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História Porque você é minha! - Porque eu me importo!


Escrita por: EletricCupcake

Notas do Autor


Boa leitura gente *---*
Beijos.

Capítulo 21 - Porque eu me importo!


“Nem o mundo, nem a guerra e nem a morte nos separará somos uma só carne e um só coração...eu amo você!”


Gaara releu parte dos seus votos em seu colar, preenchendo as lacunas vazias que faziam parte do colar de sua esposa, não precisa do outro objeto pois sabia aquilo de cor. As palavras se repetiam expulsando quaisquer outros pensamentos. Seus votos de casamento faziam total sentido.
Seus olhos percorreram a figura curvilínea de Kykyo em seus braços, ainda não acreditava em tudo o que tinha descoberto.
Foi por causa de um contrato que Kykyo o havia deixado, ela ainda gostava dele nem que fosse um pouco e ela espera um filho dele. Sentia o sangue em suas veias fervilhando de tantos sentimentos contraditórios.
Queria explodir a merda para fora dos anciãos, por terem feito ela assinar aquele contrato, por terem feito ele acreditar que ela partiu por tinha se cansado dele.

— Eu não entendo, porque não deixou que eu mostrasse o contrato para eles, porque não os deixou cavarem as próprias covas?

Pode sentir Kykyo soltar todo o ar dos pulmões e depois enche-los novamente. A vi dar de ombros e olhar os papeis sobre a mesa:

— Você leu com atenção? Ou só leu as partes principais, ficou puto e foi tirar satisfação com eles?
Kykyo se ajeitou no sofá, para encara-lo e um sorriso surgiu em seus lábios enquanto ela acariciava o rosto de Gaara.

— Já que é obvio que você não leu tudo, deixe-me esclarecer desde o inicio, contando desde o dia que você foi embora… — Ela murmurou e então tentou resumir todos os fatos — Antes do casamento, eu estive aqui em uma madrugada. Eu implorei e mostrei todos os fatos aos anciões, disse que era a escolha correta, que nós nos amávamos e que obviamente você estaria mais propenso a ter um herdeiro comigo, do que com qualquer outra. Mas,as regras básicas foram mudadas, eu não podia falar pra você que era eu, não podia nem usar o meu perfume ou shampoo normal. Se eles desconfiassem que eu tinha te contado, eu teria que ir embora. Se eu não tirasse o véu em sete meses, eu também teria que ir e se não ficasse gravida em um ano, eu teria o mesmo destino.

Kykyo sentiu Gaara se remexer e conhecia-o bem o suficiente pra saber que ele estava mais do que zangado,o viu se erguer e andar de um lado para o outro na sala. Enquanto analisava os papeis.

— Claro que eu não sabia que estava gravida. Nossa, se eu soubesse, teria me poupado noites infinitas de dor, de choro e todas as noites que tive que deixar nossa cama quente pra ir ouvir os sermões daquele homem asqueroso, me sinto enjoada só de ouvir a voz dele.

— Qual deles? — Gaara perguntou, observando a expressão de nojo dela. A cada regra, a cada palavra que ele lia, a vontade de voltar até o escritório e fazer cada um deles engolir aquelas folha só aumentava.

— Hayaname. Ele queria Matsuri no cargo, nenhum dos dois me deixou em paz desde que cheguei aqui. E duvido que vão me deixar agora, se descobrirem que eu te mostrei esse contrato, vão me manter aqui até o bolinho nascer e depois me expulsarem. Claro, que se eles tentarem eu vou destruir metade do país do vento acabando com os seus ninjas, mas, não quero chegar a tanto então, espero que você não faça nenhuma cena como aquela novamente.

A expressão no rosto de Gaara era a personificação do choque, o que seria hilário se não estivessem falando sobre algo sério. Seu nariz estava franzido em uma careta e ela esperou pacientemente até que ele perguntasse.

— como você consegue ser tão fria? Eles merecem pagar pelo que fizeram conosco, principalmente pelo que fizeram você passar. E ameaçar expulsar você, a afastando do nosso filho é ridículo.

— Eu não estou sendo fria. É claro que eles merecem pagar, mas eu estou bem, meu bebê está bem e eu estou aqui com você, apesar de tudo. Não quero me vingar se isso significa que eles vão estar certos sobre eu ser má influencia pra você.

— Então é isso, vamos esquecer tudo e fingir que nada de ruim aconteceu? Fingir que você não foi chantageada, pressionada e obrigada a me abandonar me fazendo acreditar que não me queria.

Kykyo pensou em corrigi-lo, em contestar aquela afirmação, mas sabia que era a verdade, ver Gaara expressar sua indignação e magoa daquela forma era péssimo, mas, ela não tinha outra alternativa. Não se quisesse manter a paz e seu bebê seguros.
Pensou nas palavras certas para dizer, Pegou todos os papeis da mão de Gaara e os rasgou enquanto ele fazia uma infinidade de caretas e murmurava palavrões. Segurou suas mãos o fazendo se concentrar nela e o beijou devagar o suficiente para poder sentir seus tremores.

— Nada disso importa. Eu só te mostrei pra que você finalmente soubesse,pra que não tivesse duvidas que eu te amo, que eu faria qualquer coisa pra ficar com você. Eu não desisti de nós, eu nunca achei que nosso casamento fosse uma brincadeira, eu só não sabia mais o que dizer pra que você me deixasse ir. Me desculpe por tudo isso, me perdoe por tudo o que eu fiz você passar.

