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História Por Detrás do Sorriso - Verdade


Escrita por: ArikaKohaku

Notas do Autor


OLÁAAAAA
Como vcs tiveram saudades e foram super fofos comigo AQUI ESTOU EU OUTRA VEZ!!!!
Preparem os vocês corações.... preparados??? tem certeza?
Então boa leitura

ps- Sei que ainda nao respondi a reviews, mas estou com um horario de bosta no trabalho, vou tentar fazer isso amanhã durante a tarde! Mas eu leio e aprecio todos os vossos comentários! é pelo vosso apoio que eu estou aqui! Obrigada

Capítulo 41 - Verdade


Taemin estava entalado entre Jongin e Taeil e ao lado de Taeil estava Sun Ho. Pai de Taemin. Os quatro adultos sentados num banco com um silêncio pesado entre eles. Há sua frente as crianças continuavam-se a divertir totalmente ignorantes com a estranha reconciliação que ali se passava. Taeil acarinhava sem cessar o rosto do filho, olhava para Taemin como se ele ainda fosse pequeno. Para ele era como se tudo aquilo fosse um reencontro casual, mas para os outros três adultos o desconforto percorria-lhes o sangue.

 

Taemin e Sun Ho não sabiam o que dizer, embora quisessem muito falar. Jongin, que sabia da história completa do namorado sentia que lhe tinham colocado uma pedra no estômago. Apenas jurava para si mesmo que estaria ao lado de Taemin fosse qual fosse o desenrolar daquele encontro. E também estava nervoso pois estava efectivamente a conhecer os pais de Taemin.

 

Nesse momento Sam Su tropeçou na bola de futebol e rebolou um pouco pela neve até à terra batida dos caminhos do parque, acabou a esfolar um pouco do queixo e do nariz ao cair e com a dores começou a chorar. Taemin sobressaltou-se saindo do seu entorpecimento.

 

- Eu vou lá. - Disponibilizou-se rapidamente Jongin, levantando-se ao mesmo tempo do banco e impedindo Taemin de o fazer. - Penso que vocês tem uma conversa importante para ter.

 

- Uma conversa importante para ter? - Questionou Taemin enquanto via o namorado a aproximar-se de Sam Su para ver os arranhões e para o consolar.

 

- Sim, uma conversa muito importante, pelo menos entre nós os dois. Isto se estiveres disposto, é claro. - Sublinhou Sun Ho para que o filho não se sentisse obrigado a nada. Com aquilo Taemin percebeu o quanto o seu pai tinha mudado. Antes ele impunha uma autoridade alpha. Sun Ho nunca fora abusivo com nenhum dos filhos, mesmo quando Taeho fazia a pior das coisas, porém sempre fora um alpha que nunca demonstrara muito dos seus sentimentos, além de que tinha um comportamento austero.

 

- Eu estou disposto a ouvir, no entanto, não acho que aqui e agora seja um bom momento. - Taemin não sabia qual seria o resultado da conversa que teria com o pai e tinha receio que a qualquer momento Minki ou as outras crianças pudessem chegar perto e ouvirem alguma coisa que não devessem.

 

- Crianças… Taemin? - Perguntou Taeil seguindo os olhos do filho que estavam fixos nas crianças. Taemin não sabia ao certo o que o seu omma perguntava. Questionava ele se as crianças estavam com o Taemin ou se eram dele? Sabia apenas que não podia apresentar os meninos aos seus pais sem falar com estes primeiro e sem ter o aval de Kibum.

 

- As crianças estão contigo e com o teu amigo? - Inquiriu Sun Ho sem aquele timbre pesado do passado, agora era simplesmente cansado. Aquilo arrepiava Taemin, pois lembrava-se dele como um ser forte, um pilar e indestrutível com a sua atitude de pedra. Agora parecia quase frágil.

 

- Sim. E Jongin não é meu amigo. Ele é o meu companheiro. - Declarou Taemin. Era a primeira vez que admitia a alguém de fora da sua relação o que Jongin era para si e ele para Jongin. Mirava o pai pelo canto do olho, mas o alpha mais velho apenas anuiu afirmativamente sem comentar.

