História Por caminhos diligentes: A família silenciosa - O experimento Tycho de Desmond

    -(em linguagem de sinais)Eles estão falando sobre Tycho?- Perguntou Franky mexendo agilmente com as mãos e mudando algumas expressões no rosto 

    -Esse garoto é um dos experimentos...precisamos saber sua identificação!- Respondeu Sylvia igualmente. Ambos continuaram colados no teto ouvindo as conversas um tanto complicadas. Entre códigos, batimentos cardíacos e outros exames do garoto estavam informações um tanto importantes e confidenciais. 

    -Ele continua com o mesmo nível?- perguntou um homem escrevendo todas as outras informações que o parceiro respondia 

    -Vamos testá-lo! Mas tomem cuidado, ele é muito importante para Desmond- comentou o homem- E vão buscar Cattus também!- finalizou se sentando numa cadeira e observando o garoto ser levado para o outro lado da sala, dividida por um vidro bem forte, por um homem com roupas um tanto extravagantes para proteção tóxica.

    -(Linguagem de sinais) O que seria “Cattus”?- perguntou Franky se escondendo na tubulação vendo um jovem se virar

    -Gato!- ela respondeu do mesmo modo- Está em Latim! Acho que é outro experimen-

    -Isso, podem deixá-lo aí!- comentou o velho- Garoto, tente levantar essa bola de plástico!- ele comentou se levantando e prestando bastante atenção no menino amarrado em uma cadeira. Todos estavam quase sem ar, parados para prestar atenção ao que acontecia. O garoto firmou os olhos na bola de plástico que rapidamente começou a flutuar como se boiasse em água, ele a jogou para alguns cantos como se duas crianças transparentes brincassem de jogar a bola. Todos se maravilharam olhando aquilo com muita atenção. O homem alto, por outro lado, não parecia satisfeito.

    -Desmond não gostará disso! Deem algo mais pesado!- ele comentou. Novamente um homem entrou lá dentro e então trocou a bola de plástico por uma de bilhar. O garoto a levantou novamente com tranquilidade. Os homens começaram a anotar algumas coisas com rapidez satisfeitos.

    -Iniciem logo o exercicio!- o homem nervoso comentou batendo com o pé num carrinho cheio de pesos- Não vamos nos atrasar! Coloquem ele no seu máximo!-

    -Muito bem, pessoal! Iniciem com 5 quilos!- E então colocaram um peso de cinco quilos para uma criança de, aproximadamente, 8 anos levantar. O garoto era magro e tinha olhos verdes como Matcha, ainda que com algumas olheiras. Seu tom de pele era um pouco mais escuro que os outros daquela sala e em suas bochechas tinha, bem embaixo dos olhos, duas pintas pretas que destacavam-se pela excentricidade de seu tom de pele que, ao mesmo tempo era pardo como o tom dos sul americanos, era pálido e esbranquiçado, talvez por falta de cuidados mentais e alimentares. 

    -9 quilos!- novamente o garoto levantou

    -15 quilos!- a mesma coisa aconteceu

    -20 quilos!-

    -32 quilos!-

    -Senhor..- Tentava ter a palavra um jovem baixo e delicado que era constantemente ignorado pelo mais velho

    -45 quilos!-

    -Senho…-

    -70 quilos!- o garoto começou a ter uma redução em sua eficiência e rapidez

    -100 quilos!-

    -Senhor…-

    -150 quilos!-Seu nariz começou a sangrar 

    -200 quilos!- Aplicaram um líquido, igual ao que Franky havia coletado, nas veias do garoto que conseguiu levantar, mais uma vez, com um pouco mais de facilidade

    -297 quilos!- ele levantou suando frio, seus olhos estavam mais verdes que o normal, suas unhas também começaram a esverdear aos poucos, como ficam roxas quando está muito frio, seguindo a lógica, de mesmo tom seus lábios foram tingidos fazendo com que todos no salão se preocupassem. 

    -Senhor…-

    -Vamos, tirem-no de lá! Ele vai desmaiar!- Todos começaram a correr e tentar abrir a porta para o outro lado da sala

    -300 quilos!- O homem gritou

    -mas senhor nós…-

    -300 quilos!- ele gritou novamente. Os homens obedeceram e colocaram um peso de 300 quilos. O garoto conseguiu levantá-lo com muita relutância e estava quase desmaiando, seu suor caia no chão formando uma pequena poça ao redor da cadeira que estava amarrado.

