História Por um acaso.- Min Yoongi. - Algum tipo de trollagem?

2 meses depois.

•Juane on•

Deitada olhando para o teto, especificamente para a clarabóia, era uma noite relativamente fria, eu conseguia sentir pelo vento frio que entrava por alguns buracos de ventilação existente naquele cativeiro.

Sinto algumas lágrimas rolarem pelos cantos dos meus olhos chegando até minhas orelhas, me viro ficando em posição fetal, eu realmente não aguento mais ficar aqui, isso é uma provação? Algum tipo de... Como diria meus filhos; trollagem? 

Já vi diversos casos em relação a isso, pessoas que são raptadas, presas em cativeiros, ou o que for... Por anos... Mesmo eu tendo um pouco de falta de empatia por essas situações, ver e saber sobre esses casos sempre me causou incômodo.

Relatar esses dois meses de "rapto" não é nada agradável por vários quesitos, porque estou sendo obrigada a estar aqui! Por um homem que me causa medo, pânico, nojo...

E eu quero ir embora daqui, mas também já pensei em desistir de sair daqui, de morrer aqui, mas eu não posso ser tão egoísta e pensar só em acabar com o meu sofrimento não é mesmo? Mesmo chorando o tempo que passo aqui, eu prometi à mim mesma não desistir de um dia sair desse lugar, e mais uma vez a pergunta que sempre faço quando coisas ruins acontecem comigo.

Por que?

Acho que eu deveria voltar e analisar meus atos desde que nasci, porque para passar por todas essas coisas eu devo ter errado muito.

A porta é destrancada e do jeito que estou eu fiquei, quem é você com certeza já sabe.

Ele vem até mim ficando sobre meu corpo, ele beija meus lábios enquanto desce suas mãos imundas pelo meu corpo retirando as poucas roupas que eu tinha; uma blusa masculina verde musgo que em mim virou um vestido, e uma calcinha short preta.

O mesmo sem demorar muito me penetrou e começou o seu jogo de satisfação, enquanto me fodia com toda força, batia em minhas coxas, apertava meu pescoço e gemia de prazer.

E eu? Eu permanecia com minha expressão fria e séria, sem soltar um som ou uma expressão de dor... Às vezes eu fechava o olho e pedia para que ele me sufocasse até a morte, pois eu não estava aguentando, ou estivesse... Dentro de um cativeiro não tem muita opção, ou é aquilo ou aquilo.

Ele por fim, termina seu joguinho gozando dentro de mim, nada de novo... Farei o que fiz em todos esses dois meses atrás, socar minha barriga até que haja um sangramento, e isso talvez me faça uma sociopata, mas eu não tenho culpa disso, eu sei que eu não tenho culpa, é só um meio de sobrevivência nesse lugar.

Ele cai desfalecido em cima de mim, sua respiração ofegante em meu pescoço, suas mãos no meu corpo tudo tão nojento... mas nada para me fazer falar uma palavra e esboçar expressões, e ele sabe muito bem que eu não direi uma palavra, que eu não farei nada, e ele sabe que isso é errado, que isso não é amor, mas ele se deixa enganar.

Jungkook se levanta, e eu fico do mesmo jeito que estou, olhando para o a clarabóia no teto, ele ao se vestir, me olha, eu sinto seu olhar sobre meu rosto.

- Vem, eu vou te levar lá em cima.— olhei rapidamente para ele, lá em cima? Ele nunca me levou lá em cima! O que tem lá em cima??? Então esse cativeiro deve ser na casa dele...– Você poderá tomar banho e comer algo!— que bom, achei que ele iria me deixar tomar "banho" naquela pia minúscula por toda minha vida.– esse lugar precisa ser limpo e higienizado com urgência... Você não vai dizer nada?— eu permaneço em silêncio.

[...]

Lá em cima:

- Não tente fugir, nem gritar, nem tentar alguma gracinha.— ele pega uma arma e aproxima da minha testa.– isso não é de brinquedo, e eu não pensaria duas vezes em descarregar ela todinha na sua cabeça e depois ir até a casa dos bastardos que você teve com aquele imundo, e repetir o ato com todos!!!— ele fala sério e logo depois dando um sorriso.– Agora vamos lá tomar banho amor.

Chegando no banheiro jungkook não me deixa fechar a porta para ter privacidade, eu paro em frente ao espelho, e encaro meu rosto, e me analiso, eu tô um lixo! Eu sou um lixo! Eu não sei, mas ao me encarar no espelho, eu não aguento e começo a chorar muito e alto, rapidamente Jungkook coloca a mão na minha boca tentando abafar o som, mas eu não conseguia ter controle daquilo, com a mão na minha boca ele empurrava minha cabeça para trás, ele mandava eu calar a boca, ele me xingava, me empurrava contra a pia e a parede, ele me machucava, e de relance ao me olhar no espelho vejo meu rosto que agora estava vermelho e molhado pelas lágrimas, eu só queria morrer naquele momento, e esquecer aquela promessa de me manter viva e sair daqui... Eu recebo um tapa em meu rosto, mas nem de longe aquilo me faria parar de chorar.

Depois de tentar de todas as formas brutais para me fazer parar e falhar miseravelmente, ele apenas me solta finalmente... Me deixando ali, nossas respirações ofegantes, a dele por ter me maltratado até cansar, e a minha...

Depois eu consegui entrar debaixo do chuveiro, isso sim é um banho de verdade, em um chuveiro! Porque tomar banho na pia não é. Além de que, só faz molhadeira, não limpa direito e suja o chão.

Jungkook me dá novamente uma camisa sua, dessa vez branca, e um short, me visto e penteio o cabelo, já que eu o lavei.

Na cozinha, jeon coloca comida em meu prato e eu já me preparo para comer desesperadamente, mas me lembro que não devo demonstrar nada para ele, então como devagar.

•Yoongi on•

Pego meu carro, sem me importar com nada, nem que horas são, nem porra nenhuma! O meu foco é apenas um... Achar a minha mulher, e nada além disso importa.

Estou indo em direção a casa do Jeon Jungkook, mesmo sendo de madrugada, eu já fiquei tempo demais esperando a polícia fazer algo, eu vou resolver isso com minhas próprias mãos.

No volante paro no semáforo, algumas lágrimas descem em meu rosto, está tocando a nossa música favorita... Vou em direção a casa do Jungkook aos prantos, eu só quero a minha esposa de volta, eu amo aquela mulher, e eu não ligo se eu tiver que matar ele, se isso a fizer livre... Eu farei.

Paro em frente a sua casa, e pego no outro banco uma arma colocando-a na cintura, saiu do carro indo em direção a porta da casa do Jeon.