 

- E a criança que caiu é dele?

 

- Não. Quer dizer… talvez um dia ele queira ser o segundo pai… mas aquela criança é meu filho. - Revelou.

 

- Taemin… filho? - Surpreendeu-se Taeil.

 

- Sim. Eu adoptei-o. O seu nome é Lee Sam Su.

 

- E as outras duas crianças? - Quis saber Sun Ho.

 

Interrompendo a conversa veio a voz de Minhyun.

 

- Olha bem o que fizeste! - Acusou Minhyun virando-se para o irmão empurrando-o ligeiramente.

 

- Como assim? O que é que eu fiz? - Espantou-se Minki ao ver a raiva com que o irmão o encarava. Até Jongin se surpreendeu, enquanto tentava acalmar Samsu, que tinha parado de chorar, mas que ainda soluçava.

 

- Tu é que lhe atiraste a bola. Deves ter chutado com muita força e ele tropeçou.

 

- Não foi nada com muita força. - Negou Minki. - Ele tropeçou sozinho. São coisas normais que acontecem quando se joga futebol.

 

- Eu sei como tu és. És um bruto!

 

- Estás a ser maldoso, Minhyun. Eu não mandei a bola com força, eu sei que Sam Su é mais novo. Eu não fiz nada para o Sam Su cair.

 

- Ele não é trapalhão como tu!

 

- Então, então, já chega. - Intrometeceu-se Jongin achando uma certa piada ao quão protector Minhyun estava a ser, até mesmo contra o próprio irmão. - Foi apenas um acidente. Minhyun, anda pede desculpa ao Minki. Não se deve de acusar assim ninguém.

 

- Pedir desculpa? Por que é que eu tenho que pedir desculpa? Eu não vou pedir desculpa.

 

- Sempre que estamos com o Sam Su és assim! - Brigou Minki também ele empurrando o irmão chateado. - SamSu, SamSu, SamSu. Não vês mais nada à frente! És irritante!

 

Minki agarrou na bola de futebol do chão, procurou por Taemin e afastou-se do seu irmão irritante. Aproximou-se do tio, estava tão zangado que nem deu muita atenção ao casal ao lado de Taemin. Sentou-se no banco amuado e concentrado na bola que tinha nas mãos. Era sempre assim. Minhyun era protector com todos: protegia o omma Kibum, protegia o tio Jonghyun, protegia o Sam Su. E com Sam Su a sua protecção beirava a insanidade, travava o pequeno ómega como se fosse um copo de vidro. E Minki, que apesar de ser perspicaz, era ainda pequeno demais para compreender, então tinha ciúmes. Ele também gostaria de receber um pouco da protecção e do carinho do irmão, mas nunca recebia. Por que é que Minhyun não o podia tratar com paciência como tratava SamSu? Consigo o irmão só gostava de gozar e implicar.

 

- Tio Taemin, já podemos ir para casa? Pediu sentindo-se muito triste. Não se deu conta que tinha interrompido uma importante conversa. E perante isto, Taemin não teve grande alternativa senão agarrar no telemóvel e ligar para Kibum.

 

- Alô! - Do outro lado da linha, no entanto, quem o atendeu foi Choi Minho.

 

- Minho? - Reconheceu Taemin imediatamente. - Porque é que estás a atender o telemóvel do Kibum? O que aconteceu?

 

Taemin tinha-se afastado dois metros do banco e falava baixinho para que os outros não o ouvissem. Entretanto, Jongin e as outras duas crianças aproximaram-se de Minki e dos pais de Taemin, mas Minki virou-lhe logo as costas.

 

- Não aconteceu nada. O Kibum está a descansar e eu não o quero acordar. Vi que eras tu e atendi. - Explicou Minho. - E por ai está tudo bem? Os miúdos não estão a dar muito trabalho?

 

- Pois Hyung… Hyung eu sei que disse que ficava com os miudos até depois do jantar, mas Minki chateou-se com o irmão e quer ir para casa.

