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História Por dentro das muralhas (REVISANDO) - Capítulo 1: O pedido


Escrita por: Starcelly_96

Notas do Autor


Oiiie, esta aqui o primeiro capítulo dessa linda história que vai dar o que falar nesse Reino. Boa leitura ❤

Capítulo 2 - Capítulo 1: O pedido


No Grande corredor principal que dava para a sala do trono, vinha o sub comandante real aos pés da rainha Yoko enquanto se ajoelhava perante ela.

- Bom dia minha rainha - Hayato fez sua reverência

- Boas notícias?? - perguntou a velha rainha com sua voz forte como um trovão

- As mesmas minha rainha. Os soldados do Norte continuam guardando suas fronteiras, precisamos ficar atentos caso venha um ataque surpresa.

- Ótimo, deixem os soldados em guarda, não queremos que haja uma batalha sem motivos.

- Sim, minha rainha. A propósito, gostaria de lhe fazer um pedido.

- Diga, sub comandante Kamitani.

- Como não irei para a fronteira e farei a guarda do castelo, queria saber se a senhora deixaria eu treinar meu irmão aqui no castelo?

- Ele está na idade de receber treinamento?

- Ao meu ver esta, ele é muito bom , quase como se fosse um prodígio na arte da batalha, creio que quanto mais cedo ele aprimorar suas técnicas mais ele se tornará um soldado de alto escalão no futuro. - fala Hayato com sua voz e postura de autoridade e confiança.

- Irei pensar no seu caso, como sabe tenho um neto, e não quero que ele tenha qualquer tipo de amizade com soldados ou pessoas de baixo nível sem ser o dele.

- Se a senhora aceitar meu pedido garanto que meu irmão nunca irá falar ou se quer se aproximar do príncipe. A não ser para o defender como guerreiro no futuro.

- Mesmo assim pensarei no seu pedido, agora saia que preciso resolver outros problemas.

- Com sua licença, minha senhora. - ele a reverencia e sai da sala do trono, indo para o campo aberto de treino dos soldados.

Enquanto ia para o campo, sempre passava pelo corredor da cozinha onde via um rapaz baixo de cabelos castanhos rindo com os outros funcionários e pegando a bandeja de prata que seria para o pequeno príncipe.

Quando o menor passou por ele seus olhos se encontraram e o menor corou e virou o rosto. Desde que entrou para o exército, Hayato e Ryuichi sempre se olhavam pelos corredores do castelo e tinha vezes que Ryuichi parava seu caminho do quarto do príncipe até o cozinha só para olhar o outro treinar, e quando seus olhares se cruzavam era difícil de voltar a razão, mas precisavam, afinal o que sentiam, ou o que negavam sentir, não era o certo então acabavam que se distanciavam na mesma hora.

- Bom dia sr. Kamitani... - fez uma pequena reverência ainda com o rosto vermelho.

- Bom dia sr. Kashima! - o cumprimentou e seguiu seu caminho dando umas pequenas olhadas para trás para ver ele com um pequeno sorriso no rosto e ainda mais vermelho, como o achava bonito desse jeito, mas balançou a cabeça e continuou seu caminho até o campo do castelo.

Enquanto isso, num dos últimos quartos do castelo, tinha uma pequena criança que olhava para o campo pela janela e admirava todos aqueles soldados lutando e fazendo movimentos que só sabia através dos livros que liam para ele, ou pelos desenhos que o divertiam enquanto estava só. Alguns minutos olhando para a janela depois foram interrompidos por batidas na porta que o fizeram ir até a pessoa e abraçar sua pernas, que quando entrou quase se desequilibrou , quase deixando cair o que tinha nas mãos.

- Ko-kotaro, calma assim sua comida vai cair.

- Comida! - Kotaro fala esticando os braços para a bandeja, com os olhos brilhando.

