1. Spirit Fanfics >
  2. Ponto de vista (Editando) >
  3. Friends

História Ponto de vista (Editando) - Friends


Escrita por: KimMinRyong

Capítulo 4 - Friends


Fanfic / Fanfiction Ponto de vista (Editando) - Friends

Ponto de vista - Fanfic Jikook

Pov Jungkook.

"E é por isso que amigos devem dormir em camas separadas e os amigos não devem me beijar como você me beija, eu sei que há um limite para tudo, mas amigos não me amam como você.

- Friends, Ed Sheeran.

 

 

E mais uma vez eu estava ali, depois de muito tempo eu havia voltado aquela casa, suspirei ao entrar, lembrando-me e tentando contar quanto tempo fazia desde a última vez que pisei ali. Nossos pais ainda eram vivos, sorrio ao lembra disso, lembrar que a amizade de nossos pais foi o motivo para que eu e Jimin nos conhecêssemos e ficássemos amigos também, mas é realmente uma pena pensar que ambos acabamos estragando isso. 

Quando fui para Busan, senti que magoei, Não só Jimin, mas meus amigos também. Passei anos morando longe para no fim voltar a casa que eu queria evitar, tentei me desvincular do passado, achei que se morasse um tempo bem longe da casa que cresci, a dor da perda seria menor, mas acabei errando e logo voltei para Seul.

Eu tinha quase dezesseis anos - e Jimin tinha dezessete - quando eu voltei para Seul, mas, por conta do acidente que tirou a vida de nossos pais, eu e ele passamos quase um ano sem ir à escola, eu sempre fui um ano adiantado então não me fez diferença reprovar, mas para Jimin não foi assim. 

Jimin e eu passamos a ter pesadelos depois daquela noite, não estávamos no carro, mas o trauma de perder os dois pais foi algo muito grande. Os sonhos dele não eram como os meus, e mesmo eu não querendo admitir que precisava da ajuda de Jimin, eu engolia o meu orgulho e às vezes falávamos por telefone - quando eu acordava no meio da noite.

Todos a minha volta diziam me entender, mas a única pessoa que me entendia de fato! Era a que tinha passado pelo mesmo que eu. Foi tão difícil me acostumar a não ter Jimin por perto, mas com os anos, nossos sentimentos foram mudando, Park Jimin me deixava estranho, me irritava facilmente e, sempre que abria a boca, fazia com que eu quisesse o calar da melhor forma possível, eu passei a não me entender, passei a me desconhecer, eu não sabia o que era aquilo... Ele conseguiu me fazer odiá-lo por me fazer sentir tudo isso.

Era um sentimento tão confuso.

Depois que eu voltei para Seul e o reencontrei, percebi que aquele sentimento horrível havia aumentado e Jimin agia da mesma forma, deixando claro que eu não era o único a me sentir mal. Foi aí que começamos a nos odiar de verdade, fazíamos de tudo para um ficar mal na frente dos outros, provocávamos um ao outro e "jogo" era a nossa palavra favorita. Então, dessa palavra, resolvemos começar o nosso Jogo de provocações.

- Vem, vou te mostrar onde você pode dormir. 

O segui até o quarto de hóspedes, quando éramos pequenos fazíamos cabanas e dominamos nesse quarto, abraçados. Jimin gostava de deitar no meu peito enquanto eu fazia carinho no seu cabelo - que antes era preto - eu gostava de sentir seus fios sedosos entre meus dedos, sempre admirei seu cabelo de uma forma especial, era o que deixava Park Jimin ainda mais bonito, completava todo o conjuntinho especial.

Suspiro pesado e balanço a cabeça, tentando parar de pensar nisso tudo, mas uma vez estava ficando com raiva dos meus sentimentos, ficar perto dele mexia comigo, e eu não sei se gosto disso.

