História Por Que os Meus Sentimentos? - JungKook BTS - Ciúmes?

                  P.O.V JungKook 

“E não tem mais nada que possamos fazer?” Pergunto já estressado. Vejo os acionistas olharem para mim, com medo da minha reação, mas não ligo. Eu preciso resolver isso! Já estou há duas semanas aqui, tentando resolver esse problema, mas nada dá certo!

“Podemos refazer, demoraria uns dois dias, mas recobriria o que perdemos” suspiro e concordo com a cabeça. Por que ninguém pensou nisso há duas semanas?

“Ótimo, façam isso!” Me levanto, fazendo os outros se levantarem também, e arrumo meu paletó finalmente saindo dessa sala.

Ouço os passos dos secretários me seguindo e entro no meu escritório, olhando pela janela. O que será que a Gaby está fazendo? Faz tanto tempo que não temos um tempo só para nós dois, tudo por causa desse maldito problema.

“Tem alguma coisa programada para hoje?” Pergunto para o meu secretário e sento na minha cadeira, olhando para o notebook a minha frente.

“Não, senhor” ergo o olhar para ele e sorrio, finalmente tendo uma tarde livre. Fecho o aparelho a minha frente e me levanto, sendo seguido pelo olhar pelo meu secretário. “Nem pelo resto da semana, senhor!” 

Sorrio para ele, que retribui, e o dispenso. Pego o meu celular e procuro o número da minha noiva. Ela deve estar realmente brava comigo, eu a convidei para vir para cá e praticamente a deixei sozinha. 

“JungKook?” Ouço o tom preocupado em sua voz e sorrio, percebendo o quão boa ela é para mim. “Está tudo bem?”

“Tudo ótimo” ouço um suspiro de alívio e solto uma risada. Como ela é fofa! “O que está fazendo?”

“Estou em um café e você?” Noto as vozes ao seu redor e entendo o porquê, mas uma voz em particular me chama a atenção. Uma voz masculina que está perigosamente perto dela.

“Seu noivo?” Ouço a voz perguntar. Quem é esse?

“Sim” ela responde, consigo notar o sorriso em seu rosto pelo jeito que sua voz sai. Quem é esse? “Ainda está aí?”

“Sim” respondo, soando um pouco mais grosso do que pretendia. “A onde você está? Estou indo te buscar!”

“O que? Não, não precisa...”

“A onde você está?” Acho que sou mais grosso do que pretendia, pois ela se cala no mesmo instante.

“No café perto do nosso prédio” responde e eu noto que ela está mais triste, me fazendo me repreender mentalmente.

“Te amo!” Desligo o celular e pego as minhas chaves, indo para o carro. Passo voando pela recepção do meu andar e entro no elevador, perguntando o porquê dele não andar mais rápido. “Aish!” Exclamo, por que eu tinha que deixá-la sozinha? Ela é linda e chama muita atenção, deixada em uma cidade onde ela não conhece ninguém. Como eu sou burro!

Praticamente corro para o meu carro e saio pelas ruas de Seoul, me repreendendo para não deixar isso acontecer nunca mais. Não sei se é por ciúmes ou por simplesmente estar preocupado, mas eu não deveria ter feito isso!

Estaciono o carro em frente ao café e desço, indo direto para dentro. Olho em volta e então a vejo, fazendo meu mundo parar. Eu tinha esquecido de como ela é bonita! De como é bom vê-la sorrindo e feliz! Mas meus olhos são atraídos para outra coisa, ou melhor outra pessoa, a pessoa quem está fazendo ela sorrir.

Vejo um homem sentado à frente dela e fecho as mãos, controlando o meu primeiro impulso de socar a cara dele. Me aproximo da mesa e ela ergue os olhos, finalmente me notando. Noto o sorriso dela aumentar e suspiro, sorrindo de volta. Ela se levanta e vem em minha direção, passando os braços pelo meu pescoço e me abraçando. Retribuo o abraço não pensando que a gente está na Coréia e não na Inglaterra, onde as pessoas não gostam de demonstrar afeto em público. Apenas a aperto no abraço e coloco minha cabeça na curvatura de seu pescoço, sentindo seu cheiro.

“Tudo bem?” Ouço ela perguntar e concordo com a cabeça, sentindo o seu cheiro característico. “Saiu cedo hoje!”

“Estava com saudades” ergo a cabeça e olho para o seu rosto, vendo ela abrir um amplo sorriso. “Já acabei de resolver o problema.”