- Sim, agora deixa eu entrar pra te dar sua comida. - Ryuichi falava enquanto entrava no quarto do príncipe, deixando a bandeja de lado e chamando-o para comer.

Com a pouca convivência com pessoas e a timidez , Kotaro, mesmo com 5 anos de vida, ainda tinha dificuldade de falar as palavras. Antes achavam que ele era mudo, mas quando o filho do cozinheiro começou a conviver com o príncipe , começara a falar algumas palavras, mas apenas algumas, não chegava a formar frases inteiras.

- Então Kotaro, vc tem alguma sugestão de livro pra lermos hoje?

- ( assentiu com a cabeça) - Kotaro se levantou do pequeno sofá do seu quarto e foi andando até a pequena biblioteca que tinha sido construída somente para ele após o menino demonstrar interesse por livros.

Kotaro foi até sua biblioteca sendo seguido por Ryuichi. Pouco tempo depois, ele apontou para um livro de capa amarela que estava longe de seu alcance por conta dos curtos braço de bebê que ainda possuía .

- Este livro não é? - Ryuichi segurou o livro que kotaro apontava e ele assentiu, indicando que era mesmo aquele livro que queria.

- Então esta bem, vamos começar a leitura... - pegando-o no colo, Ryuichi começou sua leitura junto a Kotaro que fazia pequenos comentários dentro da história.

A rotina no castelo era assim, mas isso poderia mudar, e iria mudar.

Ou final do dia em outra casa no centro do Reino .

- Então Hayato, conseguiu que a velha deixasse você treinar o seu irmão?- disse Shizuka Kamitani , mãe dos dois irmãos Kamitani

- Ela disse que iria pensar, e outra coisa, não chame ela assim, eu poderia te prender por uma fala dessas. - disse Hayato comendo seu jantar e olhando para sua mãe.

- Você sabe que todo mundo a chama assim, então teria que prender a todos por esse apelido que não passa de uma verdade. - sim, sua mãe era boa com as palavras e muito estratégia no que fala, tanto é que se tornou a professora mais capacitada de todos os 5 reinos ( o Reino do Norte não conta , pois eles não mediam suas forças intelectuais com os outros reinos).

- Se meu pai estivesse aqui eu não teria que passar por isso... - sussurrou terminando o seu jantar.

- Você sabe muito bem que seu pai como capitão do exército teve que ir para a fronteira. E você sabe melhor que ninguém que seu pai não tem a mínima paciência com Taka, mesmo concordando que ele tem um talento nato para lutas.

- Realmente, a senhora tem razão. Amanhã irei falar com a rainha novamente para saber se posso treinar ou não meu irmão, dei-me licença mãe - falou Hayato se levantando da mesa.

- Licença concedida. - disse tomando um gole de água que estava presente sobre a mesa.

Hayato foi para seu quarto e deitou na sua cama olhando para o teto, em sua mente apareceu novamente os olhos de Ryuichi, que mesmo querendo, não sai de sua cabeça. Só Deus sabia como ele tentava tira-lo da cabeça, mas só de olhar novamente para ele seu coração acelerava e sentia vontade de agarra-lo e beija-lo, naquele mesmo corredor em que se viam inúmeras vezes. Tinha que se controlar. Tinha que manter os pés no chão. Isso era totalmente improvável, impossível, extremamente errado, mas não conseguia controlar. 

Agarrava-se na possibilidade de que o menor também não sentia isso. Afinal, se ele não sentisse, não teria como ter esperanças e finalmente poderia esquecer aquele pequeno cozinheiro que tanto o encantava.

Naquele mesmo momento no castelo.

Ryuichi colocava Kotaro para dormir depois de ter lido mais uma história para o menino dormir tranquilo. Enquanto saia do quarto do príncipe e voltava pra cozinha, encontrou uma das empregadas do castelo terminando de guardar as louças.

- Boa noite, Maria! - disse com um sorriso e inclinando de leve a cabeça em comprimento.

