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História Por mais 10 mil anos - O primeiro encontro


Escrita por: Tommy_Kill e Anaroro

Notas do Autor


Sim, eu voltei *3*, mas não garanto regularidade nem nada até dia 25 quando minha aulas terão finalmente acabado. Ate lá fiquem de olho por noticias.

Tenham uma boa leitura~

Capítulo 2 - O primeiro encontro


Fanfic / Fanfiction Por mais 10 mil anos - O primeiro encontro

Keith entra na nave do qual o levaria para o Comando Central, o soldado mais forte pede licença antes de assumir o controle da nave enquanto o mais magro se põe à disposição de Keith para assegurar o total conforto ao humano. Sem saber o que fazer além de seguir a liderança dos guardas, Keith apenas sentou e ficou em silêncio apreciando a visão do espaço.

A visão das estrelas desse ponto de vista era algo que ele nunca pode experimentar tão vivamente antes em seus anos na Terra, a visão estrelada lhe enchendo os olhos com tamanha beleza e um desejo intrínseco de explorar àquela imensidão que só crescia cada vez mais, uma explosão de cores e luzes que significavam mais vida inexplorável esperando para ser apreciada. Keith nunca teve a chance de confidenciar para alguém isso, mas a grande razão para ter se unido à Guarnição Galáctica foi seu encanto na beleza escondida dos cosmos, a única coisa que lhe restou depois da morte de seu pai foi esse fascínio no universo e além.

Ele não se conteve e aproveitou da visão, porém foi só alguns minutos de apreciação antes de subitamente o vidro ficar escuro e sentir uma leve pressão no corpo, ele olha para o soldado ao lado querendo perguntar o que houve, porém não tem idéia se ele seria capaz de entendê-lo. 

"Vossa majestade precisa de algo?" O soldado pergunta notando Keith parece ter dúvidas, ele tendo tirado por nenhum segundo seus olhos do humano não querendo perder nenhum sinal de necessidade que fosse necessário agir sobre, o soldado se sentia um pouco envergonhado por isso, principalmente por ter autorização para olhar tão de perto alguém de nível tão alto na hierarquia galra, porém consolava o soldado o fato de que Keith era muito humilde e comum em seus maneirismo, algo que não deixou o galra se sentir mal-educado e ultrapassando limites.

"Algo está acontecendo?" Keith pergunta apontando para o vidro agora escuro, ainda havia essa sensação estranha de que seu corpo se sentia estranho e confuso.

"*Perdoe o quinto filho de Savah vossa majestade, estamos lhe fazendo sofrer tanto" O soldado diz entendendo ao que Keith se referia e de prontidão se desculpa antes de chegar ao ponto. "Estamos passando por um buraco de minhocas para chegar mais rápido ao nosso destino, porém essa nave é muito humilde para vossa majestade e não consegue suprimir todos os efeitos que pode causar para aqueles não acostumados, por favor me avise se sentir qualquer desconforto, este *chipag'Vi fará o melhor para ajudar" O soldado responde.

Entendendo agora a situação e o que era esse desconforto no corpo Keith decide dizer está tudo bem, porém antes dele conseguir vocalizar qualquer coisa, ele recebe uma descarga de emoção muito maior que das vezes anteriores, um onda de alegria e amor tão fortes que ele automaticamente se curva na cadeira tentando conter seu êxtase, seus dedos de seu pé se fechando com força em sua bota e suas mãos agarrando com força a mesinha em frente a ele, seus ouvidos automaticamente ficaram surdos e ele já não sabia se havia fechado os olhos ou sua visão que escureceu totalmente, sua mente nublada e sem qualquer resquício de racionalidade, por breves segundos Keith perdeu completamente a noção do acontecia ao seu redor e até de quem ele mesmo era.

Então tão rápido quanto veio, essa onda de êxtase se foi, restando uma dor surda em todo seu corpo com a falta repentina do que era provavelmente a melhor coisa que Keith já sentiu em toda sua existência. Por um momento ele sentiu como se toda sua vida tivesse sido vivida por esse momento, seu corpo tremendo de ansiedade querendo mais e sua mente só conseguindo voltar ao pensamento de como foi insanamente bom o que acabou de acontecer.

"-jestade"

Keith acha que ouviu algo.

"-ossa ma---ta--!"