“Isso quer dizer...?” Noto a ansiedade em sua voz e concordo com a cabeça, fazendo ela dar um gritinho e me apertar. 

Noto que o homem com quem ela estava falando está nos olhando, com um sorriso no rosto, e me afasto um pouco da Gaby. Ela me olha confusa e logo volta a sorrir, me puxando para a mesa. Sento ao seu lado e encaro o homem, querendo muito saber o porquê da minha noiva estar com um completo desconhecido!

“Esse é o Jin” ouço a Gaby falar, indicando a pessoa a minha frente. “Esse é o JungKook, meu noivo!”

“Prazer, JungKook-ssi” ele inclina a cabeça, me cumprimentando, e eu retribuo o gesto. “Estávamos falando sobre você.”

“Estavam?” Ergo uma sobrancelha, surpreso, e vejo ele assentir seguido da Gaby. 

“Estávamos falando sobre o seu trabalho” a Gaby me informa, fazendo eu olhá-la. Ela está empolgada e isso me faz amolecer um pouco, afinal, eu a deixei sozinha! 

“Ela me contou que você é filho do dono das Jeon’s Company” concordo com a cabeça, olhando para Gaby e a repreendendo. Você não fala para qualquer pessoa quem eu sou e o que eu faço! Nunca se sabe o que a pessoa pode fazer com essa informação. Noto ela encolher os ombros, olhando para suas mãos.

“Sim” olho para ele e me levanto, sendo acompanhado pelos dois. “Desculpe, mas temos que ir.”

“Entendo” ele assente com a cabeça e se curva, se despedindo. Faço o mesmo e começo a andar para saída, percebendo a Gaby se despedir. Apuro os ouvidos para conseguir ouvir o que eles dizem. “Nós vemos na segunda, então?”

“Sim, eu te mando o endereço!” Opa, que papo é esse? Sinto ela chegar perto de mim e sigo até o meu carro, entrando no mesmo logo em seguida. Dirijo concentrado, mas não na estrada e sim em não querer gritar com ela. Como ela pode marcar um encontro com um cara qualquer? Ela não poderia ser mais imprudente?

“Kookie?” Olho para ela, que está encolhida no banco do carro e com uma expressão de cachorrinho que acabou de cair da mudança, e assinto com a cabeça. “Onde estamos indo?”

“Não sei” confesso, olhando para a estrada e percebendo que estamos bem longe do nosso apartamento. Vejo uma praça e decido para na mesma. Lembro que adorava vir nessa praça depois da escola, me fazia sentir vivo. 

Estaciono o carro e desço, vendo a Gaby fazer o mesmo. Caminho na frente dela, não sabendo exatamente o porquê de estar bravo, mas estando mesmo assim. Isso se quer faz sentido? Eu estou bravo com uma pessoa e nem sei o porquê, isso não é coisa minha! Neste exato momento eu pareço muito com o Jimin hyung.

Jimin hyung, é isso! Por que eu não pensei nisso antes? Eu sei o que eu estou sentindo porque estou exatamente do mesmo jeito que o hyung ficava quando estava assim. Eu estou com ciúmes! Mas do que? Da Gaby e daquele cara que ela nem ao menos conhece, mas parece que são amigos há séculos? É, acho que é isso!

Paro de repente e sinto alguém trombar em minhas costas. Ouço uma exclamação de reclamação e descubro que é a Gaby, me fazendo virar para trás. Vejo ela passar a mão pela cabeça, reclamando baixinho, e rio. Ela me olha, confusa, e eu me sinto um idiota por ficar bravo com ela.

“Quer sorvete?” 

“Que?”

“Quer sorvete?” Pergunto mais uma vez, indicando uma barraquinha que fica ali. Ela concorda com a cabeça. “Me espera ali” indico um banco com a cabeça e ela assente, indo até o mesmo. Sorrio com a cena dela andando, ainda reclamando, com uma mão na cabeça e outra segurando a sua bolsa.

“Ajuhmma?” Chamo a mulher a minha frente e vejo um grande sorriso tomar conta do seu rosto quando me vê. Conheço ela a tanto tempo que ela é praticamente uma segunda avó para mim. “Como vai?”

“JungKook-a!” Ela sai de trás da barraquinha e me puxa para um abraço, me fazendo retribuí-lo. “Quando foi que você voltou?”