- Obrigado, Jimin... – Falei baixo demais, coçando a garganta que estranhamente passou a ficar seca - mas eu pensei melhor, e acho que eu exagerei, - sorri fraco - acho que só precisava falar com alguém depois daquele sonho, podemos conversar um pouco e depois eu volto, para casa.

- Não pode engolir o seu orgulho só um pouco? - posso dizer tudo e mais um pouco sobre Jimin... - Eu sei que seus avós não estão em casa. 

- Como sabe disso?

- Se estivessem, você não teria me beijado lá na rua - ... Menos que ele não me conhece de verdade. - E porra Jungkook, não é como se eu fosse te atacar de noite enquanto você dorme. 

- De qualquer forma! - me alterei - eu estou bem agora! Não sei o motivo de ter vindo aqui mesmo, ou porque ainda tento te pedir ajuda quando eu deveria esquecer que você existe!

- Jungkook... – Falou rouco.

- Eu já vou! - o interrompi - Boa noite! 

Virei-me na intenção de deixar isso tudo de lado e ir para casa, eu posso jurar que realmente ia fazer isso, mas algo me impediu, ou nesse caso, alguém.

A mão de Jimin segurou firmemente em meu pulso esquerdo, o puxou e assim que consegui girar meu corpo para que ficasse de frente para ele, me colocou contra a porta fechada do quarto, levando seus braços até a altura de meu rosto, criando uma barreira onde eu não podia sair de seus braços.

Ele estava sério...

 

 

Calado...

 

 

Perto...

 

 

Muito perto...

 

 

E...

 

 

... E lindo...

 


 

- Ji-Jimin... - Foi tudo o que consegui dizer.

- Dá para você calar a boca por um segundo? - questionou com raiva.

- Por que você está irritado comigo? - perguntei igualando o tom de voz - Está assim desde tarde!

- Por que você beijou outro garoto na minha frente? – suspirei - Se jogou nos braços de outro sem mais nem menos? - ri incrédulo - Flertou com uma oferecida qualquer sem ao menos pensar em quem estava ao seu lado? 

- Estamos falando do Tae e do Namjoon, eu não me joguei para o Hyung! Eu o abracei! 

- Ah por favor! 

- E até onde eu sei! Posso beijar quem eu quiser! Não briga comigo como se tivéssemos alguma coisa! 

- Nós temos alguma coisa! - ri desacreditado.

- Eu não te entendo... - sussurrei.

- Não me entende? - Debochou.

- Sim! Não entendo! Você sempre disse me odiar, mas agora que vejo esse ciúme todo não sei de mais nada... - Silêncio, mais uma vez. Eu olhava fixamente para Jimin e ele olhava para vários cantos do quarto como se fosse encontrar alguma resposta em qualquer canto que não fosse meus olhos - vai dizer agora, há essa altura do campeonato, que na verdade isso tudo não passou de mentiras? Vai se declarar, é isso? - apesar do tom de deboche, eu estava temendo a resposta.

- Por que quer tanto saber? Sonha com esse dia? - debochou me arrancando mais raiva do que já estava.

Respirei fundo e abaixei o rosto, correr para Jimin por conta dos pesadelos estava acabado, eu deveria ter pensado nisso, na nossa situação, antes de correr para ele como eu sempre acabo fazendo. Talvez eu só estivesse cego pelo o fim de tarde agradável que tivemos, talvez eu estivesse me iludindo.

- Desculpa, Jimin - fugi de seu olhar - é óbvio que eu não devia ter vindo aqui... Não sei o que passou na minha cabeça. - Sussurro a última parte.

- Cala a boca! - respirou fundo, chamando minha atenção - Eu vou estar na cozinha, se quiser comer alguma coisa, desça que eu faço pra você. - Ele me "soltou" e fez com que eu saísse da frente da porta, a abrindo e se preparando para sair do quarto.

- Jimin... - segurei com calma em seu braço, eu tinha que dize que não ficaria ali.

- Jungkook eu sei como é perder os pais, ter pesadelos com isso e não ter ninguém que te entenda.

