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História Por Destino Ou Por Acaso - Segunda Temporada - Férias


Escrita por: gabischreave

Notas do Autor


Tem spoiler do próximo cap nas notas finais, pra quem quiser 😁
Posto no sábado! Beijão <3

Capítulo 10 - Férias


P.O.V. AMERICA

Recife, primeira semana de julho de 2026.

Segunda-feira:

Faz uma semana que as crianças entraram de férias e vamos viajar mais tarde. Depois de tentar escolher entre viagens pra Orlando, Chile e Holanda, acabamos decidindo ficar pelo Brasil, porque estou grávida e achamos que não seria bom pra mim.

Vamos passar o mês na casa de campo de Gravatá e de lá, vamos saindo pra conhecer algumas cidades daqui do interior de Pernambuco. 

− America Schreave? – Chegou a minha vez. Eu e Maxon estamos no consultório para fazer uma ultrassonografia, esperamos saber o sexo do bebê hoje. Estou com 6 meses. 

− E então America, como tem se sentido? – Doutora Patrícia me pergunta. Conversamos e conto pra ela como tenho passado os últimos dias. Essa gravidez tem sido um pouco mais difícil que as outras. Me sinto cansada constantemente, tanto que já estou afastada do trabalho. 

Começa a ultrassom. Maxon está ao meu lado e segura a minha mão. É um momento sempre emocionante, até hoje, ele nunca deixou de vir comigo nenhuma vez. Seus olhos brilham de felicidade ao constatar que daqui a um tempo, estará segurando mais um filho nos braços. Quando vemos a tela, meus olhos se inundam. 

− Parece que hoje ele está de bem com vocês. Consegui ver o sexo. – Doutora Patrícia disse, se referindo a última vez que estivemos aqui e voltamos pra casa sem conseguir saber.

− E? – Maxon perguntou ansioso. 

− É menino!!! – Ele soltou a respiração, aliviado, e abriu o melhor dos sorrisos.

− Eu sabia! Mais um garotão! – Ele chegou perto e me deu um beijo. 

− Parabéns pelo garotão, e tá tudo bem com ele! 

− Obrigada Doutora!

Depois de trocar de roupa, conversamos um pouco mais antes de podermos ir embora.

− Vamos esperar até a segunda semana de outubro, se ele não nascer normalmente, marcamos uma cesariana. Eu entendo que esteja sendo mais difícil, mas sua gravidez não é de risco. Os exercícios que eu recomendei vão te ajudar a se sentir melhor.

Chegamos em casa e os meninos estavam terminando de se preparar para almoçarmos e sairmos. Decidimos contar pra eles só quando chegarmos em Gravatá. Fui até o quarto de Fedra ver se ela já tinha ao menos acordado. Desde que foi escolhida pra fazer a peça com Diego, acho que aconteceu mais alguma coisa que ela não quis me dizer, porque ela tem estado distante e mais abatida. Não terminou o namoro com Rafael e continua lamentavelmente sofrendo com tudo isso. 

Bato na porta, mas escuto o chuveiro. Ela está tomando banho. Deixo pra voltar aqui depois e vou pro meu quarto. Tomo um banho também e quando saio Maxon está me esperando. Dou um sorriso e caminho para lhe beijar.

− Que foi? – Percebi que ele estava tenso, na verdade está assim desde ontem. Conheço quando ele tem alguma coisa pra me dizer.

− Tenho que te dizer uma coisa... 

− Isso eu já sei! – Sentei e encostei na cabeceira da cama. Chamei ele para o meu lado.

− Fedra conversou comigo ontem. – Isso me preocupou. Ela nunca deixava de dizer alguma coisa pra mim, e foi falar direto com Maxon.

− Sobre o que? 

− Sobre o futuro. Ela disse que pretende se inscrever na Juilliard e ir pra Nova York se for aceita. Quer ir embora pra estudar teatro. Você sabia disso? Quer dizer, ela conversa bem mais com você... 

− Bom, é, mas não. Ela nunca tinha falado sobre isso. Eu sabia que ela iria querer estudar teatro, mas não imaginei que quisesse ir embora daqui. – Fiquei um pouco chocada. Não quero pensar que se isso acontecer mesmo, morarei longe da minha filha. – O que você disse pra ela?