    -Minha nossa! É tão forte quanto Bill Kazmaier!- comentaram alguns dos trabalhadores vendo o peso flutuar.

    -Senhor…-

    -O QUE É?- ele gritou irritado

    -Uh...Desmond está indo embora do país…-

    -E o que isso tem…-

    -Devo informá-lo de que ele não patrocinará mais o projeto Tycho!- o jovem comentou quase se escondendo atrás da prancheta.

    -350 quilos!- Ele gritou novamente. - ESPERA AÍ, O QUE VOCÊ DISSE?- O homem exclamou assustado- Aquele homem traíra...ele me paga! 400 QUILOS AGORA!- ele gritou. Em instantes o peso de 350 quilos saiu voando de onde estava e atravessou o vidro reforçado do laboratório acertando, em cheio, as pernas do homem que caiu para trás junto com os milhões de cacos do vidro. Todos estavam perplexos e não conseguiam se mexer. O garoto continuou amarrado na cadeira, todos os pontos destacados em verde agora estavam mais do que antes SUPER VERDES, de forma que assustou todos trabalhadores.

    -SEU IDIOTA! O QUE ESTÁ ACHANDO QUE É? EU VOU MATÁ-LO, DESMOND TERÁ O QUE MERECE!- O homem gritou sacando a arma e atirando contra o garoto que, por pouco, conseguiu desviar o corpo quando perdeu os sentidos por completo deixando que sua cabeça caísse para trás sendo atingido de raspão no olho direito. - MORRA!- gritou o homem o vendo sangrar um pouco e mirando diretamente na cabeça. O tiro saiu da arma com tanto ódio quanto foi ricocheteado pelo chapéu de uma mulher alta com longos cabelos ruivos que entrou rapidamente na frente do corpo do garoto. Atrás dela, Franky desamarrava o garoto já desmaiado e todo ensanguentado por causa do tipo próximo aos olhos.

(Lá fora)

    -Twilight, eu consigo te ver! Entre pela área de serviços e suba no elevador à sua esquerda!- Fiona comentava falando pela escuta com o parceiro de trabalho que a obedeceu rapidamente.

    -Esse aqui está funcionando porque?-

    -Ele é de serviços, usado apenas para transportar comidas-

    -Mas esses elevadores não são peque…- ele parou por alguns instantes- Eu vou caber aqui?-

    -Você tem algum lugar melhor para subir? As escadas fazem curvas por todo o prédio deixando o trajeto ainda mais longo do que deveria ser!- ela comentou observando com atenção um pequeno ponto vermelho subindo as escadas lentamente quase chegando ao décimo quarto andar- Ei, o que você está fazendo?- ela comentou impressionada vendo Twilight mais uma vez sendo esperto o suficiente para subir o fosso do elevador a pé do que no próprio elevador.

    -Bom, aquele negócio demoraria muito para chegar com o meu peso, então eu apenas o quebrei e então tenho um fosso inteiro para escalar!- ele comentou já subindo rapidamente

    -Se você cair…-

    -Eu não vou cair! Acredite mais nas invenções do Franky!- ele comentou se equilibrando na parede e começando a correr para cima. 

    -Ah, você está com aquele terno!- A conexão começou a falhar

    -Como não? ele se limpa sozinho, muda de cor e tecido sozinho e tem mais um monte de utilidades!- ele comentou sorrindo.

    -olá, Fiona!- comentou uma voz feminina parada atrás da mulher que conversava com Twilight

    -Ah...Blackbell, o que faz aqui?-

    -Me chame de Ladybug!- ela comentou sorrindo e pulando, um tanto masculinamente, na mureta onde Fiona estava encostada- Avise o seu chefinho que a Garden está jogando do lado de vocês! E...avise também que a filha e a esposa estão bem!- ela comentou tirando um dos lados da escuta de Fiona

    -Eu ouvi! E...obrigada, Labybug!- Twilight respondeu

    -Bom, tenham uma boa sorte!- ela disse pulando do prédio rapidamente

    “Está parecendo o homem aranha!” pensou Yor que a viu de longe correndo como macaco pelos prédios afora em direção à enorme torre.

to be continued...