uma calça de couro preta, justa, o que acabava destacando as coxas torneadas; além disso, usava uma blusa de cetim também preta, e um casaco vermelho por cima.
Okay, eu acabo de decretar para mim mesma que Jeon Jungkook é a perdição em forma humana.
— Se eu soubesse que você iria estar tão bonita assim, eu teria me arrumado um pouco mais. —Dei uma risada fraca, segurando na gola de sua blusa, sentindo seus braços rodeando a minha cintura e me puxando para mais perto. Deixei um selinho sobre seus lábios, no entanto, como o esperado, JK não se contentou com aquilo e pressionou seus lábios com mais força, deslizando a língua sobre a minha em seguida.
— Você está perfeito, JK. —Ajeitei sua roupa, vendo um sorriso se formar em seu rosto.— Eu já te disse, mas você fica bem usando qualquer coisa.
— Inclusive nada. —Arqueou uma sobrancelha, sugestivo; e eu acertei um tapa em seu braço, repreendendo o maior.— Você também está linda boneca; é impossível não ficar, hun?! —Dei um sorriso, envergonhada; e nós nos afastamos do carro para podermos entrar. Me sentei no banco, colocando minha bolsa no meu colo e puxando o cinto de segurança, observando quando Jungkook se sentou no lado do motorista, também colocando o cinto e apoiando as mãos no volante, se virando para mim em seguida.
— Está tudo bem? —Levei minha mão até seu rosto, arqueando uma sobrancelhas quando ele assentiu algumas vezes, balançando a cabeça calmamente.
— Só estou pensando. Por quê estamos indo em um encontro? —Meu sangue gelou completamente, e eu franzi o cenho, confusa.— Digo, eu meio que já sei tudo sobre você... —Coçou a nuca, sem jeito.
— Então, você mudou de ideia? —Perguntei, um pouco receosa, afastando minha mão do seu rosto devagar. Jeon arregalou os olhos, negando diversas vezes, segurando minha mão e colocando sobre sua bochecha novamente, parecendo um pouco nervoso.
— Não! Não é isso! —Minha expressão se tornou ainda mais confusa.— Eu só queria fazer uma brincadeira... —Deu uma risada nervosa, acariciando minha mão com cuidado, contornando o anel em meu dedo.— É porque tipo, encontros são para isso, não é?! Conhecer um ao outro... —Dei uma risada fraca, aliviada; e concordei com a cabeça.
— Pois bem então. Nosso encontro será para passarmos um tempo juntos, JK; sem toda essa confusão de faculdade e tudo ao nosso redor. —Ele suspirou, concordando; beijando meus dedos com carinho.— Mas se você não estiver confortável com isso, podemos... —Ele colocou o indicador sobre os meus lábios, me mandando parar de falar.
— Eu quero muito esse encontro, boneca. —Dei um sorriso, concordando. Sentindo um selar ser deixado sobre a minha boca em seguida, demorado e carinhoso.— Quis isso a minha vida inteira, eu não seria idiota de desistir agora.
[...]
Paramos em frente a casa, e Jungkook apertou minha mão, um tanto nervoso; enquanto encarava a porta de madeira, parecendo engolir em seco algumas vezes. Eu me virei para ele, forçando o maior a me encarar, e pude notar seus olhos perdidos, amedrontados, como se ele não soubesse ao certo o que fazer.
— O que foi?
— Eu nunca fui apresentado aos pais de uma garota antes. Me julgue. —Dei uma risada fraca, negando com a cabeça, surpresa com o fato de que ele estava realmente nervoso com aquela situação.
— Primeiro; é a minha avó, não os meu pais. E segundo; ela já te conhece!
— Como o seu melhor amigo! Não como namorado!
