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História Por que você não está dormindo? - Meia-noite


Escrita por: Bbangna

Notas do Autor


OLHA AQUI EU TENDO QUE ME DESPEDIR DO MEU NENÊ.
Mais uma vez Tia Bruna tem que se despedir de uma fanfic, uma filha, um xodó. E com esse capítulo extra, digo adeus (pelo menos temporariamente) ao universo de Dor, Destruição e Tinta de Cabelo. Dói um pouquinho. /chora
Maaaaaaaaaas, deixando tudo isso de lado e me esforçando pra não me prolongar por aqui, espero que você aproveite esse pequeno episódio, que se passa um tempo depois do momento em que fomos deixados no segundo capítulo.

Boa leitura e nos vemos lá embaixo! ♥

Capítulo 3 - Meia-noite


Fanfic / Fanfiction Por que você não está dormindo? - Meia-noite

- Cinco minutos, hyung! Cinco!

Mingyu não poderia estar mais feliz do que agora. A sua felicidade explodia por todo o seu corpo, e, como se seus pés fossem pipocas, pulava para lá e para cá, preenchendo o quarto com sua presença. 

Wonwoo estava muito contente também. Apesar de mais ser bem mais contido em suas ações, Jeon não deixava o sorriso brilhante sumir de seus lábios enquanto observava - sentado na beirada da cama de casal - toda a euforia do namorado. 

 

Sim, namorado

 

Wonwoo tinha deixado todas as complicações internas para trás quando, depois da volta de Mingyu para a Coreia do Sul, o pedira em namoro. Tinha vergonha de lembrar do feito (já que não poderia ter sido mais desajeitado) mas para Mingyu tinha sido a coisa mais adorável de todo o mundo. 

 

- Quatro, quatro! - A voz de Mingyu se enchia cada vez mais de animação.

- Gyu, você vai explodir se continuar se remexendo assim. - Jeon riu soprado, desviando a atenção por um momento para o balde com champanhe na mesinha ao seu lado. O mais novo não tinha o deixado beber até que finalmente fosse meia-noite.

- Bleh. Estraga prazer. - Mingyu mostrou a língua, como a criança que era. Nem mesmo o cenário do quarto luxuoso em que estavam faziam o mais velho deixar de enxergar o outro assim.

 

De qualquer modo, a ceninha não durou muito tempo; logo Mingyu sorriu gostoso e, sem se importar sobre amassar a camiseta social que usava, se aninhou no aperto de Wonwoo ao se sentar do seu lado na cama.

Num abraço que rodeava o tronco do mais velho, Kim mostrou seus dentinhos pela bilhonésima vez. Jeon não cansava de se apaixonar por aquele sorriso. Os olhinhos brilhantes e fixos nos seus, os caninos afiados, o formato do rosto... Tudo parecia se encaixar mais perfeitamente em Kim Mingyu do que em qualquer outra pessoa do mundo.

Admiraram um ao outro até que o maior notou que apenas pouco mais de um minuto faltava.

- Aigoo. - Mingyu fez uma fofa expressão de preocupação, sem realmente sair do aconchego do namorado.

- Não precisa dizer - Wonwoo sorriu de lado - Eu sei.

E então, Jeon se ocupou em dar uma das taças próximas à si para Mingyu e, depois de servir a si próprio, fazer o mesmo com o maior.

 

00:00.

 

- FINALMENTE! - Kim fervilhava em emoção, tendo até que deixar a taça intocada sobre a mesinha para bater palmas. - Meia-noite, hyung! A-ah... - mordeu seu lábio inferior, voltando o olhar para a razão de tudo isso. Ele. 

 

A razão pela qual Mingyu havia sido enviado para o Estados Unidos, lutado para voltar aonde pertencia de verdade e conquistado sua independência. O motivo pelo qual Mingyu nunca desistira de si mesmo. Jeon Wonwoo. O menino que lhe encarava bem de pertinho depois de também ter deixado sua taça de champanhe pra lá. Aquele que tinha a áurea mais intensa e linda de todo esse planeta, os olhos mais profundos. Seu amor. Orgulhosamente apenas seu.

 

- Mingyu-ah... Por que está chorando? - Wonwoo deixou o sorriso que mantinha morrer para dar espaço a uma expressão preocupada.

