História Por detrás das câmeras - Isulio - Você está me deixando louco

Isabela Souza p.o.v

— Pode ser mais que uma lembrança se você quiser.

Julio me olhou extasiado e lentamente levantou seu tronco ficando sentado.

Respira Isabela, você consegue.

— O que você... — interrompi a fala dele com um beijo.

O choque das nossas bocas me fez estremecer levemente. Sinceramente, estou com vontade de fazer isso desde que ele abriu a porta para mim. Quando nossas línguas se encontraram, eu tomei a ousadia de passar uma das pernas por cima das suas, ficando em seu colo.

Gosto assim.

Ai ai Isabela. Eu também.

Julio passou as mãos pela minha cintura de uma maneira lenta, como se estivesse apreciando cada momento. Coloquei as mãos em seus cabelos sentindo a maciez, abaixei elas até sua nuca e comecei a brincar com aquela parte, passando as unhas levemente. Soltei um breve sorriso em meio ao beijo ao senti-lo se arrepiar.  

Nos separamos buscando o ar que faltava. Firmei meus olhos nos seus e por um instante, eu me perdi em seu mundo. Eu não consigo. Simplesmente não consigo ficar longe dele. 

Julio se aproximou e depositou um beijo em meu pescoço. Ele desceu as mãos para a minha bunda, uma parte do meu corpo que eu acredito que ele gosta bastante. Soltei um gemido assim que senti ele chupar meu pescoço ao mesmo tempo que apertava minha bunda.

Julio menino, que pegada é essa?

Ele voltou a me olhar, e logo nossas bocas já estavam unidas de novo. Meu coração simplesmente não se aquieta, parece que vai sair pela boca a qualquer instante. E é esse o efeito que Julio Peña tem sobre mim.

Mexi levemente o quadril e pude ouvir o garoto suspirar. Interessante. Estava pronta para fazer de novo quando ouço o celular tocando. Nos separamos e ele me deu um olhar de desânimo.

— Só pode ser brincadeira. — ele resmungou, olhando seu celular no criado mudo, olhei pro meu que estava encima da cama e bingo.

— É o meu. — avisei saindo de seu colo, ou pelo menos tentando, já que o mesmo me puxou de volta.

— Não atende não. — ele pediu deitando a cabeça em meu peito. Soltei uma risada com sua manha.

— Pode ser importante. — estiquei o braço e alcançei o objeto. Li o nome no visor, e abri um grande sorriso logo em seguida.

Chamada On

— Oi Mary. — eu disse animada.

— Cadê você? Estou na sua casa. — ela avisou.

— Eu sai pra resolver umas coisas mas eu já chego aí. — Julio levantou a cabeça e me olhou, não parecia ter gostado do que tinha escutado. Coloquei a mão em seus cabelos e comecei a brincar com os fios rebeldes.

— Mas você já resolveu a tal coisa?

— Sim, já sim, quer dizer, mais ou menos. — vi Julio abrir um sorriso maldoso e só fui entender quando ele começou a beijar o meu pescoço.

— Essa sua tal coisa, por acaso tem a ver com o Julio? — ela perguntou em um tom baixo, pelo visto, Scott estava lá.

— Mais ou menos, não é sobre ele e eu mas... — mordi o lábio quando Julio mordeu a ponta da minha orelha, odeio ser sensível ao toque dele.

— Mas? 

— Mas nos encontramos pra compor. Os produtores pediram para fazermos uma música e bom, é isso.

Julio mais uma vez apertou minha bunda com uma mão, e eu senti a outra por debaixo do meu moletom.

— Terminaram a música? — oh querida Mary, por favor senhora, em casa a gente conversa.

— Sim, bom, na verdade, falta alguns detalhes, e eu vou ter que desligar agora pra poder terminar esse detalhes, já eu chego aí. — eu disse rapidamente e desliguei.

Chamada off 

— Nossa Isabela, que grosseira, nem se despediu direito. — Julio negou com a cabeça.