 

- Ah… é que eu já tinha tudo planeado para o jantar… - Lamentou-se Minho.

 

- Então eu vou ligar ao Jonghyun…

 

- Nem penses nisso! - Interrompeu-o o futebolista.

 

- Existe algum problema em deixar as crianças com o Jonghyun? Ele até cuida bem delas.

 

- Não, não é isso. Eu sei que o Jonghyun cuida bem dos meninos. - Ele estava sempre a implicar com o baixinho, mas sabia que Jonghyun amava aquelas crianças como se fossem dele. - É que o Jonghyun entrou no ciclo hoje.

 

- O QUÊ? - Exclamou Taemin não contendo a surpresa. - A sério, hyung?

 

- Sim, a sério. - Confirmou Minho, rindo-se do outro lado da linha. - Então, ele e Jinki vão estar ocupados durante esta semana. É obvio que nós ficamos com os miudos. Afinal são nossos filhos.

 

- Podem ficar com o Sam Su?

 

- Aconteceu alguma coisa mais?

 

- Sim. Encontrei os meus pais. - Um grande silencio foi a única resposta que teve de Minho. Depois continuou. - Preciso de ter uma longa conversa com eles e não quero nenhuma das crianças presentes.

 

- Compreendo. - Murmurou Minho. - Obviamente que o Sam Su é muito bem vindo. Ele pode passar aqui a noite. Consegues trazê-los aqui a casa ou precisas que os vá buscar?

 

- Não. Eu levo-os ai. E… hyung?

 

- Hum?

 

- Tu sabias que o meu omma tem Parkinson?

 

- Sim. - Confirmou Minho. Afinal Minho nunca perdera o contacto com Sunho e Taeil. - Fico feliz que finalmente estejas disposto de ouvir as palavras dos teus pais.

 

- Sim, finalmente vou ouvi-los. Mas Minho hyung não fales como soubesses de alguma coisa. - Taemin tinha a certeza que por muito próximo que Minho fosse dos seus pais ele não sabia da história toda. Talvez nem Taemin soubesse, mas tinha um palpite de que ficaria a saber brevemente. – Estarei ai dentro de meia hora para deixar os miúdos. Até já.

 

Como combinado, meia hora depois Taemin deixava Sam Su e os irmãos em casa de Minho. Minki foi fechar-se no quarto sem querer falar com ninguém, enquanto Minhyun e Sam Su ficaram entusiasmados com a prespectiva de passarem uma noite na brincadeira. Depois de dar alguma recomendações parentais sobre SamSu, Taemin e Jongin partiram para a antiga casa de Taemin, onde teriam um jantar com SunHo e Taeil.

 

- Estás bem? - Questionou Jongin de mão dada com Taemin à porta do prédio onde Taemin crescera.

 

- Não. - Respondeu honestamente. - Nunca imaginei que voltaria aqui. Prometi a mim mesmo que não voltaria aqui quando sai daqui aos 18 anos.

 

Jongin puxou Taemin para dentro de um abraço.

 

- Eu sei que deve ser doloroso recordar tudo pelo que passaste. Mas também acho que isto vai ser importante para ti. Talvez te ajude a avançar de forma mais saudável. E qualquer coisa podemos simplesmente fugir daqui e voltar para casa, certo? E eu estou aqui mesmo ao teu lado. - Taemin balanceou a cabeça concordando. Abraçou ainda mais o namorado e depois soltou um pequeno sorriso.

 

- Deixa de ser fofo e perfeito, Kim Jongin. - Ordenou com um sorriso menos preocupado. - És um lamechas!

 

- Mas tu gostas de mim assim, não é?

