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História Por toda eternidade - Capítulo Único


Escrita por: jackehina

Notas do Autor


Hello *-*

Trazendo mais um one NaruHina.
Essa história foi feita para Revolução NaruHina.
Fanfic betada por Nathyuga. Que agradeço muito.
Capa feita por Dyh.
Dedico também a história para LittleDhampir17, pois sei que a está do jeito que ela gosta.
Espero que gostem.

Boa leitura!

Capítulo 1 - Capítulo Único


Um carro na cor preta parou na entrada. Aquele era um lugar o qual Naruto pensou que não visitaria tão cedo. Um lugar triste por si só. E o céu por estar nublado só aumentava ainda mais o sentimento de pesar que aflorava dentro do loiro.

Ele seguiu seu caminho. A sola de seu sapato deixava marcas na grama verde do ambiente. Não estava com pressa. Na verdade, não queria estar ali! Uma dor se apoderou de seu peito. Lágrimas surgiam, mas eram mascaradas pelos óculos escuros que usava.

Aquela caminhada seria longa. Pois, era assim que queria. Então, deixou de se perder em meio às memórias que jamais esqueceria.

.../...

Uma garota andava sorridente em sua mais nova bicicleta. Sempre sonhara em ganhar uma. E seu sonho se realizara. Mas enquanto andava pelas redondezas de seu condomínio, mal percebera um grupo de garotos jogando bola na rua.

Só reparara nisso, quando uma bola lhe acertou a cabeça. Caíra da bicicleta, se ralando um pouco. Um garoto loiro se aproximou rapidamente para socorrê-la.

– Você está bem? – indagou preocupado enquanto a ajudava a se levantar.

A bochecha da menina ganhara uma tonalidade avermelhada, assustando o loiro.

– Desculpa, não foi minha intenção lhe machucar. – disse rapidamente.

A garota balança a cabeça negativamente, enquanto ele continuava pedindo desculpas.

Aquela foi a primeira vez em que ele a viu.

 

Naquele dia, ele descobriu que o nome dela era Hinata, e que a cor avermelhada em suas bochechas não era porque ela estava mal, e sim, por vergonha. Descobrira que ela era uma menina muito tímida, com poucos amigos. Mas ele mudaria aquilo. Não a parte das bochechas vermelhas. Aquilo não! Ele amava aquilo.

Aos poucos, foram se tornando amigos. Ela não era sua melhor amiga. Não como Sakura, por exemplo. A amizade dele com ela era diferente. Não sabia explicar. De certo modo, o loiro a tratava diferente, com carinho e delicadeza. Não sabia ao certo o porquê, mas sentia seu coração se acelerar perto dela, sentia suas mãos suarem. Tentava a todo custo não ser um babaca perto da morena, todavia, era em vão. Sempre acabava fazendo algo de errado.

Mas de alguma forma, ele descobrira que ela gostava daquilo. Na verdade, ela amava as falhas dele.

 

No aniversário de 15 anos de Hinata, Naruto decidira presenteá-la com um beijo. Eles voltavam da escola, juntos, conversando alegremente como todos os dias. Mesmo fazendo-a rir, ele sentia-se nervoso. Sentia um misto de ansiedade e medo. Aquele poderia ter sido o pior dia de sua vida. Era inverno e nevava bastante. E ele receara que o clima frio pudesse refletir na rejeição que talvez ela pudesse lhe dar. Pois, beijar uma garota, sem ao menos saber se ela gostava de si, parecia a pior burrada que ele cometeria. Ainda mais, essa sendo sua amiga.

Entretanto, o dia não poderia ter sido melhor. Pois, Hinata não só retribuiu como lhe confidenciou que o amava. E foi aí que percebeu que o agir dela também era estranho perto de si. Sempre corando e gaguejando, tentando desesperadamente evitar aquilo. Mas falhava, porque ambos ficavam nervosos perto um do outro. Descobriram também, que aquilo que mais lutavam para não fazer, era o que mais amavam um no outro. Pois Naruto amava vê-la corar e gaguejar, e bem, ela amava o jeito idiota dele.

