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História Popular - Perda e revelações


Escrita por: MissRedfield

Capítulo 34 - Perda e revelações


Estávamos no carro rumo ao hospital, Leon dirigia. Eu não conseguia dizer nada, estava angustiada e as lágrimas de medo escorriam por meu rosto. Mamãe ficaria bem? Ela tinha que ficar bem. A sensação ruim que tive anteriormente...

-Não precisa ficar assim, não deve ser nada grave.-Jill falou numa tentativa falha de me acalmar. Perdi a conta de quantas vezes ela repetira a mesma frase.

- Vai ficar tudo bem. -Dean sussurrou em meu ouvido, ele estava do meu lado esquerdo e em nenhum momento deixou de segurar a minha mão.

-Eu não tenho certeza...- murmurei com voz de choro. Dean apenas apertou a minha mão um pouco mais. Ela estava quente, muito quente....ou eu que estava fria demais?

-Chegamos.-Leon estacionou o carro em frente ao prédio branco do hospital. Havia diversas ambulâncias e médicos correndo de um lado para o outro, bem parecido com uma cena de Greys Anatomy. Entramos e seguimos para recepção onde encontrei Chris sentado em uma das cadeiras de espera. Ele estava curvado pra frente e com as mãos no rosto, também tinha aquele tic nervoso na perna. Me aproximei temerosa 

-Chris. -ele me encarou, seus olhos estavam vermelhos. -O que houve? -quando estava prestes a responder foi interrompido pela aproximação de um homem. Era o pai de Leon.

-Aqui, pegue garoto. -ele estendeu um copo d'agua para meu irmão.

-Pai, o que faz aqui?- Leon perguntou se aproximando. O homem suspirou.

-Eu não disse pra você ficar em casa? -ele repreendeu Leon. - Não me lembro de ter dado permissão para que você fosse a essa festa ridícula. -Leon focou o chão envergonhado enquanto o pai lhe dava uma bronca em voz baixa. Sério que ele brigaria com Leon ali? Naquele momento?

-Pai, eu só...

-O que houve com mamãe?- perguntei e todos me olharam, Henry me fitou com os olhos azuis aflitos.

-Querida, sua mãe sofreu um acidente quando estava indo para New Port...o carro deslizou na pista...em fim, os médicos estão cuidando dela.- senti meus olhos arderem, me sentei ao lado de Chris e desabei em lagrimas.- Vai ficar tudo bem.- ele disse com a voz confortante. Mas por que eu não conseguia acreditar naquelas palavras?

 

Horas se passaram, e eu já estava tonta em observar pessoas passando por ali em passos rápidos. Será que alguém podia me dizer se estava tudo bem? Observei Henry segurar Leon pelo braço e dizer algo em voz baixa a ele, prestei atenção e ouvi a palavra drogado, ele estava dando uma bronca em Leon, pois ele estava meio vermelho e seu olhar estava baixo. Observei Dean que tinha o olhar perdido, seus pensamentos estavam muito longe e ele não parecia confortável ali. Jill estava ao lado de Chris, a sua cabeça estava encostada no ombro dele, o que me fez chegar a conclusão que estavam ficando...ou eram amigos agora, seria legal ter-la como parte da família, aposto que mamãe amaria ela.

De repente um médico se aproximou e disse algo a Henry, sua cabeça assentia negativamente e ele parecia se lamentar, vi Henry me fitar rapidamente, parecia aflito demais. Meu corpo ficou rígido quando o médico se afastou, antes que eu dissesse algo Chris se levantou.

-Então...como ela está?- Henry suspirou encarando-o profundamente.

-O médico disse que fez todo o possível...mas ela se foi.- aquelas palavras acertaram meu peito como uma bala. Eu não podia acreditar...ele só podia estar mentindo...

-O que? Não...acho que...tem algo errado, ela não...- Chris ficou em silêncio. E esse silêncio foi rompido por meus soluços, eu estava chorando e não conseguia parar. Me levantei e agarrei Chris dando-lhe um forte abraço, ele também chorava. De repente meu mundo caiu, tudo que eu queria era que aquilo não fosse real...

 

Acordei no dia seguinte totalmente acabada...eu ainda não conseguia acreditar...Henry nos trouxe até o apartamento, e logo ao chegar encontrei um bilhete de mamãe em cima da mesa.

Desculpe, mas tive que ir a New Port, coisa de última hora, volto em dois dias. Por favor, nada de confusão, vou ligar pra saber como foi a festa. Fiquem bem amores, e Chris cuide de sua irmã enquanto eu estiver fora. Claire, cuide e obedeça seu irmão. Beijos, amo vocês. Ligo quando puder.

                                                                                                                                                 -Mamãe                                      Aquele bilhete me fez pirar, tudo que fiz foi correr até meu quarto, me trancar e evitar ao máximo qualquer um que viesse bater em minha porta.

Não me levantei da cama, continuei ali deitada pensando se haveria vida sem ela. Mamãe era tudo pra mim, ela devia estar ali. Como poderia viver sem seu sorriso, suas broncas...sem seu colo. Quando papai se foi ela permaneceu forte para nos ajudar, batalhou para nos dar tudo que podia...fez o possível e impossível....e agora estava morta. Pessoas boas, principalmente as mães, deveriam ser eternas.

