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História Por trás de portas fechadas - Uma amizade insólita


Escrita por: Jaque_Stories

Notas do Autor


Olá, quase não sai capítulo nenhum hoje, porque foi um dia bem intenso no meu trabalho (e, além disso, eu ainda cuido do meu pai acamado). São muitas tarefas.
Mas, enfim, o capítulo dessa fic saiu. Espero que gostem!

Capítulo 4 - Uma amizade insólita


 

– Você está bem? – Harry perguntou verdadeiramente preocupado com Draco. Não se sentia bem com a cena que foi obrigado a presenciar na sala de Dolores Umbridge, pois sabia o quanto o uso da Pena de Sangue poderia ser doloroso.

E saber que o sonserino estava sendo punido em seu lugar o fazia se sentir culpado. Nunca parou para pensar em Draco Malfoy antes como nada além de um bully estúpido que ficava perseguindo e humilhando estudantes que não se enquadravam em seu perfil de riqueza e “pureza de sangue”.

Mas agora estava vendo Malfoy sob uma nova perspectiva. Isso levou Harry a pensar que não deveria ver o mundo como um lugar dividido entre o bem e o mal, e que pessoas como Draco tinham o direito de mudar.

– Só está doendo um pouco... – Draco disse, passando de leve os dedos sobre a marca vermelha, as letras ainda gravadas de leve em sua mão.

– Eu sinto muito que você tenha passado por isso – Harry disse com sinceridade.

– A culpa não foi sua... A decisão de falar com Umbridge sobre esse castigo absurdo foi minha – Draco disse resignado.

– Isso que não entendo. Por que você foi cismar de me ajudar justo agora... – Harry coçou a nuca, ainda tentando compreender o mistério que se passava na mente e no coração de Draco Malfoy.

– Eu não sei, acho que fiquei chocado quando te vi sentado naquela cadeira, cumprindo aquela detenção insana. Me fez reconsiderar algumas coisas... – Draco explicou.

Harry sorriu de leve. Após tantas confusões e provocações entre os dois, era bom saber que Draco estava amadurecendo e se libertando de velhas concepções. Era sempre um privilégio ver alguém se transformar em algo melhor e, mesmo que essa mudança viesse acompanhada de dor, era reconfortante testemunhar isso.

– Fico feliz que esteja reconsiderando suas atitudes, Malfoy... – ele disse com honestidade.

– Me chama de Draco... Acho que depois de compartilharmos essa detenção em particular, não precisamos de tanta formalidade... – o loiro disse, com um sorriso fraco no rosto.

– Está certo, mas me chame de Harry então... E não mais de cicatriz, testa rachada ou Pottah... – Harry disse, tentando não revirar os olhos, ao lembrar do quanto o sonserino podia ser chato quando queria.

– Combinado... Amigos? – Draco estendeu a mão, com certo receio de que a cena de anos atrás se repetisse.

Mas não foi o que aconteceu porque Harry estendeu as mãos a ele.

– Amigos! – Harry disse e uma das maiores frustrações da vida de Draco em Hogwarts havia finalmente sido resolvida.

Ele e Harry Potter eram agora amigos.

Que Merlin o ajudasse porque seu pai não poderia saber disso.

 

 

No dia seguinte

 

Conforme Umbridge instruiu, Harry e Draco apareceram em sua sala para mais um dia de detenção.

Harry tentava manter a postura calma, não queria de forma alguma que Umbridge percebesse que ele estava com medo. Mas Draco não conseguia esconder o temor que pouco a pouco ia tomando conta de seu coração. Não queria ser submetido àquele castigo novamente, pois ainda podia sentir o ardor em sua mão.

– Muito bem, chegaram na hora combinada – a diretora substituta pousou sua xícara de chá sobre a mesa e apontou para a mesinha, na qual já estavam a pena e o pergaminho um ao lado do outro.

Harry não esperou que ela lhe instruísse e sentou-se na cadeira, pegando a pena para começar a escrever. Quanto menos questionamentos mais rápido tudo aquilo terminaria e ela não forçaria Draco a cumprir o castigo em seu lugar. A última coisa que queria era ver o loiro se ferindo por sua causa de novo.

Se tinha uma coisa que Harry odiava era que outros sofressem por sua causa. O sacrifício de sua mãe ainda doía muito em seu coração e não queria que algo semelhante ocorresse. Draco nunca foi seu amigo, mas agora que os dois começavam a se entender, ele entrou na lista de pessoas a proteger e iria fazer de tudo para que ele não sofresse nas mãos de Umbridge.

– Eu não disse ainda o que deve escrever... – a mulher disse com aquele sorriso assustador.

Harry olhou para ela em confusão. Havia sido instruído a escrever a frase “Não devo contar mentiras” das outras vezes. O que ela estava inventando agora?

– Não entendo... – Harry disse, trocando olhares com Draco.

– Você hoje vai escrever: “Não devo mais me aproximar de Draco Malfoy”... E como você tem uma nova lição a ser aprendida, hoje se inicia um novo ciclo... Sete dias de detenção, senhor Potter...

– Isso é um absurdo! – Draco olhou para Umbridge indignado.

– Fique calado, senhor Malfoy, a não ser que queira assumir o lugar do senhor Potter como ontem... – Umbridge disse.

– Eu vou escrever o que manda... – Harry disse e começou a escrever com a pena no pergaminho, enquanto a frase se formava em sua mão.

Draco desviou o olhar da cena; sabia o tamanho da dor que Harry estava sentindo e não achava aquilo correto. Umbridge não estava punindo, estava torturando Harry. Ele podia ver nos olhos dela o contentamento com o sofrimento nos olhos do grifinório.

Porque era óbvio que Harry estava sentindo dor, mas era também visível como ele estava se mostrando forte.

Era a primeira vez que Draco iria admitir isso a si mesmo. Harry Potter era incrível. E ele definitivamente não tinha que passar por nada daquilo.

– Já chega! – Draco disse, arrancando a insígnia da brigada inquisitorial de sua roupa e a colocando na mesa da diretora.

– Que pensa que está fazendo, senhor Malfoy? – Umbridge olhou para o loiro, seu sorriso completamente desfeito.

– O que já devia ter feito ontem, sua sapa rosa! Vem, Harry! – ele disse, pegando o grifinório pelo braço e correndo para fora da sala da diretora.

 


Notas Finais


Adorei os comentários de vocês :)
Valeu, pessoal


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