Os olhos cor de esmeralda de Gaara focaram-se nos dela,ambos sorrindo antes de se beijarem novamente. Os braços de Gaara envolveram seu corpo e a ergueram no ar, enquanto ele a levava até o quarto deles.
Não havia momento para falar nada, apenas ficaram na cama por boa parte da tarde se amando,rindo de coisas aleatórias e esquecendo de qualquer outra coisa lá fora.
Por semanas os dias terminavam e começavam desta mesma forma, Gaara passou uma semana inteira ignorando seus afazeres,com a desculpa de que queria aproveitar o tempo perdido, o que os anciãos aceitaram de boa vontade.
Na verdade eles aceitariam tudo, estavam maleáveis, eles tinham conseguido o que queriam afinal, um herdeiro.
Kykyo teve que se reacostumar com suas antigas tarefas, mas, sempre inventava algum pretexto para não encontrar os anciãos quando era solicitada a sua presença.
Ela ia ignora-los infinitamente, eles que ainda não tinham percebido esse fato.
Eles tinham um plano para ela, para sua sorte Kykyo tinha vários pra eles caso tentassem agir.
Apesar de começar se acostumar com a sua vida naquela aldeia, não conseguia se sentir plenamente segura e esse era o problema. Por isso sempre arrumava um jeito de sair dali, uma viagem rápida até a aldeia da folha, para consultas de pré natal com Sakura.

— Você sabe que eu poderia te visitar e fazer essas consultas na sua casa não é?

— E qual seria a graça? E ainda mais eu sempre preciso me distrair um pouco. E aqui é bem mais divertido que o país do vento.

— Até hoje eu ainda não vi o Gaara aqui, está acontecendo algo?

Sakura perguntou enquanto encostava o aparelho gelado em sua barriga e ela suspirou tentando não entrar em tantos detalhes.

— Ele não pode sair de lá tantas vezes quanto eu, não que ele não queira…. — Digo apontando para o monitor onde o som frenético de tambores batiam loucamente.

— Forte como um cavalo… — O sorriso de Sakura completou o seu e as duas riram do som maravilhoso. — Ele precisa ouvir isso e saber o sexo do bebê.

— Eu vou contar pra ele, mas, acho que Gaara estava tão preocupado com tudo.

— Tenho certeza que ele vai gostar de saber, ele adora tudo em você.

Caminhamos juntas pelo clã Uchiha, Sasuke tinha saído em missão naquela semana, almoçamos algo rápido para que eu pudesse voltar para a aldeia da areia.
Era extremamente empolgante a hora de voltar pra casa, cada fibra do meu corpo se aquecia pronto pra se exercitar, cinco meses de gestação eu deveria estar deitada em repouso profundo para proteger o novo herdeiro foi o que eu ouvi nos corredores de casa, mas, era até divertido ver todos chocados quando me viam chegar correndo. E aquela noite não foi tão diferente, a única diferença era que meu marido esperava por mim na porta, pela ruga de preocupação entre seus olhos, algo estava acontecendo. Ignoro a vontade de perguntar antes de beija-lo, porque eu quero beija-lo quero que ele pense em coisas felizes antes de se chatear ainda mais e como sempre ele não me decepciona.
Um sorriso de expectativa brota em seus lábios antes de nos beijarmos, nossos corpos se encaixando como duas peças feitas uma para a outra e toda a ansiedade e problemas do dia inteiro somem da minha cabeça e eu sou dele.

— Oi Grandão! — Murmuro antes mesmo do meu rosto se afastar do dele, sua respiração descompassada se iguala a minha e sou recebida por mais um beijo de tirar o folego — É assim que uma mulher deveria ser recebida todos os dias.

O riso que recebo de volta é demasiadamente satisfatório e vejo seus ombros relaxarem por alguns segundos e depois voltarem ao modo preocupado.

— Vamos entrar e você me conta tudo o que está acontecendo. Na verdade, o que houve dessa vez? — Digo fazendo uma careta para tirar as botas sem me abaixar, escuto Gaara bufar atrás de mim e sinto a facilidade com que ele me ergueu. Sussurrou um palavrão insatisfeita quando ele lhe pois sentada na poltrona. Seus dedos hábeis desamarrando e jogando suas botas de lado.

— Eu amo você! - Se ouviu dizendo de forma infantil e relaxada enquanto seus dedos se mexiam livres.

— Onde Haruki está? Não importa quantas vezes eu diga ou implore que ela te acompanhe, você sempre escapa dela ultimamente.

— Desculpe mas, Haruki tinha outros afazeres e já tivemos essa conversa, você não se importa realmente com isso. Então o que está acontecendo?

— Você está feliz aqui? - A pergunta me pegou de surpresa, tão de surpresa que o bebê chutou me fazendo rir de nervoso.

— Eu estou feliz aqui, paranoica mas, feliz. É isso que está tirando o seu sono?

— O que tira meu sono é ver você perder o seu. Estou te vendo fugir e sair por ai, você sorri mas, não te vejo relaxada desde que chegou a um mes atrás.

Um mes, um mes com Gaara me vigiando em silêncio. Eu estava realmente estranha mas,não era culpa dele de fato. Achei que poderia esconder os problemas dele mas, só piorei tudo.

— Acho que foi um erro te tirar da casa do seu pai, você estava segura lá e feliz com seu primo. Não me entenda mal, mas se você acha que eu não sou o suficiente pra manter-los a salvo..... - O vi fazer careta e meu corpo estava paralisado demais para responder algo.— É melhor que você volte pra casa!

Todo o sangue parece fugir do meu rosto, um frio absurdo arde até os meus ossos e quando dou por mim já é tarde demais para deter a ânsia de vômito.
Ele quer que eu volte pra casa, Gaara não me quer mais aqui!

Notas Finais


Obrigada por lerem!
Críticas e elogios são muito bem vindos nos comentários.
Beijocas ♡


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