Fiquei ali me lembrando de tudo que mamãe havia feito por mim, será que valorizei seus conselhos, seu sorriso....sua palavra? Será que fui uma má pessoa, má filha, e deus resolveu me castigar tirando-a de mim? Afundei meu rosto no travesseiro e tudo que eu queria era acordar daquele pesadelo.

Não sei quanto tempo passou, mas tudo que fiz foi dormir e ignorar as batidas em minha porta. Primeiro Dean, Leon, Rebecca, Jill e até mesmo Henry, todos tinham algo a dizer, mas eu não queria ouvir. Não tinha fome, e não estava interessada em sair do quarto para lugar algum. Ainda estava de pijama e meu cabelo estava uma droga, mas o que importava?

-Claire?- ouvi a voz fraca de Chris, ele fora o único que não tentou me convencer a sair do meu quarto, mas agora ele estava ali.- Claire, fala comigo.- ele também estava passando pela mesma situação que eu, aposto que estava tão mal quanto eu. Ele era o único que sabia o que eu estava sentindo.

-Eu estou viva...

-Pode...abrir essa porta? Você está trancada a dias, tem que comer.

-Não sinto fome.

-Claire, sei que está sendo difícil...acredite, estou como você, mas você precisa sair dai agora.

-Já disse que não sinto fome, estou bem aqui.- na verdade minha barriga roncava a alguns dias, mas toda vez que ela protestava eu tentava dormir para enganar a fome.

-Se você não abrir, eu juro que vou derrubar essa porta e tirar você daí...- sua voz foi firme ao dizer isso, ele havia ativado o modo protetor agora? Levantei-me e destranquei, voltei pra cama e vi a porta se abrir e Chris entrar.

-Feliz?

-Agora levanta, lava esse rosto e desce pra comer alguma coisa.- ele se aproximou e arrancou a chave de minhas mãos.

-Será que pode me deixar sofrer em paz...eu não estou bem e não vou ficar bem.

-Claire, não foi só você que....perdeu a mãe.

-Mas é o que parece, já que você está muito bem.

-Olha...faz o que você quiser.- ele saiu e eu senti raiva dele, por que estava agindo como se nada tivesse acontecido?

Resolvi descer e comer algo, mas quando cheguei a cozinha encontrei Henry arrumando algumas compras no armário.

-Oi Claire.

-Oi, o que faz aqui?- perguntei enquanto abria a geladeira, notei que ela estava mais cheia do que de costume.

-Eu fiz umas compras, notei que tava faltando uma coisas...bem, como você está?- o que? Ele queria o que, cuidar da gente como se fossemos seu filho?

-Como você acha que estou?- ele me encarou sem graça, acho que eu tinha sido um pouco grossa.- Desculpe...mas o que está fazendo aqui? Quer dizer...

-Vocês ainda são menores de idade, precisam de um responsável...

-Chris fará 18 no próximo ano, não precisamos ser adotados, ele pode cuidar da gente.- e nem a pau que eu moraria com alguém da família, minha família era uma droga, só tinha pessoas interesseiras que só ligavam quando precisavam de um favor, ou simplesmente fofoca, minha mãe já havia até cortado contato com eles.

-Eu sei, mas até lá...quem cuidará de vocês?

-Você?- nesse momento Chris entrou na cozinha, pegou uma maçã.

-Sim, ele ficará conosco...

-Ainda não disse a ela?- Henry perguntou, Chris o fitou com uma cara estranha.

-O que?- estava curiosa.- O que não me disse?

-Claire, deixa quieto, isso...isso nem é certeza...

-O que não é certeza?Diz?

-Encontrei seu pai, e ele está vindo pra cá.- disse Henry.

-O que? Papai está morto....- eu disse, mas Henry me fitou sério.

-Não, ele não está.- olhei para Chris, ele estava com os olhos na maçã...

-Chris, quer explicar...

Nos sentamos no sofá da sala, era muita informação para eu absorver em tão pouco tempo. Papai não estava morto, ele havia largado mamãe para ir embora com outra mulher....e mamãe resolveu me dizer que papai estava morto para que eu não tivesse contato com ele. Eu cresci sem um pai, que eu achava que estava morto, quando na verdade estava vivo e na farra com uma garota de 20 anos. Eu estava em um pesadelo.

-Então agora ele quer dar uma de pai presente?- perguntei, Chris assentiu.- Por que Henry foi atrás dele? Podíamos ficar bem sem ele....

-E ser adotados? 

-Eu não quero, Chris....esse homem que abandonou mamãe, abandonou a gente....

-É por pouco tempo...- ele colocou a mão em meu ombro.- O enterro é semana que vem....e é quando ele irá chegar.- eu não via a hora.

 

 

 

 

 


Notas Finais


Geenteee, podem comentar tá, eu não me importo, agora ler e não comentar me deixa tão pra baixo :(
Bem, espero que gostem e se não gostaram podem criticar nos comentários <333


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