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História Por Elas 1ª Temporada - 24 - Sou Sua Amiga I


Escrita por: AlascaVozizer

Capítulo 24 - 24 - Sou Sua Amiga I


Fanfic / Fanfiction Por Elas 1ª Temporada - 24 - Sou Sua Amiga I

Camila.

Como uma pessoa consegue viciar no beijo da outra em menos de vinte e quatro horas? Não sei, nunca tinha viciado na boca de alguém, mas eu estava começando aceitar que havia acontecido isso comigo depois de beijar Lauren.

Talvez o nosso último beijo, enquanto Normani, Ally e Dinah terminavam finalmente de limpar o apartamento, tenha sido um pouco mais quente porque não tinha cansaço envolvido. Beijar Lauren escondido das meninas era no mínimo excitante, minha calcinha era a prova encharcada disso.

O caminho de volta para casa foi o auge da minha preguiça ouvindo Normani falar de várias coisas quase ao mesmo tempo. Tudo começou sobre as mãos do Harry na Dinah, de como ela deixava ele tocar nela e não falava nada para parar. Harry é gay, mais gay que eu, ela, Dinah e Lauren juntas. Tenho certeza que aquele cara sabe da briga entre elas e tenho mais certeza ainda que ele estava provocando a Normani.

Como se não bastasse ela ainda falando da Dinah e de como elas tinham começado o dia, fiquei sabendo que a Ally canta dormindo, faz cafuné e ainda dorme de conchinha enquanto faz carinho na sua barriga.

Eu queria essa Ally na minha cama, amo cafuné e amo mais ainda dormir de conchinha, mas dormir com a Lauren foi muito bom, ela não me soltou a manhã inteira até Dinah surtar e ter a minha ajuda. E falando em Lauren, esse era o assunto que não acabava, nem mesmo quando chegamos em casa.

— Volta aqui, Camila.

— O que foi, Mani? - Parei antes mesmo de entrar no corredor que dava acesso para os quartos, meu corpo só queria uma cama. A minha cama. - Lauren já falou que não aconteceu nada entre a gente, vira o disco.

— Como não aconteceu nada, Camila? Vocês dormiram juntas depois de jurar que mataria ela.

— Lauren e eu só ficamos, tá legal? Nos beijamos, dividimos a cama dela e não transamos se é o que quer ouvir. Está melhor assim? Já posso ir curtir o resto da minha folga dormindo?

— Não, Camila, não pode. Eu quero saber como foi que vocês duas... Como aconteceu. - Caminhei de volta para sala, me jogando no sofá. E eu pensando que voltaria a dormir depois da mega limpeza que fizemos. - Não se esqueça que precisa ir no apartamento dos seus pais daqui a pouco.

— Cadê a minha paciência, senhor? - Deveria está em falta desde a hora que acordei ou comi ela no café da tarde. - Estou com sono, eles vão entender se eu não for lá agora, posso ir de noite.

— Vai logo, Camila.

— Eu vou de noite, juro que vou. - Normani revirou os olhos para mim e eu segurei a vontade de rir da cara dela. Se ela queria me irritar, eu faria o mesmo. - Já falei que vou de noite, para de revirar os olhos.

— Estou falando da história de vocês duas dormirem juntas, não se faça de besta comigo, Camila. Te conheço de outros shows.

— Tinha algumas coisas no chão e como a dona Sinu mandou eu ajudar na limpeza, eu ajudei. Lauren contou uma história sobre a Ally beber e tentar limpar o quarto da Dinah, não achei a vassoura porque deveria...

— E desde quando você sabe limpar a casa?

— Desde sempre, posso continuar? - Normani sentou de frente para mim com a cara emburrada, ela fazia o papel da minha mãe certinho. - Então?

— Não só pode, como deve e vai.

— Fui atrás de você e vi a Lauren com a Olivia...

— LAUREN FICOU COM A OLIVIA TAMBÉM, CAMILA? - A dor de cabeça da minha falsa ressaca apareceu na mesma hora que Normani gritou. - Espera, você não tinha ido atrás da vassoura?

— Meu Deus, Mani. Não grita, estou bem aqui na sua frente. E não, ela não ficou com a Olivia, como ela também não ficou com a Liza. - Normani ia falar alguma coisa, mas tomei a frente. - A Lauren dispensou as duas, e sim, eu estava atrás de você e da vassoura também.

— A Liza também estava atrás da Lauren? - Assenti sem saber se ria ou revirava os olhos. - E o que você achou disso? Gostou?

— Adianta falar que não? - Normani negou com a cabeça. - Depois a Lauren foi levar o Josh e as duas até o elevador e quando voltou, ela cantou a música que eu estava cantando sozinha lá na cozinha, quase morri de susto.

— Que fofa, já imagino até os filhos. Olhos verdes e bunda grande. - Okay, ela era bipolar e eu não sabia mesmo com anos de amizade? - Tira esse sorrisinho da cara, Camila. É claro que não estou falando sério.

— Minha nossa, eu não mereço isso, vou dormir.

— Não vai nada, pode continuar de onde parou.

— O resto você já sabe, Mani. - Tentei me levantar e foi em vão, Normani me jogou de volta no sofá. - Por que fez isso? Eu quero ir dormir, que saco.

— Você não vai sair daqui até falar tudinho, Karla.

— Normani?!

— Só continua, Camila.

— Que caralho, Normani. Lauren e eu dançamos, conversamos sobre o que poderia ser considerado estranho e o que não era estranho, sobre continuarmos abraçadas...

— Puta que pariu, Camila. - Me assustei quando ela levantou e sentou na mesma hora, sem tirar os olhos de mim. - É grave, já estou vendo tudo de novo, da outra vez começou desse jeito.