Novamente um som de alguém no fundo vem aos poucos ancorando Keith de volta a realidade, com um respirar fundo e longo ele sente os ouvidos voltarem a captar som normalmente assim como a visão volta, porém um pouco borrada o que o leva a piscar várias vezes para limpar a visão.

Há um suspiro aliviado no fundo, era o soldado mais magro que ficou nervoso ao notar o apagão de seu senhor.

"Vossa majestade, chegamos no Comando Central" O soldado que pilotava a pequena nave estava agora ao lado do colega de trabalho e anuncia sabendo que dessa vez o humano ouviria.

Keith apenas concorda com a cabeça não confiando em sua boca para falar qualquer coisa nesse momento em que ele ainda se recupera do entorpecimento e dor subsequente, ele quase queria reclamar o pós efeito doloroso que ainda ressoa por seu corpo, mas considerando o quão bom foi a sensação que recebeu antes, seu cérebro automaticamente assumiu que era o preço justo a pagar por uma droga tão sublime.

Leva cinco tentativas de Keith para ficar pé e mais duas para andar sem seus joelhos falharem, todo tempo ele se mantém apoiado na mesa até ter confiança que suas pernas não iram lhe trair e o deixar cair no momento seguinte. Infelizmente para Keith isso ainda não impediu ele de se atrapalhar nos passos logo depois de se afastar da mesa, então não conseguindo se equilibrar adequadamente ele tropeça, para sua sorte o soldado mais forte lhe segura pelos ombros impedindo sua queda e ele ajuda Keith a se equilibrar adequadamente antes de soltar os ombros dele, dessa forma voltando para sua posição atrás de Keith enquanto o outro soldado mostrava o caminho para fora da nave.

Isso lhe lembrou de uma das poucas coisas que Kahpu contou sobre comportamento galra, o toque entre pessoas desconhecidas ou sem intimidade é algo que não costuma ocorrer, quanto mais quando de hierarquias extremamente distantes, quando há a necessidade do toque entre galras nessas situações por seja qual for a razão, o educado é manter o contato na região dos ombros e braços, evitando a todo custo tocar outro galra por outra região do corpo. Isso acontecia principalmente por conta da espécie ter um olfato muito bom e ser incômodo para eles carregarem o cheiro de alguém que não conhecem, o braço sendo a área mais fácil de se livrar do cheiro era onde era mais aceitável o contato com estranhos, mesmo assim alguns galras poderiam ficar extremamente agressivos com um toque não autorizado, vez ou outra é possível ver uma briga acontecendo em lugares públicos entre galras que se esbarraram por descuido e na mesma hora ficaram estressados com um cheiro estrangeiro interferindo no deles.

Agora se for alguém que você tem intimidade ou faz parte de algum ciclo seu, então o toque é algo quase essencial, o abraço ou esfregá-se no outro é algo super comum e necessário, principalmente quando o ato pode marcar o cheiro de um no outro trazendo conforto aos galras, muitas vezes alguns amigos e familiares poderiam acabar trocando peças de roupa com seus entes queridos que trabalham longe para garantir que o outro nunca perderia seu cheiro do corpo, galras são seres extremamente sociais e sensitivos então o bom desenvolvimento de seus ciclos sociais, assim como o contato físico em certa regularidade com eles é essencial para garantir a saúde mental de um galra, eles são incapazes de viverem sem esses ciclos e caso algum galra chegue a esse ponto ele pode acabar entrando em uma espiral depressiva e esquizofrênica, praticamente 75% dos casos de suicídio galras que ocorriam em um ano era por conta desse motivo.

Um galra solitário é um galra morto. 

Keith nem tem certeza porque agora focou tanto no que Kahpu lhe disse sobre toque galra e cheiro, talvez ele esteja apenas tentando se focar em algo para se distrair de tudo que o impedia de continuar funcionando normalmente, uma tentativa de estar o mais sano possível quando conhecer sua alma gêmea, ou como os galras diziam, seu tquizarp.

Estando finalmente fora da nave para o hangar do Comando Central ele não esperava que o lugar fosse tão enorme e estivesse tão cheio como agora.

Diversos galras estavam ali, todos ajoelhados no chão, a parte superior de seus corpos curvados para baixo até que suas testas toquem o chão e uma mão de cada lado da cabeça prestando respeito completo, Keith se pergunta se todos param suas tarefas apenas para reverenciá-lo e o rapaz não pode deixar de sentir o quão mais séria era a situação do que ele imaginava, inconscientemente Keith conserta sua postura encolhida para reta e ergue o queixo, algo lhe dizia que se nesse momento ele não for capaz de se mostrar digno e superior, então era inútil todo o respeito que prestavam a ele.