- Ah, é você! Não sei como consegue ter tanto bom humor por ficar sei lá quanto tempo trancado naquele quarto escuro e sozinho.

- Eu não ligo por ficar naquele quarto e outra, eu não fico sozinho, o Kotaro sempre esta lá.

- Ah, ele é outro, quase não vive, sempre dentro daquele quarto. Quanto tempo já faz? Três, quatro anos? Não sei como ainda consegue!

- Ele é um bebê, ainda não sabe o que é a vida. E se ele soubesse, iria preferir voltar pro quarto... - disse ele olhando pro lado com a cabeça apoiada na mão .

- Lá vamos nós de novo com a paixonite de Kashima ... Tudo bem, pode surtar. - disse ela já apoiando os antebraços pra prestar atenção no amigo.

- Ai Inomata, eu não sei o que eu tenho na cabeça! Eu fiquei vermelho só dele olhar pra mim, quase tive um infarto com um bom dia! Você sabe como é quase morrer por causa de um simples BOM DIA!!! Eu realmente não tenho salvação...

- Calma menino, é assim mesmo, quando estamos apaixonados tudo que acontece parece que vamos morrer ou querer se esconder debaixo da Terra.

- Mas o que eu sinto é errado! Imagina meu pai descobrir que o filho dele é apaixonado pelo sub comandante do exército? Se eu fosse menina até que ia, mas eu sou um homem!!! Sinceramente nessas horas eu queria muito ser uma mulher...

- Ah meu anjo, não queira. Você sabe quantas vezes eu tenho que tomar cuidado quando fico sozinha pra nenhum desses homens do exército vir e fazer do meu corpo o que eles querem?? Ainda bem que eu sou firme e eles tem medo de mim!

- É , vocÊ tem razão... Ai Maria, eu não sei o que eu faço!!!

- Simples meu filho, tenta esquecer, evitar o máximo que puder. Se ainda assim não conseguir, se casa com uma mulher!

- Com quem? A Yuki nem pensar, essa dai só não foi expulsa do castelo porque a rainha não sabe o que o filho dela fazia.

- E nem olha pra mim! Que com você eu não caso nem morta. -ela riu da cara de indignado do amigo.

- Olha aqui, eu sou um bom partido, tá bom?! -disse, fazendo uma pose dramática de indignação.

- Claro, me lembra de dizer isso pro Kamitani! 

- Idiota!! 

Os dois explodiram em risadas, até que alguém entra na cozinha.

- O que vocês dois ainda fazem acordados ? - diz Keigo Saikawa , o mordomo da rainha.

- Desculpa Saikawa, só estávamos conversando e guardando a lousa. - disse Maria guardando o último prato que estava em suas mãos.

- Vocês conhecem as regras, nada de ficar acordado... - é interrompido

- Nada de ficar acordado até tarde tendo trabalho no dia seguinte, nos sabemos. - disse Ryu se levantando da cadeira que estava sentado.

- Ótimo, então por favor vão para seus respectivos quartos imediatamente.

- Ok, ok. Você sempre estraga a diversão. - fala Maria já retirando o seu avental e encaminhando-se para o dormitório dos funcionários.

- Boa noite, sr. Saikawa - diz Ryu saindo da cozinha e indo para o seu quarto.

- Boa noite sr. Kashima .

 

Ryuichi se ajeitava para dormir, mas não parava de pensar em como sua vida era complicada. Pensava, por que não podia simplesmente tirar aquele sentimento de dentro do seu peito? Por que aquela aceleração não passava? Talvez Inomata esteja certa. Precisava evita- lo o máximo possível, mesmo quendo vê-lo o máximo possível.


Notas Finais


Espero que tenham gostado e estou pensando em todo fim de semana postar um capítulo, porém no próximo fim de semana não vai ter capítulo pq vou focar em outra história que escrevo com minha amiga, mas são coisas da vida kkkkKKK bom é isso
Bye bye


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