— Você tá brincando comigo? — eu perguntei séria mas ele possuía um sorriso brincalhão na boca. Tão lindo.

— Mas eu não fiz nada. — ele se fez de desentendido. Uma pena que eu também posso "não fazer nada" quando quero.

— Ah não? — eu perguntei vendo ele negar com a cabeça. Mexi o quadril sobre ele e vi ele arfar disfarçadamente — Tem certeza? — ele concordou com a cabeça mais uma vez. Então eu me mexi de novo — Que pena. — eu lamentei.

Pus a mão por debaixo de sua blusa e senti seus músculos entre as pontas dos meus dedos, segurei a barra de sua camisa e a levantei, deixando seu peitoral amostra para mim. Desci minhas mãos até a sua entrada e olhei pra ele, vendo que ele acompanhava cada movimento meu com o olhar.

Com as duas mãos, abri sua calça, e lentamente abaixei o zíper, vendo Julio ficar ofegante.

— Você se importa? — eu perguntei inocentemente e ele negou com a cabeça enquanto engolia em seco.

Abaixei sua calça com a ajuda dele, já que ele estava sentado, no entanto, não a tirei, apenas a abaixei. Olhei pra ele e pude ver que ele estava amando... coitado rs.

Olhei para o seu membro ainda coberto pela cueca e soltei um suspiro pesado ao ver o estado em que ele se encontrava. Calmamente eu me sentei nele, enquanto o olhava nos olhos, nossos rostos estavam tão próximos que nossos narizes se tocavam e as nossas respirações se misturavam.

Senti algo dentro de mim se mexer quando sentei por completo em Julio. Comecei a rebolar lentamente e pude ver Julio começar uma sessão de suspiros. Coloquei meus braços em seus ombros e vi ele fechar os olhas e soltar pequenos gemidos pelos lábios entreabertos. Aquilo me instigou a ir um pouco mais rápido.

— Porra Isabela. — ele disse baixinho colocando as mãos na minha bunda e acompanhando os meus movimentos. Sentir a ereção dele assim com a minha intimidade me fazia enlouquecer, eu sentia a minha excitação, estava molhada, mas eu precisava ser forte.

— O que você estava fazendo naquela hora Julio? — perguntei mais uma vez vendo ele abrir com dificuldades um pequeno sorriso.

— Nada.

— Ótimo. Porque nós também não vamos fazer nada. — disse e parei de me movimentar bruscamente saindo de seu colo e pegando as minhas coisas.

— O-o que? Isabela... você não pode estar falando sério. — olhei pra ele e a vontade de voltar e terminar o que comecei era grande.

Vai lá.

Olha o fogo.

— Estou falando sério. Preciso ir, Mary está me esperando. — eu disse simples.

— Mas Isabela... — ele soltou um resmungo — Você não pode me deixar assim. — ele apontou com a cabeça pra sua parte de baixo, me fazendo olhar. Seu membro continuava ereto, era óbvio que ele queria sair dali. Olhar ele naquele estado, fez eu me contrair. Jesus amado, me ajuda.

— Mas eu vou. — disse saindo do seu quarto e caminhando em direção a porta da casa. 

Me sinto vitoriosa, havia conseguido resistir aos encantos de Julio, o que acredite, não é fácil. 

• • •

Cheguei em casa e assim que entrei chamei por Mary.

— Estou aqui!!! — ela me gritou da cozinha.

Corri até lá e a dei um abraço apertado. Estava com saudades dela. Assim que nos separamos olhei pra Scott que estava perto de nós.

— Você não. — eu disse em um tom rude.

— O que? Por que? 

— Você faz parte dessa palhaçada que estão fazendo comigo e com Julio. 

— Isabela, você sabe que eu não queria. Eu apenas recebi ordens e precisei cumpri-las. Você sabe mais do que ninguém que eu super apoio vocês.