E um tanto distante dali havia os dois únicos seres de pé naquela multidão, pela distância Keith pode supor que quem está usando uma manta roxa de capuz que cobre o rosto é Haggar, Kahpu lhe disse algumas coisas sobre a druida, enfatizando que Haggar é alguém de extrema importância e poder, que pode agir de forma rude com ele por ter mais liberdade para isso do que deveria e que ela era a única âncora do Imperador. Keith leva um tempo olhando Haggar antes de continuar seu caminho até os dois, ele não tem certeza do que pensar da druida, afinal mal a conhece, porém já não consegue se impedir de sentir certa apatia por ela, o fato dela carregar uma importância tão alta ao Zarkon alimentava cada vez mais um sentimento de ameaça forte nele, inconscientemente o tornando mais vigilante e irritado, nesse momento suas mãos coçam para tocar Zarkon o mais rápido possível.

Reivindicar.

Era o que uma voz quase inexistente de tão baixa sussurrava para sua consciência.

Voltando a se mover até a dupla, não demorou muito para seus passos ganharem velocidade assim que ele sentiu que suas pernas estavam firmes e que a dor em seu corpo desapareceu, os dois soldados que o seguiam param para se juntar a multidão e se curvam em reverência com todos.

Com a distância estando bem menor agora ele podia observar melhor o galra em pé que seria sua alma gêmea.

Zarkon é mais alto que aqueles do qual Keith conheceu até então e provavelmente maior que a maioria dos galras presentes agora, ele usava armadura e capacete vermelho com detalhes em branco havendo no peito da armadura um detalhe luminescente roxo, por baixo uma peça de traje preto comum, um visual simples comparado com como Kapuh descrevia o Imperador a estar sempre impecável, mas de perto era óbvio ver como havia algumas peças faltando quando Haggar os carregava nas mãos sem esconder, em um olhar rápido dava para notar somente braçadeiras inferiores não totalmente embrulhadas em uma capa vermelha escura muito parecida com a que Keith tinha que usar.

Voltando seus olhos para o rosto do Imperador Keith sentiu seu coração acelerar ao ver o olhar caloroso e sorriso cheio de dentes direcionado a ele, mais uma vez um sentimento quase insuportável começa a crescer nele e Keith sabe que é Zarkon transbordando de amor nesse momento, podendo experimentar isso na pele só provou ao rapaz que sem dúvida alguma essa era sua alma gêmea, sem se dar conta Keith já tinha decidido que este seria o homem do qual dedicaria ele sua vida de agora em diante.

Keith estava sem dúvida alguma se apaixonando à primeira vista, vulnerável a essa experiência completamente nova e encantadora, ele imediatamente esqueceu qualquer porém, se alguém o perguntasse agora sobre Shiro e sua casa, tudo que o humano poderia responder era que não lembra quem Shiro é e sua casa era obviamente onde quer que Zarkon estivesse.

Dessa forma Keith que já estava andando rápido quase não se impediu de correr, ele só queria estar com Zarkon o mais rápido possível, então quanto mais perto chegava, mais o clima ao seu redor parecia ficar leve e calmo.

Seus sentimentos pareciam se misturar ao de seu tquizarp, Keith sem entender onde os seus começavam e onde os de Zarkon terminavam, dentro de si uma bagunça de sensações que não ofereciam nenhuma resposta além de paixão inflamável, o que fez seu coração acelerar tanto que ele pode jurar ouvir seu pulso cardíaco de tão forte que estava.

Quando alcança o Imperador, Keith tem seu corpo pressionado contra o mais alto e se sente derreter diante um calor confortável que se espalhou por seu corpo a partir de onde Zarkon tocava, era um calor delicioso e apaixonante, nada carnal ou superficial, mas agradável e tranquilizante, algo que traz ao Keith um sentimento que ele não teve a um bom tempo.

Paz.

Keith se aconchega mais no abraço de Zarkon e ouve uma risada alegre baixa do mesmo, a mão direita do imperador segue para segurar o rosto do rapaz o fazendo lhe olhar nos olhos, pela diferença berrante de tamanho ambos tiveram que cooperar para poderem olhar um ao outro sem soltar o abraço. A mão de Zarkon fazendo um carinho doce em seu rosto com muito cuidado, o imperador galra tinha medo de machucar alguém tão lindo e precioso como o rapaz, e com tanto receio ele se mantém bem atento às suas garras para não machucar acidentalmente o humano. 