 

Taemin puxou as roupas de Jongin para baixo, já que apesar de terem algumas parecenças, Jongin era claramente mais alto. Depois beijou-o até que os dois ficassem sem ar. Foi agarrando a mão de Jongin que Taemin engoliu em seco e entrou no prédio onde passara alguns dos piores momentos da sua vida. Arrepios desciam pela sua espinha abaixo ao mesmo tempo que subia as escadas. Ali nada tinha verdadeiramente mudado, estava só apenas mais velho e com uma aura desgastada. À sua memória vinham memórias pequenas e inúteis dele a subir aquelas escadas, ao lado do seu omma, atrás do seu irmão. Subia sempre atrás de Taeho por precaução, não fosse o desiquilibrado lembrar-se de o atacar pelas costas.

 

Uma vez perguntara honestamente a Taeho, já depois de descobrirem o problema do irmão, por que é que ele tentava destruir e Taeho respondera-lhe apenas que Taemin deixara de lhe ser útil. Além de que ele não apreciava que alguém simples e estúpido tivesse uma face igual à sua.

 

Antes mesmo de bater à porta do apartamento dos pais já a porta tinha sido aberta pelas mãos tremulas de Taeil, que abraçou o filho e o genro com força e familiaridade. De dentro da casa vinha o cheiro a frango no forno, era uma receita de SunHo fazia e que Taemin conhecia bem, ele próprio já a tinha cozinhado para Sam Su.

 

Taeil sorria feliz e puxou o casal para dentro sem medo. Taemin soltou uma exclamação ao ver o quanto o interior do apartamento tinha mudado. Os pais tinham remodelado tudo ao que parecia. Não tinha sido nada drástico, mas era o suficiente para dar outro ar àquela casa, uma verdadeira cara lavada. Os papeis de parede tinha desaparecido e agora as paredes eram simples, pintadas a branco, fazendo o ambiente mais amplo e claro.

 

O corredor estava repleto de retratos. Parecia que os seus pais tinham feito algumas viagens pelo mundo. Havia fotografias dos gémeos em pequenos, outras dos gémeos com os pais, mas também havia um ser humano pequeno - um bebé.

 

- Eu tenho um irmão mais novo? - Surpreendeu-se Taemin. Taeil que estava mesmo ao lado sorriu-lhe lustrosamente, com uma luz que Taemin não vira essa tarde e achava que nunca tinha visto o seu omma sorrir assim.

 

- Sim… bebé… irmão… - Respondeu Taeil dentro das suas possibilidades.

 

- Onde é que ele está? - Taemin ainda não conseguia acreditar.

 

- Em casa da Tia Soongyun. - Quem respondeu foi SunHo que vinha da cozinha vestido de avental. - Estava a pensar que deviamos começar a nossa conversa em dia, a começar coisas que andamos a fazer nos últimos anos, que te parece?

 

- Parece-me bem. - Concordou Taemin.

 

- Quando Taeil se deitar, ai falaremos de outras coisas. - Desta vez Taemin apenas concordou com a cabeça. Percebia que o seu pai estava a proteger o seu omma e era compreensivel. No estado atual de Taeil era melhor para ele não por stresses desnecessários. Não precisava de reavivar memórias de um passado traumatizante.

 

- Bebé… bonito… como Taemin… - Comparou Taeil acarinhando a face de Taemin com adoração.

 

- Qual é o seu nome?

 

- Taemin. - Respondeu Taeil sorrindo, embora algumas lágrimas lhe bailassem nos olhos. Havia dor dentro deles.

 

- O teu omma sempre te adorou Taemin. O teu irmão mais novo não foi planeado, veio muito tarde, foi uma gravidez complicada por causa da nossa idade, mas o pequeno Mimi foi uma bênção para nós…

 

- Pequeno Mimi? - Notou Taemin olhando para o pai com humor. Nunca imaginara que o seu austero pai algum dia usasse aquelas palavras. Talvez tivesse sido a vida e a idade. Apesar de tudo Taemin estava feliz por saber que tinha um irmão.

 

- Ele é um ómega pequeno e fofo. - Retorquiu SunHo em sua defesa de forma embaraçada. - O teu omma quis dar-lhe o teu nome como homenagem, por saudades… Mas não podemos tratar os dois por Taemin, então ele é Mimi.

