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História Por trás de portas fechadas - A sorte engarrafada


Escrita por: Jaque_Stories

Notas do Autor


Olá, segue mais um capítulo!
Boa leitura ♥

Capítulo 28 - A sorte engarrafada


 

Hogwarts

Sala do professor Horácio Slughorn

 

Os alunos estavam curiosos para a primeira aula com o novo professor de Poções, Horácio Slughorn, após Severo Snape finalmente assumir a regência de Defesa Contra as Artes das Trevas.

Snape sempre cobiçou ser o professor dessa matéria e a chegada de Slughorn a Hogwarts parece ter facilitado as coisas para ele.

Isso e o fato de que o cargo parecia amaldiçoado. Nenhum professor conseguia permanecer no quadro por muito tempo, havendo troca constante de profissionais.

Harry pensava que Snape talvez estivesse cavando sua própria sepultura ao realizar seu intento, mas nada dizia em respeito a Draco que parecia ter um genuíno afeto pelo professor, apesar de o grifinório não ver motivos para se confiar nele.

– Eis a sorte engarrafada! – Slughorn mostrou aos alunos o pequeno frasco de Felix Felicis. – Nesse primeiro encontro, quero propor um desafio a vocês! O estudante que preparar com perfeição a poção do morto-vivo vai ganhar como recompensa essa poção.

– A Felix Felicis... – Draco murmurou, trocando olhares com Hermione. Os dois eram os melhores alunos da turma e sabiam que provavelmente seria um deles a executar a tarefa e ganhar a poção.

– Exatamente – Slughorn pousou o frasco sobre sua mesa. – Peguem seus exemplares de “Estudos avançados no preparo de poções”, vão precisar do livro para fazer a poção.

– Não temos esse livro... – Harry murmurou.

– Vamos precisar pedir um livro emprestado e depois comprar... – Draco disse, visivelmente chateado. Ele sempre teve ajuda com os materiais, uniformes e livros... sua mãe sempre estava com ele. E esse ano, com outras preocupações na cabeça, simplesmente deixou de adquirir alguns itens que fariam falta nas aulas.

Como esse livro por exemplo.

– O que foi? – Slughrn questionou ao ver os dois cochichando.

– É que nós não temos esse livro – Harry explicou com honestidade e Zacharias, que estava sentado mais ao fundo, levantou a mão.

– Eu também não tenho esse exemplar, professor...

– Mais alguém sem o livro? – o professor perguntou e nenhum outro aluno da classe se manifestou. – Muito bem, sempre há exemplares extras na escola. Vou emprestar a vocês para que possam participar da atividade.

Com um ar de cansaço, Slughorn examinou um dos armários e encontrou três exemplares do livro e os entregou a Zacharias, Draco e Harry.

– Tomem, mas depois não se esqueçam de encomendar seus exemplares... São alunos de sexto ano e esse livro é essencial na biblioteca particular de qualquer bruxo.

– Sim, senhor! – Draco disse, trocando olhares com Harry, enquanto Zacharias folheava curioso seu exemplar.

Todos abriram o livro na página indicada pelo professor e começaram a buscar os ingredientes para o preparo da poção. Era uma tarefa difícil e Slughorn, nesse primeiro dia, queria testar a habilidade de seus alunos. Havia alguns nomes e sobrenomes que ele conhecia ali. Harry Potter era o principal deles. Estava muito curioso para saber como se sairia no preparo de poções “o menino que sobreviveu”. A mãe dele, Lílian, sempre foi uma excelente aluna e talvez tivesse passado seu talento para o filho. Havia também o jovem Malfoy. Particularmente não gostava do pai do loiro, embora nutrisse alguma simpatia por sua mãe, Narcisa. Achou estranho vê-lo ao lado do menino Potter, os dois agindo como amigos.

E estava definitivamente curioso sobre a interação dos dois.

– Podem começar... – ele disse e sentou-se, enquanto os alunos faziam a tarefa.

