História Porque você é minha! - Porque eu não quero desistir

Gaara Pov

  O cheiro dela já não habita meus lençóis a um bom tempo, mas meu cérebro ainda cisma de colocar ela ali ao meu lado, ainda a procuro todas as manhãs antes de cair a ficha:
" Ela não está mais aqui!"
Em dois meses à antiga rotina havia retornado, reuniões, cafés, quietude absoluta e depois não calavam mais a boca, de uma hora para outra todo mundo quer dar sua própria facada na minha vida medíocre.
"Ela não é mais sua esposa!", "Ela partiu!" Estou tão farto de ouvir isso a todo o momento. O que diabos eles querem de mim? Querem que eu enlouqueça.
 

—  Você sabe que quando uma Hime se vai, ela deixou de ser sua. Não se pode persistir em algo que não lhe pertence. Já fazem quase três meses.
 

—  Ela me pertence, estou cansado de todo esse falatório. Já chega...Eu não sei o porque de vocês três acharem que podem mandar em mim.  Mas, ela é minha esposa e eu não irei me casar novamente!  
  Os três tiveram a coragem de me encarar, como se eu não fosse nada. Como se ele fosse um moleque imbecil.

—  Isso não é escolha sua. Ela decidiu partir, você tem que substitui-la. Kykyo sama concordou com isso.
 

—  Ela concordou quando? Porque tudo o que eu vi foi minha esposa indo embora sem me contar o porque.
 Os três olhavam-se e cochichavam, queria saber o que eles sabiam que eu não.  Odiava o fato de não poder confiar em nenhum deles, odiava entender que realmente era controlado por eles até a ultima parte da minha vida.  

—  Ela nos disse, que não estava satisfeita que sentia falta da liberdade que tinha quando era solteira.  

—  Ela lhe disse? Pois bem, quero ouvir dela.  Eu não posso e não irei abandonar o país do vento, eu sou o kage, eu dou as ordens e eu a quero aqui.   - o avô de Matsuri rosnou um palavrão e os outros anciões reclamavam, sobre a minha falta de respeito.Eu não ia dar o braço a torcer. Preciso que ela me diga o que houve, não vou ficar aqui sendo um joguete na mão de qualquer um. —  As  pessoas em todo o lugar a adoram, como vocês irão manter algum tipo de respeito nessa aldeia, se o kazekage muda de esposa como quem troca de roupa? Resolvam isso, eu a quero aqui ainda essa semana ou pensarei seriamente na troca de anciões.
 

 Levanto-me da cadeira,quero sair daquela sala abafada,quero ar puro agora.

—  Você não pode fazer isso!

—  Apenas testem minha paciência, eu acho que esqueceram quem eu sou.
Hayaname bufou, e kotty fez uma careta antes de perguntar:
—  E se ela se negar a vir? Não podemos obrigar-la.
 

—  Vocês não me deram uma escolha ao casar com ela, ela também não tem e nem vocês.Mandem ninjas até lá, não me importo.
Digo batendo a porta atrás de mim, Suzuk trouxe correspondências,tratados e contratos de terra e importação de todos os países.
     Se kykyo não me quisesse realmente, se tudo o que disse naquele quarto foi real, eu não teria mais nada.
Ela teria levado tudo.
...
 

Alguns dias depois daquilo, os anciões não me encaravam, e eu também não fazia questão disso. Matsuri parou de aparecer todas as manhãs no escritório com as desculpas esfarrapadas e seu ar inocente.
     Suzuk entrou na minha sala depois de duas batidas, seu rosto parecia abatido ou era um reflexo do meu cansaço.

Entregou-me um pergaminho recém aberto, reconheci o selo do país da Terra. Minha cabeça começou a latejar antes mesmo de eu começar a ler, o rosto de Suzuk já dizia tudo.

“ Caro Kazekage,

Minha filha não irá ao seu encontro, lamentamos imensamente os transtornos porém, a felicidade e o bem estar de minha Herdeira são minha prioridade.

    Caso queira vê-la para uma conversa, você sabe com clareza onde localiza-se minha casa.

Atenciosamente… Fugako Tsuchikage!”

    Respirei fundo algumas vezes, concentrando-me nas palavras do pai dela, nada fazia o menor sentido e esse era o maldito problema. Mas,se Kykyo não queria falar com ele, porque o Tsuchikage diria que eu era bem vindo para a sua casa?

    Aquilo era um recado, ou era apenas meu cérebro criando expectativas idiotas.

    Precisava ter certeza de que ela ainda o amava. Então só tinha uma escolha, iria para a aldeia da pedra e a faria explicar de uma vez por todas.