- Ninguém Jimin? - perguntei ofendido.

- Bom, a única pessoa que poderia me entender se afastou de mim e agora me odeia. 

- Não fale como se esse ódio fosse de única parte! - rebati - você também me odeia!

- Eu não sei Jungkook, já disse que nem sei o que é ódio, como posso dizer que te odeio? 

- Jimin... - Então era eu?

- Esquece - ele negou e suspirou - você está com fome?

- Sim... - preferi não continuar no assunto.

- Venha - indicou o caminho com a cabeça - Eu estava mesmo procurando algo para fazer. 

Jimin segurou minha mão de forma calma, nem parecia ser a mesma pessoa de segundos atrás, cheio de si, ciúmes e raiva. Eu deixei que nossas mãos ficassem juntas, eu poderia ser considerado o cara mais contraditório do mundo se negasse, digo tanto sentir falta de nossos carinhos e do nada recusaria sua mão? Sei o que pode parecer, mas a é verdade é que ele mexe comigo.

- Jimin, O que acha de pedir uma pizza? - falei enquanto íamos em direção à sala.

- Gostei dessa ideia, podemos assistir um filme enquanto esperamos, o que acha? - perguntou cansado, sei que deve estar se sentindo estranho depois da nossa conversa, apenas concordei com a cabeça em um meio sorriso.

- Acho que assim posso esquecer do meu pesadelo... - respondi e ele concordou sorrindo, sem mostrar os dentes.

Ele apanhou seu celular, que estava na mesa de centro, e ligou para a pizzaria, enquanto eu fui em direção ao sofá, esperando que ele terminasse de falar com o atendente.

Procurei algum filme para ver, queria adiantar logo e, já como nossos gostos são parecidos, não vi problema em escolher sozinho. Comecei a vasculhar toda a lista de filmes que tinha na televisão, até que sinto o acolchoado ao meu lado afundar, Jimin havia se sentado bem ao meu lado, o que me fez olhar com o canto dos olhos e me afastar um pouco, o fazendo rir baixinho.

- Eu só mordo se você pedir, Jungkook. – Eu ri.

- Não é isso... Idiota. - Olhei para ele.

- Eu gosto de ficar perto de você - Admitiu olhando no fundo de meus olhos, essa segurança me causou algo, só não sabia dizer o que...

Eu me levantei e sentei do seu lado, toquei sua mão gentilmente, a peguei e o fiz passar seu braço por meus ombros, deitando em seu peito. Jimin estava surpreso, isso era óbvio, mas não deixou de retribuir meu abraço da melhor forma.

 Começamos a assistir o filme, o único som que preenchia a sala, era o da televisão, o filme já estava na metade e eu nem prestei atenção direito, eu só queria aproveitar que estava abraçado ao meu vizinho facilmente odiável. 

Agarrei sua cintura no momento em que ele ameaçou se soltar do abraço, eu não o deixei, eu queria ficar ali, sentindo seu perfume forte, sentindo sua segurança que sempre me causou inveja.

- Deixa eu ficar assim... - Sussurrei e fechei os olhos quando sua mão tocou meu cabelo, me acariciando - Tenho que ser sincero, eu ainda estou assustado com o meu sonho... E você... Eu sinto que preciso de você agora... 

- Você precisa de mim? - apoiou seu queixo em minha cabeça, eu apenas concordei, fechando os olhos e respirando fundo a fragrância de seu perfume.

- O seu cheiro me irrita.

- Como assim? 

-Ele me irrita, por que ele é a única coisa capaz de me acalmar - Jimin riu sarcástico.

- Eu pensei que você me odiava - Suspirei com o seu deboche, talvez eu realmente devesse falar para ele.

- Acontece que eu também não sei, Jimin...

