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História Por que o Mar me Odeia? - Nada melhor que ter suas expectativas realizadas.


Escrita por: Nabo

Notas do Autor


Eu tinha dito que só ia postar hoje se tivesse 15 comentários... pois é, não chegou lá... mas como eu amo vocês, e estou de bom humor por causa do meu aniversário... Ta ai o cap... *------------*

Capítulo 21 - Nada melhor que ter suas expectativas realizadas.


Nada melhor que ter suas expectativas realizadas.

Faltando 26 dias para a final de natação, pela primeira vez na vida, Annabeth estava treinando a sério. Não porque fosse sua escolha exatamente. Ela só tinha caído na besteira de deixar Percy fazer seu plano de treinos.

Verdade que Percy exagerou. Era um treino deveras longo, e de exercícios deveras difíceis. Mas ele tinha um bom motivo pra isso.

Annabeth restringiu o próprio tempo. Quando não estivesse treinando, estaria trancada em casa estudando. Tudo parte de seus super programa de estudos pra Faculdade. Então nada de filmes ou idas a pizzaria. Em que tempo Percy a veria? Nos treinos.

A única exceção eram ais idas a praia. Uma hora do dia, Annabeth simplesmente ia para o mar sozinha, e digamos que Percy sempre sabia quando, então a observava.

Nesse momento em específico, Annabeth estava retornado da segunda volta, já faziam duas horas que estava treinando o borboleta. Todas as outras garotas já haviam voltado pra casa almoçar, mas ainda estavam ela e Percy no Centro de Esportes. Quando chegou ao final da raia e a mão tocou a parede, ouviu o apito.

- Você estacionou na média do um minuto e dez. Pelo que sei seu melhor tempo até hoje foi de 59.88 segundos. Quase um tempo olímpico.

Annabeth tirou a toca e os óculos, e o encarou já fazendo bico e juntando as sobrancelhas. – E o que exatamente você quer dizer com isso?

Percy deu risada e estendeu a mão pra ela, na tentativa de ajudá-la a sair da piscina, porem ela subiu sozinha.

- Quero dizer que você não está dando tudo de si.

A cara dela não melhorou. Na verdade ela estava pálida e tremendo.

- Acho que estou com fome. – Disse ela arrancando a toalha do ombro de Percy e passando sobre ela mesma.

Geralmente ela ficava mal humorada e distante durante os treinos, e até que Percy achava engraçado isso, e sempre acreditava quando a garota dizia que estava com fome, afinal, sempre melhorava quando comia.

- Okay. – Percy se adiantou para a arquibancada, onde estava a bolsa térmica que sua mãe havia arrumado pra ele. – Separamos uma vitamina de banana. E um sanduíche de soja e frango ao molho vermelho. De sobremesa, uma barra de cereal de morango com chocolate.

Nisso Annabeth esboçou um sorriso e pegou a barra da mão de Percy.

- Vamos começar pela sobremesa.

 

Já estavam voltando para o centro da cidade quando o telefone de Annabeth começou a tocar. A garota atendeu, e teve que distanciar o aparelho da orelha.

- Me encontra na Pizzaria da tia Eme! Agora!

E desligaram.

- Quem era? – Percy franziu a testa.

- Acho que a Thalia. – Annabeth apostava nisso, mas não tinha certeza. Checou o registro. – É. Thalia.

O celular tocou mais uma vez. Annabeth atendeu.

- Põe no viva voz. – A voz de Thalia soou do outro lado.

- Okay. – Annabeth obedeceu. Percy o olhou curioso pra ela.

Thalia começou uma bronca. – Você tem que começar a carregar se celular Percy! Como é que vou falar com você se você nunca esta com essa droga de aparelho, e se está, ele fica desligado?!

Percy queria rir. – Ta bom, mãe. Não vou mais fazer isso. O que quer comigo?

- Quero que venha comer pizza comigo. – Thalia respondeu cheia de lógica.

Annabeth e Percy trocaram um olhar, e ele deu de ombros, disse apenas movendo os lábios “Vamos.”.

- Acabamos de almoçar, Thalia. – Annabeth revirou os olhos para o garoto, dizendo não.

- Grandes coisas. Venham. Vou estar na mesa da menina do cesto de flores. Perto da janela. – Decidiu Thalia, desligando na cara dos dois.

Annabeth bloqueou o telefone e jogou o celular dentro da mochila.

- Tenho que estudar. – Foi o que ela disse, já apertando o passo na direção de um atalho para sua casa.

- Ei, ei! – Percy se precipitou pra ela, puxando-a para um abraço forçado. – Parecia importante, vamos lá.

- Mas eu... – Ela tentou se soltar. Ele não deixou.

- Mas eu... – Percy arremedou, com seu sorriso irônico. – Você tem que estudar, e daí? Vamos lá. Você nem precisa tanto assim, é um gênio por si só.