− Eu a apoiei. O que eu posso fazer? Por mais difícil que seja deixar ela ir embora, não podemos prendê-la aqui. E eu tenho certeza que ela vai ser aceita. Você sabe como ela é incrível! – Eu sabia. Eu tentei esconder que estava decepcionada por ela não ter falado pra mim, e também que eu só queria chorar e ir abraça-la, como se ela fosse partir amanhã.

− Sei. Ela é muito talentosa. Ela falou pra você que vai fazer Julieta de Shakespeare na montagem do colégio esse ano?

− Não! Não falou nada... 

− Bom, digamos que ela não ficou muito feliz com a escolha do Romeu, andou brigando com o Rafa, vai ver é por isso que ela não quis falar sobre...

− Sei... – Ele disse segurando a faixa que amarrava meu roupão. – Você tá usando alguma coisa por baixo?

− Maxon!!! São quase 13hrs da tarde, e todos os seus filhos estão em casa! 

− To com saudade de você! Nem sequer podemos transar, com nosso quinto filho entre nós, de qualquer forma. – Ele me beijou.

− Só mais uns 4 meses! E nós podemos nos divertir juntos sem transarmos, mas não agora! 

− Não fala essas coisas que eu já to ficando excitado! 

− Levanta dessa cama! – Disse rindo e lhe dando mais um beijo. – Vou falar com a Fê! – E saí do quarto atrás da minha filha.

P.O.V. AMERICA OFF 

Gravatá, terceira semana de julho de 2026.

Sexta-feira:

Desde que as coisas ficaram uma droga com Diego de novo, eu não to nada bem. O último mês no colégio foi uma tortura, porque fizemos a preparação de elenco e tivemos que ficar um tempão juntos, e passar algumas cenas, mesmo que ainda não tenham começado os ensaios oficiais. Estranhamente, o palco nos liberta de uma culpa que eu acredito que carregamos um sobre o outro, e é como se todas as merdas que fizemos até hoje deixassem de existir quando estamos ali. Nós dois ficamos relaxados, concentrados, e nos entregamos completamente. Érica só sabe nos elogiar. Graças a Deus as férias chegaram e estou respirando um pouco.

Pude sentir o alívio do meu pai quando nos anunciou que o bebê é menino. Ele definitivamente não queria ter mais uma menina pra se preocupar com situações do tipo namorado dormindo em casa, o que vai acontecer esse final de semana. Estamos passando o mês na casa de campo em Gravatá e Rafael vem ficar comigo hoje e voltará segunda-feira. Posso jurar que a ideia perturba mais a mim do que a meu pai, mas já que o Rafa pediu e ele milagrosamente deixou, não tive muita alternativa. Estou nervosa porque tenho certeza que ele vai tentar transar comigo, embora obviamente não iremos dormir no mesmo quarto. 

Uma coisa que me deixou aliviada por outro lado, foi ter falado com meu pai sobre Juilliard. Eu achei que ele iria surtar e me dizer que eu não iria poder ir, mas me surpreendi com a forma com que ele me apoiou. Só fiquei de coração partido quando minha mãe entrou no meu quarto no dia seguinte chorando e me perguntando porque eu não tinha contado pra ela. Exatamente por isso. Sabia que ela sofreria. Não esperei que meu pai contasse pra ela tão depressa, nem que ela ficasse tão mal. Eu devia saber na verdade, porque a gravidez é tipo uma tpm constante e ela tá mil vezes mais sensível e dramática.

*

− Faz uns onze anos que eu não sei o que é a vida sem você, e você pretende ir embora assim... Quando ia me avisar? Quando tivesse precisando do seu passaporte que com certeza você não iria achar sem a minha ajuda? – Ela disse de forma histérica e lembrou meu pai quando surta comigo por causa de garotos.

− Mãe... – Corri e lhe abracei. Sorri e meus olhos marejaram. – Me desculpa, tá? É claro que eu ia falar pra você. Eu só não achei que agora era o momento certo, não queria ter que lidar com esse tipo de reação... Talvez depois que o bebê nascesse você ficasse mais calma...

− Depois que o bebê nascesse? Você jura? 

− É, afinal, eu só devo ir ano que vem, se eu for aceita. O ano letivo lá começa em setembro, e eu ainda vou ter um tempo com vocês depois de me formar e viajar. 