Em um ato de pura coragem, eu o olhei, olhei pois merecia isso, sua mão livre tocou meu pescoço, fazendo seu dedo polegar repousar em minha bochecha, me acariciando, estávamos mesmo trocando carinhos, mas não era da forma que faziam aquelas duas crianças, isso me fez pensar, talvez eu quisesse nossas carícias de volta, mas talvez não totalmente como antes.

Passamos muito tempo nos olhando, um nos braços do outro. Em um momento específico, eu pude ver que ele se aproximava, ele queria me beijar, mas estava inseguro e posso imaginar o motivo. Desde que nos beijamos pela a primeira vez, só fazíamos por conta de nosso jogo, mas aquele olhar, aquela situação, deixava claro que era um beijo sincero.

- Eu posso te beijar? - pediu em forma de sussurro, eu sabia que, para ele estar pedindo permissão, era que isso significava deixar o jogo de lado.

- Pode - respondi e, com a permissão, ele engoliu a saliva, começando a se aproximar cada vez mais.

Ia ser nosso primeiro beijo de verdade, e eu queria muito saber como ia me sentir depois e durante, mas quando estávamos a ponto de inexistir qualquer distância entre nós...

 

... A campainha tocou...

 

Nos separamos com o susto e nos ajeitamos no sofá. Que vergonha, estamos completamente vermelhos e sem nem o que dizer, deixamos o impulso nos dominar naquele momento e agora, tanto eu quanto ele sabíamos o que desejávamos.

- E-eu vou... A- abrir... - falou primeiro, se levantando de supetão.

- SIM... - me alterei - Quer dizer... - quase sussurrei - sim, a pizza... - terminei para mim mesmo, uma vez que Jimin já tinha saído da sala.

Ele foi atender à porta, eu fui para o seu quarto pegar um lençol, pois o ar-condicionado da sala estava muito forte e eu precisava respirar um ar que não fosse o mesmo que o dele, precisava de um tempinho para mim, para tentar colocar minha cabeça no lugar.

 Quando eu voltei e olhei para a sala, as duas pizzas estavam em cima da mesinha da sala com o refrigerante e alguns copos, olhei para a cozinha e a luz estava ligada, fui até lá e quando eu empurrei a porta Jimin a puxou ao mesmo tempo, fazendo com que ele se desequilibrasse e tentasse se segurar em mim, para não cair no chão, porém tanto eu quanto ele acabamos caindo, eu por cima de seu peito e ele de costa no chão. 

- Jimin! – Exclamei surpreso - ...Des-desculpa - comecei a rir - Eu não sabia que você ia abrir - Ele começou a rir também e agradeci mentalmente por isso, se não fosse esse tombo, não saberíamos como lidar com tudo isso.

- Tudo bem, Kookie - respirou pesado, parando de rir aos poucos, no mesmo instante em que eu apoiei minha cabeça em seu peito, em uma tentativa de parar de rir - Só levanta, sim? A carne é fraca... - Arregalei os olhos e levantei o rosto, só o suficiente para olhar em seus olhos, voltei a rir e neguei com a cabeça, o fazendo rir mais uma vez.

- E se eu não quiser? - Ele arqueou uma sobrancelha.

- Você não quer? - Dei um selinho demorado em seus lábios. Ele riu antes de segurar em minha nuca e me beijar de uma forma mais profunda, bem ali, no chão da sua cozinha. Separei nosso beijo em meio a risos e me levantei, puxei seu braço, o fazendo ficar sentado no chão. 

Foi mais um beijo trocado em meio a provocações, mas valeu para que não ficasse um clima estranho durante o restante da noite.

- Vem logo, se não eu vou comer tudo sozinho - sai da cozinha ainda rindo e o vi negar com a cabeça.

Fui para a sala e Jimin veio logo atrás de mim. Eu já estava no sofá, enrolado em um cobertor marrom e comendo uma fatia de pizza. Bati no luar vazio ao meu lado, indicando que ele deveria sentar ali, e ele logo fez, pegando um pedaço de Pizza e começando a comer comigo.