— Bem, você pode perder o privilégio de dormir no meu quarto comigo e de me esperar sair do banho... —Sua expressão se tornou chateada, e ele fez um bico enorme com os lábios; o que me fez soltar uma risada fraca.— Mas ela gosta muito de você, hun?! Sabe tudo o que já fez por mim e sabe que eu te amo muito. Além disso, se ela não aprovasse nosso relacionamento, eu continuaria com você do mesmo jeito. —Um sorriso se formou nos seus lábios, e Jeon deixou um beijo sobre a minha testa, demorado; o suficiente para me fazer fechar os olhos, apreciando seu carinho.
— Certo, vamos lá... O que pode dar errado? —Entrelaçou nossos dedos, e nós caminhamos até a porta.
— Muita coisa, na verdade. —Apertei a campainha, sentindo o olhar desesperado de Jungkook queimar sobre mim.
— Nossa! Obrigado pelo enorme apoio moral! —Dei uma risada, acariciando seu braço de forma torta. Respondi quando vovó perguntou quem estava na porta, e segundos depois esta fora aberta, revelando a mais velha com um sorriso enorme no rosto. Soltei a mão de Jeon, me aproximando para abraçá-la com força, deixando um beijo sobre sua bochecha.
Eu sou, e sempre serei, eternamente grata pela minha avó, porque ela sim é como uma mãe para mim. Meus pais meio que me "abandonaram" quando eu completei doze anos de idade; me deixaram morar no apartamento até que eu completasse quatorze, mas pararam de me dar qualquer tipo de apoio desde que eu era pequena; mas meus avós maternos sempre estiveram ao meu lado, e inclusive era a vovó que pagava a parte da faculdade que minha bolsa não cobria —o que, apesar de não ser muito, eu sabia que era extremamente necessário.
Meus pais nunca foram muito presentes na minha vida, mas não por conta do trabalho ou casos parecidos. Por terem uma grande empresa, eles desejavam ter um filho homem, que pudesse herdar tudo —já que, por arrogância, eles não acreditavam que eu ou qualquer outra mulher não pudéssemos ter competência suficiente para isso. Com quatorze anos eu vim morar com minha avó, e ela passou a cuidar de mim desde então; e meus pais adotaram um garoto alguns anos mais velho do que eu, que anos depois assumiu o cargo da empresa, e, por uma brincadeira irônica do destino, levou a empresa a falência.
Eu perdi completamente o contato com os meus pais, nem mesmo mensagens eles me mandavam hoje em dia, e apesar de ainda doer muito pensar no fato de que eles tinham me rejeitado pelo simples fato de eu ser uma garota; eu aprendi a superar aquilo com o tempo, e comecei a dar atenção as pessoas ao meu redor, como minha avó, minha madrinha e Jungkook.
Eu me lembro, inclusive, que quando eu tinha dez anos de idade, meus pais viraram na minha cara e afirmaram com a maior grosseria possível que eu e Jeon estávamos proibidos de nos ver, porque segundos eles, o maior era uma "má influência" para mim. Foi nessa época que eu e o maior passamos a nos comunicar através de cartas, com a ajuda de seus pais, que colaboravam com nossa amizade; e depois de muita insistência, meus pais ligaram o "foda-se" e me deixaram voltar a conversar normalmente com o moreno.
O jantar na casa da minha avó fora muito reconfortante e amigável, ela afirmou com toda a certeza possível que apoiava nós dois e que, na verdade, sempre suspeitou que aquilo fosse acontecer. Demonstrou apoiou total, além de afirmar que nós dois formávamos um belo casal.
Por ser uma pessoa extremamente conservadora, ela não deixaria nós dois sozinhos no meu quarto, mas nos deu uma certa privacidade na sala; e eu e Jungkook pudemos curtir um pouco um ao outro antes de ele ter que voltar ao dormitório, já que eu iria passar a noite ali mesmo e voltar de ônibus no dia seguinte, bem cedinho.
— Por que eu sinto que ela está nos observando do quarto dela? —Perguntou, olhando para a porta aberta do quarto de vovó; eu dei risada, brincando com os dedos de sua mão tatuada, beijando-os em seguida.
— Porque ela está.