Olhei pra ele e vi sinceridade em seu olhar. Eu sabia que era verdade, Scott sempre apoiou que eu e Julio tivéssemos algo. Mas eu estou com raiva.

— Não ligo. — dei de ombros e Mary caiu na gargalhada.

Passamos a noite conversando. Quer dizer, eu e Mary, eu apenas ignorava Scott, lógico que depois de um tempo eu fazia isso apenas pra encrencar mas ainda assim. Mary estava se divertindo com nós dois, e realmente era bem engraçado.

Antes de dormir, passei um bom tempo falando com os meus pais, e lógico, conversei bastante com os meus amigos. Fiz uma chamada de vídeo com Dani, Gabi e Andrea, e sinceramente, foi uma das chamadas mais engraçadas do mundo. Aquelas garotas são uma graça.

Eu estava lindíssima, pronta pra dormir, quando Julio veio à minha cabeça. Lembrei da situação da qual eu o deixei e senti o meu rosto queimar. E agora, parando pra pensar, acho que aquela foi uma das cenas mais lindas que já vi na minha vida. Julio Peña, deitado em uma cama, sem camisa, com a calça abaixada, usando uma boxer preta, com uma ereção que gritava excitação... chega a ser pecado. Acabei de ter a certeza de que sou uma guerreira.

Com a imagem do deus grego na minha mente, eu adormeci.

• • •

Assim que entrei no estúdio dei de cara com Andrea, nos encaramos por alguns segundos e depois explodimos em gargalhadas. A nossa chamada de ontem havia sido épica.

— O que eu perdi? — perguntou Agustina, nos fazendo rir mais ainda. Ainda rindo eu me dirigi ao meu camarim, pronta para virar Bia Urquiza. 

Depois de pronta me joguei no sofá e comecei a mexer no celular, ainda faltava alguns minutos para começarmos a gravar. Ouvi a porta sendo aberta e uma cambada de garotos entrar.

— Que invasão é essa aqui? — perguntei olhando para os meninos que foram se acomodando no camarim. Alan e Rhener foram para as cadeiras em frente ao espelho. Guido e Esteban me empurraram e se sentaram comigo no sofá. André se jogou no chão e Julio ficou em pé, apoiado na mesa repleta de maquiagens.

— Não podemos mais visitar a nossa estrela? — pergunto Alan. Até parece.

— O que vocês querem?

— Nossa Isa, falando assim até parece que nós somos interesseiros. — disse André fazendo drama.

— Nós temos coração sabia. — Rhener dizendo me olhando pelo espelho.

— Certeza que não querem nada? 

— Sabe Isabela, eu reconheço que as vezes nós pedimos umas coisinhas, mas justamente hoje, nós estávamos largados, — e pelados rs — sem fazer nada, e pensamos, nós precisamos ir ver a nossa amiga Isabela. — disse Guido explicando a atuação.

— Agora que já viram vocês já vão embora? — acho que sou chata.

— Eita, que hoje ela tá que tá em. — disse Esteban.

— Depois, a gente para de vir aqui e ela começa a reclamar. — disse Alan passando um pincel na cara.

— INGRATA! — gritou André, e esse foi o gatilho pra todos eles começarem a me atacar. 

— A GENTE SÓ QUER TE DAR CARINHO!

— INSENSÍVEL!

— DEPOIS QUE FICOU FAMOSA NÃO QUER SABER MAIS DOS AMIGOS!

— A GENTE TE AMA SUA NOJENTA!

Depois que eles pararam, eu fiquei de boca aberta. Fiz o olhar do gato de botas e fiz um biquinho com a boca.

— Eu só não estava entendendo o porque de estarem aqui todos juntos. — eu disse baixinho. Eles me olharam e vieram todos pra cima de mim.

— Vem ca com o titio vem.

— Eles são maus, eu sei.

— Não liga pra eles.

— A gente te ama bebê.

— Vou guardar num pote e proteger do mundo.