Olhava o namorado com cautela, mas mal teve tempo de fazer algo; foi atacado pelo abraço mais forte e verdadeiro que já recebera em toda a sua vida. Kim Mingyu o abraçava como se o mundo dependesse disso, como se fosse quebrar ou desaparecer. Havia uma necessidade tão imensa que foi difícil conter o choro. E, em alguns segundos, Jeon pôde sentir as lágrimas quentes que deslizavam dos olhinhos alheios entrarem em contato com o tecido que cobria seu ombro. Mingyu era tão frágil. 

- Sabe, - o mais novo começou, afrouxando um pouquinho o aperto do abraço - eu nem acredito que estamos mesmo completando dois anos de namoro, hyung. Não consigo acreditar.

- Pois eu consigo. - riu baixinho, se permitindo aproximar-se mais do pescoço alheio para sentir seu aroma doce - Na verdade, o que não consigo acreditar é que estamos em Paris pra comemorar nosso aniversário.

Agora foi a vez de Mingyu rir. Wonwoo o alegrava tanto em coisas tão bobas. Olhou para a enorme janela do quarto, verificando se a visão privilegiada que tinham da Torre Eiffel era mais bonita do que o sorriso de seu amado. Hm, definitivamente não.

 

Soltou o abraço, mas permaneceu bem colado ao corpo alheio.

-  Parece que foi ontem, - Kim relembrava com carinho - você me chamando até aquela cafeteria perto de casa, me entregando aquela carta escrita à mão... - a deliciosa nostalgia era deixada clara em sua expressão - Você até tava usando a sua jaqueta que eu dizia que ficava linda em você e passou mais perfume do que o normal.

- Ei, eu não passei mais perfume do que o normal.

- Passou sim, hyung. Eu te conheço bem.

Riram baixinho. Mingyu aproximou delicadamente seu lábios do pescoço alheio para lhe deixar um selar ao segurar sua nuca. Prosseguiu, num tom sussurrado;

- Você estava tão lindo todo coradinho, Jeon Wonwoo.

 

Entrelaçaram os dedos.

 

- Você ainda tem aquela carta?

- Claro que sim! Tá guardada à sete chaves.

Wonwoo sentiu que iria corar novamente. Não poderia deixar o nervosismo tomar conta de si. Por isso, disse;

- Mas, ei, não vamos esquecer do nosso aniversário de cem dias, Mingyu.

- O-o quê? Hmmm, seria melhor esquecer - fingia estar incomodado.

- Definitivamente não - brincou - Quando eu cheguei no seu apartamento a caixa de bombons que você ia me dar tava pela metade! 

- Ah, - fez biquinho - não tenho culpa se você demorou tanto. Eu fiquei com fome e não tinha nada pra comer... 

 

Wonwoo selou os lábios rapidamente.

 

- Eu sei, meu amor - Oh, céus. Ele era tão galanteador. - Sei como demorou a se adaptar a vida sem a regulagem do seu pai. Ainda tenho muito orgulho por você ter decidido ter seu próprio apartamento e efetivamente trabalhar na empresa em que é herdeiro pra ter o seu dinheiro.

- E eu fiquei muito feliz quando você resolveu ir morar comigo lá, Wonwoo-ah.

Agora foi a vez de Mingyu roubar-lhe um selar.

- Preciso admitir que sempre que te vejo vestido de diretor executivo - ele dizia isso como se realmente fosse uma fantasia ou algo do tipo - sinto um arrepio no corpo todo.

Wonwoo não hesitou em desfazer o nó dos dedos para deslizar ambas as mãos pela cintura de Mingyu. 

- E eu preciso admitir que sempre que te vejo em cima do palco atuando pra toda aquela gente eu me sinto a pessoa mais orgulhosa do mundo.

 

Mingyu mordeu o lábio inferior antes de incitar seu namorado para um beijo. Primeiro os lábios se roçaram calmamente, os olhos se fecharam. Depois, o toque firme, os dedinhos compridos de Wonwoo querendo abusar um pouco mais caminhando para debaixo na camiseta alheia.