"Seja bem-vindo meu amado tquizarp" Zarkon diz em um tom baixo e carinhoso, ficando de joelhos sem pensar apenas para poder estar cara a cara com seu amado.

Assim o Imperador aproxima suas testas, mas para antes que elas se toquem, ele queria que Keith tomasse a decisão de ter o contato, é importante para si saber que seu tquizarp está de acordo com o relacionamento deles, mesmo que pareça uma decisão muito precoce de acordo com as noções humanas, para Zarkon esse raciocínio fazia muito sentido. E ele muito feliz iria ignorar que Keith não estava em seu melhor estado mental para corresponder corretamente, justificando para si mesmo que tquizarps dificilmente estão sanos quando se conhecem pela primeira vez.

Keith sabe exatamente o que fazer pelo o que Kapuh o informou e não decepciona seu tquizarp, ele se aproxima sem quebrar o contato visual com Zarkon e quando as testas de ambos se tocam, uma corrente elétrica passa pelo corpo de ambos, o sentimento de felicidade e paixão sendo compartilhado agora sem filtro entre eles — mesmo que inconscientemente por parte de Keith —, um pensamento de paz plena alcançando as almas de ambos até o âmago.

Eu te esperei por tanto tempo. Eu estive tão sozinho sem você, eu achei… Eu achei que nunca mais poderia te ver. Meu amado tquizarp, meu tudo, fique comigo para sempre, por favor fique — O pensamento de Zarkon ecoou na mente de Keith, a sinceridade de cada palavra transbordava uma quantidade de saudades que o humano foi incapaz de suportar sem os olhos se encherem de lágrimas, porém o que o fez mesmo chorar era o tamanho da solidão que o outro tentava reprimir, algo inútil quando ambos podem sentir e tudo que o outro sente nesse momento, mas ele fez mesmo assim e Keith não conseguiu evitar se identificar com essa solidão.

Independente de quão boa e feliz a vida de Keith poderia se tornar em certos dias, a solidão sempre o perseguiu durante toda sua vida. Ele nunca soube explicar porque, afinal Keith realmente tentava ser uma pessoa mais amigável e aberta para os outros, porém com o tempo ele pode ver que não importa o que ele fizesse, Keith ainda tinha essa aura e personalidade que o afastava da maioria das pessoas, chegou ao ponto em que ele decidiu parar de tentar e aí as coisas só pioraram, os outros não conseguiam o suportar além de seu rosto bonito, e nem ele conseguia lidar com os outros.

Algo parecia sempre faltar na forma como Keith entendia outros, e além de seu pai, ninguém mais que conseguia se tornar seu amigo compreendia a necessidade não negociável do carinho platônico, então quando seu pai morreu e Keith enfrentou uma depressão severa, onde ninguém mais entendia que a dor dessa perda era muito além do sentimental, era uma dor que percorria cada veia e músculo, às vezes o incapacitava de tão forte que se tornava e no momento que ele se recuperava era para um sentimento de desolação tão forte que o fazia deseja destruir tudo, na maioria dos dias a dor era fraca mas permanecia por um período longo e isso pouco a pouco foi minando a mente dele para o desespero.

Na época a família Shirogane era quem tinha conseguido sua guarda, e apesar de ter nenhum relacionamento especial com a família exceto com Shiro que havia cuidado dele como babá, eles insistiram em cuidar dele por conta de suas amizades com seu pai. Infelizmente para a família Shirogane as coisas não prometiam melhorar no futuro, Keith continuava se isolando de todos, mesmo de Shiro a quem ele muito gostava, e na guarnição toda semana haveria uma ocorrência de seu mal temperamento causando confusão, sendo um aluno exemplar e inteligente foi fácil se safar da maioria das consequências de seus atos, com Shiro sempre aparecendo para o salvar de fazer pior, as coisas mais cedo ou mais tarde iriam explodir. Então quando ele tinha 17 acontece o pior e depois de partir da Terra para uma expedição, Shiro nunca mais voltou sendo dado como desaparecido pela Guarnição Galáctica, com o tempo passando e sem uma resposta efetiva da guarnição sobre o que houve com Shiro, Keith perde completamente o pouco que o restava de controle e decide simplesmente deixar tudo que ele estava contendo sair.