Comecei a rir dos meus amigos, que acabei de concluir, são uns completos retardados, e quando eles se separaram vi que Alan e Julio não tinham vindo me abraçar.

— Ei vocês dois, porque não se juntaram ao abraço?

— Não queria largar esse pincel. — disse Alan ainda passando o pincel na cara. Não julgo. Aquelas coisas eram viciosamente macias.

Olhei pra Julio que não tinha falado nada desde que entrou, e esperei uma resposta.

— Deu preguiça de ir até aí. — ele deu de ombros. Mas eu sabia que não era isso. 

— Bom, agora que já atentamos a Isa... — começou André olhando pro teto — Podíamos ir atrás... da Agustina.

Rapaz, ai tem coisa.

— Nossa, que escolha interessante. — eu disse com um sorriso de canto. 

— Eu também acho. — ele concordou e eu arqueei uma sobrancelha — Quer dizer, eu que escolhi né.

Eu sei que ele está tentando me enrolar.

— Sei. Mais tarde a gente conversa. — eu disse vendo ele soltar um riso nervoso.

— Bom, espero que ela tenha bons pincéis também. — disse Alan se levantando e saindo sendo acompanhado por todos.

Esses meninos são muito aleatórios.

Depois de um tempinho, fui chamada para gravar. Estou extremamente nervosa, as gravações logo irão acabar o que já me deixa com saudades. Gravamos as cenas pela manhã, almoçamos, e tivemos nosso primeiro ensaio da turnê de tarde. As coreografias estão simplesmente incríveis. Estou dando o meu melhor nesses ensaios, porque assim como todos, eu quero que saia perfeito.

Quando acabou o ensaio eu tomei banho e me troquei. Ainda tinha pessoas ensaiando, afinal havia vários solos e duetos distribuídos. Estava no camarim arrumando as minhas coisas pronta para sair quando ouvi a porta sendo aberta e fechada de uma vez. Me virei e vi um Julio já trocado, e considerando pelos cabelos úmidos, banhado também.

— Você foi uma garota muito má Isabela. — ele e trancou a porta — Não foi bom o que você fez comigo ontem.

— A culpa não é minha, foi você quem começou. — eu cruzei os braços e ele se aproximou de mim. Seu cheiro era maravilhoso.

— Você acha legal o que fez comigo? — ele se aproximou mais. Seu olhar estava intenso, e ele umedecia a boca a cada frase dita.

— Sim, foi bem interessante. — estou tentando não gaguejar mas está sendo difícil. Julio colocou as mãos na minha cintura e me puxou para si. 

Digo e repito, que pegada é essa?

— Você está me deixando louco Isabela. — ele disse no meu ouvido me fazendo arrepiar — Você não tem noção, do quanto me deixa louco. — ele me empurrou contra a parede, mas antes de eu me bater contra ela, ele colocou a mão nas minhas costas e a outra na minha cabeça, amortecendo o baque. 

Ele sabe o que faz.

Julio se aproximou de mim, e respirar se tornou quase impossível. 

— É meio triste para mim saber que você me deixou daquele jeito, me faz pensar que talvez você não sinta na mesma intensidade que eu sinto. — mal sabe ele.

— Você não está muito certo.

— Tem certeza? Às vezes, é o que parece.

Eu soltei uma breve risada, e ele me olhou questionando.

— Você é muito paranoico. — eu disse sustentando meu olhar no seu — Eu tive que me segurar muito pra fazer o que eu fiz. — eu confessei e ele me deu um sorriso de canto.

Ele abaixou a cabeça e depositou um beijo no meu pescoço, eu entortei a cabeça para o outro lado, dando a ele o acesso necessário. Julio levou sua mão até a minha bunda e a apertou enquanto continuava a brincar com o meu pescoço. Eu me arrepiava de segundo em segundo, sou sensível nessa parte do corpo, e ele parece saber.

— Isabela. — ele disse com a voz rouca no pé do meu ouvido, ele afastou a cabeça e me olhou — Eu quero você.