 

Taemin riu-se perante o embaraço do pai. Depois disto foi levado às várias divisões da casa, tudo tinha levado uma remodelação. Parecia outra casa, estava muito mais aconchegante e por causa disso, Taemin conseguiu descontrair. O quarto de Taeho era agora o quarto de Mimi, que ele ficou a saber que tinha três anos.

 

- Por causa da doença do teu omma e porque eu não posso parar de trabalhar, pois os remédios são caros e neste momento sou o único sustento da casa, pedi para que a Tia Soong fique com ele durante uma temporada. - Aquilo explicava porque as roupas dos seus pais pareciam tão velhas. Por causa dos tratamentos de Taeil, por causa do bebé, eles estavam a passar dificuldades.

 

A única divisão que permanecia igual era o quarto de Taemin, embora Mimi já tivesse andado por ali, SunHo contou que Taeil nunca deixara que aquele quarto fosse tocado. Ali, Taemin teve a impotese de mostrar a Jongin algumas fotos suas com Kibum, Minho e Jinki na escola e alguns posters dos seus idolos e a sua grande colecção de medalhas de dança, tudo coisas que ele deixara para trás quando saíra de casa. Tantas recordações guardadas dentro de uma divisão pequena de quatro paredes. Mas de tudo o que estava diferente, eram as portas sem fechaduras, sem chaves e barreiras, que impressionavam Taemin.

 

Taemin viu a quantidade enorme de medicamentos que Taeil comia à hora de jantar. Mas a conversa não ficou presa ali. Taemin teve oportunidade de contar aos pais o que fizera da sua vida. Que vivera de alguns empregos noturnos, mas que se tinha conseguido formar em desporto e dança. Contou também como adotara Sam Su e como começara a namorar Jongin. Porém, achou melhor ocultar a história de Kibum, Minho e dos filhos, pelo menos até ter aquela conversa mais intensa com o seu pai.

 

Os Pais de Taemin, por seu lado, deram mais detalhes sobre Mimi e sobre as suas viagens à volta do mundo. Terminado o jantar foi o próprio Taeil que veio até a Taemin beijando-lhe a testa e dizendo-lhe que o amava. Os medicamentos de Taeil eram fortes e alguns deles tinham o efeito de o colocar a dormir. SunHo foi deitar o esposo e alguns minutos depois regressou à sala. O ambiente ficou logo pesado ao seu regresso. Os três alphas sabiam o que se ia passar ali. Eles iam abrir as portas do passado. Por causa disso, SunHo serviu três runs com gelo.

 

- Eu não te preciso de perguntar porque é que fugiste e porque é que quiseste cortar relações connosco. - Começou SunHo. Eles continuavam à volta da mesa de jantar. Lá fora a neve tinha voltado a cair.

 

- Sabes? - Questionou Taemin um pouco amargurado.

 

- Porque eu não te protegi. Porque te coloquei responsabilidades que nenhuma criança deve ter. Que eu sempre favoreci o teu irmão por ser ómega. Eu tinha muito orgulho dele. Taeho tinha ótimas notas, era ótimo em artes e muito bem comportado, falava muito bem… tudo uma farsa… - Taemin conseguia identificar mágoa e ressentimento no timbre de SunHo. - Mesmo que nunca me perdoes Taemin, eu quero que tu nunca te esqueças que o teu omma sempre esteve ao teu lado, sempre te amou. Ele sempre acreditou em ti, ao contrário de mim. Eu achei que eras invejoso, trapalhão e problemático. Quando lhe dizias que era Taeho que fazia as coisas, o teu omma acreditava, o teu omma sabia. Lembraste quando o teu irmão desapareceu?

 

- Não me posso lembrar muito bem. Taeho tentou matar-me pela última vez. Quase conseguiu. - Recordou. Taemin fechou os olhos. Ainda conseguia ver toda a cena. Chegara a casa, os pais estavam a discutir. Ouvindo barulho atrapalhado no quarto do irmão, ele tinha resolvido investigar. Encontrara Taeho a fazer uma mala. Ele tinha reparado que Taeho na cara vermelha de dor do irmão. Lembrava-se de ser estupido o suficiente para tentar ver se o irmão tinha febre e então tinha acontecido. Uma dor cortante no seu peito, muito sangue e o seu próprio berro.