“Há duas semanas, mas estava muito ocupado com o trabalho por isso não vim antes” explico rapidamente, tentando evitar a punição o que não dá muito certo. Ela dá um tapa em meu braço, me fazendo encolher. “Desculpe, mas não tive tempo nem para a minha noiva.”

“Noiva?” Noto que essa foi a única palavra em que ela prestou atenção. “Você esta noivo?”

“Ne” respondo, indicando a Gaby com a cabeça. Ela a olha e sorri, notando que ela está bem ocupada com as flores de cerejeira. Sorrio com essa cena, a Gaby é fofa em tudo o que faz! “Ela é estrangeira.”

“Percebi” ela concorda e volta para trás da barraquinha. “O que você vai querer?”

“Um de baunilha e outra de chocolate” vejo ela começar a preparar o sorvete e olho para Gaby, ela está realmente entretida! É a primeira vez que eu tenho ciúmes dela, ou de qualquer namorada ou garota que eu já gostei, e é tão estranho! Parece que nem ao menos sou eu! 

“Aqui, querido” me volto para a ajuhmma e sorrio, pegando o dinheiro e pagando-a. “Não demore para voltar!”

“Ne, ajuhmma!” Me curvo para ela e volto para perto da Gaby, notando que agora ela está brincando com as pétalas que caem, como se fosse um gatinho. “Você não fica entediada nunca?”

Minha voz parece que faz ela voltar para o mundo, me olhando sorrindo. Sento ao seu lado e dou o sorvete de chocolate para ela, pegando o de baunilha.

“Hey, por que você fica com o de baunilha?” Sua voz sai ofendida e eu tenho que rir.

“Achei que você gostasse de chocolate” ela nega com a cabeça e eu dou de ombros, trocando os sorvetes. Ela sorri e se dedica ao trabalhoso serviço de chupar o sorvete. Rio com a cena e olho para frente, reparando nos casais que vão ao parque, isso não mudou nada!

“Sim, eu fico!” Ouço a Gaby falar e olho para ela, confuso. “A resposta sobre eu ficar entediada é sim.”

“Jura?” Ela concorda com a cabeça e eu ergo uma sobrancelha, fazendo ela encolher os ombros e olhar para o chão. “Quando?”

“Quando você não está comigo” sua voz sai em um sussurro e faz com que um sorriso se forme em meus lábios. 

“Sério?”

“Aham, fiquei duas semanas sem nada para fazer por sua causa!” Ela responde, claramente emburrada e eu rio, fazendo ela me olhar brava. “Não ria, é sério!”

“Me desculpe” passo um braço pelos seus ombros e a aconchego em mim, sentido-a apoiar sua cabeça no meu ombro. “Eu também estava entediado sem você.”

“Mentira” ela prolonga cada sílaba e eu a olho incrédulo. “Você estava na empresa.”

“Tenho certeza que não foi legal” exclamo e vejo um sorriso sair em seus lábios, ela estava me provocando.

“Diabinha!” Ela ri e se levanta, jogando o guardanapo do sorvete em uma lata de lixo próxima. Só que, em vez de voltar, ela continua andando. “Hey, onde você vai? Gabrielly, volte já aqui!”

Ela nega com a cabeça e começa a correr, me fazendo ir atrás dela. Corro por um dos caminhos que tem no parque, passando pela ajuhmma, que começa a rir quando me vê correndo, e por alguns turistas. Chego mais perto gradativamente, mesmo com os esforços da parte dela para que isso não aconteça, e a pego pela cintura a virando para mim. 

“Fugindo de mim?” Tento falar, ainda recuperando o fôlego. 

“Não” a situação dela não está muito melhor. Seu cabelo está bagunçado por causa do vento e algumas gostas de suor descem pelo seu pescoço. Suas bochechas estão vermelhas, assim como os seus lábios, e isso me faz querer beija-lá. 

A puxo mais para mim e arrumo seu cabelo, vendo seus olhos me fitarem. Sorrio com isso e selo os nossos lábios em um beijo delicado. 

“Não faça mais isso” ela confirma com a cabeça, percebendo que eu não estou falando da corrida, e sorri. A abraço, colocando sua cabeça no meu peito, e respiro fundo. “Eu te amo tanto Gaby, você não faz ideia!”

“Eu também te amo, Oppa!” Sorrio com o termo e a aperto mais, sentindo suas mãos em volta de mim.