Draco e Hermione já tinham entrado em sua disputa pessoal, um lançando um sorriso para o outro. Não se podia dizer que eram amigos agora, mas o passado definitivamente ia ficando cada vez mais para trás.

Draco lia com atenção as instruções do livro e ia aos poucos colocando os ingredientes no caldeirão. Vez ou outra, virava-se para ver como Harry estava indo.

– Sentindo anti-horário, Harry... – ele instruiu, enquanto adicionava mais um ingrediente em seu caldeirão.

Harry coçou a cabeça. Poções não era uma arte em que ele se considerava um mestre, tanto que, nas reuniões da AD, ele se dedicava a ensinar feitiços aos colegas.

– Obrigado... – ele sussurrou agradecido.

Zacharias olhava do fundo da sala a intimidade dos dois. Pareciam mais unidos que nunca e isso o irritava. Pensou que talvez durante as férias os dois se afastassem, mas era apenas ele enganando a si mesmo.

Suspirou e olhou para o seu livro. Era um exemplar antigo e isso se podia perceber pelas folhas amareladas. Mas não era isso que lhe chamava a atenção.

Parecia ser um livro repleto de anotações.

Na verdade, preparar a poção do morto-vivo parecia uma tarefa bem mais simples com aquela “colinha”. Decidiu que depois analisaria aquele exemplar com calma e seguiu as instruções escritas ali.

Slughorn, sentado em sua cadeira, olhava para o nada, enquanto o tempo passava. Os alunos pareciam estar com dificuldade de fazer a poção e um ou outro murmurava alguma frustração.

Seu olhar preocupado, contudo, se voltou para um estudante que causou uma pequena explosão.

 Neville Longbottom.

Snape havia lhe falado sobre ele.

O professor se levantou e, olhando para o caldeirão, sorriu de leve e consolou o estudante. Você colocou um pouco demais desse ingrediente – ele disse apontando para a Raiz de asfódelo em pó. – Da próxima vez tente equilibrar melhor a quantidade para evitar acidentes. Veja, um ingrediente quando combinado a outro torna-se algo novo e potencialmente perigoso.

– Obrigado, professor... – Neville disse.

– De nada. Agora – o professor elevou o tom de voz. – O nosso tempo acabou, vamos ver como vocês se saíram.

Percorreu as mesas, examinando um a um os caldeirões. Olhou com frustração para o trabalho de Harry, imaginava que ele conseguisse se sair melhor. Era um estudante ao qual daria mais atenção com certeza. Draco Malfoy quase conseguiu, bem como Hermione Granger. Ele os felicitou pela tentativa, bem como a outros que tentaram até o último minuto.

Mas apenas um aluno poderia ganhar aquele prometido frasco de Feliz Felicis.

E apenas um deles havia conseguido realmente finalizar a tarefa.

Zacharias Smith.

– Parece que temos aqui um excelente trabalho –Slughorn disse, após examinar o caldeirão dele. – Parabéns, senhor Smith! Aqui está, conforme eu prometi, seu frasco de Felix Felicis. Faça um bom proveito dele.

Zacharias pegou o frasco entre as mãos com um sorriso vitorioso. Jamais conseguira fazer uma poção com tanta facilidade. E tudo graças àquele misterioso livro de poções. Com certeza poderia tirar mais proveito dele. Quem quer que tenha deixado aquelas anotações ali era brilhante.

– Obrigado, professor! – ele disse e seu olhar triunfante se dirigiu a Draco Malfoy. Uma Felix Felicis era um mundo de oportunidades.

E ele com certeza saberia muito bem quando usar aquela poção a seu favor.


Notas Finais


Espero que tenham gostado!
Vocês já sabem qual livro parou na mão de Zacharias, né? E agora ele tem a Felix Felicis com ele, vamos ver quando ele vai usá-la.
Até o próximo, pessoal!


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