 

- Trinta centímetros, um estômago a sangrar, Taeho fugido e tu preso por um fio de vida.

 

- Foi o dia em que Minki nasceu. - Revelou Taemin.

 

- Minki?

 

- Lembrasse de um senhor que veio aqui a casa falar convosco? Que disse que Taeho tinha abandonado um bebé à sua porta? Vocês escorraçaram-no. Mas eu nunca me esqueci dessa história. Ele era Kim JongHan, pai de Kim Kibum. Então depois de sair de casa, eu resolvi investigar e tive acesso ao ficheiro arquivado e à queixa retirada contra Taeho por abandono de menor. - Ocultou na sua história a parte em que tivera que dormir com um agente da policia para obter as informações que queria.

 

- Kim Kibum… um dos teus amigos da escola? - Relembrou-se SunHo.

 

- Sim, um dos meus amigos da escola. Kibum era apaixonado por Minho e Minho por ele, no entanto, por algumas circunstâncias infelizes, Taeho resolveu brincar com os sentimentos dos dois. E o resultado disso, foi Taeho ter engravidado de Kibum. - E assim começou uma longa narrativa em que Taemin contou tudo e com todos os pormenores sobre Minho, Kibum, sobre Minki e Minhyun, pois tudo estava interligado.

 

- O teu irmão esteve grávido e eu nunca percebi… - Sussurrou.

 

- Os pais nunca perceberam muitas coisas. Sendo que a primeira e mais básica é que eu sempre tive sentimentos. Eu precisava de ser amado e acreditado. - Acusou Taemin, falar sobre todas as suas dores tinha-o deixado irritado.

 

- Sobre mim, eu aceito isso como verdade, mas sobre o teu omma isso não é verdade. O teu omma sempre te deu amor, verdade? Tenho a certeza que se puxares pela tua memória, vais perceber isso. - A voz de SunHo era tão suave que fez Taemin arrepiar-se e ficar envergonhado por estar tão irritado. Pensando bem, sempre que eles discutiam, Taemin sempre vira o seu omma a defendê-lo. Era como se SunHo sempre tomasse o partido de Taeho e Taeil o partido de Taemin. - Quando foste parar ao hospital, Taeil enlouqueceu. Ele apresentou queixa contra o teu irmão e eu reportei o seu desaparecimento. Eu achei que o meu casamento tinha terminado ai.

 

- No entanto, um mês depois ele apareceu morto…

 

- Não. Ele não apareceu morto. Disseste que tinhas feito uma investigação. Leste o processo sobre a morte do teu irmão? - Questionou SunHo servindo-se de mais de rum.

 

As sobrancelhas de Taemin arquearam-se em desconfiança. Não olhara para o processo, pois não achara que houvesse algo ali que lhe pudesse interessar. O seu irmão louco estava morto, fora mais que um alivio na altura.

 

- Taeho foi encontrado um mês mais tarde, estava numa cidade vizinha. A policia ligou primeiro para mim, mas sem sucesso ligaram para Taeil. Taeho foi trazido pela policia a esta cidade. Foi Taeil que o foi buscar. No caminho para casa eles tiveram um acidente de carro. Mas não foi um acidente. Nem o teu irmão se suicidou, isso fui eu que inventei. Taeil decidiu que tinha que te proteger, nem que para isso tivesse que dar a sua própria vida. Ele fez o carro despenhar-se. Disso apenas Taeil acordou.

 

Taemin estava petrificado, agarrava fortemente a mão de Jongin. Lágrimas caiam da sua face pálida.

 

Taeil tinha provocado a morte do seu próprio filho.


Notas Finais


BOOM BOOM QUE TIRO FOI ESSE????
Preparem-se para os próprios capitulos pois muitas coisas vão ser reveladas/ resolvidas ^^
Curiosos???
Mil beijos


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