Muita gente foi pega no fogo cruzado de Keith incendiando a guarnição e tentando roubar uma nave, ele nunca disse antes, mas estava orgulhoso de quão longe chegou apenas batendo e atirando nas pessoas durante todo o caminho, se não fosse pelo fato de que as naves só podiam ligar com autorizações especiais de superiores ele já teria saído da Terra muito antes dele saber sobre o Leão azul. Depois de finalmente o derrubarem e mandarem para o centro de adolescentes infratores, a família Shirogane passou por um longo período de estresse onde negociava com as famílias das vítimas feridas e trabalhava para convencer a Guarnição Galáctica de que Keith não estava bem mentalmente para ser responsabilizado legalmente pelo o que fez, o fato de que Keith estava realmente passando por problemas psicológicos na perda de seu pai e agora o desaparecimento de Shiro só serviu para fortalecer a defesa da família Shirogane.

No fim ele foi expulso da guarnição, a família Shirogane pagou cada família uma indenização para não abrirem um processo contra Keith e ele simplesmente decidiu se mudar de volta para a casa do deserto de seu pai, deixando para trás dinheiro o suficiente para pagar a família Shirogane por todos esses anos de cuidado e o problema das indenizações, prometendo aceitar ajuda psicológica a família o deixou viver no deserto com a condição de que nos finais de semana ele sempre voltaria para a casa Shirogane.

Voltando para a casa que tinha o cheiro de seu pai em cada canto o ajudou a melhorar, mas seu temperamento agora era depressivo ao invés de violento, e com o passar do tempo a única coisa que manteve Keith sano foi sua obsessão em achar Shiro, ele ainda sentia o outro em algum lugar no cosmo, ele não estava morto, disso Keith tinha certeza absoluta mesmo que houvesse nenhuma prova, ele apenas sabia que era assim e mesmo que toda noite a solidão parecia torturar a mente de Keith com uma nova maneira de simplesmente acabar com esse sofrimento, o pensamento de que Shiro estava perdido em algum lugar no espaço e precisava de ajuda foi o que o ancorou por dois anos até a volta repentina de Shiro.

Eu estou aqui agora. Você nunca mais precisará se sentir só — foi esse pensamento chegando a Keith que o trouxe de volta ao agora, ele se sentiu envergonhado por um segundo ao ter se distraído tanto e ter deixado Zarkon ver tudo, mas as palavras do galra servem apenas para alegrar o humano de sua breve tristeza.

Eu que deveria estar lhe dizendo isso agora… Obrigado por me achar Zarkon, agora eu sei que era você aquilo que eu sempre senti falta, todo esse tempo era você quem eu queria encontrar e nunca mais deixar ir. Então por favor não me deixe escapar para longe de você e eu não deixarei você fugir de mim — Keith deixa seus pensamentos irem para Zarkon que apenas o abraça mais forte e de olhos fechados o humano só pode sentir seus rosto se aproximando mais, porém sem separar suas testas enquanto aproveitavam a primeira vez que se conectam.

Assim Haggar permaneceu em silêncio tendo a felicidade de ser a primeira e única a presenciar o primeiro encontro entre esses dois tquizarps, fazia tempo desde que o último casal destinado se conheceu, tanto quanto é importante o encontro de qualquer tquizarp, todos no Império sabem o quanto seu Imperador esperou por sua alma gêmea para voltar aonde pertence, Haggar já podia imaginar os dias futuros, quão coloridos e cheios de vida se tornaram agora que a peça mais importante da vida dela e de Zarkon voltou para casa, daqui para frente ela só podia sonhar com a volta dos velhos dias e um futuro que nunca mais poderá ser roubado.

 


Notas Finais


------------TRADUÇÃO----------
Chipag'Vi: humilde servo; usado especificamente por galras militares independente de suas patentes para se referir em uma conversa com a família Imperial.
Perdoe o quinto filho de Savah: Uma expressão galra usada quando alguém comete um erro por falta de atenção ou descuido ignorante, a expressão se originou de uma história clássica popular onde Savah o protagonista era pai de cinco jovens galras, cada um extremamente problemático de formas diferentes um do outro, o quinto filho seria o mais novo e mais ingênuo que sempre cometia erros atrás de erros por descuido, falta de atenção e ignorância da pouca idade.


(se perdi algo, me avisem)


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