 

Não tardou muito e Naruto a pediu em namoro, oficialmente. O senhor Hiashi relutou para aceitar, mas acabou deixando. Talvez por achar que se tratava de um namoro passageiro.

E assim, seguiu até ele acabar o ensino médio. Por ser um ano mais velho, o loiro concluíra os estudos primeiro. Eles moravam em uma cidade pequena, por isso, ele precisou fazer faculdade na capital.

Aquilo poderia tê-los feito se afastarem. Eram jovens, aprendendo sobre a vida. Cometendo mais erros do que acertos. E é claro que cometeram vários erros. No entanto, aquele erro não interferiu em seus sentimentos, apenas o intensificou. Pois eles estavam destinados a ser.

Em meio às tentações, Naruto se manteve a espera dela. Visitando-a sempre que podia. Não tardou para ela terminar o ensino médio, o que os levou a tomar uma decisão.

Hiashi nunca deixaria sua filha morar junto com Naruto, não enquanto não estivessem casados; por mais que estivessem em um século moderno, ele ainda preferia a tradição.

Mas aquilo não dependia dele, e sim do casal. Casamento era algo sério. Era para sempre.

Passaram dias se perguntando se estavam prontos para aquilo. Nenhum dos dois forçaria nada, pois, acima de tudo, se amavam e se respeitavam. Suas vidas não eram como as de filmes, em que uma pessoa dizia para outra que se casariam porque se amavam e isso bastava. Não! Aquilo era realidade. Um casamento tinha que ser algo planejado, ambos deveriam estar dispostos a se doarem um para o outro.

Então, a decisão foi tomada: eles se casariam.

O casamento foi simples. O vestido da noiva podia não ser o mais belo vestido, se fossem levar em consideração a opinião de algum estilista. Contudo, para Naruto, Hinata não precisava do vestido mais belo, porque era ela quem dava a beleza para aquele simples tecido.

Desde o momento em que a viu entrar, lágrimas surgiram. Deixou-as escorrerem por sua face, mas elas foram secadas pelas mãos mais delicadas que alguém poderia ter. Hinata assim que chegara ao altar, secara as lágrimas de seu amado, em meio ao sorriso e lágrimas também.

Então ele se lembrara dos votos.

 

Respirou fundo, antes de começar.

– Eu não irei me esquecer daquela bola que lhe acertou a cabeça. - sorriu. Todos que acompanhavam o casamento franziram os cenhos; tentando entender o começo do voto.

Hinata sorrira ao lembrar-se.

– Aquela bola, custou apenas vinte reais. Mas foram os vinte reais mais bem pagos da minha vida. Na verdade, aquele dia foi o melhor dia da minha vida, pois eu tinha apenas dez anos quando por um incidente, lhe acertei uma bolada. O mais engraçado é que aos dez anos eu conheci a mulher da minha vida. Quem, em plenos dez anos, tem essa sorte?

Ele não segurou mais as lágrimas. Porém continuou:

– Eu te amo tanto. Prometo-lhe ser fiel. Prometo amar-te e respeitar-te até o meu último suspiro. Prometo fazer-lhe a mulher mais feliz. Obrigado! Obrigado por me fazer o homem mais feliz. Obrigado por ensinar um idiota como eu o significado do amor.

Hinata tentava a todo custo amenizar as lágrimas, mas era impossível. Então, tentou amenizar as dele, passando com delicadeza suas mãos pelo rosto de seu amado.

Naruto colocou-lhe o anel. E beijou o mesmo.

Hinata secara suas lágrimas com um lenço que lhe fora dado. Respirou fundo.

– Tentarei não gaguejar. – sorriu, fazendo todos sorrirem junto.

– Quando nos conhecemos, eu era apenas uma garota esquisita. Que tinha medo de nunca desabrochar. Medo de fracassar. Eu podia ter apenas nove anos, mas tinha todos esses medos dentro de mim. Aquele dia, eu descobri não somente o garoto que amaria para sempre, mas descobri meu salvador. A pessoa que salvaria meus dias com seu sorriso. Você não faz ideia do quão grata eu sou. Eu te amo muito, mais que a mim mesma. Eu te amarei por toda eternidade.