A passagem foi cedida para as línguas que agora se tocavam como se redescobrissem uma a outra e, num piscar de olhos, Mingyu se moveu para se sentar no colo de Wonwoo. Como naquela primeira vez. Agora um pouco mais experiente, Kim rebolou mais firme, certo do que estava fazendo, sem medo do que viria a seguir.

 

Longínquo, a lembrança da primeira vez dos dois voou. Mingyu estava tão nervoso e tão lindo... Wonwoo se recordava com carinho do cuidado que teve para não o assustar. O zelo que tinha e tem pelo corpo do outro fez com que o mais novo se tornasse eternamente grato - não que Jeon já fosse muito experiente até aquele ponto, mas ele se tornava forte para que seu garoto pudesse se apoiar confiantemente em si. 

E essa última frase não serve apenas para sexo.

Wonwoo também foi o primeiro e o único namorado de Mingyu. O único que recebeu suas mais sinceras juras de amor e os mais carinhosos toques. Kim não precisaria provar de outros sabores para saber que aquele rapaz de pele pálida e orbes negras como a noite era o certo para a vida inteira.

 

Não demorou muito para que as camisas sociais estivessem jogadas no chão, nem para que os botões das calças fossem abertos afoitos por mais do contato íntimo. Pois as faíscas que saíam dos corações apaixonados dos rapazes eram ainda mais brilhantes que toda a cidade da luz onde estavam agora, marcando não só aquela cama mas todo o cômodo. Era lindo. A forma como gemiam e clamavam pelo nome um do outro, como não tinham medo de se exporem pelo prazer mútuo. Haviam evoluído tanto desde quando se conheceram.

 

Na hora certa, Wonwoo e Mingyu se desfizeram com muito pesar e se deitaram um do lado do outro. O mais novo se aninhou no peitoral nu de Jeon, este que os cobriu com um lençol logo em seguida. Olharam-se nos olhos. Sorriram. Wonwoo tomou o rosto de Mingyu nas mãos e, delicadamente, lhe deixou um selar na testa. 

 

Um instante de silêncio. 

 

- Você vai dormir? - Wonwoo ousou perguntar, num tom baixo.

- O quê? - Mingyu riu soprado - Claro que não.

- Hmpf, bom mesmo. - brincou, fingindo estar bravo, para depois apertar o maior em seus braços um pouco mais - Quero que a gente fique assim por um tempo.

- Quanto tempo?

- Bastante.

- Pra sempre?

 

Jeon pareceu pensar.

 

- Pra sempre.

 

Mingyu sorriu aberto, brilhante.

 

- Pensei que fosse dizer aquela sua frase, "Carpe Diem".

- Não, Kim Mingyu. - Ainda sentia arrepios pelo corpo todo quando ouvia seu nome inteiro - Não que eu não ache importante aproveitarmos o momento em que estamos agora, é que... Eu quero planejar o meu futuro com você. Ainda mais.

Os olhinhos de Mingyu se encheram de lágrimas. Wonwoo continuou;

- Gosto de nos imaginar morando numa casa maior, com filhos... Quero ser a principal testemunha de sua existência, Mingyu. E que você seja o mesmo pra mim.

 

Kim precisou de um tempo para respirar e respondê-lo, estava muito emocionado. Quando conseguiu, o que saiu de sua boca foi uma singela concordância que vinha do fundo de seu coração. 

 

- Claro que sim, hyung. Vamos ficar juntos até o fim.

- Hm... Não.

 

A negação pegou o mais novo de surpresa, franziu as sobrancelhas num "por quê?" silencioso. Wonwoo então prosseguiu, com uma expressão tão linda que seria difícil colocar em palavras.

 

- Vamos ficar juntos até depois do fim.


Notas Finais


Espero que tenha gostado e se satisfeito com tudo que aconteceu com o nosso lindo Meanie. ♥ Esses dois são muito lindinhos juntos, não? Ai, eu fui feita pra sofrer.

Bom, aproveitando o espaço, quero dizer que tenho planos de escrever uma Verkwan agora! Já disse isso nas notas finais do capítulo passado, mas realmente gostaria de ver todo mundo por lá também. Então aguardem com carinho! Hehe.

Beijos em formato de coração e até a próxima fanfic! ♥


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