— Não começa com isso, Normani.

— Você está feliz porque a Lauren não ficou com ninguém além de você, assim ela diz.

— O que? Eu achei legal da parte dela não ter ficado com a Olívia e a Liza por elas estarem bêbadas, só isso.

— Caso ao contrário ela tinha pegado vocês três? Fácil assim?

— Não, claro que não. Ela me disse que não ficava com mulheres bêbadas, tinha que ver o estado daquelas duas na hora que foram embora.

— E você acredita nisso?

— E porquê não acreditaria nela? Lauren me disse que queria me beijar desde a hora que cheguei, eu acredito que não ia rolar nada com as outras de qualquer jeito.

— A Olívia quer a Lauren, isso está muito claro para qualquer um que preste atenção. Você mesmo disse que a sua nova peguete e a Liza ficaram na nossa sala. Pensa um pouco, Camila. A Lauren não perde tempo.

— Como pode julgar se você nem a conhece direito, Normani? Ela pareceu ser super sincera, eu acreditei nas palavras dela...

— Camz.

— Que?

— Que o quê?

— Que o que do que, Normani?

— Você que começou a falar que, não foi eu.

— Você disse Camz, eu disse que, você que me chamou, então foi você que começou. Para de ser estranha.

— Eu só queria entender o que seria Camz escrito nessa gargantilha, não pensei que estava falando em voz alta. Aliás, nunca vi você usando essa. Quem te deu?

— A única pessoa que me chama de Camz. - Me levantei escondendo a vontade de sorrir feito idiota por lembrar da maldita que beijava bem, eu só queria mais um beijo dela antes de ir dormir. - Eu adorei, viu o urso? Tem o nome de Lolo.

— Camila, vamos ter uma conversa séria aqui e agora. - Caminhei até a cozinha, peguei uma garrafinha de água e voltei. Adeus minhas horas de sono. - Senta porque a conversa vai ser longa.

— Minha mãe já teve essa conversa comigo muitas vezes, Mani, e já faz anos. Isso foi traumático, não vai rolar um remember.

— Não estou falando de sexo, Camila.

— E a conversa séria é por nada?

— Não tem nem um mês que vocês se conhecem...

— E qual é o motivo do espanto, Mani? A gente ficou, foi bom e nada mais. Não começamos um namoro ou vamos nos casar, entende? Foi você que falou de filhos bundudos e com olhos verdes.

— Foi ironia, Camila. - Eu juro que não estava entendendo o ponto de vista da Normani em relação a Lauren. - Está acontecendo do mesmo jeito que foi com a demônia.

— Que demônia? Não sei de quem está falando, Normani.

— Vai fingir que não estou falando da Verônica? Ou vai negar que começou a se iludir e depois se fodeu?

— Não me lembre dela, okay? Se eu encontro com ela na rua, passo com o carro por cima dela.

— Com a Iglesias foi do mesmo jeito. Você conhecia ela só uma semana e já estava toda feliz com aquela vaca.

— Normani...

— Não, me deixa terminar.

— Vai em frente, sei que não vai parar de falar mesmo se eu for dormir.

— Você tinha acabado um namoro, passou uma semana e você conheceu a Verônica. O que ela fez com você?

— Fala sério, Normani. De tantas coisas para lembrar, você veio me lembrar logo disso? Eu não acredito.

— Verônica ficou com outra assim que você virou as costas e por obra do destino ou um grande azar, você voltou para pegar o bendito do celular. Como você ficou depois do que viu?

— Você sabe muito bem como fiquei. Eu gostava da Verônica, apesar de ter sido só uma semana.

— E não consegue perceber que está fazendo a mesma coisa com a Lauren? Ela não é mulher de ficar só com uma, Camila. Liza e Olivia são provas disso.

— Como sabe? Em momento algum eu vi você falando com ela, Normani. Pelo que eu saiba, você conhece a Dinah muito bem e não a Lauren. Liza e Olivia não são provas disso ou daquilo, ela não ficou com as duas e depois veio ficar comigo. Ela só ficou comigo, pode entender isso?

— Eu não preciso falar com uma pessoa para ver como ela se mostra ser, você ouviu o que o porteiro delas disse. Conheço pessoas como a Lauren, e eu não acho que ela seja uma pessoa ruim, até gosto dela. Eu só não quero te ver chorando por mais uma pessoa que não merece seu carinho e o seu coração, Camila.

— Não é a mesma coisa, Normani. O lance da paixão não existe e eu não acho que a Lauren seja igual a Verônica.

— Como não? Vocês conversaram o que? Quatro dias sem terminar em briga? Não sabe do que está falando.

— Claro que sei. Conheci a Verônica em um bar depois de um relacionamento fracassado. A Lauren foi em uma festa de amigos.

— E pode me dizer qual é a diferença nisso? As duas envolvidas com muitas bebidas e várias mulheres ao redor delas.

— A diferença é que eu me apeguei na Verônica quando estava frágil por causa de um término doloroso. Dessa vez eu não estava sofrendo pela Jade, não estava frágil ou sofrendo por amor tóxico.

— Coitada da Thirlwall, foi usada.

— Não usei ela, o namoro até que foi bom, mas não rolou porque ela ainda era ligada na Perrie e acabou. Agora para de se preocupar comigo e com a Lauren, nós só ficamos.

— Espero de verdade que não seja mais que isso, dessa vez você vai chorar por outro motivo, Camila. Sou sua amiga e só quero o seu bem.

— Sei que quer... - Normani saiu sem olhar para trás, fazendo o que ela fazia de melhor quando ficava com raiva. Me deixava sozinha. - Acho que não posso agradar a todos, infelizmente.



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