− Tudo bem... – Ela respirou fundo. – Eu espero me acostumar com a ideia até lá... Vai ser tão difícil pra mim... 

− Pra mim também... mas você continua fazendo bebês então acho que não vai sentir tanta falta de alguém pra cuidar... – Nós rimos juntas.

− Posso fazer mais 10 bebês e vou sentir falta sim! Você nem faz ideia!

*

Estou no meu quarto ouvindo música quando alguém bate na porta. 

− Entra!

− Filha, o Rafa chegou!

− E aí, linda! 

− E aí? – Largo os fones e levanto indo até ele. Lhe dou um beijo. 

− Fica à vontade, Rafa! Eu já acomodei ele no quarto, filha. Só tenham cuidado no que fazem, ou o Maxon não vai ficar nada feliz.

− Mãe! Tchau, né?! – Ela riu e saiu, fechando a porta... Rafa riu também.

− Eu tava com saudade... – Ele me beija com mais intensidade.

− Eu também! Tá fazendo sol hoje, quer aproveitar a piscina? − É a primeira coisa que consigo pensar pra tirá-lo do quarto. Essa ideia de intimidade com ele está realmente me apavorando. 

− Quero, vamos! 

Depois de trocar de roupa, já encontro ele lá fora, se divertindo com meus irmãos. Me aproximo e começo a brincar com eles. Caímos na piscina juntos. Depois, as crianças vão jogar bola e ficamos sozinhos aqui. Rafa me beija me maneira bem depravada. Suas mãos estão por todo meu corpo, e me sinto vulnerável de biquíni. Ele solta meus lábios e vai pro meu pescoço, e definitivamente isso me excita, embora eu não queira de verdade fazer sexo com ele. Talvez a ideia da piscina não tenha sido boa.

− É melhor a gente pegar leve... – Digo quando ele vira o rosto pra voltar a me beijar na boca. 

− Tem razão, me desculpa. Você me enlouquece... – Ele me deu um selinho. Meu pai apareceu.

− Rafael! 

− E aí Maxon?

− Quer desenroscar as pernas da minha filha da sua cintura antes de falar comigo? – Eu ri enquanto me soltava.

− Me desculpe! – Rafa falou. 

− Pai... 

− Divirtam-se, mas lembrem que eu to de olho! – Ele disse antes de sair.

Mais tarde, meus pais foram jantar fora e ficamos com meus irmãos e Elizabeth, a babá. Jogamos vídeo game com eles um pouco e agora estamos no meu quarto, vendo um filme.

Quando acaba, Rafa começa a me beijar de um jeito nada comportado. Já estamos deitados, e ele se coloca sobre mim. Estremeço. Sua boca está em meu pescoço, suas mãos levantam um pouco a barra do meu vestido e ele acaricia minha coxa. Meu estômago se revira e sinto uma sensação estranha dentro de mim. Talvez isso se chame pânico. Se eu deixar isso continuar, vou me arrepender. Não quero ter minha primeira vez assim, aqui, com um garoto que eu não tenho certeza de que poderei sentir algo a mais um dia. 

– Rafa... – Senti minha voz falhar. Como vou dizer isso pra ele? Ele parou e me olhou nos olhos por um instante. Me sinto horrível 

– Me desculpa. Talvez ainda não seja o momento certo pra isso... E nem o lugar. Se seus pais aparecem... – Ele disse como se conseguisse saber o que estou sentindo.

– Definitivamente. Mas, não é só isso... Seria a minha primeira vez, e eu não me sinto pronta.

– Tudo bem... Vamos devagar. Quero que isso seja especial pra você, e vai ser pra mim também. Nunca rolou com uma garota que eu gostasse tanto... – Senti um nó na garganta. Suspirei e fechei os olhos com força, tentando disfarçar uma leve vontade de chorar por ser tão miserável. Quando abri, olhei bem pra ele e disse:

– Você é um príncipe. Obrigada! – Ele me deu um beijo na testa e ficamos deitados juntos um pouco até ouvirmos o carro dos meus pais chegarem, quando ele resolveu que era melhor ir pro próprio quarto.


Notas Finais


Finalmente Rafaedra termina próximo cap! Aguenta aí que Diedra tá chegando!


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