— Eu queria te dar um beijinho, mas estou vendo que não vai ser possível. —Ergui a cabeça, encarando seu belo rosto; sentindo Jeon roçar nossos narizes levemente, deixando um selar demorado sobre meus lábios em seguida.— Não era bem esse beijo, mas tudo bem, vou me contentar com isso.
— Está tarde, JK... —Ele me olhou, fazendo um biquinho.— Ei, eu também não quero que você vá; mas temos aula amanhã, e minha avó não vai deixar você dormir aqui.
— Eu sei disso. —Suspirou.— Vou me despedir dela, só um minuto. —Se levantou, deixando um beijo na minha testa antes de ir até vovó, se despedindo brevemente dela, e mesmo de longe eu pude escutar ela pedindo para ele voltar mais vezes. Acompanhei o moreno até a porta, encostando a mesma e passando para o lado de fora, sentindo Jungkook agarrar minha cintura e me puxar para perto do seu corpo, unindo nossos lábios, parecendo afoito.— Porra, isso é o que eu chamo de beijo. —Mordiscou meu lábio inferior.— Vejo você amanhã, hun?!
— Tudo bem. Eu te amo. —Ele sorriu, me beijando mais uma vez.
— Eu amo você. —Sussurrrou, beijando minha testa e caminhando até o carro depois; eu acenei, vendo ele entrar no veículo após me mandar um beijo. Entrei em casa novamente, desejando uma boa noite para vovó antes de seguir para o meu quarto, trancando a porta e caminhando até míni sofá que havia ali; pegando meu celular e me perdendo nas redes sociais por alguns minutos, percebendo que as pessoas da universidade só falavam do meu relacionamento com Jungkook no twitter.
Tomei um susto ao escutar batidas na minha janela, e me levantei assustada, caminhando lentamente até lá, tentando não fazer barulho. Suspirei aliviada ao ver Jeon do outro lado, e mesmo sem entender eu fui até lá, abrindo a janela e deixando que ele entrasse; fechando a mesma com cuidado em seguida.
— Deixa minha vó descobrir que você invadiu o quarto da neta inocente dela; você será um homem morto. —Ele deu risada, se jogando no sofá e me puxando para ir junto; dando um sorriso perigosamente lindo.
— Eu vou correr o risco. —Sussurrou, me puxando para ainda mais perto.— Além disso, de inocente você só tem a cara mesmo... Às vezes nem isso... —Minhas bochechas esquentaram, mas eu resolvi ignorar aquilo naquele momento.— Eu só queria te falar uma coisa, depois eu vou embora se você quiser.
— Não quero que você vá embora... —Sussurrei de volta, vendo ele sorrir novamente; mas suspirando em seguida, levando uma das mãos até meu rosto, mexendo na mecha do meu cabelo que estava ali.
— Naquela hora, no carro, antes de irmos para o fliperama hoje... —Puxou o ar com força, ainda me encarando.— Eu ia dizer que não acredito que isso está mesmo acontecendo. Eu, você... Isso parece tão surreal. Eu nunca pensei que teria coragem o suficiente para me declarar para você, e que fosse realmente retribuir meus sentimentos.
— Bem, mas nós estamos aqui agora, não é?! É real, Jungkook; eu, você, esse sentimento, tudo isso é real. —Ele sorriu, me abraçando com força; escondendo seu rosto na curvatura do meu pescoço. Levei minha mão para seus fios de cabelo, acariciando-os com calma.— E eu achando que você gostava da Heather. —Soltei uma risada fraca, desacreditada.
— Hun?! Sério? Por que achava isso? —Abaixei a cabeça, encarando seu rosto de perto, notando um brilho diferente ali.
— Vocês ficaram tão próximos tão rápido, pensei que houvesse sentimento envolvido. —Suspirei, sentindo suas mãos deslizando pelas minhas costas em um carinho inocente.— E teve um dia específico que... —Engoli em seco.
— Que?