Terminamos de comer e já era quase meia-noite. Apenas continuamos na sala, assistindo um filme atrás do outro, eu até que estava gostando do enredo do que assistíamos, mas tudo ficou completamente escuro e logo um frio intenso me atingiu. Havia faltado luz.

- Merda... – Praguejei baixinho, pressionando os olhos, tentando fingir que eu apenas estava de olhos fechados, mas meu coração se acalmou quando senti um braço me envolver – Jimin... É você? – Ele começou a rir.

- E quem mais poderia ser, Jungkook? – Bati em seu peito com certa força e ele começou a rir mais ainda, mas quando eu ia continuar batendo nele, ele segurou meus braços e me abraçou melhor – Sou eu sim, não precisa ficar com medo – Beijou minha cabeça e eu suspirei.

Desde que eu comecei com os pesadelos, eu comecei a ter muito medo do escuro, na verdade eu sempre tive, por isso sempre dormíamos abraçados quando passávamos a noite um na casa do outro, mas depois que nossos pais morreram tudo ficou mais difícil. Eu era bem mais novo e a ideia de não ter meus pais era assustadora.

- Eu acho que essa luz não vai voltar tão cedo – me arrumei nos braços do mais velho e suspirei – Aigoo, eu realmente odeio escuro!

- Eu posso deixar a lanterna do celular ligada - Ele ligou a lanterna e olhou para mim – achou!

- Idiota – bati de novo em seu peito e me deixei levar, rindo um pouco – eu não sou uma criança – murmurei e ele riu mais ainda.

- Olha pra mim – Relutei um pouco, mas me dei por vencido e o olhei – Eu estou aqui – suspirei um pouco triste e concordei – Sei que eles fazem falta, mas não estamos sozinhos, tudo bem?

- Tudo bem... – Praticamente sussurrei, ele beijou minha bochecha com delicadeza e juntou nossas testas. Ele não tinha noção do perigo de seus próprios atos.

- Jungkook – Abri meus olhos e engoli o seco ao ver o quanto estávamos próximos – Seu eu estiver com vontade de te beijar – respirei fundo – dessa vez de verdade, tem algum problema?

- Eu não sei – mordi meu lábio - Eu queria mesmo te beijar antes da pizza chegar, eu acabei perdendo a coragem depois daquele furo. - Digo abaixando a cabeça, fazendo nossos narizes se tocarem – Eu te beijei na cozinha, mas não era daquela forma que eu queria.

- O que você sente por mim? – Perguntou de imediato.

- Eu não sei – Falei choroso - As coisas sempre acabam mudando o meu ponto de vista, eu nunca sei o que estou sentindo de verdade – ele sorriu sem mostrar os dentes – mas eu acho que não te odeio, não o tempo todo – rimos, descontraindo aquele clima todo.

- Você acha coisas demais – ele riu tímido, olhava para seu celular e brincava com a capa.

- Sim, mas eu sei de uma coisa – ele olhou para mim - você quer me beijar, não é Jimin? – ele voltou a rir.

- Você é muito convencido, que merda – rimos mais uma vez, mas ele parou quando cheguei perto.

- Eu também quero te beijar – Ele sorriu.

- Eu tenho medo de gostar de você de noite e quando amanhecer voltar a te tratar como um ogro, eu não quero te machucar.

- Eu também tenho culpa nisso, Jimin, eu também não sei lidar com tudo e acabo sendo grosseiro – ele concordou com a cabeça – mas se a gente quer ter alguma coisa agora, não precisamos pensar no outro dia.

- Não?

- Não – sorri – se vamos ter o que queremos, podemos classificar isso como atração.

- E se amanhã não estivermos juntos? Isso vai ser um problema?

- Não,

Ambos sorrimos tímidos, a luz fraca do celular dele estava falhando, provavelmente pela falta de bateria. Ainda nos olhávamos como se estivéssemos esperando alguma iniciativa, e por eu não aguentar mais, envolvi seu pescoço com meus braços, podendo admirar seu rosto um pouco mais perto.

