História Por Draco - Eu disse MINHA Hermione Nott

O dia de Draco estava sendo uma merda. Um grande amontoado de merda. Ele sentia falta de Hermione, ele sentia falta do cheiro dela, da pele, do olhar, de tocar na mão, de mexer no cabelo. Ele sentia falta de Hermione. E agora a aula de poções, a sua preferida, estava sendo cancelada para eles aguardarem em fila os alunos das delegações das outras escolas chegarem.

    Quando o loiro percebeu que o jogador búlgaro mais famoso do mundo, estava entre os alunos de Durmstrang, ficou irritado. Ele lembrava muito bem que Hermione havia achado os jogadores da Copa Mundial de Quadribol bonitos, e agora tinha um aqui. Bufando ele seguiu os outros colegas para o salão principal. 

    Vinte minutos depois do começo do banquete, Draco queria arrancar seus olhos fora, então, seu melhor amigo surgiu do nada, e ofegante sorriu para o loiro. 

    “O que foi, sua irmã voltou a falar com você?” Draco se animou, se Hermione havia perdoado o irmão, logo perdoaria ele também. 

    “Não, Viktor Krum falou comigo.” O loiro bufou, o que ele queria saber de Viktor Krum… Theo continuou falando… “Ai, eu falei que era minha irmã.”

    “O que?” Perguntou em tom baixo, os olhos estreitando para o moreno ao seu lado. Harry que estava sentado de frente para eles, parou de comer e ficou encarando. “O que você disse?”

    “Ãh…” Theo enfiou um pedaço de bolo na boca e desviou o olhar do amigo. 

    Draco se ergueu da mesa e procurou a namorada, e dito e feito, Hermione sorria para o garoto a sua frente, estendendo a mão na sua direção. Draco estalou o pescoço e tentou controlar a respiração, foi em vão, ao ver Hermione apertar a mão do estrangeiro perdeu completamente a noção da sua realidade. E antes que qualquer amigo pudesse fazer algo, Malfoy já tinha pulado no garoto mais velho, o levando ao chão. 

    As mãos se apertaram ao redor do pescoço do búlgaro e tudo que Draco conseguia ver, sentir e ouvir era o comando da sua veela que Viktor Krum devia ser aniquilado. Draco sentiu as garras nascerem e afastou a mão o suficiente para poder penetrar na garganta de quem ele considerava uma ameaça, com um sorriso de canto, ele desceu a mão, mas foi parado por uma corda que se prendeu no seu pulso, Draco puxou e se pôs de pé, outra corda se prendeu ao redor do seu pescoço o forçando a ficar de joelhos se não quisesse asfixiar. Alguém estava gritando, e a sensação de pânico começou a crescer no seu peito. Hermione. Hermione. HERMIONE. 

    A veela procurou a parceira em desespero, mais cordas se amarrando em seu corpo, a morena gritava com os estrangeiros, ele percebeu que os outros garotos eram os responsáveis pelas cordas ao seu redor, os professores de Hogwarts tentavam em vão parar os outros alunos de se envolverem. Hermione se aproximou do responsável pela corda ao redor do pescoço de Draco, que se comprimia cada vez mais, o garoto mais velho a empurrou, fazendo-a cair. Os olhos castanhos viraram para o dele em pânico. A veela gritou e puxou a corda pra si, fazendo o lançador do feitiço se desequilibrar, com um grunhido Draco sentiu as suas asas nascerem, fazendo todos perderem a concentração por alguns segundos. Era só o que ele precisava. Com um salto ele estava sobre Hermione, as asas brancas protegendo-os dos olhos e feitiços ao seu redor. 

    “Ferida?” Ele começou a tocar o corpo dela, Hermione chorava. “Ferida? Minha Hermione está ferida?” Ela negou com a cabeça, e veela relaxou, ele podia ver o brilho dos feitiços tentando avançar através da barreira de proteção, irritado, pegou Hermione pela cintura e expandiu as asas, fazendo o círculo de pessoas na proximidade caírem no chão. 

    Draco bateu as asas e se impulsionou, alçando voo. Os alunos que ainda não tinham sido retirados do salão ficaram chocados, o grupo de amigos íntimos aproveitaram a chance para lançar azarações na direção dos estrangeiros que haviam atacado o loiro. 

    Ganhando velocidade o loiro abraçou o corpo de Hermione com suas asas, atravessando a janela usada pelas corujas para entrega do correio, sumindo no horizonte antes que alguém o pudesse parar. 

    Snape que havia lançado um feitiço de contenção no aluno que tentou estrangular seu afilhado, encarou perplexo enquanto os alunos favoritos sumiram de vista. 

    “Isso foi um jantar interessante.” Dumbledore comentou divertido. “Com certeza ninguém vai poder dizer que uma viagem a Hogwarts é entediante.” 

    Snape abriu a boca e voltou a fechá-la, os alunos de Sonserina ainda estavam atacando os alunos de Durmstrang, e vice-versa, Draco e Hermione teriam que esperar.