Ela encaixara a aliança. Repetindo o mesmo gesto que ele.

 

Naquele dia ambos se tornaram um só, oficialmente.

Foi um dos dias mais felizes que ela lhe proporcionara.

 

A faculdade não fora fácil. Tiveram várias dificuldades, brigas. Sim, brigas! Porque não eram perfeitos. E conviver com uma pessoa diferente de você é difícil. Mas eles sempre passaram por essas dificuldades juntos.

Faltava apenas um ano para Hinata terminar a faculdade, quando descobrira a gravidez. Por sorte, Naruto já havia terminado a sua e já estava trabalhando.

Aquele foi o dia mais feliz da vida de ambos. Uma criança estava a caminho. No entanto, descobriram que não era apenas uma, e sim duas. Ela estava grávida de gêmeos.

O quarto dos bebês foi pintado pelas próprias mãos deles. Eles se sujaram e se amaram mais uma vez naquela casa. E esta, se encheria de alegria pelos novos moradores.

A vida é cheia de surpresas.

 

Os meses passaram rápidos. Os bebês chegariam ao qualquer momento.

A vida não é um conto de fadas.

 

..../...

Só mais alguns passos e ele chegaria ao lugar que veio visitar. Mas seus pés travaram. Retirou os óculos em seguida. Olhou para a céu que continuava nublado, gotas de chuva começou a cair. Pôs a mão sobre o peito. Aquela dor era sufocante. Deus, como fazia aquilo parar? Queria gritar; quebrar; xingar; fazer tudo o que tinha direito.

Mas apenas deixou as lágrimas saírem. Na verdade, não saíram muitas. O motivo? Talvez porque já tivesse chorado muito naquele dia.

Respirou fundo. Deu mais alguns passos. Até chegar perto da lápide. Olhou atentamente para as palavras nela grafadas.

Uzumaki Hinata.

Nunca se esqueceria daquele dia. Era para ser o mais feliz de sua vida. Mas fora o oposto.

Ele agachou-se, colocando as flores que carregava, ao lado, no chão.

Continuou encarando o nome escrito ali. Ela morrera em um acidente de carro, no qual ele também estava. Entretanto, ele acordou duas semanas depois, recebendo a notícia. Nem ao menos pode comparecer a enterro dela. Dor! Dor! Maldita dor!

A dor que o lembrava de que jamais a veria novamente. Que não poderia mais tocá-la. A dor de saber que ela não verá os filhos crescer.

E foi ao lembrar-se dos filhos que ele pode sorrir em meio à tristeza. Ela partiu, mas lhe deixou o resultado das noites de amor. As crianças sobreviveram. Ela dera à luz enquanto partia. Era um menino e uma menina. Olhou para flores ao seu lado.  Girassóis, suas flores preferidas. Por isso o nome de sua princesa, seria esse. Mesmo morrendo, ela lhe deu a única felicidade que pudesse ter mesmo após sua partida. Eram a única felicidade que ele tinha na vida.

Em um gesto de desespero, ele abraçou a lápide. Escorando sua cabeça ali, deixando as poucas lágrimas caírem.

Nunca a esqueceria. Talvez o romance deles tivesse acontecido muito cedo, porque o destino já sabia o que lhes esperavam.

Mas era apenas um talvez.

Lembrou-se das palavras de sua mãe.

“Não há outros como eles”.

Na verdade, a frase mais coerente para ele, seria:

“Não há outra como ela”.

Sim, ela era única. Unicamente sua. Sua namorada, sua esposa, sua amante. Sua tudo. A mãe de seus filhos. A única dona de seu amor.

Lembrou-se do voto dela.

“Eu te amarei por toda eternidade”.

Então, ainda abraçado com aquele concreto duro. Ele sussurrou:

“Por toda eternidade!”


Notas Finais


Espero que possa deixa a opinião de vocês.
Fiz o Boruto e Hima serem gêmeos por causa da tragédia.
Sei que o final pode se considerar trágico, mas particularmente, quis mostrar o lado da vida que todo mundo tem medo. A morte.
Hina partiu daqui, mas deixou dois anjinhos para Naruto.
Dêem uma olhada na minha fic.

Até!


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