Estávamos nos olhando e rindo como bobos, até que uma hora meus olhos pararam em seus lábios e aos poucos fui me aproximando com a ajuda dele que estavam me puxando pela a nuca, até que finalmente selamos nossos lábios em um beijo calmo.

Eu não sei quanto tempo passamos nos beijando, mas aquele clima era ótimo, não havia pressão e nem a vontade de mostrar para alguém que um de nós estava ganhando algo. Os estalos de beijos era algo novo para mim – quando se tratava dele – mas eu descobri que gostava daquilo. Chegou um momento que achamos melhor para, não sei porque, mas era como se tivessem extrapolado algum limite. Abri os olhos e novamente tudo estava escuro.

A bateria do celular deve ter acabado.

- Você está com medo? – perguntou preocupado.

- Não do escuro – naquele momento eu só estava com medo de me apaixonar, mas eu não ligava para isso.

O puxei para mais um beijo, esse era completamente diferente dos outros, era agitado, quente demais. Senti meu corpo ser levantado e – sem separar nossos lábios – me agarrei ao seu corpo, deixando que ele me levasse pela a casa, em direção ao seu quarto.

 Fui colocado em sua cama, recomeçando nosso beijo afoito, agora com ele deitado em mim. Ele passou suas mãos por de baixo da minha camisa a tirando e me fazendo arfar com seu toque em meu tronco, logo depois eu tiro a sua e começo a beijar o seu pescoço, isso estava indo por um caminho perigoso.

- Jimin – falei em um tom roco -  Eu acho que não deveríamos fazer – apertei sua cintura enquanto ele beijava o meu pescoço.

- Eu também acho. – Começou uma trilha de beijos, indo mais uma vez até meus lábios, onde trocamos um beijo que nos ajudou a começar a acalmar as coisas, até que estivéssemos completamente frios, trocando apenas selinhos.

- Desculpa – sussurrei olhando para ele, a luz da lua ajudava a enxergar algo, ele sorriu e negou com a cabeça, como se dissesse que estava tudo bem - Eu acho que sexo é algo sério

- Não precisa se explicar – me beijou de forma engraçada, começando a beijar todo o meu rosto, me arrancando risadas - Tudo ao seu tempo – sorrimos nos olhando, ele fazia carinho em minha bochecha com um de seus dedos e tudo estava bem.

Eu descobri que amo beijar Jimin, principalmente se ele estivesse deitado em cima de mim.

- Quero te perguntar uma coisa – levei uma mão até seu rosto, devolvendo seu carinho.

- Pode falar – Beijou minha mão.

- Por que você não é carinhoso assim comigo quando as luzes estão acesas? – ele riu, nossa que sorriso.

- Certas coisas são mais gostosas quando escondidas – mordi meus lábios, ouvindo um “Não faça isso” sôfrego sair da boca dele. Não consegui não maliciar com aquilo.

- Mas nós não estamos escondidos.

- Tudo aquilo que não pode ser visto está escondido, é como se eu tivesse roubado os seus segredos quando eu te beijo – ri.

- Os meus segredos?

- Sim, passaram dos seus lábios para os meus. -  Ele me beijou de surpresa – Agora eles são meus.

- Não – neguei com a cabeça e ele riu.

- Porque não? – perguntou ainda próximo aos meus lábios.

- Por que eu os quero de volta! -ataquei seus lábios em um beijo voraz e necessitado, já iniciando um beijo de língua. Eu sentia como se não houvesse vida fora daquele quarto, Jimin conseguia me fazer esquecer tudo e todos, apenas sendo ele.

Naquela noite ele me prometeu que nada aconteceria comigo, só por eu estar nos seus braços, mesmo que ele tivesse dito isso por conta do meu medo do escuro, eu iria cobrar essa promessa.

 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...