A garota foi relaxando aos poucos em seus braços. Annabeth suspirou. Talvez ele estivesse certo. E claro que os elogios ajudavam a amansá-la.

- Okay. - Ela disse, olhando para cima, para encará-lo.

- Boa garota. 

Annabeth não gostou necessariamente do comentário, mas gostou do sorriso que veio junto.

Na Pizzaria da tia Eme...

- Ela já foi. - Disse Esteno atrás da caixa registradora.

- Como assim? - Percy perguntou enquanto Annabeth cruzava os braços.

- Ela estava com pressa, nem esperou a pizza ficar pronta. Na verdade... - A atendente olhou para um caderninho na bancada. - Ela deixou anotado pra vocês dois retirarem a pizza, junto com um bilhete.

"Vocês são lerdos.

Estou agitada demais para esperar pela pizza. retirem ela pra mim, e me encontrem na Pedra da Baleia... Ah! Antes que reclamem, já deixei tudo pago... :3 :3

Thalia"

- Só pode estar de brincadeira. - Annabeth fechou a cara. - Não vou à Pedra da Baleia. 

- Vai sim. - Percy decidiu.

- Não Cabeça de Alga. - Annabeth ajeitou o cabelo atrás da orelha, e pôs a mão na cintura. - Se eu for, sei que só vou chegar em casa tarde da noite, o que quer dizer que não vou estudar hoje.

Percy cruzou os braços, mas não fez cara de bravo, e sim cara que cachorro sem dono.

- Isso não é justo. - Disse ele, confundindo Annabeth. - Você sempre me converse a fazer tudo que quer. Por que não deixa eu fazer isso uma vez na vida.

A garota ficou quase chocada.

- Eu convenço você a fazer o que eu quero? - De testa franzida, quis saber a garota.

- Sempre! Quase entra na minha cabeça. Por que joga sujo é claro.

- Como? - Annabeth estava quase rindo.

- Você faz essa cara. - Percy apontou pra ela, meio que acusador. - Séria e cheia de sí, intimidadora. E ao mesmo tempo é fofa, por que mesmo assim você é linda. Mesmo zangada. E também, fala desse jeito. Como se tivesse razão em tudo. Me faz sentir tão idiota, como se eu não fosse capaz de  fazer escolhas por conta própria.

Dessa vez, ela ficou sem resposta. Simplesmente não esperava isso dele. 

Percy voltou-se para a atendente e pegou a pizza acompanhada de Diet Coke, e saiu. Annabeth simplesmente o segui. Não pode ver que Percy estava sorrindo.

 

Na Pedra da Baleia, encontraram uma cena inédita.

Thalia estava sentada sozinha no alto da Pedra da Baleia, olhando o mar com uma expressão que oscilava entre a animação e o “Estou muito zangada”. Brincava com os dedos e balançava os pés, como se fosse o Leo depois de tomar café.

Já a alguns bons vinte metros de distância, Luke estava jogado na areia, totalmente imóvel, olhando para o chão. Quando viu os amigos se aproximarem, levantou e caminhou até a pedra.

Nada disso era exatamente estranho. O preocupante é que nisso tudo, os dois não se olharam nem uma vez sequer. Annabeth percebeu de arrancada. Por outro lado, Percy não viu nada.

- Subam aqui! – Thalia chamou lá de cima.

Sentados os quatro sobre a Pedra, abriram a pizza já a muito fria, e dividiram a Diet Coke direto do bico.

- Então... – Thalia disse animadamente, ainda sem virar a cabeça na direção de Luke. – Estive no hospital hoje, e...

Ela puxou sua mochila de trás de si e a abriu, fazendo um certo suspense. Quando enfim tirou tudo, em suas mãos estava um envelope branco com o brasão do Hospital de Clinicas de ILA.

- Sabe o que isso significa Annie? – Ela sorriu de orelha a orelha, com olhos azuis entusiasmados.

- Vou ter certeza assim que eu ler! – Annabeth sorriu e arrancou o envelope de Thalia.

Percy que continuava boiando, encarava Annabeth cheio de expectativa.

- Você recebeu alta mesmo!

- E em tempo hábil pra treinar! – Thalia completou.

Percy abraçou a prima pelos ombros.

- Isso é muito maneiro.

- Não é? – Ela riu, enquanto ele bagunçava um pouco mais seu cabelo. – Preciso que você me treine Percy.

Ele deu risada. – Vou começar a cobrar. Ser treinador profissional.

Thalia fez uma careta mal humorada. – Pelo menos você sabe o que pode fazer da vida né.

Pela primeira vez Thalia e Luke trocaram um olhar. Bombas atômicas explodiram naqueles segundos de contato visual.

Passaram a tarde no mar, fazendo nada, afinal, o mar estava sem ondas.

Nada melhor que ter suas expectativas realizadas. Pelo menos parte delas.


Notas Finais


Foi curto e simples, mas espero que gostem.... :)


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