— Eu vi vocês dois em um corredor... Você tirou seu casaco e colocou sobre os ombros dela; igual faz comigo... —Fechei meus olhos, me lembrando da cena.— Eu só, não sei...
— Pensou que eu estivesse te deixando de lado? —Perguntou, me fazendo balançar a cabeça, assentindo.— Amor, é óbvio que não! Aquilo não significa nada, hun?!
— Nem quando você fazia comigo? Porque significava tanto para mim... —Jeon suspirou, se erguendo um pouco e retirando a blusa de frio, passando-a por cima dos meus ombros em seguida; se deitando no estofado novamente e usando a peça para me puxar para mais perto.
— Com você sempre existiu um sentimento especial, porque eu sentia que estava cuidando de você, era isso que eu tentava transmitir quando colocava uma blusa em seu ombro. Eu amo ver a forma como você me olha, o brilho nos olhos por saber que pode contar comigo, amo a forma como você se agarra ao casaco e a mim ao mesmo tempo, por medo de eu sentir frio depois. —Dei um sorriso, automaticamente.— Com você sempre teve um sentindo e um carinho diferente, porque eu te amo, S/n; e sempre te amei. Agora com a Haether, porra boneca; é só poliéster.
— Eu te amo... —Sussurrei, encantada.
— Me lembro do final do ano passado. Eu coloquei meu moletom em você, disse que amava quando você usava eles; enquanto internamente percebia que eu não estava apaixonado por você. Eu já te amava, há muito tempo. —Arregalei os olhos.
— Você está brincando, não é?! —Jungkook negou, confuso.— JK, foi nesse dia que eu descobri que tinha me apaixonado por você. —Desta vez parece que ele tinha sido pego de surpresa.
— Uh, eu realmente não esperava por isso. —Entrelaçou nossos dedos, aproximando seu rosto do meu.— Você ainda tem alguma dúvida de que estava destinado para que nós dois ficássemos juntos? —Dei um sorriso, segurando sua nuca e aproximando nossos rostos, selando nossos lábios.— Não foi assim que eu imaginei o fim da noite do nosso encontro mas, definitivamente, é bem melhor... —Acariciou minha bochecha.— Você tem noção do quanto eu te amo? —Meus olhos brilharam e arderam, cheios de lágrimas.— E tem noção de quantas vezes eu já quis te dizer isso?
— JK...
— Eu jamais pensei que fosse amar tanto alguém, ao ponto de realmente não imaginar minha vida sem essa pessoa. —Uma lágrimas escorreu pela minha bochecha, e Jeon rapidamente a secou.— Você é o amor da minha vida, minha boneca; e eu soube disso no segundo que nós dois saímos dos apartamentos e nos encontramos pela primeira vez. Eu soube, sempre soube, que você era a mulher com quem eu iria me casar, dividir o restante da minha vida; porque eu não vejo nenhuma parte dela sem você do meu lado, S/n. —Pressionei minhas pálpebras com força, abraçando seu corpo e escondendo meu rosto em seu peito, não conseguindo controlar minhas lágrimas.— Você é o sol que iluminou a minha vida, a reencarnação dos meus sonhos de infância; você não é apenas a causa da minha euforia amor, é a causa da minha felicidade por completo.
— "Estou tão feliz que não consigo respirar." —Eu pude sentir suas lágrimas escorrendo pela minha pele; enquanto ele soltava uma risada fraca, desacreditado.
— Eu te amo, minha boneca.
— Eu amo você, meu JK. —Ergui a cabeça, secando suas lágrimas e sentindo ele fazer o mesmo comigo, aproximando nossos rostos.— Oh céus, você é tão, mas tão brega... —Nós dois sorrimos, e eu escutei a chuva começando a cair no lado de fora enquanto ele unia nossos lábios.
— Amor...?
— Hun? —Acariciei sua bochecha, vendo ele fechar os olhos por um momento.
— Você consegue gemer baixinho?
Quem me dera ser...
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